quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

RETIDÃO DE CARÁTER E A SEGURANÇA DERIVAM DO QUE SE É, JAMAIS DO QUE SE TEM.



Atende Senhor a minha prece – para que o meu pequeno querer humano seja inteiramente sintonizado com o Teu Grande Querer Divino!
Com 22 anos de idade, fui convidada para trabalhar como taquigrafa parlamentar na Assembleia Legislativa de São Paulo, e ao mesmo tempo preparar algumas secretárias dos Deputados Estaduais. Confesso que não foi nada agradável, pois não conseguia visualizar aquele ambiente como saudável profissionalmente. Então, concentrei todos os meus esforços para reunir o grupo de secretárias e alguns deputados, para transmitir o que vinha aprendendo sobre os meus ideais de vida. E logo após, pedi demissão. O que expus naquela palestra, foi mais ou menos isto que hoje, beirado os 72 anos, deixo registrado com a minha “Varinha Mágica”.
A psicologia sociológica do passado recomendava a posse como forma de segurança. A felicidade era medida em razão dos haveres acumulados, e a tranquilidade de apresentava como sendo a falta de preocupação em relação ao presente como ao futuro.
Aguardar uma velhice descansada, sem problemas financeiros, impunha-se como a grande meta a conquistar.  A Escala de Valores mantinha como patamar mais elevado a fortuna endinheirada, como se a vida se restringisse a negócios, à compra e venda de coisas, de favores, de posições. Mesmo as religiões, preconizando a renúncia ao mundo e aos bens terrenos, reverenciavam os poderosos, os ricos, enquanto se adornavam de requintes, e seus templos se transformavam em verdadeiros bazares, palácios e museus frios, nos quais a solidariedade e o amor passavam desconhecidos.
A felicidade se apresentava possível, desde que se pudesse compra-la. Todos os programas traziam como impositivo prioritário o prestígio social decorrente da posse financeira ou do poder político.
Inventou-se o conceito irônico de que o dinheiro não dá felicidade, porém ajuda a consegui-la. Ninguém o contesta; no entanto, ele não é tudo.
O imediatismo substituiu os valores legítimos da vida, e houve uma natural subestima pelos códigos éticos e morais, as conquistas intelectuais, as virtudes, por parecerem de somenos importância. Não se cogitava muito, então, averiguar se as pessoas poderosas e possuidoras de coisas eram realmente felizes, ou se apenas fingiam sê-lo.
Não se indagava a respeito das reais ambições dos seres e o quanto dariam para despojar-se de tudo, a fim de serem outrem ou fazerem o que lhes apreciasse e não o que se lhes impunham. Embora, os avanços da psicologia profunda, na atualidade, ainda permanecem alguns bolsões de imposição para que o homem tenha, sem a preocupação com o que ele seja.
O prolongamento da idade infantil, em mecanismos escapistas da personalidade, faz que a existência permaneça como um jogo, e os bons, como as pessoas, tornem-se brinquedos nas mãos de seus possuidores.
Os homens, entretanto, não são marionetes de fácil manipulação. Cada indivíduo tem as suas próprias aspirações e metas, não podendo ser movido pelo prazer insano ou com bons propósitos que sejam por outras pessoas.
Essas heranças infantis não absorvidas pela idade adulta, impedindo o amadurecimento psicológico encarregado do discernimento são, igualmente, responsáveis pela insegurança que leva o indivíduo a amontoar coisas e cuidar do ego, em detrimento da sua identidade integral. Sem que se dê conta, desumaniza-se e passa à categoria de semideus, desvelando os caprichos infantis, irresponsáveis, que se impõem, satisfazendo as frustrações.
O amadurecimento psicológico equipa o homem de resistências contra os fatores negativos da existência, as ciladas do relacionamento social, as dificuldades do cotidiano.
A vida são todas as ocorrências, agradáveis ou não, que trabalham pelo progresso, em cuja correnteza todos  navegam na busca do porto da realização. Importante desse modo é manter-se o equilíbrio entre o Ser e exteriorizar o que se É, sem conflito comportamental, eliminando os estados de tensão resultantes da insatisfação ou do comodismo, assim, realizando-se, interior e exteriormente.
Nesta luta entre o Ego artificial, arquetípico, e o Eu Real, eterno e evolutivo, os conteúdos ético-morais da vida têm prevalência, devendo ser incorporados à conduta que os automatiza, não mais gerando áreas psicológicas resistentes auto realização, e liberando-as para um estado de plenitude relativa, naturalmente, em razão da transitoriedade da existência física.
Eis ai a importância do amadurecimento psicológico do indivíduo, que lhe proporciona os meios de gerir os recursos, sem lhes submeter aos impositivos. Quando se tem a sabedoria de administrar os valores de qualquer natureza, a benefício da vida e da coletividade, não apenas se possui, sobretudo se se é livre, nunca possuído pelas enganosas engrenagens dos metais preciosos, dos títulos de negociações, dos documentos de consagração e propriedade, todos afinal, perecíveis, que mudam de mão, que são fáceis de perder-se, destruir-se, queimar-se.
Vamos refletir a frase inicial, para marcar bem, os valores reais da vida humana: “A retidão de caráter e a segurança derivam do que se É, jamais do que se tem.”
Luíza Cony



terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

A ALEGRIA DE VIVER DEPENDE DA PERFEITA SINTONIA DA MENTE E DO CORPO



O segredo da Inteligência emocional é a Mente Meditativa, isto é, só se conquista uma maestria sobre as emoções quando se aprende a meditar. Os sistemas de meditação das grandes religiões atuam como meio poderosos para lidarmos com nossas emoções, particularmente as emoções aflitivas.
A Meditação era novidade no Ocidente. Mestres orientais tinham vindo à América e conquistaram muitos seguidores. Durante os anos 60 e 70 houve um interesse florescente pela Meditação, como o Ocidente jamais testemunhara antes.
Hoje, a Meditação infiltrou-se na nossa cultura. Milhões de norte-americanos têm tentado a Meditação; e muitos têm incorporado sua prática a suas vidas ocupadas. A meditação é hoje uma ferramenta padrão usada em medicina, psicologia, educação e autodesenvolvimento.
Na medida em que meditadores ocuparam seus lugares nas fileiras dos negócios, das profissões e da vida acadêmica, fizeram da Meditação uma parte de sua vida cultural.
As pessoas meditam no trabalho para aumentar sua eficiência; psicoterapeutas e médicos ensinam-na a seus pacientes, e estudantes universitários escrevem sobre ela. Entretanto, apesar de usos práticos, o verdadeiro contexto da meditação é a Vida Espiritual.
A Meditação, tecnicamente falando, é a tentativa consistente de manter um foco de atenção específico. Por exemplo, no esforço de focalizar sua atenção nas sensações da respiração, o meditador tenta manter a mente concentrada. Sua mente, na verdade, não permanecerá concentrada, mas se dispersará em outros sentimentos. Na prática, ele gasta a maior parte do tempo tentando lembrar-se de trazer a mente dispersiva de volta para seu objeto de concentração, a respiração.
O êxito final da Meditação – o Nirvana – só será possível quando o Meditador desenvolver sete fatores de iluminação em um grau elevado. Estes fatores são: atentividade, sabedoria, energia, êxtase, calma, concentração, serenidade.
A Meditação treina a capacidade para prestar atenção. Isso a distingue de outros meios de relaxamento, que em sua maioria deixam a mente dispersar-se o quanto queira. Esse aguçamento de atenção perdura para além da própria sessão de meditação. Por poder prestar uma atenção mais aguçada ao que a outra pessoa está fazendo ou dizendo, o meditador pode captar porções maiores de mensagens ocultas que o outro está ouvindo.
Depois de muitas pesquisas, a essência da descoberta é clara: A meditação é útil de diversas maneiras. Há um momento significativo na força das defesas imunológicas contra tumores e vírus. Presta um imenso auxílio na luta contra doenças cardíacas. Cria um meio de os pacientes administrarem a ansiedade sem drogas, bem como ajuda a lidar com toda a espécie de estresse. Meditação e relaxamento não é a mesma coisa; A Meditação é em essência o esforço de reeducar a atenção. Isso dá à Meditação seus efeitos cognitivos exclusivos, como o aumento da concentração e da empatia do meditador. O uso mais comum da Meditação, entretanto, é como uma técnica de relaxamento rápida e fácil.
Nossas perguntas fundamentais são sempre as mesmas, seja qual for o país e a cultura a que pertencemos:
- o que viemos fazer neste mundo?
- o que precisamos aprender?
- como chegamos ao amor?
- por que estamos aqui?
Quando homens e mulheres compreenderem a preciosidade da vida e a possibilidade de vê-la encurtada de repente, assumem o poder dessa consciência e realizam mudanças na sua vida e nos seus relacionamentos, dando mais importância para os seus sonhos, sentimentos, descobrindo o seu sentido de vida – o seu verdadeiro e individual sentido de vida. A cura depende inteiramente dessa descoberta...
O sofrimento pode se transformar numa experiência que vai nos humanizar. Quando conhecemos esse lado da vida; nem a riqueza, o trabalho, o amor ou mesmo nossa saúde nos iludem. Nem reclamamos quando acontece alguma adversidade conosco. Não dizemos mais que “deve ser castigo” ou que temos um “carma difícil”. Sofrer, de uma forma ou de outra, torna-se mais um aspecto da vida, uma experiência humana. Isso pode nos fortalecer muito e mudar nossa vida.
Quando meditamos e elevamos nossa frequência, conectamos nosso ser e as ilimitadas energias da Harmonia Cósmica. A mente, que estava espalhada em todas as direções, se concentra numa única direção. Focada num ponto localizado no centro do coração. E, desse ponto, emana um raio de Paz iluminando o mundo inteiro.
Os sons poluídos do mundo de hoje saturam nossa alma de medo, ansiedade e violência. Oitenta por cento das doenças de hoje são psicossomáticas, causadas pela desagregação sonora do nosso mundo moderno. O subconsciente fica hipnotizado pelo medo e a vida se torna um espaço estreito, uma angústia baseada no esquecimento da nossa sabedoria intuitiva. Mas as preces são forças poderosas de uma nova medicina vibratória, que cura não só o corpo e também a alma.

