Tivemos conhecimento recentemente, de que andam
espalhando por ai, novidades sobre o Espiritismo que precisaria separar a parte
científica, filosófica e a religiosa da Doutrina. Dizem até que é necessário
esclarecer que o Espiritismo não é Religião. Ai, lembrei-me de Chico Xavier que
certa vez disse: - Se tirarmos Jesus do Espiritismo, vira comédia. Se tirarmos
a Religião do Espiritismo, vira um negócio. A Doutrina Espírita é Ciência,
Filosofia e Religião. Se tirarmos a Religião, o que é que fica?
A filosofia humana pode ajudar a clarear o pensamento,
mas não traz consolo às dores alheias. A ciência humana pode ser infindável nas
questões, porém ai se conserva em nome de Deus diante das doenças, se não fosse
Deus enviar os pesquisadores, clareando suas inteligências para eliminar vírus
e bacilos pela vacina, não teríamos como combatê-los.
Para o problema da distância, enviou Deus os cientistas
com seus grandes inventores da eletricidade, dos aviões, dos radares,
telescópios, computadores, telefone, celular, etc. Tudo foi inspirado por Deus,
para beneficiar o ser humano, pela criação das invenções. Tudo isso Deus provê.
Mas a ciência não conseguiu eliminar o ódio entre as criaturas.
Não se encontrou ainda a invenção do remédio contra o
egoísmo, o orgulho, a vaidade, a inveja, o ciúme, porque isso nem o computador sabe extinguir. Somente há um
Ser que evocamos para nos ajudar a passar pelas provações dolorosas. E esse Ser
Divino é Jesus Cristo. Ele é o conforto e o consolo. Se o tirarmos da religião
que cremos, seremos um corpo sem coração, se tirarmos a ciência, seremos um
corpo sem cérebro, e se tirarmos a filosofia, seremos um corpo sem membros, sem
a palavra Amor para compreender o que somos. Portanto, a Doutrina Espírita
continuará sendo: Ciência, filosofia e Religião e com o Mestre dos Mestres –
Jesus Cristo – o Salvador de nossas Almas.
E eu acrescento:
- Aqueles que vivem buscando novidades, estão sim, se
contaminando pelas impurezas espirituais que trazem de vidas passadas. São rebeldes
em suas áreas de atuação. Há um certo desequilíbrio psicológico e mediúnico. Requer
tratamento e muita humildade e disciplina para a interpretação das Obras
Básicas de Allan Kardec. Estudar, estudar-se e aceitar o trabalho interior para
modificar pensamentos e atitudes. A Lei da Vida é a Fé, o Amor, é Crer em Deus
que nos enviou o Divino Mensageiro, um sábio Espírito, um Valente Irmão, para
nos guiar no caminho com a Verdade, a Justiça, a Luz e o Amor.
Impossível acreditar que um estudioso da Doutrina
Espírita, declara-se descrente da Missão Divina do Cristo na Terra apontando o
Consolador Prometido.
É no Controle Universal, é na seriedade das revelações
que dá a garantia para a unidade futura do Espiritismo, e é Ele que anulará
todas as teorias contraditórias. É nesse controle que se encontrará o critério
da Verdade. O que determinou o sucesso da aceitação da Doutrina formulada no
Livro dos Espíritos e no Livro dos Médiuns – de autoria de Allan Kardec, - foi
o fato de que, em toda parte, qualquer um pôde receber, diretamente, dos
Espíritos, a confirmação dos ensinamentos que esses Livros contêm. Se os
Espíritos tivessem vindo de todos os lugares para contradizer esses livros,
eles já teriam, há muito tempo, sofrido o destino de todas as criações
fantasiosas. Nem mesmo o apoio da
imprensa poderia salvá-los do naufrágio. Porém, mesmo sem contar com esse
apoio, eles rapidamente abriram seus caminhos e avançaram com segurança. Isso ocorreu
porque eles tiveram o apoio dos Espíritos, cuja boa vontade compensou, e muito,
a má vontade dos homens. Assim acontecerá com todas as ideias que vierem dos
Espíritos ou dos homens, e que não puderem suportar a prova do Controle
Universal, cujo poder a ninguém é lícito contestar.
Antes de alguém lançar uma teoria em seu nome, é preciso
estar seguro da assistência dos Espíritos. A distância entre a teoria de uma só
pessoa e a teoria de muitas equivale à distância que vai da unidade ao
infinito.
O que podem conseguir os argumentos dos difamadores sobre
a opinião das massas, quando milhões de vozes amigas, vindas do espaço, de
todos os cantos do Universo e do seio de cada família, estão a contradizer
esses difamadores e a confirmar os princípios espíritas com clareza?
A experiência sobre esse assunto já não confirmou a
teoria? Em que se transformaram todas essas difamações que deveriam destruir
o Espiritismo? Qual delas conseguiu,
pelo menos, lhe diminuíram a marcha?
Mesmo essa questão sendo séria, até hoje não se deu muita importância, pois
cada um desses difamadores, contou consigo mesmo, e não com os Espíritos
Sérios.
Quem quer que tentasse desviar a Doutrina Espírita de seu
objetivo principal, fracassaria pela simples razão de que os Espíritos, pela
Universalidade de seus Ensinamentos, fariam cair por terra qualquer modificação
que se afastasse da verdade.
De tudo isso, resulta uma verdade fundamental que é a
seguinte: Todo aquele que quiser se colocar contra a corrente de ideias estabelecidas
e aprovadas pelo Espiritismo poderá causar uma pequena perturbação local e
momentânea, mas jamais dominar o conjunto de opiniões, nem no presente e, muito
menos, no futuro.
Disso resulta, também, que as instruções dadas pelos
Espíritos sobre os pontos da Doutrina Espírita, ainda não elucidados não têm
força de Lei, enquanto permanecerem isoladas, só devendo ser aceitas, com todas
as reservas, a título de esclarecimento.
Os Espíritos superiores procedem com extrema Prudência e
Sabedoria quando é necessário fazer uma revelação. Eles só abordam as grandes
questões da doutrina Espírita de forma lenta e gradual, quando entendem que a
inteligência do homem está apta a compreender as verdades de uma ordem mais
elevada, e quando as circunstâncias se encontram propícias para que uma
nova ideia seja revelada. É por isso
que, desde o princípio, eles não disseram tudo, e continuam sendo prudentes até
hoje, não cedendo à impaciência dos apressados que querem colher os frutos antes
que eles estejam maduros.
Diante do grandioso acordo entre os Espíritos Superiores,
o que pode a opinião de um homem ou de um Espírito? Menos que uma gota d´água
que se perde no oceano, menos que a voz de uma criança abafada pela tempestade.
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