domingo, 25 de fevereiro de 2018

O MUNDO É ASSIM: - UMA HISTÓRIA QUE NÃO TEM FIM- PARTE I



O tempo parece voar para a nossa compreensão humana; porém devemos todos os dias, avaliar melhor o significado da evolução em que vivemos desde os tempos mais remotos. E é  por essa razão, que a História da nossa Humanidade não tem fim. Este nosso mundo em que Deus nos colocou – é assim.
Encaremos com humildade cada passo da evolução humana, porque se deixarmos nossa mente ocupada com as regalias materiais e com os abusos excessivos dos prazeres dos sentidos,  haveremos de colher muitos sofrimentos, e a nossa alma não ficará em paz para cumprir bem o seu papel na evolução moral proposta por Deus Pai. A Ciência e a Religião são as duas alavancas da inteligência humana. A Ciência revela as Leis do Mundo Material, enquanto a Religião revela as Leis do Mundo Moral. Elas têm o mesmo princípio – que é Deus – portanto, não podem entrar em contradição. Se a ciência tiver razão em relação a algum fato, a Religião também terá que ter, caso contrário, Deus estaria sendo incoerente. A incompatibilidade que parece existir entre a Ciência e a Religião surge porque cada uma quer ser dona da verdade. Essa exclusividade gera um conflito que dá  origem à incredulidade e à intolerância entre ambas.
São chegados os tempos em que os ensinamentos de Jesus precisam receber seu complemento, e o véu que foi deixado, propositadamente, sobre alguns ensinamentos precisa ser levantado. A Ciência deixando de ser exclusivamente materialista,  deve levar em conta o elemento espiritual, e a Religião deve reconhecer as leis orgânicas e mutáveis da matéria. Assim, as duas forças, apoiando-se mutuamente e caminhando juntas, servirão de base uma para a outra. A Religião, não sendo mais desmentida pela Ciência, vai adquirir uma força muito grande porque estará de acordo com a razão e poderá ser comprovada cientificamente.
A Ciência e a Religião não se entenderam até hoje porque cada uma analisa as coisas do seu próprio ponto de vista, repelindo-se mutuamente. O traço de união que faltava entre elas está no conhecimento das Leis que regem o Mundo Espiritual e suas relações com o Mundo Físico. São leis tão sólidas quanto as que regem o movimento dos astros e a existência dos seres. Uma nova luz surgiu após o conhecimento da relação existente entre essas duas Leis: a Espiritual e a Física. Pode-se dizer que a Fé se dirigiu à Razão, a razão não encontrou nada de ilógico na Fé e o materialismo foi vencido. No entanto, como sempre acontece com os novos ensinamentos, existem pessoas, que por não os entenderem, ficam para trás, tentando resistir em vez de acompanha-los. Elas permanecerão assim até serem influenciadas pela opinião da maioria.
Os Espíritos estão comandando uma revolução moral que vem sendo elaborada há muitos séculos e que neste momento atinge sua plena realização. Essa revolução marca uma nova era para a nossa Humanidade. Ela produzirá um inevitável aperfeiçoamento nas relações sociais e ninguém poderá se opor, uma vez que ela é da vontade de Deus e resulta da Lei do progresso, que é uma de Suas leis.
É a Lei do progresso, á qual a Natureza está submetida, e o Espiritismo é o instrumento do qual a Providências se utiliza para fazer evoluir a nossa Humanidade. São chegados os tempos em que as ideias morais devem evoluir para que se realize o progresso que é da vontade de Deus. As ideais morais devem seguir o mesmo caminho que as ideias de liberdade, que foram suas antecessoras. Porém, o desenvolvimento dessas ideias não acontecerá sem lutas, pois, para chegar à maturidade, serão necessárias muitas discussões, a fim de atrair a atenção das massas. Uma vez despertada essa atenção, os Espíritos ficarão impressionados com a Beleza de conviver com uma moral elevada. A Ciência Espírita lhes dará o ensinamento sobre a vida futura e lhes abrirá as portas para a felicidade eterna. Moisés abriu o caminho, Jesus continuou a obra e o Espiritismo a concluirá.
Então, meu amigo, minha amiga – aproveite bem este tema. Goste da vida que você tem. Mantenha a motivação, pois é o impulso que nos levam à ação. Sem ela, as coisas emperram. Com ela, temos a energia necessária para construir o que desejamos.
O que você gosta de fazer? Com o que sonha?
Buscar essas respostas é o primeiro passo para concretizar seus objetivos. É desta forma que se consegue despertar a motivação.
Processos de autoconhecimento, como a Psicoterapia e a Meditação, destravam a mente, abrindo os caminhos até nossos desejos. – Mergulhe em si mesmo.
 Se a meta é de logo prazo, divida-a em etapas para torná-la mais acessível. A cada degrau, celebre e permita-se recalcular a rota, se necessário. Vá aos poucos.
Cerque-se de quem o incentiva a seguir seus sonhos, parceiros que tornem a caminhada leve. Mas, lembre-se: Só você pode fazer algo por si mesmo.
Para nutrir a energia que nos move, é preciso conhecer-se bem e manter expectativas realistas.
A “SENTINELA DA EVOLUÇÃO HUMANA” – POR LUÍZA CONY



sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

O SAPINHO QUÁ-QUÁ


Quá-quá era um sapinho, - em tudo o que ia fazer, era sempre o último a chegar. Um dia, junto com os seus irmãos, foi até o brejo para ensaiar os primeiros saltos. A alegria era grande.
Dizia a mamãe-sapo: - Agora vocês verão como se dá um salto. Saltou e todos a aplaudiram. -  Já que aplaudiram é porque aprenderam a lição. Vamos todos pular, mas um de cada vez. Cada um escolhia uma direção e...zapt! Quando chegou a vez de quá-quá, todos ficaram a olhá-lo. E o pobrezinho abaixou, abaixou, ensaiou, ensaiou, pulou e... plaft.! Deu com o nariz numa árvore. Só se via sapinho de barriga para cima de tanto dar risada.
- Outra vez! – Disse a mamãe-sapo. Quá-quá ensaiou novamente e... zapt e... plaft.! Novamente estatelou-se contra uma árvore! Todos os sapinhos caíram na gargalhada.
A mamãe-sapo repreendeu todo mundo e preocupada aproximou-se de quá-quá. Olhou bem nos seus olhos e lamentou: - Quá-quá tem um defeito na vista! Sem perder tempo, procuraram o velho coim-coim, um sapo experiente e que todos confiavam.
Depois de examinar o sapinho, coim-coim concluiu que, pela primeira vez, estava diante de um sapo que precisava de óculos. – Um sapo de óculos – resmungou, coçando a cabeça. E não houve jeito. Quá-quá passou a usar óculos. Entretanto, por mais que caprichasse no estilo da armação dos óculos, estes não paravam no lugar. Era ensaiar um pulo e ... ploft...caiam os óculos ao chão! Quá-quá, dessa forma, não podia mesmo saltar. E um sapo que não salta era logo ridicularizado pelos próprio irmãos, contra a vontade da mamãe-sapo.
Os danadinhos, mesmo sabendo das dificuldades de visão de quá-quá, não perdiam  oportunidade de aborrece-lo de todas as formas. O pobrezinho sentia-se muito, mas muito infeliz.
Um dia, os sapinhos combinaram ir brincar na lagoa.  A mamãe-sapo, quando soube, foi logo dizendo – cuidado com o Nico! Aquele menino prende em uma gaiola quantos sapinhos ele encontrar... e não solta nunca mais! Tomaremos cuidado, mamãe. Ela, no entanto, não ficou satisfeita e avisou: - Se ele aparecer... sumam o mais depressa  possível! – Faremos isso, mamãe. E, foram, com pressa para a lagoa.
Quá-quá, com seus óculos mal-ajeitados, não quis perder a oportunidade de acompanha-los até a lagoa. E, por não saltar igual aos outros, seguia o alegre grupo, muito e muitos metros atrás. Vez por outra, ouvia os irmãozinhos: - Quá-quá, olha que o Nico vai te pegar!
Na lagoa, todos mergulhavam na água branquinha e brincavam de esconde-esconde nas pequenas ilhas e nos arbustos que ali cresciam.
Quá-quá  ficava à margem e ninguém se lembrava dele. Num momento, porém, quá-quá ajeitou-se para um grande salto, mas seus óculos caíram; mesmo assim, corajosamente se arremessou sem direção certa e... plaft.! Caiu junto de seus irmãozinhos, que reclamaram com ele. Em seguida, quase sem fôlego gritou: - Nico! Nico vem vindo!
Os irmãos, apavorados, só então ouviram as pisadas do menino, já muito perto, que voava na direção em que eles se encontravam. Foi um corre-corre para se esconder. Nico andou de um lado para outro, com sua terrível gaiola. Todos os sapinhos estavam tremendo e suando, escondidos e muito quietos, assim como a mamãe-sapo mandara.
Nico cansou de procurar e, naquele dia, não pegou nenhum sapinho. Depois de muito tempo, quando se afastou os sapinhos saíram de seus esconderijos e, mais aliviados, se reuniram em torno de quá-quá.
Puxa! – exclamou um dentre eles – se não fosse o quá-quá estaríamos perdidos! Voltaram para casa e contaram tudo à mamãe-sapo, e, após ouvi-los, disse: - Vejam, meus filhos! Ninguém deve ser desprezado por qualquer defeito que tenha! Se, de um lado faltou a visão a quá-quá, por outro, passou a ter bons ouvidos. E é capaz de ouvir melhor do que todos vocês juntos. Eles concordaram. – Ah! Se não fosse quá-quá!
A partir daquele dia, então, os sapinhos, quando iam a algum lugar, sempre convidavam quá-quá para lhes fazer companha. Pulavam um pouco menos e, assim, todos iam juntos. ... E quá-quá, de  óculos, vigiava por eles!

