quarta-feira, 27 de setembro de 2017

BOM E MAU USO DA LIBERDADE – PARTE II

O espírito humano flutua agitado por todos os ventos da dúvida e da contradição. Às vezes acha que tudo vai bem e pede novas energias vitais: outras,  amaldiçoa a existência e clama o aniquilamento.
Pode a Justiça Eterna conformar os seus planos com as vistas efêmeras e variáveis?
Na própria pergunta está a resposta. A Justiça é Eterna porque é imutável. No caso que nos ocupa, é a harmonia perfeita que se estabelece entre a liberdade dos nossos atos e a fatalidade das suas consequências.
O esquecimento temporário das nossas faltas não evita o seu efeito. É necessária a ignorância do passado para que toda a atividade do homem se consagre ao presente e ao futuro, para que se submeta à Lei do esforço e se conforme com as condições do meio em que renasce.
É durante o sono, que a alma exerce a sua atividade, pensa, vagueia. Às vezes, remonta ao mundo das causas e torna a encontrar a noção das vidas passadas. Do mesmo modo que a estrelas brilham somente durante a noite, também o nosso presente deve acolher-se à sombra para que os clarões do passado se acendam no horizonte da consciência.
A vida no corpo humano é o sono da alma; é o sonho triste ou alegre. Enquanto ele dura, esquecemos os sonhos precedentes, isto é, as encarnações passadas; entretanto, é sempre a mesma personalidade que persiste nas suas duas formas de existência. Em sua evolução atravessa alternadamente período de contração e dilatação, de sombra e luz.
A personalidade retrai-se ou se expande nesses dois estados sucessivos, assim como se perde e torna a encontrar através das alternativas do sono e da vigília, até que a alma, chegada ao apogeu intelectual e moral, acabe de uma vez de sonhar.
Há em cada um de nós um livro misterioso onde tudo se inscreve em caracteres indeléveis. Fechado à nossa visão durante a vida terrena abre-se no Espaço. O espírito adiantado percorre lhe à vontade as páginas,  encontra nele ensinamentos, impressões e sensações que o homem material a custo compreende. Esse livro,  é o que chamamos o PERISPIRITO. Quanto mais se purifica, tanto mais as recordações se definem: nossas vidas, uma a uma, emergem da sombra e desfilam em nossa frente para nos acusarem ou glorificarem. Tudo, os fatos, os atos, pensamentos mínimos, reaparece e impõem-se à nossa atenção. Então o Espírito contempla a tremenda realidade; mede o seu grau de elevação; sua consciência julga sem apelação nem gravidade, como são suaves para a alma, nessa hora as boas ações praticadas, as obras de sacrifício!
Como, porém, são pesados os desfalecimentos, as obras de egoísmo e perversidade.
                                               ***
A vida atual é, como se sabe, um simples episódio de nossa longa história, um fragmento da grande cadeia que se desenrola para todos através da imensidade.
E constantemente recaem sobre nós, em brumas ou claridades, os resultados de nossas obras.  A alma percorre seu  caminho cercada de uma atmosfera brilhante ou turva, povoada pelas criações de seu pensamento.
É isto, na vida do além, sua glória ou sua vergonha.
                                               ***
A educação das almas humanas obriga-as a ocupar situações diversas. Todas têm de passar alternadamente pela prova da riqueza e pela da pobreza, do infortúnio, da doença, da dor.
A todas as misérias deste mundo que não o atingem o egoísta fica alheio e diz: “Depois de mim, o dilúvio!”


