terça-feira, 31 de março de 2020

É NECESSÁRIO QUE HAJA UM DESPERTAMENTO PARA OS VALORES DO ESPÍRITO ETERNO


No processo da evolução, cada espírito desenvolve, etapa a etapa, determinados valores que lhe são inatos. Em uma oportunidade aprimora a inteligência, em outra o sentimento, mais adiante a aptidão artística, buscando a perfeição, que sintetiza a aquisição de todos os bens intelecto-morais.
Afligindo-se, não poucas vezes, por constatar as dificuldades que defronta, impedindo-lhe o avanço, estaciona, desanima ou revolta-se. A jornada é atraente, e a conquista das vitórias dá-se mediante o investimento dos melhores esforços, dos interesses e do empenho para consegui-las. Toda aquisição é resultado de muito trabalho.
A plenitude, por isso mesmo, é patamar superior que, para ser conquistada, depende das realizações felizes nas faixas precedentes. Assim, buscando a harmonia, propõe-te o desafio de prosseguir, seguindo Jesus, o MODELO IDEAL da humanidade, que te aguarda gentil e amoroso.
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No atual estágio da Psicologia profunda, um estudo da personalidade de Jesus, não se torna conclusivo, por ausência de perspicácia, recursos técnicos e profundidade de entendimento da Sua respeitável doutrina, que vem abrindo expressivos espaços em torno da compreensão da criatura humana total.
O Homem de Nazaré ultrapassa as dimensões da análise convencional, pelos menos nos termos do pensamento que se deriva das belas, mas não concluídas, por enquanto, contribuições de Freud.
Examinada a criatura apenas do ponto de vista da libido, as raízes observação encontram-se fixadas nas heranças animais, nos impulsos reprodutores, perdendo-se do rudimentar. Por outro lado, as propostas que se derivam dos modelos de seres criados junguianos vão apenas até as origens do inconsciente coletivo nos primórdios da evolução animal... Ambos os conceitos, portanto, são insuficientes para penetrar na essência da causalidade do ser, na sua realidade espiritual, precedente às manifestações no plano físico terrestre.
Jesus transcende, desse modo, os estágios do processo de evolução na Terra, porque Ele já era o Construtor do Planeta, quando sequer a vida nele se apresentara. Limitá-lo nas estreitas linhas psicológicas do anima como no animus ou simultaneamente, seria cercá-lo a limites do entendimento que age por meio de análise definitiva, aprisionadora. Numa visão de psicanálise de simples rotina, poder-se-ia situá-lo como sendo um resumo de ambas as polaridades em harmonia emocional, resultando em equilíbrio fisiológico, retratado no homem que se superou, tornando-se MODELO e GUIA para toda a humanidade.
As fontes disponíveis para a coleta de dados e análise profunda são as narrações evangélicas, insuficientes, pelo referir-se aos Seus ditos e ações mediante linguagem especial, às vezes vitimada por introduções, deturpações, enxertos perniciosos, que lhes descaracterizaram a exatidão. Não se encontram relatos históricos, dados precisos, porém informações, algumas delas em pedaços. De todo o acervo, no entanto, se deduz haver sido ELE INCOMUM.
Sua energia expressava-se com brandura.
Sua bondade manifestava-se sem sentimentalismo.
Sua coragem exteriorizava-se como valor moral que nada temia.
Seu amor abrangia todos os seres, sem se deixar arrastar pelo sentimentalismo banais e desequilibrados.
Sua sabedoria irradiava-se, sem constranger os ignorantes.
Sua gentileza cativava, sem deixar distúrbios.
Era severo, não brutal; afável, não cúmplice; nobre, não orgulhoso, humilde, não verbal.
Nele existindo simultaneamente as naturezas psicológicas anima e animus em perfeita sintonia.
No Sermão da Montanha Sua natureza anima consolou e espalhou esperança; no Gólgota, sua expressão animus alcançou o máximo, após as rudes e profundas experiências daquelas horas que se iniciaram na solidão no Horto e de prolongaram até o momento da morte.
Faltam, portanto, parâmetros, modelos para penetrar o pensamento de Jesus e entender-lhe a vida, enriquecedora, completa e desafiadora. De uma forma geral, talvez a mais simples, talvez profunda, a psicologia poderá mergulhar no Seu pensamento para entende-LO através das Suas próprias palavras, caso consiga compreendê-las:
- EU SOU o pão da vida...
- EU SOU a porta...
- EU SOU o caminho ...
- EU SOU o bom pastor...
Somente até Ele e deixando-se penetrar pela Sua Realidade, poderá a psicologia profunda entende-LO sem O definir, estudá-LO sem O limitar.
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A “SENTINELA DA EVOLUÇÃO HUMANA” – POR LUÍZA CONY

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