Indispensável se torna recorrer a Jesus para a solução de
nossas questões fundamentais. Invoquemos a compaixão Dele e não nos faltará
recurso adequado. Não bastará, contudo, tão somente aprender a rogar. Estudemos
também a arte de receber. Às vezes surgem diferenças superficiais entre pedido
e suprimento. O trabalho salvador do Céu virá ao nosso encontro, mas não obedecera,
em grande número de ocasiões, à expectativa de nossa visão imperfeita. Em muitos
casos, a Providência Divina nos visita em forma de doença, escassez e
contrariedade.
*
Por norma de fraternidade pura e sincera, a palavra Divina,
recomenda: “Amai-vos uns aos outros”. Não amemos de palavra, mas através das
obras, com todo o fervor do coração.
O Universo é o nosso verdadeiro Lar. A Humanidade é a nossa
família. Amarmo-nos, servindo uns aos outros, não de boca, mas de coração,
constitui para nós todos o glorioso caminho da ascensão.
*
O divino mistério da Fé Viva é problema de consciência
cristalina. Trabalhemos, portanto, por apresentarmos ao Pai a retidão e a pureza
dos pensamentos.
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É verdade indiscutível que marchamos todos para a Fraternidade
Universal, para a realização concerta dos ensinamentos cristãos; todavia,
enquanto não atingirmos a época em que o Evangelho se materializará na Terra,
não será justo entregar ao mal, à desordem ou à perturbação a parte de serviço
que nos compete.
O apostolado é de Jesus: A Obra pertence-lhe. Ele virá no
momento oportuno, orientando as particularidades do ministério de purificação e
sublimação da vida, contudo, ninguém se esqueça de que o Senhor não prescinde
da colaboração de sentinelas.
*
Cada homem é uma casa espiritual que deve estar, por
deliberação e esforço do morador, em contínua modificação para melhor.
*
Muitos sabem falar de Deus. Alguns até sabem falar com Deus.
Mas quase ninguém sabe calar perante Deus, para que Deus lhe possa falar.
*
Cristo não é somente uma figuração filosófica ou religiosa
nos altiplanos do pensamento Universal. É também o restaurador da Casa
Espiritual dos homens.
O Cristão sem reforma íntima dispõe apenas das plantas de
trabalho. O discípulo sincero, porém, e o trabalhador devotado que atinge a Luz
do Senhor, não em benefício de Jesus, mas, acima de tudo, em favor de si mesmo.
*
É preciso saber suportar todas as coisas com paciência e
serenidade. Seja qual for o procedimento de nossos semelhantes para conosco,
não devemos conceber nenhuma animosidade ou ressentimento; mas, ao contrário,
saibamos fazer reverter em benefício de nossa própria educação moral todas as
causas de aborrecimento e aflição. Nenhum revés poderia nos atingir, se, por
nossas vidas anteriores e culpadas, não tivéssemos dado margem à adversidade. É
isto o que muitas vezes se deve repetir. Chegaremos, assim, a aceitar todas as
provações sem amargura, considerando-as como reparação do passado ou como meio
de aperfeiçoamento.
“LAÇOS ETERNOS” POR LUÍZA CONY
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