A”SENTINELA DA EVOLUÇÃO HUMANA” – POR LUÍZA CONY

O ESTAR A SÓS COM DEUS

Quando estamos no auge do nosso Ego, dificilmente exaltamos o silêncio e a oração. Nesse momento, não sabemos ocupar os pensamentos com a intimidade do silêncio, porque o Ego se martiriza demasiadamente com o silêncio que mostra o caminho oculto da verdadeira oração.
É o estar a sós com Deus, que nos dá a força para fazer da prece esse intercâmbio secreto. Então, a prece nada mais é do que por pensamento conversarmos a sós com Deus. É na intimidade do nosso ser que erguemos a voz interior para dizer o amor pelo Pai, a sublime felicidade de poder nos comunicar com Ele.
Quando estamos preocupados, o nosso Ego se agiganta e fatalmente, nos leva ao desespero. O Ego se ramifica em petitórios abusivos deixando os pensamentos vagarem pelas esferas negativas que exibem tristezas, flagelos, desconfortos emocionais, amostras de uma infelicidade, que aos poucos, nos contagia. Se formos dar ouvidos às rudezas do nosso Ego, entraremos em pânico e não abriremos o coração para Jesus, e com certeza, tudo se tornará um caos em nossa vida.
O Ego vicia nossos sentimentos e nos faz tão dependentes do negativismo, que somos fatalmente seduzidos pelos espíritos farsantes de categoria inferior.
A oração é a humilde conexão do nosso Espírito com as esferas superiores. Entendemos desse modo, como é importante criarmos em nosso interior a vontade de falar a sós com Deus. Se não abrirmos o caminho do amor, de fé e de harmonia, dificultaremos a nossa intenção de orar, de centralizarmos nossa atenção na direção do silêncio interior, fugindo das interferências do Ego e das atrações fascinantes do mundo material para glorificarmos o momento da prece, como o ato mais iluminado da nossa existência. É a Alma que está ensaiando as primeiras palavras na direção dos júbilos divinos. É o encontro sacro santo com Deus.
Nossos destinos dependem também, do quanto colocamos de amor em nossas preces. Não é o pedir desesperadamente para Deus atender nossos apelos nas dificuldades materiais, financeiras. familiares, profissionais ou nas doenças, que nos fará alcançar uma graça; mas a força do amor, do nosso silêncio interior, livre de qualquer interrupção oriunda dos nossos desvarios. Subjetivamente, a oração deve ser fiel companheira de todas as horas, no lar, no trabalho, no passeio, no diálogo com familiares e amigos. A prece se realiza por si só, quando a Alma se liberta dos conceitos vulgares do mundo. Quem ama a vida tem como amiga a prece, e na bula não há contra indicações e nem efeitos colaterais. Quem luta para sobreviver tem como companheira a prece.

Todos nós que nos conscientizamos sobre o poder da oração que ajuda a curar nossas dores físicas, mentais, emocionais e espirituais, sabemos que Deus presta grande atenção quando entramos em contato com o silêncio interior, e, com devotamento nos vemos caminhando para os braços de Jesus que nos espera com o carinho de irmão, amigo e mestre, e palavras simples e tão afáveis brotam da nossa alma como flores nascendo e crescendo para serem oferecidas com o perfume, com a beleza pura da natureza. Minha Alma diz: Senhor! Eis-me em oração. Sou toda feita para amar-Te. O  que queres que eu seja, assim o serei. Minha esperança está em Ti. Em relaxamento meditativo respiro calada. É o sagrado em mim. O ar não se vê. Mas minha Alma Tu vês. Eis o meu silêncio falando contigo Senhor. Esta é a minha maneira de orar. Nela, entrego-me a Ti Senhor.
Durante anos, nossas orações diárias vêm alimentando muitas vidas angustiadas, aflitas e obsediadas. A oração sendo o alimento espiritual de amor, fé e paz, ampara  encarnados e desencarnados, tratando-os com a luz de Jesus para reinar a serenidade, o perdão e a vontade de ouvir os ensinamentos morais contidos nas obras básicas de Allan Kardec.
Cada oração deve ter o som da caridade entoando versos de ajuda ao próximo, de valores que representem mais humildade e sinceridade nos nossos próprios atos.
Cada minuto de oração deve ser vivido com alegria e felicidade, porque é Deus que está olhando e ouvindo nosso Espírito expressar o que sente, o que quer realizar de melhor para a própria evolução moral.
Orar é vibrar boas energias para a saúde física encontrar o alinhamento dos chacras que irá acalmar os batimentos cardíacos, harmonizar o emocional para afastar as ansiedades, os medos, estes vilões que atemorizam a nossa consciência.
Para muitas pessoas a oração significa fuga, isolamento, distanciamento da realidade, busca de soluções para os problemas do cotidiano, resgate de amores, apoio no convívio familiar.
O silêncio é um sábio mestre, por isso é o mais importante de tudo. Silenciar a mente e o coração faz com que nasça a oração. Procuremos Deus no silêncio, estando a sós ou acompanhados. Se prestarmos atenção ao silêncio, será fácil orar, então poderemos ouvir Deus em todo lugar: na pessoa  que precisa de nós, nas flores, nos pássaros, nos animais, e o mais importante é descobrirmos que aquele silêncio é Universal, é meu, é seu, é nosso e está em todos os lugares. É divino, é louvor, é eterno.
A “VARINHA MÁGICA” DE LUÍZA CONY