A “VARINHA MÁGICA” DE LUÍZA CONY

LEMA DA VIDA


Um  dia, perguntei ao SOL: Que fazes para fulgir no eterno alvorecer? O Astro Divino respondeu, brilhando: AJUDAR E ESQUECER!
Interroguei a ÁRVORE: que fazes para florir, amar? Atada ao solo, resumiu cantando: AJUDAR E ESQUECER! 
A própria TERRA consultei: Que fazes para tudo alentar e refazer? Maternalmente, replicou bondosa: AJUDAR E ESQUECER!
ALMA, se aspiras a ascensão sublime na LUZ e AMOR, sem nunca esmorecer,  guarda o Lema da Vida em toda a parte: AJUDAR E ESQUECER!
SOL! Luz radiante que ilumina, que transforma, que traz alegria, que modifica,  que aquece. Ao surgir espanta as trevas, dissipa todos os temores, trazidos pela escuridão e voltamos a ter CORAGEM. e frutescer? Ela, embora ferida, falou calma: AJUDAR E ESQUECER!
Interroguei depois o PÃO: Que fazes para ser vida e bênção no dever? O Pão amigo acrescentou sereno: AJUDAR E ESQUECER!
E disse à FONTE LÍMPIDA: Que fazes para dar-te a renúncia por prazer
ÁRVORE! Amiga, espalha com seus ramos frondosos, as sombras necessárias trazendo frescor, e frutos que harmonizam com a Natureza. Por vezes, adoece em seu cerne, onde milhões de insetos tentam chagar seu tronco, mas teima em viver para proporcionar alegria e beleza sem nada pedir.
PÃO! Alimento da vida. Certa vez, Jesus o repartiu entre muitas criaturas e nos ensinou a repartir o pão do corpo físico e o pão espiritual.                                                                                                   
FONTE!  Corre calma e límpida como deveria ser cada criatura, ajudando e socorrendo o solo árido, manifestando-se numa harmoniosa sintonia de amor, cumprindo o seu dever. Ela vai se distribuindo sem egoísmo, apenas cumpre o dever.
TERRA! Mãe, seus enormes seios guardam a seiva da vida não rejeita, ampara e acolhe em seu regaço obedecendo às leis de Deus!
Todos nós habitantes deste Planeta, assim deveríamos amparar e esquecer!

