domingo, 5 de abril de 2015

AS GRANDES MUDANÇAS NA VIDA. CAPÍTULO III - UMA LUZ DE AMOR PRIMEIRA PARTE

Fim de tarde, alguns amigos reúnem-se num local agradável cercado de jardins. Uma paisagem tranquila com um fundo musica para o happy hours e bate papo descontraído. Um freio às paixões impulsivas da juventude, é o assunto de destaque na roda de amigos de altos executivos; todos jovens, entre vinte e cinco e vinte e oito anos. O tema tem uma dosagem de seriedade, mas os sentimentos de ansiedade com relação aos seus “encontros amorosos”, por vezes tão desastrosos, deixam transparecer preocupação. Não há futuro, se nos relacionamentos com pessoas extremamente despreparadas para uma vida a dois, que requer respeito mútuo, sinceridade no companheirismo, acreditar no amor duradouro e nos valores morais para a edificação segura e tranquila de uma família.
O que fazemos nesta etapa da vida, está  nos indicando sinalizações de riscos imperdoáveis para o emocional desequilibrar-se – Gente!  A inteligência é um despertador que soa o alarme para acordarmos antes que seja tarde demais. A verdade é que todos nós estamos em busca da felicidade e atiramos no escuro as flechas do cupido. Devemos ser menos aflitos, mais controlados e cautelosos. É preciso saber usar o emocional com inteligência. Afinal  somos homens com formação universitária, temos um bom emprego e salário de executivo, com bons resultados nos testes de QI, e sempre participamos de palestras sobre o QE, avaliando nossa inteligência emocional, mostrando como ela determina nosso êxito nos relacionamentos e no trabalho, e até no nosso bem-estar físico. Inteligência emocional é um grito de alerta sobre o potencial humano, pois há os que ainda pensam que a razão é a única responsável pela caminhada da vida. Muitos dos circuitos cerebrais da mente humana são maleáveis e podem ser trabalhados. Se formos incapazes de lidar com nossas próprias emoções podemos minar nossa experiência acadêmica, acabar com carreiras promissoras e destruir vidas.
Vamos combinar uma coisa: Todo controle de nossas conquistas é pouco, se não quisermos cair nas armadilhas perigosas das escolhas que fizermos para saciarem nossas paixões pelas “princesas encantadas” que cruzam em nossos caminhos. Se optarmos pelos desregramentos do amor próprio, um tanto vaidoso, ambicioso, seremos flechados pela incompetência  da Inteligência emocional. Todos os presentes concordam com isso? E veio um sim bem alto, promovendo curiosidade nos demais. O barzinho estava repleto de casais de namorados, rapazes solitários, grupos de amigas. Nessa hora, uma jovem fixa seu olhar num dos executivos. Ele fica paralisado olhando para ela. Levanta-se e dirige-se todo sorridente até ela. Anuncia tão baixo o nome, que ela nem ouve. Aproxima-se mais e bem perto dela, diz:  Claudio, estou maravilhado! Ela, em plenos pulmões, ri e diz: Érica, que simpatia!
O grupo de amigos se dispersa e Claudio nem se despede. Sai dali, segurando a mão da Érica. Ambos falantes, entram no carro dela, pois o Claudio viera no carro de um dos amigos. Érica na euforia, não consegue dirigir e, Claudio toma a direção e vão para um motel de luxo.
Toda aquela conversa sobre inteligência emocional e outros aconselhamentos foram dados pelo Claudio, que garantiu aos colegas que não cairia nas armadilhas de uma nova “princesa encantada”. E o que aconteceu logo depois? Ficou fascinado pelos encantos da Érica.
Os dias foram passando, ClaudIo e Érica formaram um casal de namorados apaixonadíssimos. Ele só falava nela, o tempo todo que estava com o grupo de amigos. Érica não tinha muitas amigas; era solitária, não gostava de contar suas intimidades. No ambiente de trabalho limitava-se a falar sobre banalidades ou sobre o mercado financeiro, ações da bolsa de valores, clientes em potencial. Como gerente financeira de um grande banco, precisava acumular conhecimentos para resolver os negócios e ter boas estratégias para ganhar novos clientes.  Morando sozinha há anos, Érica evitava tocar em assuntos de família. Fora abandonada pela mãe aos seis anos de idade, e o pai comerciante bem sucedido no sul do país, passou a beber, tornando-se alcoólatra. Érica, filha única, tratava o pai com todo carinho, e para as tarefas do lar contava com o apoio de uma antiga empregada da família, mas com o passar dos anos, viu-se em apuros, pois não tinha mais forças e tudo concorria para que ela maltratasse o pai, até batia muito nele. Muito irritada, jogou-o ao chão e ele fraco pela bebida não reagiu. Ficou ali no chão durante horas. A noite chegou, e Érica sentiu uma profunda raiva do pai como se alguém estivesse falando aos seus ouvidos para continuar procedendo maldosamente. Depois de alguns dias sem comer, sem ser tratado, seu pai desencarna.