Varinha Mágica de Luíza Cony

sábado, 13 de fevereiro de 2016

NINGUÉM É INDISPENSÁVEL EM LUGAR NENHUM


Mais uma vez, volto o meu olhar para os estudos que venho fazendo com relação ao conjunto de atendimentos às pessoas que me procuraram como Médium Psicógrafa Espírita Kardecista.
O título que aqui escolho é voltado especialmente para alguns homens que passaram longo tempo de suas vidas ao trabalho profissional, à estabilidade financeira, sem olharem para dentro de si mesmos, porque o TER era a meta, o êxito, a conquista material para exibir para a família, amigos e colegas de trabalho. Sem sequer fazer uma autoanálise cuidadosa, uma reflexão periódica a respeito dos valores reais e aparentes, e sobre os objetivos da vida, para realmente perceber em si, a harmonia para o êxito real do SER.
Na área dos conflitos psicológicos, a competição surge, quase sempre, como estímulo, a fim de fortalecer a combalida personalidade do indivíduo que, carente de criatividade, apega-se às experiências exitosas que outros realizaram, para impor-se, e, assim, enfrentar as próprias dificuldades, escamoteando-as com o esforço que se aplica na conquista do que considera meta de triunfo. Ambicionando a realização pessoal e temendo o insucesso que, afinal é um desafio à resistência moral e às sua perseverança no ideal, prefere disputar as funções e cargos à frente, sem qualquer escrúpulo, em luta titânica, na qual se desgasta, esperando compensações externas, monetárias e de promoção social, assim massageando o ego, ambicioso e frágil.
O homem que age desta forma está sempre um passo atrás da sua vítima provável, que de nada suspeita e ajuda-o, estimula-o até padecer-lhe a injunção ousada quão lamentável. Por sua vez, o triunfador não se apercebe que, no degrau deixado vago, já alguém assoma utilizando-se dos mesmos artifícios ou mascarando-os com os olhos postos nos seu trono passageiro. A competição saudável, em forma de concorrência, fomenta o progresso, multiplica as opções, abre espaços para todos que, criativos, propõem variações do mesmo produto, novidades, ideias originais, renovação de mercado.
De outra forma, as personalidades conflitantes, arquitetando planos de segurança, apegam-se ao trabalho que realizam, às empresas onde atuam, crendo-se indispensáveis, responsáveis pelo primeiro lugar que conseguiram com sacrifício. Somente se sentem felizes e compensadas quando discutem o seu trabalho, a sua execução, a sua importância. O lar, a família, o repouso, as férias se descolorem, porque não preenchem as falsas necessidades do ego exacerbado. Respiram o clima de preocupação do trabalho em toda parte e vivem em função dele. Sentem o triunfo após os anos de lutas exaustivas, e informam que a sua saída seria uma tragédia, um caos para a organização, já que são pessoas chaves, molas metras sem as quais nada funciona, ou se tal se dá é precariamente.  Não percebem que o tempo escoa na ampulheta das horas, os métodos de ação se renovam, o cansaço os vence, a vitalidade diminui e no degrau imediatamente inferior, já está o competidor, jovem ambicioso aguardando, disputando, aprendendo a sua técnica e mais bem equipado do que ele, em condições de substitui-lo em vantagens. A sua cegueira não lhe permite enxergar.
Certamente, os homens indispensáveis doaram a vida como fuga de si mesmos e ofereceram-na a um ser sem alma, sem coração; que apenas objetiva lucros, portanto, insensível, impessoal. Eles foram bons e úteis no início, não mais agora quando começam a emperrar a máquina do progresso. Assim, chega o momento da realidade para o homem que ocupa o primeiro lugar, o indispensável. É convidado a solicitar a aposentadoria, quando não é jubilado sem maior consideração. A amargura domina-o, o ressentimento enfurece-o e a frustração, longamente adiada, cresce e o conduz à depressão.
As interrogações sucedem-se.  “E agora? Que fazer da vida, do tempo?” como não cultivou outros valores, outros interesses, arroja-se ao fosso da autodestruição, egoisticamente, esquecido dos familiares e amigos, afinal, aos quais nunca deu maior importância nem valorização. Afasta-se mais do convívio social, e, não raro, suicida-se, direta ou indiretamente.
Ninguém é indispensável em lugar nenhum. O primeiro de agora será dispensável amanhã, assim como o último de hoje, positivamente, estará no comando do futuro. A morte, a cada momento, demonstra-o.
O homem tem o dever de abraçar ideais de enobrecimento pessoal e grupal, participar, envolver-se emocionalmente, fazer-se presente na comunidade, como complemento da sua conduta existencial.
A criatura humana está em viagem pela Terra, e todo o trânsito, por mais demorado, sempre termina. Ninguém se engane e não engane a outros. A finalidade da existência corporal é a conquista dos valores eternos e o êxito consiste em lograr o equilíbrio entre o que se pensa TER e o que se É realmente, adquirindo a estabilidade emocional para permanecer o mesmo, na alegria como na tristeza, na saúde conforme na enfermidade, no trinfo qual sucede no fracasso.
Quem consiga a ponderação para discernir o caminho, e o percorra com tranquilidade, terá começado a busca do êxito que, logo mais, culminará com alegria.
Varinha Mágica de Luíza Cony




sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

A FINALIDADE DO SOFRIMENTO



A superação do sofrimento é, sem dúvida, o grave desafio da existência humana, que a todos cumpre conseguir.
Nos estudos que fiz durante os últimos 30 anos, senti uma grande necessidade de avaliar os sofrimentos humanos relatados na maioria das correspondências recebidas e nos atendimentos mediúnicos.
Por exemplo: - Buda considerou a vida como uma forma de sofrimento e que a sua finalidade era, exclusivamente, encontrar a maneira de libertar-se do sofrimento. Para o Budismo, a vida é constituída de misérias que geram o sofrimento; por sua vez, o sofrimento é causado pelos desejos insatisfeitos ou pelas emoções perturbadoras e que deixa de existir se forem eliminados os desejos, sendo necessário, para tanto, uma conduta moderada, e a entrega à meditação em torno das aspirações elevadas do Ser. A fim de transmitir adequadamente suas lições, Buda utilizou-se de parábolas, conforme fez Jesus mais tarde.
O fundamento essencial dos ensinamentos de Buda se encontra na Lei do Carma, graças à qual o homem é construtor de sua infelicidade ou felicidade, mediante o comportamento, adotado no período da sua existência terrena. Em uma etapa, a aprendizagem equipa-o para a próxima, sendo que a soma das experiências e ações positivas anula aquelas que constituem débito propiciador de sofrimento.
O sofrimento se apresenta na criatura humana, como uma enfermidade, que necessita de tratamento conveniente, em que se invistam todos os valores ao alcance, pela primazia de lograr-se o bem estar e o equilíbrio fisiopsíquico.  Deste modo, o sofrimento pode decorrer do desgaste orgânico ou mental, que é um processo degenerativo do instrumento material do homem.
As doenças campeiam, e a receptividade daqueles que se encontram incursos nos códigos da Justiça divina sofrem-nas, mediante os danos dos mecanismos genéticos, ou por contaminação posterior, escassez alimentar, traumatismos físicos e psicológicos, num emaranhado de causas próximas decorrentes dos compromissos negativos do passado mais remoto.
Numa outra situação, o sofrimento resulta a transitoriedade da própria vida física e da fragilidade de todos os bens que proporcionam prazer por um momento, convertendo-se em razão de preocupação, de arrependimento, de amargura.
A busca do prazer é inata, instintiva, e o homem se lhe aferra na condição de meta prioritária. Não raro ao consegui-lo, frui da satisfação momentânea, e, por insatisfação psicológica, propõe-se a prolonga-lo indefinidamente, sofrendo ante a possibilidade de mantê-lo, pelas alterações naturais que se derivam da impermanência de tudo, pela saturação e, finalmente, pela perda de objetivo após conseguido o anelo por fim, surge o sofrimento dos condicionamentos de ordem física e mental.
Os hábitos arraigados constituem uma segunda natureza, com prevalência na conduta psicológica do homem. As alterações e transformações produzem o sofrimento, pela necessidade de ajustamento, pelo esforço da adaptação, e os altos e baixos da emoção que tende a reagir às mudanças que se devem operar na conduta. Encontrado o sofrimento, o homem tem o dever de identificar as suas causas, que procedem dos atos degenerativos próximos ou remotos, referentes às suas reencarnações.
Ao lado daqueles que ressumam das dívidas cármicas, estão os decorrentes das suas emoções desequilibradas, que têm nascentes no egoísmo, no apego, na imaturidade psicológica. Dentre outros, apresentam-se em plano de destaque, o medo, o ciúme, a ira, que explodem facilmente engendrando sofrimento.  
Chega o momento de buscar-se a cessação deles, qual ocorre com as enfermidades que devem ser tratadas com carinho, porém com disciplina. De um lado, é imprescindível ir-se às causas, a fim de fazê-las parar, ao mesmo tempo evitar novos fatores desencadeantes. Conhecidas as origens, mais fáceis se tornam as terapias que, aplicadas convenientemente, resultam favoráveis ao clima de saúde e de bem-estar.
O esforço empreendido para o término do sofrimento apresenta-se em etapas que se vão incorporando ao dia a dia do indivíduo cioso da sua necessidade de paz.  Impõe-se lhe o trabalho de condicionar a mente à necessidade da harmonia, recorrendo à meditação em torno das finalidades altruísticas da vida, disciplinando a vontade, exercitando a tranquilidade diante dos acontecimentos que não podem ser evitados, das ocorrências denominadas tragédias, das quais podem retirar excelentes resultados para o comportamento e a auto realização. O processo de cessação do sofrimento dá-se ainda através do sofrimento que propicia satisfação pela certeza que advém de se estar liberando da sua áspera constrição.
Enfrentar, portanto, o sofrimento, sem válvulas psicológicas, escapistas, é uma atitude saudável. Muito distante da distonia masoquista habitual. Também resulta de uma disposição consciente para o homem enfrentar-se desnudado, com uma visão otimista em torno do futuro por conquistar. Realmente o sofrimento faz parte do mecanismo da evolução na Terra.


