O
homem deve empenhar-se com entusiasmo, naquilo que sabe fazer para o bem-estar
em família, em sociedade e na profissão que exerce. Nesse sentido, fica mais
confiante, se sai bem, diminui conflitos, medos, insatisfações amorosas.
Criar
novos valores requer paciência, disciplina, amizade verdadeira pelo Cristo e
pelos ensinamentos do Evangelho Doutrinador, que é a Sabedoria das Sabedorias da vida. Deste elo invisível que está na alma humana e na
alma do Universo.
Então
homem, aprenda sempre a respeitar os direitos de seus semelhantes a fim de ser
respeitado em seus próprios direitos.
Essa
é uma verdade que pode lhe ensinar virtudes, e muitas outras coisas sobre a
valorização da vida no corpo, na mente e no Espírito.
Torne-se,
diariamente, um conhecedor de si mesmo. Crie condições para saber lidar com as
suas ansiedades, para que não lhe tragam mais distúrbios emocionais.
Fazer
preces no amanhecer, para Ter ordem no agir e para aceitar o dia com amor,
perdão e sabedoria.
Fazer
preces antes de dormir, traz serenidade para os pensamentos e para o coração, a
fim de que o sono possa ser reparador.
A Prece é um santo remédio, desde que consiga tomá-la com
fé. Absorvê-la com vontade de tirar de cada palavra o verdadeiro sentido, toda
a fé e todos os bons fluídos preenchendo os espaços de seu ser, que se encontra
deprimido, endurecido pelas coisas ruins que atingiram o seu viver.
Pronuncie
as palavras com calma, veneração, e, avaliando-as com intenso amor e paz. Assim
agindo, a sua mente deixa de trabalhar com as problemáticas do cotidiano, e
entra em sintonia com as Esferas Superiores, iluminando o seu ser, fazendo-o
sentir que tem luz própria.
A Prece
é a bússola da meditação.
É a
inteligência reconhecendo a glorificação, a invocação, a visita do ser
comunicando-se mentalmente com outro ser.
A Prece
é para o Espiritismo o que o Mantra é para o Budismo.
A
qualidade da Prece tem como guia esta PARÁBOLA:
1.E quando orais, não haveis de ser como os hipócritas, que gostam de
orar em pé nas sinagogas, e nos cantos das ruas, para serem vistos dos homens;
em verdade vos digo, que eles já receberam a sua recompensa. Mas vós, quando
orardes, entrai no vosso aposento, e, fechada a porta, orai a Vosso Pai em
secredo; e Vosso Pai, que vê o que se passa em secredo, vos dará a paga. E quando
orais não faleis muito, como os gentios; pois cuidam que pelo seu muito falar serão ouvidos. Não
queirais, portanto, parecer-vos com eles; porque vosso Pai sabe o que vos é
necessário, primeiro que vós lho peçais. (Mateus, VI: 5-8.)
2.Mas quando vos puserdes em oração, se tendes alguma coisa contra
alguém, perdoai-lha, para que também vosso Pai, que está nos Céus, vos perdoe
os vossos pecados. Porque se vós não perdoardes, também vosso Pai, que está nos
Céus, vos não há de perdoar vossos pecados. (Marcos, XI: 25-26.)[1]
A Prece é o caminho para a meditação.
A Prece é a própria Meditação.
Vejamos
o que diz a ORAÇÃO DOMINICAL, que veio do próprio Jesus. É o mais perfeito
modelo de prece, verdadeira obra-prima.
Indica
a humildade a plenitude de Jesus. Um ato de amor ao Pai, de submissão, de
adoração, que todos os homens devem pedir para Ter na vida.
Para
concentração da meditação, tenha este pronunciamento de fé:
I -
PAI NOSSO QUE ESTAI NOS CÉUS, SANTIFICADO SEJA O VOSSO NOME!
II
- VENHA A NÓS O VOSSO REINO!
III
- SEJA FEITA A VOSSA VONTADE, NA TERRA COMO NO CÉU!
