sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

NÃO SE PODE GUARDAR O AMOR; É PRECISO COMUNICÁ-LO



É noite profunda. Tudo ao meu redor é silêncio. Somente o relógio, de vez em quando, com sua voz rouca, estridente, interrompe o mistério do silêncio. Há dias me tenho debruçado, com fome de saber, angústia de encontrar, desejo de compreender através de dicionários, enciclopédias, o verdadeiro sentido da palavra AMOR. Sei que a vivência é somente uma experiência pessoal.
Silenciando e agindo, descobre-se um pouco do amor, deste sentimento que borbulha no íntimo ser, desejoso de doar-se e que deve vigiar a si mesmo para não se tornar possessivo e destruidor, manipulador do outro.
O amor não se explica; vive-se; percebe-se na vida como o calor, o frio que nos invade e nos transforma por dentro.
Do amor é possível dizer: “Se ninguém me pergunta o que é, sei muito bem; se alguém me interroga sobre o amor, mais nada eu sei.”
No coração de Deus há imensa exigência de Amor; no nosso, a necessidade de ser amado. O deixar-se amar realiza Deus, que é Amor e nós precisamos nos sentir envolvidos, acolhidos como alguém que é precioso.
Amor é dependência, necessidade; e Deus, na sua perfeição, não necessita de nada. A categoria filosófica grega despersonalizou o Amor, considerado a atividade de Amor como uma imperfeição.
Todas as definições de Deus que encontramos deixa-nos insatisfeitos. A única apresentação de Deus que comunica paz e tranquilidade ao homem inquieto e exigente é a definição do Evangelista João: “Deus é Amor; aquele que permanece no Amor permanece em Deus e Deus permanece nele.” (IJo 4,16)
Para mim, Amor também é Fé. A Fé transforma a vida e faz que nos abandonemos nos braços de Deus. Não se trata de uma atitude passiva, mas da convicção de que é o Senhor quem tudo realiza em nós segundo a Sua Vontade.

A Varinha Mágica de Luíza Cony


Nenhum comentário:

Postar um comentário