NEM SEMPRE NA VIDA, SE TEM UMA CONSCIÊNCIA INTENSA


Podemos dizer que os temas mais importantes da psicologia moderna são o inconsciente e o subconsciente, objetos principais da psicologia de profundidade. A participação do subconsciente na vida psíquica é tão grande que, embora nem sempre o possamos perceber, nossos gestos e atitudes são dirigidos e orientados pelos impulsos mais profundos que vêm dos recantos mais íntimos do nosso ser.  E impossível  a compreensão psicológica de nós mesmos e dos nossos semelhantes se não tivermos o conhecimento desses fenômenos. Muitos de nossos gestos são inconscientes, mas expressam intenções, que frequentemente desconhecemos.
Entretanto, fantásticas especulações foram feitas, nesse terreno e muitas afirmativas foram produto de precipitações de toda espécie, a ponto de se chegar a afirmar que os fenômenos conscientes eram totalmente regidos pelos inconscientes. Nem sempre na vida, se tem uma consciência intensa. Há fatos que estão como que obscurecidos, enevoados, enquanto outros são mais límpidos e nítidos, assim como sucede com as nossas recordações, que ora são mais nítidas, ora mais escuras, ora conseguimos trazê-las da obscuridade para a luz. Nossas recordações,  sofrem também modificações, pois quando encontramos novamente uma pessoa, vem-nos à memória uma série de fatos que acompanharam o primeiro encontro. Então essa pessoa já não é propriamente a mesma da primeira vez, quando nos era estranha. Agora é uma pessoa conhecida e a tratamos segundo as recordações que nos deixou e as ligações afetivas, que a primeira impressão e as outras marcaram na nossa memória. Toda nossa vida anterior influi sobre os atos de nossa vida atual. O ser humano tem memória e cada coisa traz a memorização de outras. Essa a razão porque sempre fomos diferentes, porque cada experiência não somente acrescenta mais uma experiência, como também modifica qualitativamente, as experiências anteriores.
Toda a nossa vida está governada pelas experiências do passado. Tem o nosso subconsciente uma função ordenadora especial. O que não somos capazes de fazer no presente, que é o campo de ação da consciência, o faz o subconsciente de maneira extraordinária. Basta citarmos um exemplo, que é típico. Quem estuda uma língua em 40 lições de uma hora, uma por dia ou uma por semana, adquire muito mais conhecimento dessa língua do que quem a estudasse em 40 horas, divididas em 5 por dia. No primeiro caso, o trabalho ativo e ordenador do subconsciente permite uma melhor fixação e sedimentação dos elementos apreendidos.
O nosso subconsciente, ativa de maneira coordenadora e daí, sua grande influência no consciente. Por isso é que dizemos que o nosso passado influi poderosamente no nosso presente. Eis, então, a razão principal que nos leva a estudar e a conhecer o “passado”.  Esse o motivo porque tanto nos interessa o passado dos grandes homens.
Sabemos que o passado muito nos pode explicar, muito embora os fatos puramente sucedidos, e que foram exteriormente averiguados por outros, não sejam suficientes para nos dar a ideia precisa de uma personalidade. Sabemos o quanto é difícil conhecer o nosso passado, quanto mais o passado de uma pessoa que nos é  estranha . Há certos acontecimentos decisivos, que transformam a personalidade e muitos deles, quase sempre se  processam em silêncio.
Há fatos passados que a pessoa não quer recordar, quer esquecer, precisa esquecer. Eles, propriamente, não desaparecem, mas se ocultam no subconsciente, ou são “mascarados”, encobertos por outras manifestações, que fazem esquecê-los. Esse esquecimento pode ter um caráter passivo ou um caráter ativo. São reprimidos. E essa repressão é um dos temas mais importantes da psicologia inaugurada por Freud. Quando reprimidos, desaparece totalmente a recordação dos mesmos do campo da consciência, mas são retidos no subconsciente, onde permanecem latentes e influem de forma daninha no comportamento vital.

