Ainda que todos os demônios da Terra, todo o mundo material
e astral, me estivessem sujeitos, mas se o meu nome não estivesse escrito no
Livro da Vida Eterna, não haveria redenção para mim.
Pode ser que um determinado homem tenha a missão de pregar
às multidões, escrever livros ou exercer outro trabalho social qualquer – e deve
cumprir esta missão do melhor modo possível. Mas ai dele se vir nessas
atividades a principal tarefa de sua vida!
Há outra coisa, infinitamente mais importante do que qualquer
trabalho externo – é o próprio homem, a sua plena realização Crística, para o
qual aqueles trabalhos estão como meios para um fim. Atividades externas nunca
devem ser outra coisa a não ser um como que transbordamento espontâneo de uma
plenitude interior. Se essa plenitude não existe – que é que pode transbordar?
Alguma vacuidade camuflada em plenitude, isto é, uma grande mentira apresentada
como sendo verdade? ...Fogo pintado não dá luz e calor – ao passo que a menor
parcela de fogo real pode atear incêndios e iluminar mundos inteiros.
Pouco importa o que o homem diga, faça ou tenha – tudo importa
o que ele é. O que ele é refere-se à qualidade do seu íntimo EU – o que ele
diz, faz ou tem referem-se às quantidades do seu externo Ego.
“Referem os “Atos dos Apóstolos” que quando os chefes
espirituais da primitiva igreja cristã perceberam que sejam dispersando em
atividades externas e trabalhos sociais de organização, disseram: ”Não convêm que nós sirvamos às mesas. Vamos
nomear auxiliares idôneos para essa tarefa; nós, porém, vamos nos dedicar à
oração e à pregação da palavra do Senhor”.
Saibam esses discípulos do Cristo que o fator decisivo, em
qualquer trabalho de caráter espiritual, é a espiritualidade de quem preside a
esse trabalho, aquilo que ele é no seu íntimo ser, e não aquilo que ele realiza
ou organiza no plano externo.
A Caridade Social realiza grandes obras – mas só o amor
Espiritual realiza o homem. Pouco importa o que o homem realiza no mundo
externo dos objetos – tudo importa o que ele realiza em si mesmo.
A “Varinha Mágica” – de Luíza Cony
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