domingo, 3 de maio de 2015

QUAIS SÃO AS NOSSAS FANTASIAS OU NOSSOS DESEJOS DE SUCESSO? CAPITULO III - MOTIVAÇÃO - O TEMA DO MOMENTO TERCEIRA PARTE


Depois que Fani fez a oração da motivação, sentiu-se mais calma e preparada para contar as novidades – “Para mim, o melhor caminho da vida tornou-se a ajudar comunidades pobres, protegê-las contra doenças graves; ensinando sua população a se preservar contra dos; doenças graves; ensinando sua população a se preservar contra a violência no lar; saber que Deus ama a todos com igualdade e que deve haver motivação para viver. Comecei o trabalho voluntário no Canadá, mas pedi demissão da empresa e fui para Tailândia, onde há muitos portadores de HIV. Estudei enfermagem e planejava seguir carreira como farmacêutica; mas precisava de um tempo maior para dedicar-me aos estudos, e estava  envolvida demais com as famílias pobres e portadoras de AIDS.

Para aproximar-me dos mais jovens, preparava bolos, tortas, sucos, salgadinhos, docinhos e muito sorvete, levava também meu violão para ensaiar um pequeno grupo de cantores existentes numa das comunidades. Chegava e arrumava a mesa, e rapidamente todos corriam mas primeiro jogavam os braços magrinhos em torno da minha cintura, e, ai dirigia-lhes algumas palavras carinhosas. Comiam tudo e depois ficavam correndo atrás de mim, pedindo para tocar violão e cantar, - era uma festa.

À  tarde, algumas mães traziam seus filhos até a  barraca que eu montara para trata-los mais a vontade. O calor era  algo assustador, não havia água filtrada, higiene,  a terra seca se misturava  com o lixo e as moscas em grande quantidade, pareciam  querer devorar-nos.  Uma jovem mãe com a filha ainda bebe no colo, era portadora do HIV e tinha problemas cerebrais, podia que eu matasse a criança porque não tinha como dar remédios e leite.

Aplicava injeções, vacinas e também distribua remédios para a AIDS. Cada visita dessas era um lembrete doloroso do preço que a Tailândia pagou por não ter até cinco anos atrás, acesso fácil a remédios baratos para AIDS. No inicio da década atual, mais de 450 mil tailandeses morreram de AIDS, em parte por não terem condições de adquirir medicamentos  baratos. Por esse motivo, comecei a estudar tudo o que podia sobre a produção de remédios baratos para tratar a AIDS., e acabei comprando grandes lotes de medicamentos. Só assi tive condições de cumprir a missão junto daquele pessoal tão sofrido. O número de mortes despencou.

Passei dois anos, naquele lugar e fazia questão de lançar aos jovens, o desafio de garantir para si e para suas famílias um futuro melhor. Os infortúnios deveriam mostrar as chances de se ter motivação para neutralizar as negatividades, e sem constrangimento lutarem pacificamente para conseguir montar um laboratório farmacêutico que começou a produzir remédios baratos para tratar a AIDS. Hoje, o país tem um dos melhores programas públicos de tratamento da doença no mundo em desenvolvimento e a maioria dos pacientes pobres recebe medicação de graça.

A partir dai, resolvi ir para Camboja com o intuito de dar um pouco de motivação para os pobres e doentes, ajuda-los no combate a AIDS e também a malária.
Os dias voavam mas eu não sentia cansaço nem somo porque assistia tanta dor e fome, e, procurava seguir o mesmo ritmo anterior, montar uma barraca, levar sanduiches, sucos, bolos, tortas e sorvetes, distribuir com alegria e música, até que todos começassem a querer de fato sentir a necessidade do tratamento para AIDS e malária.  Alguns adultos ficavam envergonhados mas com o passar do tempo, foram se aproximando e trazendo os netos, sobrinhos e outros parentes.

Nessa ocasião, sentia-me profundamente influenciada pelas cartas que a senhora me enviava, sobretudo pela motivação que o Guia Espiritual Abel Monsenhor dirigiu-me: “ Se tiver  oportunidade de fazer o bem, faça.”
Resolvi então, visitar para vilarejos mais longínquos nas montanhas e dava aos aldeões comprimidos de vitaminas que recebia dos laboratórios de amigos, e também aplicava injeções e vacinas. Eu lutava contra todos que me diziam que a AIDS iria devorar toda aquela gente. Durante seis meses chegava nos vilarejos às cinco e meia da manhã, fazia orações e tratava-os com muita fé no coração.  Quando ia  embora no final da tarde, pensava “tenho de lutar. É preciso fazer algo mais,  não é justo que não consigam ter outros medicamentos. O câncer já está matando as mulheres. As grávidas portadoras do HV precisavam receber a substância que reduz a possibilidade de passarem o vírus aos filhos.”