A “VARINHA MÁGICA” DE LUÍZA CONY

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

O BOM E MAU USO DA LIBERDADE PARTE I


Em todos os tempos, a liberdade foi utilizada pelos dominadores da Terra. Em vários setores da evolução humana, os mordomos do mundo aproveitaram-na para o exercício da tirania, usaram-na os servos em explosões de revolta e descontentamento.
Quase todos os habitantes do nosso planeta pretendem a exoneração de toda e qualquer responsabilidade, para se mergulharem na escravidão dos delitos de toda sorte.
Ninguém, no entanto, deveria recorrer ao Evangelho para desonrar o sublime princípio. “Não useis, porém, da liberdade para dar ocasião à carne, mas servir-vos uns aos outros pela caridade”. – Paulo (Galatas, 5:13).
A palavra do Apostolo aos gentios é bastante expressiva. O maior valor da independência relativa de que desfrutamos reside na possibilidade de servirmos uns aos outros, glorificando o BEM.
O homem gozará sempre da liberdade condicional e, dentro dela, pode alterar o curso da própria existência, pelo bom ou  mau uso de semelhante faculdade nas relações comuns. É preciso reconhecer, porém, que são muito raros os que se decidem à aplicação dignificante dessa virtude superior.
Em quase todas as ocasiões, o perseguido, com oportunidade de desculpar,  mentaliza represálias violentas; o caluniado, com ensejo de perdão divino, recorre à vingança; o incompreendido, no instante oportuno de revelar fraternidade e benevolência, reclama reparações.
Onde se acham aqueles que se valem do sofrimento, para intensificar o aprendizado com Jesus Cristo?
Onde os que se sentem suficientemente livres para converter espinhos em bênçãos?
Todavia, o Criador sendo o Senhor Supremo concede relativa liberdade a todos os filhos, observando cada um – a conduta diária. Raríssimas são as pessoas que sabem elevar o sentido da independência a expressões de voo espiritual para o infinito. A maioria dos homens cai, desastradamente, na primeira e nova concessão do Céu, transformando, às vezes elos de veludo em algemas de bronze.
                                               ***
Quando você estiver a ponto de criticar e condenar os erros de outra pessoa, lembre-se de si mesmo.
                                               ***

A “SENTINELA DA EVOLUÇÃO HUMANA”– POR LUÍZA CONY

A VIDA É O PRÓPRIO CRIADOR

Nos caminhos da Fé, encontramos diversos corações extenuados e desiludidos. Referem-se à oração, à maneira de doentes desenganados quanto à eficácia do remédio, alegando que não recebem respostas do Criador. No entanto, a meditação mais profunda lhes conferiria mais elevada noção dos Divinos Desígnios, entendendo, enfim, que o Criador jamais oferece pedras ao filho que pede pão.
Nem sempre é possível compreender, de imediato, a resposta celeste em nosso caminho de luta, porém, nunca é demais refletir para perceber com a sabedoria da humildade.
Em muitas ocasiões, a contrariedade amarga é aviso benéfico e a doença é recurso de salvação.
Não poucas vezes, as flores da compaixão do Cristo visitam o ser humano, em forma de espinhos e, em muitas circunstâncias da experiência terrestre, as Bênçãos da medicina celestial se transformam temporariamente em feridas santificantes.
Em muitas fases da luta, o Criador decreta a cassação de tempo no ambiente do servidor, para que ele não encha os dias com a repetição de graves delitos e, não raro, dá-lhe fealdade ao corpo físico para que a Alma se ilumine e progrida.
Se a paternidade terrena, imperfeita e deficiente, vela em favor dos filhos, que dizer da Paternidade do Criador, que sustenta o Universo ao preço de inesgotável amor?
O TODO COMPASSIVO – CRIADOR nunca atira pedras às mãos súplices que lhe rogam auxílio.
Se você demora, pois, no seio das inibições provisórias, permaneça convicto de que todos os impedimentos e dores lhe foram concedidos por respostas do Criador aos seus pedidos de socorro, amparo e lição, com olhos para a vida eterna.
Por isso, devemos exclamar com alegria, amor e muita fé, que: A nossa vida é o próprio Criador! Sem Ele, certamente não existiríamos, tanto no corpo físico como na alma. Não haveria nada. Seria tudo um imenso vazio e intensamente profundo.
                                                           ***
Em verdade, amamos o Criador, em todos os momentos de júbilo dentro da nossa marcha evolutiva. O Evangelho, porém é farto de recomendações, no sentido de amarmos também os nossos irmãos, entre as pedras e sombras da árdua subida.
... “E deles temos este mandamento: que quem ama a Deus, ame também a seu irmão”. (João, 4:21).
Certo a palavra da BOA NOVA não se reporta aos companheiros amados e felizes que já solucionaram conosco as questões de harmonia mental, e sim aos que respiram em nossa atmosfera, exigindo auxílio fraterno e seguro.
Sãos os nossos irmãos doentes que reclamam remédio; os infelizes que sofrem de tristeza e depressão pedindo consolo; os fracos que esperam defesa; os ignorantes que anseiam por esclarecimento; os desajustados que necessitam de compreensão; os criminosos distanciados do socorro e da luz; os insubmissos que nos desafiam a tolerância; os desiquilibrados que nos induzem a vigiar para o bem; os demolidores que nos oferecem o ensejo de reconstruir; os revolucionários que nos auxiliam a reconhecer os benefícios da ordem; os que nos ferem, ajudando-nos a diminuir as próprias imperfeições; os que nos perseguem e caluniam, proporcionando-nos a oportunidade de suportar com o Cristo, na prática do Evangelho.
Nossa eterna gratidão no dia e na noite, repleta de paz e de amor pelas Bênçãos que, infinitamente nos chegam do Criador de nossa vida, por isso digo com fé: A VIDA É O PRÓPRIO CRIADOR!
                                                           ***
A “SENTINELA DA EVOLUÇÃO HUMANA” – POR LUIZA CONY