A “VARINHA MÁGICA” – DE LUÍZA CONY 

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

PERSISTIR NA OBEDIÊNCIA ÀS LEIS DE DEUS


Quando aceitamos cultivar as virtudes, o nosso mundo interior se aprofunda na oração, guiando-nos para o autoconhecimento até chegar o momento de expandir a luz para cooperar na bondade, no amor e na confiança das possibilidades humanas, no respeito pelos semelhantes e nas transformações morais.
Sinceramente falando, é aqui e agora, que devemos praticar a verdade oculta na oração. Este é o momento ideal para ativarmos o nosso ser para dar de si, através da prece silenciosa que irá ecoar ao redor da Terra.
Todo tempo é tempo de orar. Toda dor é feita para orar. Todo ato de bondade deixa falar o amor na oração. O mundo necessita da caridade de pessoas que vivem uma vida de oração. Todo sofrimento recebe o amparo da Luz divina e também de um simples pensamento em oração: - Deus me ajude! Tenha piedade de mim! Toda oração deve ter a profundidade da paz, pois é a principal energia para irradiarem bons sentimentos que assegurem atitudes pacíficas, a fim de propagar paz para outros seres e deste  modo, a criar um grande círculo humano/espiritual abraçando o nosso Planeta, envolvendo-o de paz.
A fartura de orações escrita em diversos livros cristãos e de outras religiões, nada impede que muitos de nós ocupemos os pensamentos com os atrativos das tentações do mundo material e das orgias. O compromisso maior com a população é o fortalecimento moral/emocional/cultural para que a educação familiar possa receber apoio psicológico e terapêutico. As  Universidades tem à disposição profissionais bem preparados nas áreas da Psicologia, Sociologia, Biologia, Psiquiatria, Sexologia e Religião, para atuarem interminavelmente, no seio das famílias, nas escolas, em consultórios bem equipados e em grupos grandes ou pequenos, oferecendo atividades ocupacionais, estudos sobre sexo e sobre conhecimentos éticos/morais, sem limites de idade, pois o que estamos vendo por ai, retrata a verdadeira imagem da condição dos idosos sem estrutura para se relacionarem sexualmente.  O instinto primitivo agindo sem nenhum escrúpulo, apenas satisfazendo o apetite sexual, a sem-vergonhice, o desrespeito pela própria pessoa e alma em evolução. O prazer, a necessidade do sexo, como meio de saciar ansiedades reprimidas, traumas de infância, medos na adolescência, ausência materna ou paterna e também a falta de amor a si próprio e ao próximo, porque desconhece Deus e o verdadeiro sentido da vida e da fraternidade cristã. Aqui também queremos dar ênfase aos processos obsessivos tão presentes na paranoia da pedofilia, que vem se alastrando nestes últimos anos, sendo o Brasil o detentor do maior índice dessa gama de desequilíbrio sexual, mental, emocional, espiritual e cultural.