Para continuar estudando, Érica vendeu as lojas, e gastou muito dinheiro com roupas, viagens longas, joias caras e carros importados. Esbanjou tanto, quase acabou com o dinheiro.
Claudio, rapaz bonito, simpático, contava com um grande número de amigos desde a infância. De família rica, com fazendas e diversos imóveis espalhados pelo país afora, estudou em bons colégios e fez faculdade de economia na Inglaterra. Ao retornar, ingressou com brilhantismo numa empresa multinacional, como diretor adjunto da área financeira, para a América Latina.  Gostando muito de ler sobre filosofia, religião, aproximou-se de um grupo Espírita Kardecista, passando a frequentar cursos, participar de palestras. Tomou a frente de atividades culturais para adolescentes e jovens carentes de um bairro pobre.  Falava com carinho com cada um deles, sobre a importância do estudo, da leitura e da boa escrita. Ensinando com prazer, deixava todos mais dispostos para aprender. Tudo correia bem na vida do Claudio, tanto no seio familiar como no trabalho, até conhecer Érica e passar a conviver com ela diariamente, pois ela dizia não aguentar mais ficar sem vê-lo, sem tocá-lo, sem trocar ideias sobre finanças, assunto que se encaixava perfeitamente para ambos.  Até um dia, Claudio chega  na casa da Érica e conta que fora chamado pelo presidente da multinacional para trabalhar por um bom período na matriz da Inglaterra. Precisava preparar-se para a viagem com uma  certa urgência.
- Não consigo acreditar que você vai me abandonar aqui sozinha. Sinto-me fragilizada só de pensar que vou perdê-lo. Quero ir junto com você. Sou capaz de pedir demissão, largar tudo o que reconstruí na vida, e partir ao seu lado para vivermos nossa história de amor.
- Não se desespere, não chore Érica. Vou voltar em breve. Tudo vai ficar bem. Você não deve perder seu emprego por minha causa. Você é boa profissional, tem uma longa carreira no Banco. Não tenho como leva-la comigo, ficarei hospedado na residência do Presidente Geral da Empresa, e estarei a serviço dele, não só em Londres, mas o acompanharei em viagens pelas filiais da Europa. Compreenda minha amada, não poderei dar-lhe a atenção que merece, se caso for comigo. Ficará sozinha e não terei como resolver as suas necessidades.
Claudio e Érica despedem-se. Em cada um, as juras de amor estremecem seus corações. Ela fica só, e a tristeza passa a ser sua companheira. Ele parte esbanjando simpatia e charme em todos os compromissos de trabalho e pelos passeios pelas cidades europeias. Conhece algumas mulheres, mas não apaga do coração o amor que sente pela Érica.
Aos vinte e seis anos, Érica entra em depressão. Afasta-se das funções profissionais. Perde a estabilidade financeira.  Vende a casa e vai morar num pequeno apartamento. O que lhe resta de dinheiro investe em ações na Bolsa de Valores e, no período de dois anos, prazo em que Claudio está na Europa, ela perde tudo. Entra com um recurso no Banco e ganha uma indenização. Deprimida, apresenta alergias epidérmica e muita coriza, após o choque emocional de ficar sem o Claudio por perto. O que resulta dessas crises incessantes que provocam sequestros emocionais com mais frequência, tornando mais difícil recuperar-se da dor e da fúria resultantes. É uma perfeita inundação de angústias emocionais. Érica se sente esmagada pela ausência do Claudio. Nem leu sequer uma carta que ele lhe escreveu com romantismo. A negatividade dela é tão acentuada que fica encharcada de sentimentos pavorosos   e descontrolados.