IV
- DAÍ-NOS O PÃO DE CADA DIA.
V -
PERDOAI AS NOSSAS DÍVIDAS COMO NÓS PERDOAMOS, ÀQUELES QUE NOS DEVEM. PERDOAI
NOSSAS OFENSAS, COMO PERDOAMOS ÀQUELES QUE NOS OFENDERAM.
VI
- NÃO NOS ABANDONEIS À TENTAÇÃO, MAS LIVRAI-NOS DO MAL.
VII
- ASSIM SEJA.[2]
Os Mantras são pronunciados pelos orientais, especialmente
pelos Budistas; assim como, esta Prece - Oração Dominical, é pronunciada pelos Cristãos e pelos Espíritas
para aumentarem a concentração da mente consciente, envolvê-la de esperanças,
de aspirações, de fé, de atenção, para o potencial da Meditação fazer o homem mais autêntico e fortalecido.
A Meditação e a Prece,
em cada fase contém significados que ressoam em muitos níveis.
1.É o repouso. 2.É a grande
paz natural. 3. É a
confiança mental compreendendo a liberdade do íntimo ser. 4.É a generosidade do coração,
que, livre, solto, em conjunto com a mente, mergulham no grande descanso, onde
se aquietam as emoções, as aflições, as agressões, as violências, o indômito
ódio. 5. É o estado - onde o homem não
se apega a nada e nem a ninguém. 6. É
tranqüilidade, é silêncio, é manso na fala e na respiração.7. É implosão e
explosão do amor, numa afabilidade e numa expansão únicas. 8. Simplesmente é percepção do
ser, adquirindo uma certeza inabalável do seu estado espiritual, do seu
referencial humano e divino.
A
respiração, também é fator importante nesta atitude que o homem dispensa a si
mesmo. Pois, através da respiração, o
trabalho mental, cerebral e físico - entra em harmonia e atua de modo benéfico
no fruir da vida. Disso tudo que experimenta de dificuldades materiais,
sentimentais e cármicas.
Após
essa tarefa interna, o seu ser sabe falar com Deus. Sabe ouvir-se para ouví-lo. Este saber equivale a uma meditação, a uma
caminhada de bandeirante pelas florestas, montanhas e planícies desconhecidas
de seu Mundo Interior.
O
homem cria outras afinidades comparando o seu íntimo mundo, a sua natureza
existencial com a natureza da Terra. Vê como é difícil fazer a escalada nessas
naturezas que se diferem entre si. No entanto, parecem-se em suas infinitas
afinidades.
Os
primeiros passos são cautelosos, desequilibrados, cheios de conflitos, de
ansiedades, de desejos estranhos, de argumentos mentais, dos sentidos querendo
ficar mais aguçados para não terem medo do desconhecido. Enfim, para não andar
pelas pernas do Ego, que acorrenta o homem nas fantasias, no ódio, na cobiça, e
coloca um véu de fanatismo e de fascínio, ficando cego e se deixando destruir
pelo poder obsessivo de Espíritos inimigos.
Depois,
passo a passo, dia a dia, repete a Prece/Meditação-ORAÇÃO
DOMINICAL, porque sente o vazio, quer experimentar novamente,
o silêncio diáfano, a solidão idealizadora, onde a alegria povoou o seu ser.
Homem, tudo é novo para você.
Ou
seja, você passa a ser uma novidade para si mesmo.
Homem, você é algo mais!...
Homem, você é uma imensidão sem limites.
Homem, você é criação da Sabedoria do Amor supremo.
Homem, você é a Meditação Divina, que na linguagem do silêncio, fala o que está
escrito nos laços espirituais, para que se oriente como ser humano escalando o
seu progresso na Terra, e, cumprindo a Lei do Trabalho, doa-se para o Mundo
Interior. Descobre-se!...
Vai
aprimorando-se.
Vai
conscientizando-se do que recebe, para dar-se ao mundo terreno, seu mundo
externo.