O “querer aproveitar a vida”, transtorna as mentes de mulheres e de homens que acabam se violentando com o uso excessivo de drogas perigosas para o cérebro, para o corpo e para o espírito. Chega então, a depressão que gera outras doenças, e por fim, a culpa recai sobre a família, sobre os amigos e colegas de trabalho. Dessa classe de pessoas, ninguém quer tirar a máscara, só reclama da vida que Deus deu. Não busca a companheira fiel de todas as horas e situações: a oração. Quando ocasionalmente isso acontece, movem-se céus e terras, para que alguém que saiba orar com fé  execute a sentença da cura imediata.
Aprendemos de longa data, que a dor é uma bênção que nos faz crescer moral e espiritualmente, e que de tanto sofrer o ser acaba encontrando o amor de Deus. Mas são muitas as dificuldades no caminho a percorrer, e, provavelmente centenas de milhares de pessoas acabam desistindo de lutar contra esses grandes males da sociedade moderna, se perdem dentro de si mesmas, sem avaliar a importância do desprendimento material a fim de que o espírito aproveite a ocasião para reerguer-se.
Quando Jesus diz: “Orai e Vigiai! Amai-vos uns aos outros!” Ele nos afirma seguramente que a oração e os bons pensamentos devem andar juntos; e que o amor pela vida não tem valor se não existir o bom senso, a fé raciocinada e o constante aprimoramento das qualidades virtuosas que combatem esses fanatismos tão atuantes por esse mundo afora. Uma oração com vigilância, - é progredir. Olhar para dentro do  próprio  ser e enxergar a Luz de Jesus numa alegria intensa e num silêncio ensurdecedor, dizendo: - “Eis a casa de oração que deves frequentar sem medo do fanatismo, porque este é o cômodo mais seguro para orar. Não ignores isso. O Pai concedeu-te o Reino dos Céus para conheceres. Ei-lo! Basta fazer a vontade do Senhor, cumprindo as Leis Dele e se submeter, sem murmurar”. Devemos diariamente, nos comportarmos com disciplina, amor e dedicação pela nossa concentração no Mundo Interior que vai  nos ensinando a persistir na obediência às Leis de Deus. É este querer e poder tão especiais que faz com que o estado de oração seja alcançado pela fé.
O que mais esperamos de Deus, devemos esperar de nós mesmos. Que bela maneira encontramos para nos preparar melhor para relaxar, meditar e escalar o nosso eu mais profundo para chegarmos aos ´píncaros da oração. E o que Deus espera de nós? Sob a Luz da Doutrina Espírita a resposta é: - Que possamos cumprir as Leis Divinas, amá-Lo acima de todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. E mais: - Que a Lei de Deus fosse praticada sobre a Terra,  em toda sua pureza, com todos os seus desenvolvimentos e todas as suas consequências. Porque de que serviria ter estabelecido essa Lei, se ela devesse permanecer privilégio de alguns ou mesmo de um único povo? Todos os homens, sendo os filhos de Deus, são, sem distinção, o objeto da mesma solicitude.
Através dessa ótica, que a oração nos toca e pode nos transformar em colaboradores da Obra de Deus Pai. A oração pode nos levar muito longe, onde o nosso ser se acalma e mantém um ritmo equilibrado.
São momentos de quietude que constroem a ponte de Deus, e que nos garantem as ações sintonizadas com os bens espirituais e com as virtudes, alinhando a nossa consciência com o Alto, para cumprirmos metas amplas, tais como a de difundir amor, a caridade e paz na face da Terra.


