segunda-feira, 26 de setembro de 2016

PARA SEMPRE SOMOS UNIDOS A TUDO QUE VIVE, AMA E SOFRE


Na história do pensamento universal, Jesus foi o grande Libertador, trazendo a lição da verdade que torna a criatura liberada de todas as engrenagens constritoras que despedaçam a esperança e escravizam, reduzindo o Ser à condição de miserabilidade. A Sua doutrina é um Hino de Libertação, porque fundamentada nos valores eternos do amor, do bem e da caridade.
Sem temer quem quer que fosse ou mesmo as circunstâncias vigentes, ele inaugurou o período da Paz demonstrando, pelo exemplo, que o medo é algoz da vida e que somente a coragem do Amor faz ditosos todos os seres.
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Uma Lei rege a evolução do pensamento, como a evolução física dos seres e dos mundos: a compreensão do Universo se desenvolve com os progressos do Espírito Humano.
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Um só desejo!... Todas as nossas obras, bem como todos os nossos trabalhos, por maiores que sejam, nada são diante de Deus, porque com eles nada podemos oferecer a Deus. Nem chegamos a cumprir o seu único desejo: o de exaltar a alma.
A alma é muito mais que um jardim, Deus a criou à sua imagem e semelhança. O grande drama do homem é que não consegue conhecer a Deus. Só olhando dentro de si, contemplando a própria alma é que se descobre o rosto de Deus. Nós somos um espelho que refletimos sempre as realidades divinas, o próprio Deus. Nossa missão é transparecer este Deus para todos aqueles que encontrarmos na estrada da vida.
Deus conhece todas as almas que formou com o seu pensamento e o seu amor. Sabe o grande partido que delas há de tirar mais tarde para a realização das obras. A princípio, deixa-as percorrer vagarosamente as vias sinuosas, subir os sombrios desfiladeiros das vidas terrestres, acumular pouco a pouco em si os tesouros de paciência, de virtude, de saber, que se adquirem na escola do sofrimento. Mais tarde, enternecidas pelas chuvas e pelas rajadas da adversidade, amadurecidas pelos raios do Sol Divino, saem da sombra dos tempos, da obscuridade das vidas inumeráveis e eis que suas faculdades desabrocham em feixes deslumbrantes; a sua inteligência revela-se em Obras que são como que o reflexo do Gênio Divino.
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Para fazer obra útil, para cooperar na evolução geral e recolher todos os seus frutos, é preciso, antes de tudo, aprender a discernir, a reconhecer a razão, a causa e o fim dessa evolução, saber aonde ela conduz, a fim de participar na plenitude das forças e das faculdades que estão adormecidas em nós, dessa ascensão grandiosa.
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Os perigos, os obstáculos e as dificuldades de toda espécie são fatores essenciais ao progresso, outros tantos aguilhões que estimulam o homem em seu caminhar, outras tantas causas que o constrangem a observar, a adquirir engenho, a tornar-se previdente, comedido em seus atos. É na alternativa forçada do prazer e da dor que está o princípio da educação das almas. Daí a necessidade para os seres, desde os mais rudimentares até os mais desenvolvidos, de lutar e de sofrer. O progresso não poderia realizar-se sem o equilíbrio indispensável dos sentimentos opostos, gozos e penas que se alternam no ritmo grandioso da vida. Mas é principalmente a dor física ou moral, que forma a nossa experiência: a sabedoria humana é o seu prêmio.
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O nosso futuro está em nossas mãos e as nossas facilidades para o bem aumentam na razão direta dos nossos esforços para o praticarmos. Toda vida nobre e pura, toda missão superior é o resultado de um passado imenso de lutas, de derrotas sofridas, de vitórias ganhas contra nós mesmos; é o remate de trabalhos longos e colhidos um por um, no decurso das idades.
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Para chegar ao talento, ao gênio, o pensamento teve de amadurecer lentamente através dos séculos. O campo da inteligência, penosamente desbravado, a princípio apenas deu escassas colheitas; depois, pouco a pouco, vieram as searas cada vez mais ricas e abundantes.
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A noção do bem, gravada no fundo das consciências, é, igualmente, prova evidente da nossa origem espiritual. Se o homem procedesse do pó ou fosse resultante das forças mecânicas do mundo, não poderíamos conhecer o bem e o mal, sentir remorso nem dor moral.
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É indispensável não confundir a Paz do mundo com a Paz do Cristo. A calma do plano inferior pode não passar d estacionamento. A serenidade das esferas mais altas significa trabalho divino. A caminho da Luz Imortal. Somente o PAI CELESTIAL pode outorgar ao nosso Espírito a Paz verdadeira.
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“LAÇOS ETERNOS” por Luíza Cony

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