A expressiva soma de enfermidades físicas e mentais atesta
que o homem é um ser inacabado. A sua estrutura orgânica aprimorada nos
milênios da evolução antropológica, ainda padece da fragilidade dos elementos
que a constituem. Vulnerável a transformações degenerativas, é tecido que
reveste o psiquismo e através dos seus neurônios cerebrais se exterioriza,
afirmando-lhe a preexistência consciencial, independente das moléculas que
constituem a aparelhagem material.
A consciência, na sua realidade, é fator extra físico, não
produzido pelo cérebro, pois que possui os elementos que se consubstanciam na
forma que se lhe torna necessária à exteriorização. Essa energia pensante,
preexistente e sobrevivente ao corpo, evolve através das experiências reencarnatórias,
que lhe constituem processo de aquisição de conhecimentos e sentimentos, até
lograr a sabedoria. Como consequência, faz-se herdeira de si mesma,
utilizando-se dos recursos que amealha e deve investir para mais avançados
logros, etapa a etapa.
Em razão disso, podemos repetir que somente “Há doenças
porque há doentes”, isto é, a doença é um efeito de distúrbios no campo da
energia pensante ou espírito. As suas resistências ou carências orgânicas resultam
dos processos da organização molecular dos equipamentos de que se serve,
produzidos pela ação da necessidade pensante. O psicossoma organiza o soma
necessário á viagem, breve no tempo, para a individualidade espiritual. As doenças
orgânicas se instalam em decorrência das necessidades cármicas que são
inerentes, convocando o ser a reflexões e reformulações morais proporcionadoras
do reequilíbrio nas patologias congênitas, o psicossoma impõe fatores cármicos
modeladores necessários á evolução, sob impositivos que impedem, pelos limites
difíceis, a reincidência no fracasso moral. Assim considerando, à medida que a
ciência se equipa e soluciona patologias graves, criando terapias e
proporcionando recursos curativos de valor, surgem novas doenças, que passam a constituírem-se
tremendos desafios. Isto se dá, porque, á evolução tecnológica e científica da
sociedade não se apresenta em igual correspondência o mecanismo de conquistas
morais.
O homem conquista o exterior e perde-se interiormente. Avança
na horizontal do progresso técnico sem o logro vertical ética. No inevitável
conflito que se estabelece – comodidade e prazer, sem harmonia interna nem
plenitude – desconecta os centros de equilíbrio e abre-se favoravelmente a
agentes agressores novos, os quais dá vida e que lhe desorganizam os
arquipélagos celulares.
Por outro lado, as tensões, frustrações, vícios, ansiedades,
fobias, facultam as distonias psíquicas que são somatizadas aos problemas orgânicos
ou estes e suas sequelas dão surgimento aos tormentos mentais e emocionais.
Todo equipamento para funcionar em harmonia com ajustamento
para as finalidades a que se destina, exige perfeita eficiência de todas as
peças que o compõem. Da mesma forma, a maquinaria orgânica depende dos fluxos e
refluxos da energia psíquica e esta, por sua vez, das respostas das diversas
peças que aciona. Nessa interdependência, a vibração mental do homem é-lhe
proporcionadora de equilíbrio ou distonia, conscientemente ou não. Sabendo canalizar-lhe
a corrente vibratória, organiza e submete os implementos físicos ao seu
comando, produzindo efeitos de saúde, por largo período, não indefinidamente,
face á precariedade dos elementos construídos para o uso transitório.
As doenças contemporâneas, substituindo algumas antigas e
somando-se a outras não debeladas ainda, enquadram-se no seu processo de
harmonização interior, de deificação.
Na sua essência, a energia pensante – (o espírito), possui
os recursos divinos que deve exteriorizar. Para tanto, à semelhança de uma
semente, somente quando submetida à germinação faculta a eclosão dos seus
extraordinários elementos, até então adormecidos ou mortos. A morte da forma
desata-lhe a vida latente.
A mente equilibrada comandará o corpo em harmonia, e, nesse
intercâmbio, surgirá a saúde ideal.
A “VARINHA MAGICA” DE
LUÍZA CONY
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