CONFIAR NA INTUIÇÃO


A intuição é o canal inicial, por onde penetram as primeiras noções do trabalho a que se entregará o medianeiro.
Ao primeiro envolvimento que é feito, produz-se uma vaga noção, como um pressentimento, uma aproximação da ideia, introdução ao desenvolvimento real do trabalho. O Espírito do sensitivo é envolvido por sugestões, numa fase preparatória, maneira natural de se abordar o assunto.
A intuição é a fonte cristalina das verdades espirituais se o médium acreditar em si, por sentir o próprio esforço no cumprimento dos deveres morais e espirituais. É a ligação constante entre seu espírito e a vontade do nosso Criador, se souber manter-se em um tônus salutar de aprendizagem evangélica. A confiança nas intuições tem estreita ligação com a capacidade de servir a amar. O Espírito reto confia em si. Sabe que desenvolve os esforços necessários ao seu aprimoramento e jamais duvidará da veracidade daquilo que sua alma habituada ao bem e somente ao bem, absorve da Fonte de toda a Verdade. Dai a necessidade premente de estabelecerem os médiuns, consigo mesmos, um pacto de conduta  irrepreensível, de modo que haja em seu foro íntimo, um acervo valioso de autoconfiança.
A fé em si e, consequentemente, em seu trabalho, crescerá na proporção inversa de sua acomodação com o menor esforço.
De que valerá  afirmarem-se presentes os irmãos desencarnados de todas as horas, se o medianeiro permanecer negativo, acreditando mais no poder do erro, que vê em si repetido constantemente?
A única chave para a conquista da Paz Interior do trabalhador está no aprimoramento incansável de suas reações junto aos problemas da vida. Cresça ele diante de seus próprios olhos e o resto correrá normalmente, pois empenhado sinceramente em ser fiel ao Senhor, jamais lhe ocorrerá a falta de fé.
Aquele que sente em si a fidelidade ao BEM em todos os setores da vida, sentirá, consequentemente, a legitimidade da sua inspiração. Confiando em si aprendera  a confiar no poder do BEM, por senti-lo vitorioso na própria alma em todos os momentos. A dúvida vem da dúvida. Aquele que assiste aos próprios fracassos íntimos, diariamente, jamais poderá improvisar segurança nos momentos de trabalho mediúnico. Será sempre um médium torturado pela dor de ver-se bipartido, trabalhando alternadamente para o BEM e para o MAL.
Que possamos nós médiuns colher as flores do auto aprimoramento, enchendo de encantamento nossa vida espiritual e, assim, sentiremos a alegria de servir, de modo tão puro quanto é de desejar.
Conquistemos um lugar ao SOL!
Bendito seja o Criador de nossa vida!
Que nos faz sempre afirmar com doçura, amor e emoção que:
“A VIDA É O PRÓPRIO CRIADOR!”
                                               ***
O Cristo age em nós, a nosso favor.
É indiscutível que Cristo pode tudo, mas para fazer tudo, não prescinde da colaboração do homem que lhe procura as determinações. Os  cooperadores fieis do Evangelho são o corpo de trabalho em sua obra redentora.
Haja, pois, entre o servo e o orientador legítimo entendimento.
Cristo reclama instrumentos e  companheiros.
Quem puder satisfazer ao imperativo sublime, lembre-se que deve comparecer diante Dele, demonstrando harmonia de viver e objetivos em primeiro lugar.
                                               ***