As pessoas inundadas ouvem de forma distorcida e não reagem de forma lúcida a, acham difícil organizar os pensamentos e recaem em reações típica do   homem primitivo.  Querem que tudo pare, ou desejam fugir de tudo e de todos, ou, às vezes, revidar. A inundação é um sequestro emocional que se autoperpetua. A Érica, nesse espaço de tempo, deixou-se inundar de pensamentos tóxicos, uma desagradável sensação de medo e de raiva que parece inevitável e, subjetivamente, dura  muito, muito tempo, para passar.

Nesse ponto pleno do sequestro, - as emoções da Érica são tão intensas, sua perspectiva tão estreita e seus pensamentos tão confusos, que não há a menor possibilidade de ver a vida e fatos corriqueiros do dia a dia sob outro ângulo ou de resolver o assunto de uma maneira racional.
Nesse ponto crítico, a Érica quase não toma banho, não troca de roupa, não se penteia e não come. Muito magra, quase não tem forças para ficar em pé ou andar. Mas assim mesmo, pede para o zelador do prédio, emprestar o automóvel do condomínio para ir ao supermercado. Ele atende ao pedido, fazendo com que ela assine um documento; pois poderia sumir com o carro, com fez com o próprio veículo, que não soube dizer o paradeiro. Ao sair do automóvel emprestado, percebe que está com pouco combustível e faz manobras perigosas para entrar num posto de gasolina, quando perde a direção indo colidir com outro veículo na contra mão. Bate a cabeça no volante, perde os sentidos. O motorista do outro carro sai correndo para auxiliar a motorista, e se depara com Érica ali, sangrando muito. Não acreditando na ocorrência, sacode a moça, dizendo-lhe: - Querida, sou eu, o Claudio, perdoe-me, deixe-me ajudá-la. Murmurando   baixinho, diz: Senhor?  O que aconteceu com a minha amada? Está desfigurada, maltrapilha, envelhecida. Como posso ajuda-la? O que fiz com ela? Devo ser o culpado por sua tragédia.
O resgate chega, e Claudio pede para que a levem para um hospital particular de sua indicação. Érica dá entrada na emergência e fica hospitalizada para exames mais profundos. Claudio permanece na recepção para as formalidades da internação. Quando abre a bolsa de Érica, nota que não há cartão de saúde nem conta bancária e tampouco documentação do veículo, apenas RG e CPF, e um estrato bancário praticamente a zero. Claudio fica perplexo. O que aconteceu com a Érica depois que parti para a Europa?  Logo em seguida, o médico clínico geral diz para Claudio que o estado de Érica é muito delicado, não pelo acidente, pois só levou alguns pontos na testa, mas está debilitada fisicamente, talvez com anemia e com distúrbios neurovegetativos. São necessários alguns exames, Raio X, tomografia, hemograma completo. A internação deverá durar de 5 a 7 dias.
Claudio acena com a cabeça concordando, e o médico se retira. Logo após, Claudio sai para tomar algumas medidas de urgência. Vai até a empresa e recebe a notícia de que fora promovido a Diretor Geral de Finanças para a América Latina. Todos da Diretoria  o felicitam. Claudio aparece, mas pede para o Vice-Presidente, um afastamento por estar atravessando uma fase complicada de doença em família. Sai rapidamente e volta para o hospital, como já anoiteceu, procura saber com o clínico geral se os resultados dos exames estão prontos, a anemia fora confirmada e um agravante quadro de intoxicação medicamentosa. Ela deve ter passado  um longo período ingerindo antidepressivos e ansiolíticos em larga escala.  Acordou irritada, atropelando as palavras, muito trêmula, fraca e gritando com uma ira assustadora.  Há que se analisar o seu quadro com um bom psiquiatra.
Claudio está ofegante e tem um acesso de choro. O Clínico traz um leve calmante e pergunta: - Você é parente da Érica?
- Não, doutor, somos grandes amigos e sou responsável por ela.
- Então,  é bom que sabia que vai ter muito trabalho para cuidar dela. Posso apresentar um Neuro-Psiquiatra e sua equipe que trabalha aqui no hospital.
- Doutor, então faça-me essa gentileza.
Logo em seguida, Claudio é conduzido ao consultório do Psiquiatra que já estava a par dos fatos. Conversaram rapidamente, e Claudio pede para que faça do que julgar melhor para ajudar Érica a se curar. Olha bem para o Psiquiatra e pergunta:
- Dr. Fontoura,  o senhor faz palestras em Centros Espíritas Kardecistas
- Faço sim, por que?
