sábado, 1 de agosto de 2015

VARINHA MÁGICA DE LUÍZA CONY: A CRIANÇA E JESUS



Certa vez, eu caminhava nas ruas agitadas e barulhentas no centro da Capital Paulista, e pude ver crianças, mulheres e homens sentados nas calçadas esburacadas, pedindo esmolas.

Debaixo do sol do meio-dia, uma dor estampada nos seus semblantes, uma tristeza nos seus olhos, um desespero em suas vozes, um tremor nas suas pernas; aumentavam ainda mais, as marcas dos seus sofrimentos.
Os pedestres iam passando sem olhar para aqueles pobres irmãos; pois estavam tão preocupados com as suas próprias mazelas, que pisavam nos pobrezinhos, deixando transparecer a imensa desigualdade social e financeira.
Os automóveis apressados cortavam as ruas com os seus motoristas disparando as buzinas ensurdecedores como alarmes querendo dizer: “Saiam  da frente. Temos pressa, os nossos compromissos são muito importantes, temos horários para cumprir!” h
Enquanto, eu andava mais alguns  passos seguido de fortes gritos. Ali, estava caído um homem sem ser socorrido.
As pessoas foram se afastando, os carros avançando o sinal e as buzinas tocando. De repente, surge uma criança franzina e chorando e chamando aquele homem de pai. Sofrida, pálida e assustada, pede socorro, mas ninguém atende ao seu chamado.
A pobre criança dizia: Meu pai está morto! Ajudem por piedade, …. E ninguém lhe deu atenção.

Quando fui chegando perto, pude ver a cena de dor e também, vi um homem idoso numa cadeira de rodas, quase sem movimentos, estender os braços para aquela criança, numa bondade estampada no rosto com a barba branquinha, dizendo: Já passou o prazo de vida do seu papai ficar com você, aqui nesta cidade. Tudo o que sei, é que ele é uma boa alma e que Jesus o acompanhará, e nada irá faltar para o seu querido paizinho, pois, a caridade de Jesus não tem a pressa dos homens, dos automóveis e dos tais compromissos de ordem material. A Caridade de Jesus,  vai agora, ensinar para esses homens que passam por aqui e não prestam socorro, uma grande e sábia verdade: dia virá, que o mesmo poderá lhes acontecer e não serão socorridos. Portanto, “Não Deixeis de fazer aos outros o que quereríeis que vos fizessem.”  Eis a fraternidade e a generosidade que eles necessitam aprender.

A criança chorando, beijou a mão do idoso. Abraçou-o e perguntou: Se o meu Pai foi com Jesus, porque não me levou também? O idoso respondeu carinhosamente: É porque Jesus quer que você viva nesta Cidade para ajudar as pessoas que passam andando e correndo com os seus automóveis e, que não praticam a caridade e a solidariedade. A criança, naquela mesma hora, correu, atravessou a rua e salvou um homem rico que ao descer do carro, fora atropelado. E aí, a criança gritou de longe para o amigo idoso: É assim, Jesus que é a pratica da caridade? …

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