quinta-feira, 17 de agosto de 2017

“AMOR, AMOR, AMOR UNIVERSAL!”


A avaliação do  Cristo –Jesus convidando o homem a ser perfeito como o Pai, indica-lhe a meta definitiva e venturosa, pois há de ser tão feliz como feliz deveríamos conceber a Natureza Divina. Embora não possamos dizer que Deus é feliz, porque não dispomos de uma unidade de medida exata que nos proporcione a ideia do oposto “infeliz”, sabemos, através de Jesus, que o “homem perfeito” é o homem absolutamente feliz, porque ele já desenvolveu em si mesmo o fundamento divino de Deus.
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Tomas de Aquino é considerado o maior teólogo do Cristianismo Eclesiástico; escreveu volumosos tratados de Teologia. Mas, pelo fim da vida, teve uma visão ou revelação e nunca mais escreveu nada, dizendo “tudo que escrevi é palha”.
Quando então aparece  no meio do povo iludido um verdadeiro Avatar (nome dado na Índia às encarnações de um Deus, sobretudo às de transformação de um ser em outro) – vide dicionário da língua portuguesa. Um mensageiro de Deus iniciado nos mistérios do Reino dos Céus todas as almas sedentas de luz e força, respiram aliviadas e cheias de esperança, dizendo a si mesmas: “Nunca ninguém falou como este homem... – Fala como tem poder e autoridade, e não como os escribas e sacerdotes”.
Os ouvintes não sabem definir o estranho sortilégio que lhes acontece; sentem algo que não podem nomear... Têm a impressão de sair de um escuro subterrâneo escassamente iluminado por fumegantes lâmpadas, e entrar subitamente na imensa claridade solar.
Não há maior crime do que arvorar-se alguém em guia espiritual de outros sem ter experiência pessoal de Deus e do mundo invisível. O homem profano não pertence a religião; é oposto ao respeito que se deve ter a coisas sagradas; pouco mal faz a seus semelhantes, porque ninguém o toma por guia nas veredas incertas do Universo espiritual; mas o homem profano que se arvora em iniciado é um perigo para outros profanos que o tomam por um iluminado. Agem como “guias cegos conduzindo outros cegos”.
O que leva um pseudo-iluminado a se apresentar como iluminado é quase sempre, a ambição do prestígio, a cobiça do dinheiro ou o orgulho mental.
A América Cristã continua sendo invadida por gurus orientais, que se cercam de mistérios e vestem roupagens iniciáticas, desorientando principalmente a juventude; usam certas técnicas exóticas e termos sânscritos fazendo crer aos ingênuos que com isto entram em contato direto com Deus. Alguns chegam a recomendar o uso de drogas para produzir experiência do mundo espiritual. Todos eles “roubam a chave do conhecimento do Reino de Deus”. Essa chave consiste numa experiência interna, não condicionada por nenhuma formalidade externa. O poder vem de dentro, a fraqueza vem de fora.
O ritual dá prestígio externo – o espiritual dá força interna,
“A letra mata – mas o espírito dá vida”.
Quem exerce o ritual sem possuir o espiritual é falso profeta; roubou a chave do conhecimento do Reino de Deus. Iludido, ilude os outros.
Cego, conduz outros cegos, e acabarão todos por cair na cova.
Ignorância do mundo espiritual é treva – experiência é luz.
Só pode iluminar quem foi iluminado.
Só pode dar aos homens quem recebeu de Deus.
Só pode distribuir aos homens quem possui os tesouros da Divindade.
É necessário que o Guia Espiritual compreenda que a única possibilidade de guiar os outros está em que ele se deixe guiar por Deus, e que nenhuma igreja ou seita lhe pode dar essa experiência. Todas as igrejas e seitas são como outros tantos marcos colocados à beira do caminho da vida, nas encruzilhadas dúbias; quem parasse ao pé desses marcos ou se contentasse com olhar na direção indicada pelas flechas, não chegaria jamais ao final da jornada. O marco não deve ser adorado como fim, deve apenas ser olhado como meio de orientação, e depois ultrapassado. Quem não ultrapassa os marcos  dogmáticos da sua seita não cumpre o seu destino.
A Alma do Cristianismo não é algo que se possa ensinar ou aprender intelectualmente, num curso de teologia ou de interpretação minuciosa de um texto; é algo que deve ser vivido e sentido, e até sofrido, em profundo silêncio e fecunda solidão. Podem, na melhor das hipóteses, outros guiar-me até ao limiar do santuário, mas só EU é que posso transpor esse limiar e encontrar a Deus, face a face.
Ninguém pode me dispensar da experiência pessoal que devo ter de Deus.
Ninguém pode ser bom e santo em meu lugar.
Ninguém pode ser meu procurador ou vice- gerente perante Deus.
Não existe essa ilegalidade ou esse contrabando no Reino de Deus.
A única entrada legítima é a entrada honesta pela experiência própria.
Todo  e qualquer guia que não me prepare para que eu possa um dia, ter, por mim mesmo e sem ninguém esse encontro pessoal com Deus, é guia cego, não é condutor, mas sedutor.
O dia mais glorioso para o verdadeiro mestre,  é o dia em que ele se torna supérfluo e dispensável, o dia glorioso em que a alma por ele guiada já não necessite de guia, por se ter tornado espiritualmente autônoma e independente, para andar segura e firme nos caminhos de Deus.
                                                           *
Entrega a aflição de cada dia ao silêncio de cada noite.
                                                           *
Ninguém praticaria o mal se antes conhecesse o fruto das amarguras.
                                                           *
Hoje, talvez, poderás censurar os erros dos semelhantes. Mas, amanhã, mendigarás o perdão dos outros pelos teus desatinos.
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A “SENTINELA DA EVOLUÇÃO HUMANA” – POR LUÍZA CONY


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