- Já assisti algumas de suas palestras, há uns dois ou três anos. Interessei-me bastante e acredito que agora faz fazer mais sentido, pois quero de coração que a Érica veja a luz do meu amor alimentando sua vida, capacitando sua inteligência emocional e os recursos espirituais para ficar saudável. - Com imensa satisfação, faremos tudo por ela, tanto como médico, como espírita e também como médium curador. Ela será transferida para minha clínica psiquiátrica, é um lugar seguro, há bastante espaço, jardins, piscinas, áreas de lazer, e existem lá bons profissionais e voluntários espíritas capacitados para o suporte nos passes e nas sessões de desobsessão que a Érica vai precisar submeter-se. E também, Claudio, deve preparar-se com leituras diárias do Evangelho Segundo o Espiritismo, muitas preces, e o essencial é muito amor, fé, coragem e toda benevolência para que ela consiga ajudar-se e aceitar nossas mãos auxiliadoras.
Claudio mito emocionado agradece e diz ao Dr. Fontoura: - A Fé é o alicerce da oração. Mas é preciso aumenta-la com o ardor da entrega à Vontade de Deus Pai Misericordioso. Colocarei todo meu amor na direção do Alto para que a Luz do Senhor inunde a minha Fé e a muita vontade de zelar pela saúde da Érica, mesmo que demore um longo tempo. Eu me entregarei pacientemente à pratica de suprimento de todo bem e de toda graça.
A transferência da Érica para a Clínica Psiquiátrica do Dr. Fontoura transcorre com tranquilidade. As acomodações são bastante confortáveis e amplas, mas ela não dá conta de nada, absolutamente nada.  Claudio  instala-se num outro pavilhão, e é tratado como hóspede com direito a todas as regalias de um hotel cinco estrelas. Ele recebe algumas informações da equipe do Dr. Fontoura  sobre o triste e grave resultado das avaliações psíquicas da Érica. É uma paciente que não está em condições de reagir por si mesma. Você deverá  seguir um roteiro de modo a permitir a ela, um ambiente psíquico adequado ao tratamento espiritual que a paciente receberá para melhor absorção dos recursos psíquicos. Chegará o momento em que ela conseguirá ter o  controle sobre si mesma, desejando em seu livre arbítrio participar com você da rotina disciplinar contida nas orientações espirituais recebidas através de Dra. Elza, Psiquiatra da nossa equipe,  que já ajudou muitos pacientes na cura de enfermidades desse gênero não sabemos estimar o tempo, podendo levar meses, anos, a vida toda.

Varredura, ou operação psíquica de emissões de raios mentais capazes de vasculhar o alvo, detectando sua natureza, causa, efeitos e realidades, usualmente escondidos à percepção comum.
Os conselhos emitidos pelos Espíritos Orientadores evidenciaram nitidamente  a causa da enfermidade, o comportamento real da paciente e os procedimentos a serem adotados. Ficou esclarecido que a Érica está obsediada desde a infância, devido o afastamento brusco da mãe, que fugiu com o amante. Logo em seguida suicidou-se. Desde seu desencarne, agarrou-se á filha para escraviza-la ao lado do pai, empurrando a menina com toda a força do mal, para destruí-lo até a morte.
Os anos foram passando e a Érica torturando-se como cúmplice de um crime. Condenava-se a cada dia, sofria calada deste mal, sem saber como detê-lo.  Via-se, sem seus sonhos, cercada de espíritos perseguidores, rebeldes, obstinados no mal, e em dado momento, sua mãe aparecia coberta de sangue, pedindo socorro. Érica acordava aos prantos, mas escondia de todos o que sentia. Não gostava de fazer amizades e nem de comentar sobre sua vida, solidão  e sobre o temor dos sonhos, pois sentia repulsa e imensa raiva da mãe. Sua afetividade estava totalmente comprometida e assim ficou neste tempo todo. 
Eis o roteiro a seguir:
- A BOA LEITURA – direciona a mente, para que procure entender as orientações e aplica-la devidamente;
- A MEDITAÇÃO – organiza os pensamentos nos conselhos espirituais do roteiro;
- A PRECE – recolhe forças divinas, acalma e ilumina os sentimentos;
- A VIGILÂNCIA – mentem os recursos espirituais recebidos e evita futuros transtornos.