A “SENTINELA DA EVOLUÇÃO HUMANA” – POR LUÍZA CONY


OS VERDADEIROS SEGUIDORES DO CRISTO - CORRIGEM-SE E TRANSFORMAM-SE PARTE II



Quando Paulo escreveu aos Filipenses – “prossigo para o alvo” – já possuía vasta experiência de apostolado.
Doutor da Lei em Jerusalém, abandonara as vaidades de raça e de família, rendendo-se ao Mestre em santificadora humildade.
Após dominar pela força física, pela cultura intelectual e pela inteligência nobre, voltou-se para o tear obscuro, conquistando o próprio sustento com o suor diário.
Ingressando nos espinhosos testemunhos para servir ao próximo, por amor ao Cristo, recebeu a ironia e o desamparo de familiares, a desconfiança e o insulto de velhos amigos, os açoites da maldade e as pedradas da incompreensão.
O convertido de Damasco, no entanto, jamais desanimou, prosseguindo, invariavelmente, para o alvo, que, ainda e sempre, é a união divina do discípulo com o Mestre.
Quantos aprendizes estarão atualmente dispostos ao grande exemplo?
Espalham-se, em vão, os convites ao sublime banquete, mesmo assim, Jesus envia mensageiros aos estudantes novos, revelando a excelência da vida superior. A maioria deles, contudo, abrange operários fugitivos, plenamente distraídos da realização...
Perdem de vista a obra por fazer, desinteressam-se das lições necessárias e esquecem as finalidades da permanência na Terra. Comumente, nos primeiros obstáculos mais fortes da marcha, nos trabalhos iniciais de corrigirem-se, choram desesperados, tristes e desanimados. Declaram-se, incompreensivelmente vencidos, sem esperança...
Porém, a explicação é simples. Perderam o rumo para o Cristo, seduzidos por obstáculos fugazes, nas numerosas estações da jornada espiritual, e, por esquecerem o alvo sublime, chega de modo inevitável o instante em que, cessados os motivos de fascinação transitória, sentem-se angustiados, como viajantes sedentos nos áridos desertos da vida humana.
                                               ***
O Cristão que aspira movimentar-se entre facilidades terrestres, certamente ainda não acordou para a verdade.
A maioria dos seres humanos ainda não aprendeu o processo de sacrifício pessoal, como garantia de felicidade, a caminho da ressurreição do homem espiritualizado na vida eterna.