Varinha Mágica de Luíza Cony

sábado, 6 de fevereiro de 2016

O AMOR É UMA CONQUISTA DO ESPÍRITO MADURO



Ao encontrar-me frente a um casal discutindo o relacionamento, procurei acalmar o Sr. Geraldo, que me pedia insistentemente para orientar a esposa Sra. Clarice. Ele dizia-me com veemência que era um bom marido, trabalhador e que a amava loucamente, mas percebia nela uma certa arrogância, ironia, porque queria ter um outro tipo de convivência.
Abri o Evangelho e fiz uma prece para que ambos entrassem numa frequência de serenidade; pois, o que vieram buscar na consulta espiritual os levaria a um melhor entendimento.
Então, disse-lhes: O Amor deve ser uma constante na existência terrena. Há em tudo e em todos os seres a presença do Amor.
Em um lugar revela-se como ordem, noutro beleza, e sucessivamente, harmonia, renovação, progresso, vida, convocando à reflexão.
O Amor é o antidoto mais eficaz contra quaisquer males. Age nas causas e altera as manifestações, mudando a estrutura dos conteúdos negativos quando estes se exteriorizam. Revela-se no instinto e predomina durante o período da razão responsabilizando-se pela plenificação da criatura.
O Amor instaura a Paz e irradia a confiança, promove a não violência e estabelece a fraternidade que une e solidariza os homens, uns com os outros, anulando as distâncias e as suspeitas. É o mais poderoso vínculo com a Causa Geradora da Vida. É o motor que conduz à ação bondosa, desdobrando o sentimento de generosidade, ao mesmo tempo estimulando à paciência. Graças à sua ação, a pessoa doa realizando o gesto de generosa oferta de coisas, até o momento em que é levada à autodoação, ao sacrifício com naturalidade.
O Amor é o rio onde se afogam os sofrimentos pela impossibilidade de sobrenadarem nas fortes correntezas dos seus impulsos benéficos. Sem Amor a vida perderia o sentido, o significado. Puro, expressa, ao lado da Sabedoria, a mais relevante conquista humana.
Olhando firmemente para o casal, pude observar que o Sr. Geraldo estava mais controlado e a Sra. Clarice muito comovida, chorava e me pedia para falar mais sobre o amor, porque á tempos, o marido não lhe dirigia uma sentença sequer sobre o Amor; somente falava palavras grosseiras e sempre perturbado.
Amar torna-se um hábito edificante que leva à renúncia sem frustração, ao respeito sem submissão humilhante, à compreensão dinâmica, por revelar-se uma experiência de alta magnitude, sempre melhor para quem o exterioriza e dele se nutre.
Foi necessário fazer um comentário sobre relacionamentos perturbadores, para que o Sr. Geraldo se posicionasse com Humildade e sem criticar a esposa Sra. Clarice.
Os indivíduos de temperamento neurótico tornam-se incapazes de manter um relacionamento estável. Pela própria constituição psicológica, são portadores de afetividade obsessiva, e, porque inseguros, são desconfiados, ciumentos, por consequência depressivos ou capazes de inesperadas irrupções de agressividade. Os conflitos de que são portadores os levam a uma atitude isolacionista, resultado da insatisfação e constante irritabilidade contra tudo e todos. creem não merecer o amor de outrem, e, se tal acontece, assumem o estranho comportamento de acreditar que os outros não lhe merecem afeição, podendo traí-los ou abandoná-los na primeira oportunidade. Quando se vinculam, fazem-se absorventes, castradores, exigindo que os seus afetos vivam em caráter de exclusividade para eles. São desse modo, relacionamentos egocêntricos, perturbadores.