Resolvi visitar alguns laboratórios que tinham larga produção de remédios genéricos e o resultado foi surpreendente. Convidaram-me para ser representante em hospitais para treinar o pessoal para aprender a aplicar os novos medicamentos em crianças com quadros graves de malária. Mas preferi ser independente. Por ter uma boa condição financeira não cobrava pelo serviço; às vezes, chegava a pagar até as despesas com os partos das grávidas para que pudessem sair do hospital com vida e com o bebê no colo, bem medicado.

Estava cheia de entusiasmo, mas recebi uma carta da Ceci e da Graci dizendo que eu trabalhava demais e descansava de menos. Não estaria na hora de diminuir o ritmo? Em vez de responder, montei guarda num laboratório farmacêutico que  estava em mau estado. Ninguém sabia usar a sofisticada aparelhagem de análise. Havia componentes espalhados por toda parte.
Passei duas semanas de trabalho minucioso ajudando a equipe a montar a aparelhagem e treinando-a a usá-la. Quando terminei, o chefe de controle de qualidade abraçou-me e declarou: “A senhora é como Deus para nós.” E eu respondi: “Sou  apenas uma alma que necessita dar amor porque recebo muito amor de Deus.
Aprendi a conhecer-me melhor e a ter razões de sobra para não acumular dinheiro para depois gastá-lo com as fantasias e os desejos do ego. Antes, eu tinha desejo de sucesso profissional, era a glória. Hoje, quero ser útil a essas pessoas, ao menos fazê-las se sentirem como seres humanos. Na vida é isso que me faz feliz.”
Sai do Camboja, cheia de amor e de motivação, e fui para Bangcoc para uma reunião com diretores de uma Instituição de Caridade e médicos e farmacêuticos de dois grandes laboratórios europeus interessados em produzir medicamentos baratos a fim de combater a malária. Os diretores estavam chocados com a elevada incidência de malária. E pediram para que eu fizesse um discurso sobre o entusiasmo e o bem que pude levar para as comunidades pobres da Tailândia e do Camboja. Assim iniciei: - Nas grandes calamidades, a caridade se manifesta, e veem-se generosos impulsos para reparar os desastres, mas, ao lado desses desastres gerais, há milhares de desastres particulares que passam desapercebidos, de pessoas que, jazem sobre um catre sem se lamentarem. São a esses infortúnios discretos e ocultos que a verdadeira generosidade sabe ir descobrir sem esperar que eles venham pedir assistência. A  beneficência sem ostentação tem um duplo mérito; além da caridade material, é a caridade moral; ela poupa a suscetibilidade do beneficiado e o faz aceitar o benefício sem que seu amor próprio sofra com isso, e salvaguarda sua  dignidade de homem, porque além aceitará um serviço mas não receberá uma esmola; ora, converter um serviço em esmola pela maneira que é  prestado, é humilhar aquele que o recebe, e há sempre o orgulho e maldade em humilhar alguém.

É nisso que devemos focalizar o nosso desejo de sucesso na vida.  Para cada pensamento positivo há motivação estimulando-nos à prática do bem que orienta a nossa própria vida e ajuda a combater as negatividades que se espalham por esses lugares onde há muito sofrimento e doenças.

Há uma Lei Universal que rege a todos nós. Se somos indivíduos  com qualidade positivas e agimos com princípios morais baseados na lei do amor e da caridade, vemos funcionar a ajuda amiga e encorajadora dessa Lei.

O homem é feito de um organismo físico ligado a um outro espiritual, governando pelas mesmas leis de saúde ou doença. Para o organismo espiritual a saúde é constituída de  forças positivas do ser, enquanto para o organismo material ela é constituída de matéria sadia do corpo físico. Ora, o ataque verifica-se em ambos os casos, seja sadio ou  doente, mas somente no primeiro o indivíduo resiste. Se o organismo físico é sadio, o micróbio não se desenvolve; se o espiritual é feito de forças  positivas, as  negativas não entram. E ao contrário. Não se resolve o problema esterilizando o ambiente, mas fortificando o organismo. no caso do físico, se esterilizamos, perdemos a capacidade de resistência e tornamo-nos sempre mais vulneráveis. O mesmo acontece com o organismo espiritual se, para salvá-lo dos ataques, isolamo-nos do mundo.

Para tais condições, a arma de defesa da vida consistirá na própria positividade da motivação. Logo, sermos positivos, significa sermos sadios e fortes, portanto, aptos a vencer. Não resta dúvida, que é um método para ter sucesso na vida, consistindo este em trabalhar no sentido da corrente positiva da Lei de Ação e Reação. Ao contrário, sermos negativos, significa sermos doentes e fracos, portanto, destinados a perder. Assim se vence, ou se perde, baseados em qualidades íntimas, como a vida nos mostra na sua defesa contra o assalto das doenças. A defesa baseia-se sobre a saúde das células e consequente potência de resistência. Ninguém pensa em  apanhar uma faca ou um revólver para defender-se de uma doença.