A “VARINHA MÁGICA” DE LUÍZA CONY

domingo, 4 de fevereiro de 2018

MANTENHA FIRME O PROPÓSITO DE EVOLUIR


“O verdadeiro homem não é aquele que vence os outros, e sim, aquele que vence a si mesmo”. Com essa frase de abalo emocional, Sócrates o filósofo grego que viveu 500 anos antes de Cristo, adverte que devemos concentrar nossas atenções em todos os campos de experiência terrena, em nós mesmos, questionando dia e noite, o nosso comportamento diante dos outros, mantendo controle rígido das nossas palavras, pensamentos e atos. A fim de não prejudicar a ninguém esquivando -se de julgar os semelhantes, tendo sempre em mente, o sabor real da vitória sobre si mesmo.
“A felicidade não é deste mundo, e mesmo que o homem possuísse todo o poder, toda a riqueza, toda a saúde e beleza, ainda assim, ele não seria completamente feliz. O Rei Salomão evoca nos provérbios que constam do Velho Testamento, que a felicidade aqui na Terra é fugidia, temporária e frágil. Nosso Planeta é de provações e expiações, e ainda somos imperfeitos para assimilar qualquer tipo de desgosto, além de termos uma visão errônea a respeito de como ser feliz, observando sempre as coisas externas quando na realidade, a felicidade é interna, uma espécie de êxtase da alma, quando conseguimos estruturar uma consciência plena, sem culpas nem remorsos, mas radiante de alegria, pela oportunidade ímpar de estar na Terra.
“Deixe que os mortos enterrem os seus mortos”. Com essa frase polêmica, Jesus deixou-nos uma lição de grande profundidade, a respeito dos nossos anseios íntimos, e em nenhum momento se posicionou contrário ao ato caridoso de sepultar os mortos, e sim, quis dizer que aquele companheiro a quem chamo para segui-lo, já estava pronto, era um fruto espiritual maduro, pronto para ser recolhido. Enquanto que os outros deveriam esperar mais algum tempo, até que cansados das experiências malfadadas da vida, buscassem o Reino de Deus tão bem evidenciado pelo Cristo, mas que só entusiasmou aqueles cujos corações Deus  já tocara, como aconteceu com o discípulo que acompanhava o enterro do próprio pai. Os outros estariam seguindo Jesus, mortos temporariamente, não do corpo físico, mas do espírito, e por isso, deveriam ser deixados entregues a própria sorte, a fim de serem modificados através do concurso do tempo.
“Em verdade vos digo que não saireis de lá enquanto não  houverdes  pago até o último centavo”. A Lei de Ação e Reação é a tônica dessa assertiva do Cristo. O Mestre deixa claro que, enquanto estivermos endividados com a retaguarda, permaneceremos presos aos nossos adversários vivenciando experiências criminosas no campo da matéria, em reencarnações sucessivas e, ás vezes, até repetitivas, a fim de aprendermos a Lei do Infinito Amor.
“Busque o Reino dos Céus, e as outras coisas vos serão acrescentadas”. A advertência de Jesus, nessa frase, visa conscientizar o homem do perigo que os bens terrenos representam em nossa vida, sem condenar aqueles que através do trabalho honesto conseguem amealhar recursos da fortuna material. O perigo real está no apego demasiado a esses bens que, às vezes, são utilizados de uma forma egoística sem a multiplicação das formas do bem, em que as pessoas se tornam escravas do dinheiro em detrimento dos valores espirituais que são imperecíveis e aceitos em qualquer dimensão do Universo Infinito.
“Vós sois o sal da Terra". Ora se o sal for insosso, com o que salgaremos? Jesus compara a nossa palavra, o nosso exemplo, os nossos sentimentos e os nossos pensamentos ao condimento caseiro que chamamos sal, porque quando acrescentado a outra substância lhe modifica para melhor o sabor, qualifica o gosto, o paladar, e é exatamente isso que Jesus espera de nós, que a nossa palavra possa salgar a vida dos nossos irmãos de  luta, fazendo com que eles cresçam, imprimindo-lhes otimismo, coragem, determinação. Compartilhando com todos, as alegrias e as tristezas da vida, numa ação social importantíssima, para aqueles que realmente desejam avançar com equilíbrio na direção do Infinito.
                                              
