sábado, 4 de abril de 2020

O MESTRE JESUS CHAMA-NOS PARA IMITÁ-LO - NOSSO VERDADEIRO SUCESSO



No dicionário do pensamento Cristão, sucesso é vitória sobre si mesmo e sobre as paixões primitivas. O mundo convencionou que sucesso, porém, é triunfo nos negócios, nas profissões sociais, com destaque da personalidade, aplausos e honrarias, todos eles de efêmera duração.
No primeiro caso, ninguém toma conhecimento, embora transpareçam, no convívio com a pessoa, as alterações emocionais e comportamentais, proporcionadas pela paz, sensibilidade afetiva, docilidade no trato.
No segundo, a exaltação e a glória chamam a atenção, despertam a inveja, a cobiça, provocam comentários, intrigas, competições.
O indivíduo que experimenta o sucesso interno torna-se gentil, quanto afável, irradiando bondade, e conquista em profundidade, sem excentricidades, àqueles que se lhes cercam. Quando, no entanto, é externo esse triunfo, torna-se ruidoso, impondo preocupação manter o status, chamar a atenção, atrair os refletores da fama.
A plenitude domina aquele que se domou e trabalha pelo crescimento íntimo, sem pressa nem perturbação. Já aquele que desfruta da projeção externa, sofre solidão, vazio, frustrações e tédio. O convencional indivíduo de sucesso não é, necessariamente, uma pessoa feliz. Persegue-se, no entanto, na Terra, esse sucesso convencional, com sofreguidão perturbadora, com objetivos imediatistas e sobrecargas de emoções em desgastes. Para conquista-lo e mantê-lo surgem desgostos causados por doença, guerras surdas e declaradas são acionadas, ódios sangrentos se propõem pelo caminho do ponto mais elevado, e, quando se alcança o topo, receios injustificáveis, artifícios complexos de irritação e de escândalos são reunidos para a preservação do lugar conquistado.
O sucesso sobre si mesmo acentua a harmonia e aumenta a alegria do ser, que se candidata a contribuir em favor do grupo social mais equilibrado e feliz, levando o indivíduo a doar-se ao trabalho.

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O sucesso de Júlio Cesar, conquistador do mundo, entrando em Roma em carro dourado e sob aplausos da multidão, não o isentou do punhal de Brutus nas escadarias do Senado.
O sucesso de Nero, suas conquistas de homem vilão, não o impediu da morte infamante a que se entregou desesperado.
O sucesso de Hitler, em batalhas cruéis nos campos da Europa e da África, não alterou a sua covardia moral, que o conduziu ao suicídio vergonhoso.
O sucesso, porém, de Gandhi, o fez enfrentar a morte proferindo o nome de Deus.
O sucesso de Pasteur auxiliou-o a aceitar a tuberculose com serenidade.
O sucesso dos mártires e dos santos, dos cientistas e pensadores, dos artistas e cidadãos que amaram, ofereceu-lhes resistência para suportarem as afrontas e crueldades com espírito de abnegação, de coragem e de fé.
Todos aqueles que transitam na forma física, no Educandário terrestre, de breve duração, deixam um dia o carro material, levando, no entanto, dos depósitos da alma, os tesouros obtidos com os seus sucessos...
Avalie, de sua parte, qual o sucesso mais valioso, aquele que realmente merece a sua entrega total. Sem que se afaste do mundo, ou abandone a luta do convívio social, busque o sucesso – a vida correta, os valores de manutenção do lar, da arte e do amor – descobrindo que, nesse trabalho, terá tempo e motivo para o outro sucesso, o de natureza interior.
Quem visse o sucesso de Pilatos, de Anás e de Caifás na política e na religião, encarcerando Jesus traído por um amigo e crucificado entre bandidos comuns, certamente não os lamentaria, constatando depois que, aparentemente vencido, foi o Mestre o conquistador do real sucesso, permanecendo até hoje como símbolo e modelo de vitória sobre si mesmo, chamando-nos para imitá-LO.
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A “SENTINELA DA EVOLUÇÃO HUMANA” POR LUÍZA CONY

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