Com a positividade espiritual, com nossa estrutura e conduta segundo as Leis Morais ou Divinas, podemos defender-nos contra toda a espécie de males. A negatividade, por sua vez, pode chegar a ponto de matar-nos, porque permite em nós penetrar as forças negativas, das quais o mundo está cheio. Sua virulência nos investe e arrasta, entretanto, não toca e vai-se embora sem molestar, no caso da personalidade positiva.

Acontece, então, que, quanto mais involuído  é o ser, tanto menos ele é purificado  da negatividade, desse modo, ressente-se dos assaltos, perigos, dores e moléstias. E acontece também que, quanto mais evoluído é o ser, tanto mais saturado de positividade e é defendido contra o mal.
O papel da evolução é o de redimir-nos da negatividade, eliminando-a pouco a pouco, até transformá-la toda em positividade. Aquele longo percurso leva-nos a libertar-nos do  mal e à conquista do bem. Portanto, quanto mais o ser se renova intimamente, mais se aperfeiçoa, tanto mais protegida é a sua vida.

É necessário compreender: quando o mal nos acontece, a causa está em nossa negatividade e isso pode-se eliminar ou impedir que ocorra, eliminando ou impedindo que se forme essa negatividade. Dela depende a nossa vulnerabilidade e o fato de sermos atingidos. O segredo do bem-estar e da felicidade está em ser constituído de forças positivas. A superioridade do homem evoluído está em sua positividade. Sendo esta a sua arma para vencer na vida. Não se trata de abstrações ideais, ou dissertações moralistas, mas um método, cujas vantagens se pode experimentar, quando bem usado.

Positividade  significa simplesmente, retidão em todas as qualidades constituintes na  personalidade, como por negatividades se entende o abuso ou mau uso daquelas qualidades. Qualquer das forças ou impulsos componentes da personalidade podem ser dirigidos no sentido da Lei ou em sentido anti-lei. Se nós praticamos só o bem, fazemos com que nosso ser tenha motivações positivas que vão alimentar nossas ações para orientar a nossa vida para atividades generosas potencializando o amor ao próximo, a caridade, enfim, cumprirmos os deveres contidos nas Leis Divinas e Naturais.

E para encerrar, deixo estas palavras do meu estimado amigo espiritual Abel Monsenhor: “ O segredo da cura é a ausência de reações, e a isso se chega pela oração. O poder irradiado pelo estado de oração é suprimento para a cura. A cura de que todos necessitam está no amor e na oração.”

Com profunda gratidão, deixei aquele país, e voltei para o Brasil, com a nítida certeza de que a vida me dera grandes motivações e transformações, e, por assim sentir, é que deverei dar continuidade ao trabalho voluntário em comunidades pobres de São Paulo ou de qualquer outro lugar do território nacional.

O evangelho Segundo o Espiritismo – “ O Grande Livro da Vida”, - foi meu fiel escudeiro na jornada que realizei. Através dele, fui penetrando no meu íntimo ser, e fiz descobertas maravilhosas sobre a vinda do Cristo na Terra e, sobre o amor pelos pobres e estropiados. “Amemo-nos uns aos outros e façamos a outrem o que quereríamos que nos fosse feito”.
“Recordai-vos de que Jesus disse que somos irmãos e pensai sempre nisso antes de repelir o leproso, o aidético, outras doenças contagiosas ou o mendigo. Pensai naqueles que sofrem e orai.



O GRANDE LIVRO DA VIDA

O Evangelho fala a linguagem dos Céus,
Ele anuncia a eternidade da vida,
A luz nos Céus.
A verdade se declara límpida,
Tudo tem doçura e vida.

O Cristo dos Céus
Para acender na alma humana
A vontade de aprender as Riquezas dos Céus
“Meu Reino não é deste Mundo!”
Foi a Glória ditada por Jesus.

Todos os Filhos de Deus,
Um dia irão conhecer
A grandeza da Obra do Evangelho.
É só deixar a Fé reinar
Para ver o céu no ser.

Abra o “Grande Livro da Vida”,
Leia uma sentença que seja.
Anuncie-se como Cristão,
De sua valentia, pensamentos nascerão
Que não se esconderão,
Pois desejos cristãos vibrarão
Para dizer que quer ser
Um aprendiz do Evangelho do amor.
Dúvidas e dores no caminho surgirão,
E Jesus enviará os seus Emissários
Para fortalecer seu ser.
É a consolação do Espiritismo Cristão.

Diante da mudança alvissareira
A alma pede bem ligeira
Uma instrução para sua sementeira
Poder dar bons frutos,
Querer alimentar outras almas
Com o amor do Cristo
Que faz com que a vida
Tenha o sentido verdadeiro,
Bem como está escrito
No Grande Livro da Vida:
-  “Vieste na Terra para cumprir
O aperfeiçoamento verdadeiro.
Se  queres progredir na vida
Alimenta-te todos os dias
Da Divina Sabedoria
Que  ilumina, transforma e guia.”

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