Quando Paulo escreveu aos Filipenses – “prossigo para o
alvo” – já possuía vasta experiência de apostolado.
Doutor da Lei em Jerusalém, abandonara as vaidades de
raça e de família, rendendo-se ao Mestre em santificadora humildade.
Após dominar pela força física, pela cultura intelectual
e pela inteligência nobre, voltou-se para o tear obscuro, conquistando o
próprio sustento com o suor diário.
Ingressando nos espinhosos testemunhos para servir ao
próximo, por amor ao Cristo, recebeu a ironia e o desamparo de familiares, a
desconfiança e o insulto de velhos amigos, os açoites da maldade e as pedradas
da incompreensão.
O convertido de Damasco, no entanto, jamais desanimou,
prosseguindo, invariavelmente, para o alvo, que, ainda e sempre, é a união
divina do discípulo com o Mestre.
Quantos aprendizes estarão atualmente dispostos ao grande
exemplo?
Espalham-se, em vão, os convites ao sublime banquete,
mesmo assim, Jesus envia mensageiros aos estudantes novos, revelando a
excelência da vida superior. A maioria deles, contudo, abrange operários
fugitivos, plenamente distraídos da realização...
Perdem de vista a obra por fazer, desinteressam-se das
lições necessárias e esquecem as finalidades da permanência na Terra. Comumente,
nos primeiros obstáculos mais fortes da marcha, nos trabalhos iniciais de
corrigirem-se, choram desesperados, tristes e desanimados. Declaram-se,
incompreensivelmente vencidos, sem esperança...
Porém, a explicação é simples. Perderam o rumo para o
Cristo, seduzidos por obstáculos fugazes, nas numerosas estações da jornada
espiritual, e, por esquecerem o alvo sublime, chega de modo inevitável o
instante em que, cessados os motivos de fascinação transitória, sentem-se
angustiados, como viajantes sedentos nos áridos desertos da vida humana.
***
O Cristão que aspira movimentar-se entre facilidades
terrestres, certamente ainda não acordou para a verdade.
A maioria dos seres humanos ainda não aprendeu o processo
de sacrifício pessoal, como garantia de felicidade, a caminho da ressurreição
do homem espiritualizado na vida eterna.
A “SENTINELA DA EVOLUÇÃO HUMANA” – POR LUÍZA CONY
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