O Amor é uma conquista do Espírito maduro, psicologicamente equilibrado; usina de forças para manter os equipamentos emocionais em funcionamento harmônico. É uma forma de negação de si mesmo e autodoação plenificadora. Não se escora em suspeitas, nem exigências infantis; elimina o ciúme e a ambição de posse, proporcionando inefável bem-estar ao ser amado que, descomprometido com o dever de retribuição, também ama. Quando, por acaso, não correspondido, não se magoa, nem se irrita, compreendendo que, o seu, é o objetivo de doar-se, não de exigir. Permite a liberdade do outro, que a si mesmo se faculta, sem carga de ansiedade ou de compulsão.
Quando estas características estão ausentes, o amor é uma palavra que veste a memória condicionada da sociedade, em torno dos desejos lúbricos, e não do real sentimento que ele representa.
Esse relacionamento perturbador faz da outra pessoa um objeto possuído, por sua vez, igualmente possuidor, gerando a desumanização de ambos.
Pode-se dizer que, no amor, quando alguém se identifica com a pessoa a quem supõe amar, está, apenas, realizando um ato de prolongamento de si mesmo, portanto, amando-se e não à outra pessoa. Esta identificação se baseia na memória do prazer e da dor, das alegrias e dos insucessos, portanto, amando o passado e as suas concessões, e não a pessoa em si, neste momento, como é. É habitual dizer-se: “– Amo, porque ela (ou ele) tem compartilhado da minha vida, das minhas lutas; ajudou-me, sofreu ao meu lado, etc.”
O sentimento que predomina ai é o de Gratidão, e gratidão, infelizmente, não é amor, é reconhecimento que deve retribuir, compensar, quando em verdade, o Amor, é só doação.
A solução para os relacionamentos perturbadores, não é a separação, como supõem muitos. Rompendo-se com alguém, não pode o individuo crer-se livre para um outro compromisso, que lhe resultaria feliz, porquanto o problema não é da relação em si, mas do seu estado íntimo psicológico. Para tanto, como forma de equacionamento, só a doação do amor com toda a sua estrutura renovadora, saudável, de plenificação, consegue o êxito almejado, saudável, para onde ou para quem o indivíduo se transfira, conduzirá toda a sua memória social, o seu comportamento e o que é. Desse modo, transferir-se não resolve problemas. Antes, deve solucionar-se para mudar-se, se for o caso, depois.
O amor entre duas pessoas somente será pleno, se elas estiverem no mesmo nível.
Ao terminar estas explicações, pude sentir o alívio na Sra. Clarice e também no Sr. Geraldo. Mas disse-lhes sobre a necessidade de passarem por uma Terapia de Casais, depois de um certo tempo, para sentirem as palavras que lhes dediquei, como uma nova esperança e confiança no Amor de Deus, trazendo benefícios e alegria, com alta carga de energia vitalizadora.
A Varinha Mágica de Luíza Cony


sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

PROGRAMAÇÃO INTERIOR


Qualifico o meu dia como uma prece que abre o meu coração para conversar com Deus, sobre os meus atos bons ou maus; sobre a minha visão do mundo nos sofrimentos das criaturas, para pedir socorro pelas guerras, pelas mortes, pelos pecados dos homens que se negam a ouvir a força regeneradora do Amor do Consolador Prometido.
Digo em silêncio: Minha casa esteja salva das trevas. Nela habita o Pai, nada há de faltar-me. A pobreza que assisto no mundo é a mesma visão que Jesus censurou, porque o mal não fez as pazes com o bem, para que a tranquilidade reine entre os povos e produza riqueza para ser espalhada entre aqueles que vivem na miséria.
Ofereço-me como asas abertas para voar pôr sobre os irmãos de jornada para ajudá-los a se libertarem das garras ferinas do egocentrismo e do materialismo. Ao nosso redor rondam a violência e a insegurança. O mundo de hoje está repleto de desgraças e nos leva a uma impotência social. Os homens fazem sacrifícios para possuir bens materiais. Só não se sacrificam para ser livres para amar a Deus, numa adoração de fidelidade filial.
Descendemos  de Vós – o Pai Sublime; no entanto, a Humanidade incrédula idolatra homens de poder político, do poder do dinheiro.
Fica comigo, ó Glorioso Pai, na descoberta diária que faço de mim mesma. Contestando-me quando eu estiver errada. Dando-me o  vigor  quando o meu corpo estiver sofrendo pelo cansaço. Guiando-me com a Tua Verdade, ensinando-me  a raciocinar sem cessar pelas portas da Fé que fortalece e multiplica a minha vontade de anunciar o Evangelho – um programa de vida que orienta sobre o caminho para conquistar a Paz Interior, a presença  do Cristo em nós, germinando coragem e justiça, como transbordamento de um Amor Incontrolável que culmina na Libertação Humana.
Senhor! Aumenta a nossa Fé a cada novo amanhecer.
Assim rogo para não fraquejar quando estiver sofrendo.