Dar-se
na Caridade, num alimento maior para a
sua própria vida contatar outras
vidas famintas da necessidade de sua
verdadeira prática de homem em transformação, que tem na Lei de Caridade - o
diapasão que lhe ensina o posicionamento correto do Homem Integral.
Daí
então, homem, você passa a ver um mundo que antes estava, apenas nos
noticiários dos jornais, nas reportagens da TV, nas cenas de pobreza do Brasil,
da África, da Ásia, e de outros tantos países.
Homem,
você conhecendo-se a si mesmo, passa a conhecer o interesse pela vida sofrida
de inúmeros homens, e sente necessidade de toda a moral de Jesus, e da prática
da Caridade para viver bem consigo e com todas as coisas que a Meditação e a Reforma Íntima inserem em sua razão. Nessa razão de viver o presente, encorajando-lhe
para um futuro melhor.
...E ainda assim mesmo, faz bem
pouco ou quase nada. Porque requer o cumprimento de toda a moral, de toda a
perfeição.
Vejamos
o que diz a Parábola
do Bom Samaritano:
2. E eis que se levantou um doutor da lei, e lhe disse, para o tentar:
Mestre que hei de eu fazer para entrar na posse da vida eterna? Disse-lhe então
Jesus: Que é o que está escrito na lei? Como lês tu? Ele, respondendo, disse:
Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todas
as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo.
E Jesus lhe disse: Respondeste
bem; faze isso, e viverás. Mas ele, querendo justificar-se a si mesmo, disse a
Jesus: E quem é o meu próximo? E Jesus, prosseguindo no mesmo discurso, disse:
Um homem baixava de Jerusalém a Jericó, e caiu nas mãos dos ladrões, que logo o
despojaram do que levava; e depois de o terem maltratado com muitas feridas, se
retiraram, deixando-o meio morto. Aconteceu, pois, que passava pelo mesmo
caminho um sacerdote; e quando o viu, passou de largo. E assim mesmo um
levita, chegando perto daquele lugar, e
vendo-o, passou também de largo. Mas um samaritano, que ia a seu caminho,
chegou perto dele, e quando o viu, se moveu à compaixão; E chegando-se lhe atou
as feridas, lançando nelas azeite e vinho; e, pondo-o sobre a sua cavalgadura,
o levou a uma estalagem, e teve cuidado dele. E ao outro dia tirou dois
denários, e deu-os ao estalajadeiro, e lhe disse: Tem-me cuidado dele; e quanto
gastares demais, eu to satisfarei quando voltar. Qual destes três te parece que
foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos ladrões? Respondeu logo o doutor:
Aquele que usou com o tal de misericórdia. Então lhe disse Jesus: Pois vai, e
faze tu o mesmo. ( Lucas, X: 25-37.)[3]
Homem no mundo, que a sua mente
consciente possa ser destemida no Amor ao Cristo, a fim de ouvir e acatar a
lição acima. Deixando todo o bem, toda a tolerância, todo o aproveitamento da
lei de Caridade, para trilhar por seus caminhos com toda a entrega do seu ser.
Que, mesmo sofrendo, saiba crer e permanecer na Fé. E servir ao Senhor, como Homem Integral,
despojado do que tem, para ser servidor daqueles que nada tem.
Neste
ato de viver, o homem penetra na essência da vida. Comprovando todo o bem
extraído do seu estado meditativo. Do despertar da naturalidade do ser, da
realização suprema.
Abel Monsenhor
psicografia Luíza Cony
[1]
CAP.
XXVII. PEDI E OBTEREIS. QUALIDADE DA PRECE. LIVRO O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO.
ALLAN KARDEC
[2]
VER
CAP. XXVIII. 1. PRECES GERAIS - ORAÇÃO DOMINICAL. LIVRO O EVANGELHO SEGUNDO O
ESPIRITISMO.
[3] CAP. XV.
FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO. LIVRO O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO.
ALLAN KARDEC.
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