A vida do
ser humano é o resultado dos seus pensamentos habituais. Se o ser humano se
habitua a pensar que a vida no campo é insuportável e da cidade é maravilhosa,
a sua vida seguirá necessariamente o curso dos seus pensamentos.
Vigora misteriosa
afinidade entre a felicidade do ser humano e a paz da natureza. A natureza é
zona do subconsciente – a felicidade do homem espiritual é o reino do
superconsciente.
O ser humano
primitivo, meramente sensorial, é escravo da natureza.
O ser humano
intelectualizado é escravo do ego e explorador da natureza.
O ser humano
espiritual é amigo e aliado da natureza; compreende a natureza, e a natureza o
compreende.
A nossa
civilização moderna fez com que o ser humano se divorciasse, total ou parcialmente,
da natureza, fazendo-o viver num ambiente artificial, antinatural, não menos
prejudicial ao corpo do que à alma.
Milhares de
pessoas abandonam os campos e a vida simples no meio da natureza e se aglomeram
caoticamente nas grandes cidades, agonizando em bairros e becos imundos,
anti-higiênicos, gastando muito e ganhando pouco, explorados pelas empresas, às
quais servem como escravos e vítimas, ingerem
venenos em forma de alimentos e medicamentos, em desarmonia com o ambiente e
consigo mesmos.
O que leva
muitos seres humanos a abandonarem os campos e se aglomerarem nas cidades não é
apenas a necessidade da cultura nem mesmo o desejo de lucros fácies e rápidos,
mas sim, e sobretudo, o horror à
solidão. Pois, a solidão externa aterra o homem que não possui plenitude
interna. Esse ser humano, interiormente vazio, tenta fugir de si mesmo e encher
com barulhos externos o seu vazio interno. Todo ser humano que tenha dentro de
si um mundo de ideias gosta de estar a sós
consigo e com a silenciosa natureza. O individuo interiormente vazio necessita
dos ruídos carnavalescos das ruas e praças públicas, a fim de encher os seus
vazios internos.
O pavoroso
aumento da criminalidade, sobretudo no setor da delinquência juvenil, entre 1 e
1 anos, é resultado dessa fuga da vida simples e sadia dos campos e desse
desnatural congestionamento nos grandes centros urbanos.
O ser humano
moderno nunca voltará aos tempos do homem pré-histórico, ou dos sevicolas das
nossas florestas. A verdadeira natureza do ser humano é espiritual, divina. O verdadeiro
regresso à natureza é, pois, um “ingresso”,
uma entrada do indivíduo para o seu próprio interior, espiritual, divino. O ser
humano primitivo, vivendo em plena natureza material, não é o ser humano
realmente natural; ele é ainda infranatural, assim como o indivíduo oderno é
desnatural ou antinatural. Só quando ele atinge a sua verdadeira natureza
espiritual é que ele se torna plenamente natural – e só então começa ele a
compreender a alma da natureza em redor
dele.
Os nossos
poetas e humanicistas, não raro, celebram os encantos da natureza, mas a maior
parte deles só conhece o corpo da natureza, ignorando-lhe a alma.
Só o ser humano
que encontrou dentro de si a natureza da alma é que pode compreender a alma na
natureza fora de si mesmo. Para de fato compreender a natureza de Deus deve o
ser humano compreender o Deus da Natureza.
Os ensinamentos
da doutrina de Jesus, como são apresentados pelo Espiritismo Cristão, colaboram
fielmente com as necessidades do ser humano em aprender e apreender: “Viver bem
é saber viver a vida.”
O nosso
querido e inveterado egoísmo se compraz deliciosamente na consciência da sua
superioridade. E, estranhamente, quase todos os seres humanos preferem ser
inferiores no plano moral do que na zona
intelectual.
Para tornar-se
feliz, você não deve pensar apenas em si. Isso porque você não vive só, mas em
companha de muitas outras pessoas. Vivemos graças a outras pessoas. Por isso,
não há como somente nós estarmos felizes quando todos os demais ao nosso redor
vivem infelizes, tristes, depressivos.
O ser humano
evolui, infinitamente, para Deus, até chegar a um ponto máximo em que a mente
humana se une de forma indescritível à mente divina.
Solte as
emoções e as ideias. Não importa se você não esteja sendo compreendido
imediatamente. Sempre foi assim. O que mais deve interessar é a tranquilidade
de sua consciência. Evite bloquear seus sentimentos. O medo de amar pode lhe
trazer conflitos, porque amar ´´e uma necessidade.
O que se
deve fazer, é vencer o ego para sentir a vida num campo mais vasto. Descontraia-se.
A preservação
da autoestima, do trabalho, do autodescobrimento e auto aperfeiçoamento,
adotando sempre a postura de vigilância rígida sobre nós mesmos, nos ajudarão
na meta de enobrecimento a alcançar.
Dificuldades,
dores, decepções estarão sempre conosco testando-nos a capacidade de
prosseguir, de caminhar com equilíbrio, boa vontade e alegria. Agindo sempre
com bom senso atingiremos a meta desejada.
O tempo será
nosso aliado nessa jornada milenar na direção das estrelas, em que o vencedor
não é o que se apressa atropelando os outros, mas sim, aquele que trabalha
pacientemente, perseverando no bem e aguardando com tranquilidade,
modificando-se homeopaticamente, paulatinamente, de maneira que nem notamos.
Deus, só
quer que você viva feliz, mas cabe a você saber ser feliz.
***
Muito obrigada
por dar-me a oportunidade de ajudar você com estas palavras.
A “SENTINELA
DA EVOLUÇÃO HUMANA” POR LUÍZA CONY
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