 Antes de deitar-se para dormir, à noite, leitura de um pequeno trecho de O Evangelho Segundo o Espiritismo, ou qualquer outro livro de conteúdo edificante, para direcionar o pensamento, logo após meditar sobre o que foi lido, procurando estabelecer harmonia mental. Em seguida, fazer uma prece, rogando a Deus alívio para os sofrimentos ou solução para os problemas mais complexos da Érica, com o  auxílio dos recursos espirituais. Toda prece feita antes de dormir é válida porque os obsessores assediam a Érica – que é a vítima deles, mais especificamente ela é presa do espírito da mãe, quando a Érica está desdobrada durante o sono, ocasião propícia para ocorrer verdadeiro domínio hipnótico. Com a leitura, a meditação e a prece, elevam-se os sentimentos da Érica e ela permanece fora da  área de ação dos obsessores.
Todos nós, sem exceção, devemos procurar pacificar as nossas mentes antes de nos dirigirmos ao sono físico ao final de mais um dia. O nosso espírito retira-se do corpo quando este adormece e permanece inconsciente durante o sono. Ora “ o espírito sopra onde quer”, dai quando se desprende parcialmente do corpo, procura os seus interesses imediatos. Quais seriam esses interesses? O drama está ai! Para a certeza de que as intenções são boas e felizes, nada melhor que chamarmos para nossa companhia os bons espíritos. Há preces específicas que nos dão o real sentido da proteção espiritual, guiando-nos para o bem-estar.
A técnica da meditação perseverante higieniza a mente, é um santo  recurso para o equilíbrio do espírito, porque descobre a nossa verdadeira realidade, ou seja, quem somos na essência do espírito.  Ai sim,  podemos ajustar o passado e providenciar o futuro, mais feliz, atendendo ao preceito formulado pelo próprio Santo Agostinho: “conhece-te a ti mesmo”. Aquele que tem a verdadeira vontade de se melhorar explore, portanto, a sua consciência, a fim de arrancar dali as más tendências como arranca as ervas daninhas do seu jardim.
Passes e água fluidificada repõem as energias nobres e necessárias  o refazimento da Érica, porque juntamente com a prece, solicita-se aos bons espíritos que  fluidifiquem a água para o tratamento, objetivando o melhoria do ambiente espiritual e a manutenção de condições ótimas para a obtenção dos recursos psíquicos recebidos. É momento de importantes reflexões e de interiorização acerca dos ensinamentos do Cristo à Luz do Espiritismo.
O drama maior tem sido a receptividades do paciente em receber e guardar os recursos a ele enviados. Dai a grande necessidade da reformulação mental,  da meditação, da vigilância e da oração, sempre necessário repetir. Por isso, Claudio a sua ajuda deve ser constante, sistemática, e essencialmente confiante no seu potencial de amor, de fé e vontade de trazer a Érica para a verdadeira realidade da vida. Examiná-la nos mínimos gestos, reações visuais e de palavras. Aos poucos, ir preparando-a para preencher os espaços mentais com imagens sadias, com orações constantes que deem ou tragam a ela, o verdadeiro interesse de orar. Orar e ativar bons pensamentos. Orar e relaxar a mente para que aceite o bem, a luz. Orar para eliminar os horrores vividos e quaisquer coisas deprimentes. Orar consiste em escolher os pensamentos e trata-los bem, porque eles serão os meios para abrir as portas do amor, permitir olhar através das janelas da esperança, prevenir contra os agressores invisíveis, utilizando as trancas da vigilância e os muros da fé.
Claudio sente-se estimulado por todas essas tão significativas orientações. Anuncia-se como colaborador da equipe, e pede que lhe deem mais subsídios sempre que necessário, para que não se omita em nada, afim de que venha trabalhar incansavelmente para a manutenção de um tônus psíquico significativamente aceitável, para que a Érica possa ter uma futura convivência em sociedade. Que eu possa dar de mim, tudo o que Deus em sua Infinita Providência derramar em meu ser, que tanto quero beneficiar a Érica. A ação espírita é sempre muito eficaz no apaziguamento do paciente e no fornecimento de fluídos salutares para o afastamento dos obsessores.
Estou convicto por isso mesmo, de que ela se acalmará e se sentirá reforçada psiquicamente, fazendo com que o  de um modo geral seja suportável. Muito tenho que aprender. Mas uma coisa é certa. Uma Luz de amor, é o que serei para a Érica libertar-se e amar-se.


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