Varinha Mágica de Luíza Cony

O TESOURO DO PERDÃO


A “Vanguarda da Paz”, - Rosa Perpétua revela-se sem cessar, para que possamos receber o amparo e deixar nossa Alma repleta de Amor, Paz e Perdão.
Ela nos diz: “Lembremos do Perdão de Jesus estendido para aqueles que o crucificaram e o declararam falso, impuro e somente desejando ocupar o Império Romano, para esbanjar a fortuna que não lhe pertencia.
Lembremos  do Amor Divino que Nele estava e toda a riqueza que Nele habitava, que não era de propriedade de imperador humano.
E Jesus dizia bem alto para todos ouvirem: “Meu reino não é deste mundo.”
Lembremos   da Humildade Dele, não tendo outra coisa para dar aos pobres, senão tudo o que recebera do Reino de Deus.
Lições que ecoam desde os tempos em que o Cristo – Jesus viera na Terra para doutrinar o povo, o imperador, os sacerdotes e a multidão que o aplaudiria depois de sua morte e ressurreição. Ele não queria aplausos nem fama, porque só queria dar o Amor Divino para a Humanidade despertar o Amor por Deus Pai para saber colocar em prática a Lei do Amor.
Amado filho da Terra! Portanto, se a vida lhe mostra o caminho do Perdão, e se a cada dia, você não sabe como perdoar para ser perdoado, medite sobre o Perdão de Jesus, faça-se conhecedor da Humildade, a mesma de Jesus, para saber dar bons exemplos com suas atitudes diárias.
Perdão e  Humildade são as riquezas que lhe ofereço nesta comunicação porque é um caminho seguro para sentir a Paz no coração.”
                                                                                              ...
Considerando essas palavras da Mãe de Jesus, abrimos o nosso coração para a Compreensão e Humildade sobre o significado do Perdão em nossa passagem terrena. Meditemos então: - Perdoar significa vergar sem quebrar, ser suficientemente forte para suportar o grande peso da injúria, mas flexível o bastante para se recuperar. Perdão! Perdão! Perdão!
Você tem o direito de se sentir triste, traído, irritado e ressentido quando é magoado. Compreenda, aceite e expresse seus sentimentos. Varrê-los para debaixo do tapete apenas fará com que venham à tona em outro lugar, numa outra ocasião.
Treine a sua capacidade de perdoar. Aborde  as pessoas que o magoaram; diga-lhes como você se sente. Se isso não for possível, ou se for prejudicial a você ou a outra pessoa, fale-lhes em sua imaginação.
Às veze  as pessoas o ofendem, como você, elas estão aprendendo e se desenvolvendo. Perdoe-lhes por não serem completas; perdoe-lhes por serem humanas.
Recusar-se a perdoar é ferir a si mesmo. Vitimado uma vez, não perdoar é manter-se no estado de vítima, é aferrar-se a uma identidade de vítima. Em vez disso, assuma a identidade de alguém que perdoa.
Saiba que o Perdão é possível mesmo nas circunstâncias mais dolorosas, mesmo com relação a alguém em que você talvez não confie ou que não respeite, mesmo quando alguém parece não merecê-lo. O Perdão é um testemunho da Bondade que Deus infundiu em você desde o primeiro momento da sua existência.
O Perdão é a única receita verdadeira para o sofrimento que você sente em decorrência do comportamento de outra pessoa. A decisão de curar-se cabe a você.
Pergunte-se “Eu não posso perdoar” significa “Eu não vou perdoar”.
Então volte o seu coração para o calor do Amor de Deus e deixe que esse Amor descongele o seu coração
Perdoar requer prática. Comece pelas pequenas ofensas e abra caminho para as grandes; pois perdoar é um processo de toda uma vida. Perdoe sempre e continue perdoando, mesmo que seja a mesma ofensa.
 A vida nunca é perfeita, e muitas vezes é  injusta. Perdoe as falhas inevitáveis da vida.

A Varinha Mágica de Luíza Cony