A “VARINHA MÁGICA”  DE LUÍZA CONY



sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

O SER COLHE EXATAMENTE O QUE SEMEOU PARTE II


Os bombeiros chegaram e salvaram o Inácio do perigo. Imediatamente foi conduzido ao pronto socorro mais próximo, foi examinado e tratado. Como havia perdido os documentos e o pouco dinheiro, foi levado até a sala de contabilidade do hospital onde o médico de plantão deu-lhe uma pequena quantia para condução e refeição, pedindo que voltasse no dia seguinte para uma entrevista com o Chefe de Recursos Humanos a fim de garantir trabalho, moradia, plano de saúde. Ficou tão surpreso com toda a benevolência que se ajoelhou aos pés do médico.
Como podemos observar, em todo pensamento, em toda obra há ação e reação e esta é sempre proporcional em intensidade à ação realizada. Por isso pode-se dizer: O ser colhe exatamente o que semeou. Enquanto Inácio usava violência contra si mesmo, anulando-se no amor pela vida; vê-se num impulso rápido que está adquirindo o sentimento de sua importância moral. Num acesso de perseverança da inteligência sobre o emocional ocorre a sua conversão mais fácil e destrói de vez os sofrimentos do homem viciado, passando a se lembrar de sua criação nos moldes da Doutrina Espírita. Os lamentos do Espírito, suas preocupações com o futuro, faziam com que gritasse por socorro e aguardava temeroso; pois sabia que as trevas são para o Espírito: a ignorância, o vazio e o horror do desconhecido... Eu não posso caminhar nesse compasso...
A respeito dessa obscuridade, temos a seguinte explicação: “ O períspirito (corpo espiritual fluídico) possui por natureza uma propriedade luminosa que se desenvolve sob o império da atividade e das qualidades da Alma. Poderíamos dizer que essas qualidades são  para o fluido perispiritual o que a fricção é para fósforo. O brilho da luz está em razão da pureza do Espírito; as menores imperfeições morais a obscurecem e a enfraquecem. A luz que irradia de um Espírito é, assim, tanto mais viva quanto este seja avançado. O Espírito sendo, de alguma sorte, o seu farol, vê mais ou menos segundo a intensidade da luz que produz; de onde resulta que aqueles que nada produzem estão na obscuridade”.
Como podemos observar, Inácio estava  nas trevas psíquicas, e portanto, adormecia nos limbos da inconsciência. Uma verdadeira noite nebulosa da alma, comparável à obscuridade da qual está marcada a inteligência do idiota. Não é uma loucura da alma, mas uma inconsciência dela mesma e do que a cerca. Ele duvidou do destino do seu ser, acreditou no nada. Ignorante de si mesmo e de seu destino. No entanto, esse seu estado não seria permanente devido a Lei do Progresso, todos tem direito de evoluir,- cedo ou tarde; na atual reencarnação ou numa futuro.
Quando Inácio redescobre Deus dentro de si, percebe que Deus, foco de inteligência e de amor, é tão indispensável à vida interior, quanto o sol à vida física! É dele que emana essa força, às vezes energia, pensamento, luz, que anima e vivifica todos os seres. Quando se pretende que a ideia de Deus é inútil, indiferente à Natureza e à vida.
No momento que Inácio percebeu pela comunhão de pensamento, pela elevação da Alma a Deus, produziu-se uma penetração continua, uma fecundação moral do ser, uma expressão gradual das potências nele encerradas, porque essas  potências, pensamentos e sentimento, não podem revelar-se e crescer senão por altas aspirações, pelos transportes do nosso coração. Fora disso,  todas essas forças latentes dormitam em nosso íntimo, conservam-se inertes, adormecidas!
Inácio, tornou-se um homem trabalhador, caridoso, um espírita convicto de suas tarefas na seara do bem e do amor ao próximo. Voltou para o lar e foi acolhido com alegria e amor por sua esposa, filhos e cunhados. Todos festejaram o seu retorno e as mudanças conquistadas. Diariamente reuniam-se para o curso do Evangelho no Lar, a pedido de Inácio, a fim de fortalecerem-se e avaliarem os resultados do trabalho realizado com os moradores de rua, na ONG da Dona Isaura, uma Assistente Social que trabalhava no hospital, onde Inácio foi tratado e depois registrado como  Auxiliar Administrativo. Fez amizade com Dona Isaura, deu muitas ideias para o tratamento dos drogados, ganharam um galpão e ali recolhiam os moradores de rua para fazer as refeições e receberem ajuda psicológica com palestras, terapia ocupacional. Ao Inácio e família coube a parte doutrinária com a leitura do Evangelho, passes e orações. Todos reconfortados, agradecidos e bem orientados.
Depois que Inácio descobriu sua Fé em Deus, passou a orar muito. A oração diária e em silêncio era sua companheira inseparável. A nossa explicação a respeito da palavra oração é que ela é a forma, a expressão mais potente da comunhão universal. A oração não é o que tantas pessoas supõem: uma recitação frívola, um exercício monótono e muitas vezes repetitivo. Não! Toda prece sendo verdadeira na direção do Alto, mesmo a prece improvisada, faz com que a nossa Alma se transporte às regiões superiores; ai encontra apoio, ai as forças do Amor Supremo transformam-se em luzes para a Alma aquecer seu eterno elo com o Divino. Aqueles que desconhecem Deus, não podem conhecer, nem compreender esse apoio, essa potência.
Quando ramos, nós voltamos para o SER ETERNO, expomos nossos pensamentos e nossas ações, para que sejam submetidos à Sua lei, e fazer da Sua Vontade a regra de nossa vida. É através da oração que encontramos a paz do coração, a satisfação da consciência. A oração é indiscutivelmente, o maior bem interior, o mais imperecível de todos os bens. Quem despreza a oração, desconhece o que há de maior que é a comunhão com a Alma do Universo,  com esse foco de onde irradiam para sempre a inteligência e o amor; despreza também as potência interiores que fazem a nossa verdadeira riqueza. Por isso digo e repito sempre: FELIZES OS QUE SABEM ORAR! Pelo poder da oração fazemos nossa elevação, nossa glória, nossa ventura.
                                              
