Sua
jornada é redentora. É reformada de valores que se escondem na alma.
E
por que estão ocultos?
E
para que servem tão edificantes tesouros?
A
maioria das pessoas não se prende a estas questões por achar manifestações de
fascínios, efemérides que vagueiam pelas ilusões dos idealistas cristãos, ou de
qualquer outra religião.
Pessoas
cegas, sugestionadas pelas ironias do Ego. Portanto, não sabem o que é o êxtase
espiritual, a sublimidade da "BOA NOVA", a jornada expressivamente
feliz e iluminada de Jesus Cristo.
A
doce conversação de Jesus exemplificava sempre estas questões nas reuniões que
costumava fazer.
Alguém,
então, perguntou-lhe:
-
Senhor, como se
verificará nossa jornada para o Reino divino?
O Mestre respondeu: - Antes de
tudo, é preciso reconhecer a sua condição de cego e aplicar a si mesmo os
remédios indicados nos mandamentos Divinos.
A
marcha é dolorosa, requer humildade, bondade para dedicar-se no trabalho
incessante da meditação, na plantação carinhosa e despretensiosa de alegrias,
tolerâncias, abstinência a vários prazeres de natureza inferior a que todos os
humanos já estão acostumados.
Atividades
que atendam aos inimigos de estrada, fazendo o intenso aprendizado da
fraternidade, da reabilitação moral, da disciplina agradável ao coração para
amar seu distinção, fazendo com que a soberbia e a ira sejam mergulhadas nos
estudos da Revelação Divina , contudo sem se inflamar pela hipocrisia
dos minutos de jubiloso concurso para a beatitude.
Mobilizar
todos os esforços para alcançar o CONHECIMENTO DE SI MESMO, apesar da zombaria de quantos o rodeiam em posição de ignorância.
Compelir-se a marchar sozinho quase sempre, do escuro vale terrestre para o monte
da Claridade Divina, aproveitando todas as oportunidades de servir,
indistintamente.
Essa
jornada deve ser feita sem perda de tempo com reclamações e censuras, que
somente denunciam inferioridade.
Para bem compreender o dever - o silêncio sendo um dos
melhores recursos, mobiliza o "ser" para meditar e entrar em ação
dentro do menor prazo.
Deste
modo, está em condições de efetuar a Reforma Intima, fazendo experiências edificantes - como um
pássaro liberto plasmando as próprias asas para o voo Divino, usando para isso
a disciplina de si mesmo e o trabalho incessante pela Paz e alegria de todos.
Perdoa
aos que recusaram a oportunidade de pacificação e marcham disseminando a
revolta e a indisciplina.
Ergue
os que caíram vencidos pelo excesso de conforto material.
Socorre
os que não se lembram de agradecer aos Benfeitores.
Encerrando
a Narrativa, Jesus observou que o aprendiz continuava atento, sereno no olhar e
no comportamento, entregando-se primeiramente às disciplinas apontadas, e
durante cinco anos de meditação e de profunda observação pessoal conforme os
Mandamentos Divinos e de Preces, quase enlouqueceu de alegria. Mas, ninguém
acreditou nele.
Suas
largas experiências fizeram-no avançar na Jornada Redentora.
Não
obstante ser tomado por demente, o aprendiz ainda jovem não desanimou. Agora
enxergava o caminho de luz, e esforçava-se para avançar, perdendo a noção do
tempo, ficou sem comer, sem beber e sem dinheiro. Porém abnegado seguir em
frente, pois o "ser" valia mas do que o Ter, porque tinha ânsia de
alcançar o templo divino.
A
sua mente tinha esse desafio.
Vejamos o que diz a parábola : QUEM SE ELEVAR SERÁ REBAIXADO
3. Naquela hora, chegaram-se a Jesus os seus discípulos, dizendo: Quem
é o maior no Reino dos Céus? E Jesus, chamando um menino, o pôs no meio deles,
e disse: Na verdade vos digo que, se não vos fizerdes como meninos, não
entrareis no Reino dos Céus. Todo aquele, pois que se humilhar e se fizer
pequeno como este menino, esse será o maior no Reino dos Céus. E o que receber
em meu nome um menino como este, a mim é que recebe. (Mateus, XVIII: 1-5.)[1]
O
Aprendiz continuou distribuindo fraternidade e alegria aos irmãos que lhe
cruzassem a estrada de peregrinação.
O
ideal de atingir o santuário sublime - o "SER"
com saúde, absorvia-lhe o pensamento e prosseguiu na marcha; todavia, somente
depois de quinze anos de lutas e provas, das quais sempre saia vitorioso, é que
conseguiu como Homem simples e pequenino dissertar sobre o "SER".
Inclua-se aqui a PARÁBOLA MISTÉRIOS
OCULTOS AOS SÁBIOS E PRUDENTES.
7. Naquele tempo, respondendo, disse Jesus: Graças te dou a ti, Pai,
Senhor do Céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e
prudentes, e as revelaste aos simples e pequeninos. (Mateus, XI: 25.)[2]
Antes
porem, do aprendiz fazer suas colocações eloqüentes, ouviu uma voz interior,
interrogando-o com absoluto silêncio. Era o Mestre afagando o discípulo e
dizendo: - "Assim é a caminhada do Homem para o Reino Celestial".
Mostrando
lágrimas nos olhos e nos lábios um sorriso sereno, pode o aprendiz, finalmente
clamar sobre a Realidade
que pulsa no "SER":
A
grandeza do "Ser"
é como o oceano
A Força do "Ser"
é igual ao Universo.
A Fé do "Ser"
é ponte interminável
De
andanças para a pureza do espírito.
A Esperança do "SER"
é o trabalho diário.
O amor do "SER"
é a Lei Mora, que, imutável,
tem exclusividades da União
de Deus com a alma,
que faz progredir, que tem
afeição,
que tem a satisfação do coração;
cujos interesses são só para a
ascensão.
A luz do "SER" é Divina, porque tem o Cristo.
Porque é o Cristo
abençoando a saúde -
o Santuário da vida.
Que as pessoas incrédulas possam
ultrapassar as fronteiras perigosas do Ego, dos abismos de trevas das
obsessões, e fazerem o trabalho desse aprendiz. Espiritualizando-se para terem
uma jornada redentora.
O auto descobrimento leva a
criatura ao conhecimento de si mesma, ou seja, do "SER".
Nessa doação de humildade,
barreiras são vencidas e a estrada que lhe cabe cumprir, apesar de longa
torna-se bela, radiosa e vitoriosa. Porque consegue chegar ao Monte Sião, para
adorar o Supremo Senhor.
É o "SER"
em liberdade atendendo a Vontade Divina.