A “SENTINELA DA EVOLUÇÃO HUMANA” – POR LUÍZA CONY

domingo, 10 de setembro de 2017

A ALMA A SÓS COM DEUS EM TOTAL SOLIDÃO E SILÊNCIO


Disse Jesus: Muitos estão diante da porta – mas somente os solitários é que entram na sala nupcial.
A suprema experiência espiritual aparece sempre na forma de núpcias místicas com o divino Esposo.
A alma humana é como uma virgem que se entrega totalmente a Deus.
Muitos desejariam celebrar estas núpcias divinas, mas não conseguem cruzar o limiar da porta que conduz ao interior desse casamento místico.
Que é que os impede se estão diante da porta, por que não entram? Por que não se entregam ao divino esposo? Qual o seu obstáculo? O seu obstáculo é a sua falta de solidão. Não são almas suficientemente solitárias. Andam mancomunadas com outros amores. Não são almas virgens, puras; estão cheias de desejos e compromissos profanos. Não são monogâmicas – vivem nas poligamias do ego.
Os que entram na sala e celebram as suas núpcias divinas são as almas solitárias, as que disseram adeus aos amantes mundanos, que se afastaram dos ruídos da multidão, perderam de vistas todos os litorais da sociedade e todas as praias dos interesses do ego, e se deixaram empolgar pelas ondas bravias dos mares de Deus.
Todo ser humano realmente espiritual verifica que a sua solidão aumenta na razão direta da sua espiritualização.
O homem profano é rodeado de muitos, o iniciado é cada vez mais isolado – até que a sua solidão  atinge o cume do Everest, onde a alma se encontra com Deus em total solidão e silêncio, em absoluta nudez espiritual. Nem pai nem mãe, nem filho nem filha, nem irmão nem irmã, nem esposo nem esposa,  nem amigo algum nos pode acompanhar nesse último trecho da nossa jornada à silenciosa Divindade. A alma a sós com Deus...
Na razão direta que o homem se espiritualiza, mais se incompatibiliza com a sociedade em que vive. Os assuntos dos seus amigos de outrora não o interessam mais; e o que o interessa não interessa aos outros.
Quanto mais o homem se aproxima de Deus, mais se distancia dos homens que não se aproximam de Deus. Mas, por outro lado, o homem espiritual encontra o seu mundo de afinidade interior mil vezes mais belo que todas as sociedades profanas de outrora. Ele vive na “Comunhão dos Santos”.
Vemos também que na vida de Jesus aparece essa progressiva solidão: No domingo de Ramos, milhares de amigos o ovacionaram. Na Santa Ceia, ainda são doze. Pouco depois onze. No Horto das Oliveiras, são apenas três que acompanham o solitário sofredor. No Calvário só lhe resta um dos seus discípulos, e deste único discípulo fiel Jesus se desfaz, entregando-o à sua mãe. E assim, em total solidão e desnudez, pôde Ele dizer: “Está consumado... Pai em Tuas Mãos entrego o meu Espírito”...
Muitos estão diante da porta – poucos entram no interior do santuário – são os grandes solitários.
                                               ***

A “SENTINELA DA EVOLUÇÃO HUMANA” – POR LUÍZA CONY

OS VERDADEIROS SEGUIDORES DO CRISTO CORRIGEM-SE E TRANSFORMAM-SE – PARTE I

Ninguém penetra o círculo da vida terrena em processo absolutamente uniforme, como não existem fenômenos de desencarne com analogia integral. Cada alma possui a sua porta de “entrada” e “saída”, conforme as conquistas próprias.
Fala-se demasiadamente em zonas purgatoriais, em trevas  exteriores, em regiões de sono psíquico. Tudo isso efetivamente existe em plano grandioso e sublime, que, por enquanto, transcende o limitado entendimento humano.
Todos aqueles que bebem nas fontes puras da Verdade, com o Cristo, devem guardar sempre o otimismo e a confiança
“Nem todos dormiremos” – diz o apóstolo Paulo. Isto significa que nem todos os seres humanos caminharão às tontas, nas regiões mentais da semi-consciência, nem todos serão arrebatados a esferas purgatoriais e, ainda que tais ocorrências sucedessem, ouçamos, ainda o abnegado amigo do Evangelho, quando nos assegura – “mas todos seremos transformados”.
Paulo não promete sofrimento inesgotável. Nem repouso sem fim. Promete transformação. Ninguém parte ao chamado da vida eterna senão para transformar-se.
A função da vida é renovar para a perfeição, transformemo-nos para o bem, desde hoje.
Meu amigo, minha amiga – ao ler este pequeno texto, sinta-se coberto pela intensa Luz do Cristo; pois ele age em sua vida com amor que pacifica a mente, o corpo físico e a alma.
O Cristo se une a você. Perceba-O no silêncio da sua respiração, no momento em que se entrega aos sentimentos do Bem Maior. Percebe como mudam as reações? É nesse instante que você deve dizer calmamente: - Toda a gratidão preenche meus pensamentos e meus atos, fazendo-me saudável!
Antes de dormir lembre-se que Deus criou você para viver exatamente como bom filho, bom irmão, bom nas atitudes, bom executor dos seus deveres. Mas não se deve esquecer de praticar incansavelmente a verdade, obedecendo à vontade divina em todos os dias da sua vida. Adote este método e não terá apegos às ilusões e não cometerá erros de julgamento. Ame-se, amando primeiramente o Criador, e certamente saberá também amar os semelhantes.
A “SENTINELA DA EVOLUÇÃO HUMANA” – POR LUÍZA CONY