A “VARINHA MÁGICA” DE LUÍZA CONY


quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

A FÉ VEIO VISITAR O MEU CORAÇÃO – PARTE I


Inácio, sem fortuna e preguiçoso para trabalhar mas com uma certa astúcia, sempre quis ocupar uma posição de destaque. Achando-se inteligente e influente abusou do poder que lhe fora conferido na empresa do amigo Ademar. Viciado no orgulho, na vaidade e na cobiça, arrastou Ademar e outros amigos para uma casa noturna, local preferido para fazer uso da maconha e da cocaína. Muito duro se excedeu nas perseguições daqueles que tinham a coragem de censurar seus atos. E por isso Ademar o demitiu por justa causa. Sem fé, Inácio se torturou e a luxúria o perseguia devorando o seu coração.
Certo dia, Ademar encontrou Inácio drogado e falando compulsivamente sobre o ódio que tinha do amigo. Seu comportamento era exagerado na violência. E aos gritos ofendeu Ademar e a todos que lhe dirigissem o olhar ou quisessem oferecer ajuda. Nunca se arrependia de nada.
O tempo foi passando e Inácio não tinha sequer força para andar e para comer. Continuava recusando qualquer tipo de auxílio e sua família o expulsou de casa; pois ele batia nos filhos pequenos, na esposa e nos cunhados que sempre foram bons, aconselhando-o a buscar ajuda psiquiátrica. Quando Ademar quis leva-lo ao Centro Espírita que frequentava na infância, Inácio nem sequer teve força para falar a palavra Deus. Seu cérebro parecia mergulhado na brutalidade e todos os piores vícios eram como feridas sangrando e gritando sofrimentos terríveis.
Sem fé, não tinha medo de nada ou o nada era a sua fé, Ademar se afastou, bem como toda a família. Vivia  jogado em qualquer canto escuro e fétido, roubando comida dos moradores de rua e participando de estupros em prostitutas de rua quando se recusavam a repartir com ele, craque e cocaína. Nesse estado lastimável Inácio parecia cada vez mais perto da morte. Até que numa noite de chuva forte e muito vento, ele se viu sendo arrastado pela enxurrada ao ponto de cair num córrego. E num estalo, sua inteligência abre um espaço e acende uma luz para o emocional. Consegue nadar e alcançar um tronco de árvore,  agarra-se firmemente e diz para si mesmo: Não posso morrer. Não chegou a minha hora. Quero viver! Inicia-se uma ferrenha luta na regulação da emoção. Parecia bastante competente para  proteger-se contra os sentimentos negativos. Por um instante, lembrou-se que as agitações e as ansiedades eram suas estratégias. Era tão ruim para consigo mesmo que se declarava hipertenso fervilhando perturbações  fisiológicas e depressivo, em termos de atividade do cérebro suas realidades eram angustiantes. Sua consciência disparava torpedos de ódio. Sua depressão estava no estágio avançado se nutrindo de ruminações e preocupações com o ego. Ele precisava ser socorrido antes de morrer, antes que o seu espírito continuasse a expiação nos domínios do umbral, perseguido pelos maus espíritos. E pensava: - “Todos os elementos se obstinam contra mim”. Mas muitos horrores seu espírito registrou, como por  exemplo as aspirações dos devoradores fluídicos por causa dos vícios das drogas e de ações maldosas.
Inácio, envolvido naquele desespero todo, continuou negando Deus, seu espírito blasfemante e exalando sofrimentos exclama: “ O Mestre é surdo aos meus gritos. Justiça?!”. Nessa hora de profundo medo da morte, lembra-se das palavras de Ademar sobre o Centro Espírita e o que aprendera com a Evangelização Infantil, e exclama: - “Dentro de mim, aos sobressaltos a verdade religiosa surge. Agora  vou sair da melancolia espiritual; estou me voltando para um poder transcendente. Bons espíritos orem por mim. Eu sei, eu sinto que a prece, quando se é muito religioso, funciona para todos os estados de espírito, sobretudo a depressão.
E continuava ali  preso ao tronco da árvore, a correnteza ainda era assustadora, parecia que as poucas forças que ainda lhe restava, logo acabariam. Mas seu pensamento soletrava este pedido de salvação: - “Deus é infinito em sua Misericórdia; tudo pode ter um fim, quando Ele o quer. E eu posso querer ter Fé Nele. Tenho certeza de que Deus me vê no caminho do arrependimento. Eu tinha instrução espiritual e a Luz para me guiar. Como o socorro da prece a brandura virá até mim porque verei o fim de todos os sofrimentos e a esperança me sustentará. Ainda praticarei o bem no lugar do mal que fiz”.
Inesperadamente, a oração plantou boas sementes no coração de Inácio. Invadiu num rápido instante e formulou uma quantidade de bens que sugeriram auto avaliações mais profundas sobre si mesmo. Abriram-se as portas da fé com a chave poderosa e abençoada do Espiritismo Consolador, tão sublime e sábio com suas instruções iluminadas. Embora estivesse beirando já a margem do córrego e a água cobrindo-o quase que por inteiro, Inácio sentiu a força renovadora de um silêncio tão benéfico tocar-lhe e disse:  “Que Graça hoje recebi. A fé veio visitar o meu coração. Uma fé serena e segura com o poder de me fazer enxergar os segredos escondidos em minha alma. A fé já está instalada em mim. Creio e confesso que a partir de hoje, tudo muda na minha consciência e na compreensão da vida da matéria e do espírito. Pedi e obtive o que mais precisava: o entendimento da Lei do Amor para o meu espírito libertar-se do mal, do ódio e das obsessões.
Ó Senhor! Que a Vossa Santa Vontade seja feita para todo sempre. Ainda não sou perfeito, mas farei todo o bem que me for possível para colher a felicidade.
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A “VARINHA MÁGICA” DE LUÍZA CONY