domingo, 23 de julho de 2017

A UNIÃO DA PSICOLOGIA A UMA ORIENTAÇÃO FILOSÓFICA SEGURA – PARTE II


Podemos comparar a Psicologia e a Filosofia como ramos da ciência do espírito, ao papel que desempenham na ciência material a Física e a Química. Que poderiam essas duas últimas se divorciadas?
Haveria para a vida material do Planeta a possibilidade de atingir o surto de progresso que hoje supera as dificuldades do mundo físico?
Na Idade Média iniciou-se o período da alquimia e as primeiras noções foram conhecidas na busca intensa de vantagens da vida. Em seguida, surgiram os grandes homens da Física explorando os aspectos desconhecidos das leis que sustentam o mecanismo universal. Entretanto, esses dois setores da ciência encontraram o apogeu na combinação de seus esforços, quando conquistaram o sentido amplo da colaboração que deve haver entre os discípulos de um mesmo mestre: O SABER.
À semelhança da ciência material, o estudo da alma teve início com as escolas filosóficas que buscavam o “ouro sintético” da paz interior e a “pedra filosofal” da interpretação profunda dos valores do espírito eterno. Após longos anos  de experimentação, acumularam os homens uma possibilidade grandiosa de discernimento em torno de tais problemas.
Surgiram então os físicos da alma, aqueles que desejavam conhecer as leis que regem os mecanismos da mente humana. E puseram-se a pesquisar as reações psicológicas do universo interior. A Humanidade  porém continua a encontrar obstáculos intransponíveis à realização do seu sonho de progresso e paz, pois as soluções no campo da mente humana dependem da combinação dos valores da Física e da Química da Alma: a Psicologia e a Filosofia.
Em nossos humildes trabalhos espíritas muito  proveito temos colhido da feliz combinação dos princípios em que se baseiam esses ramos da ciência terrena. Temos a felicidade de aceitar como uma necessidade indiscutível o amor ao saber (Filosofia), no qual incluímos as causas primeiras da vida combinando-o com o conhecimento da mente humana (Psicologia), para melhor poder nos orientar.
Assim surgiram os trabalhos de recordação do passado com o objetivo de fornecer ao espírito as razões do seu desajuste e em seguida a possibilidade da aplicação dos princípios renovadores do Evangelho de Jesus, que é a soma mais perfeita de toda a Filosofia sobre a Terra.
Estudadas as causas e efeitos das atitudes através das diversas encarnações, surge com clareza diante do homem a VERDADE que o deve guiar. Compreende que o erro gera uma reação negativa em si e à sua volta e vê comprovadas as máximas que afirmam a conveniência do proceder equilibrado e justo. Eis ai a ciência experimental por excelência, aquela que será capaz de refazer o rumo da Humanidade, provando ao homem, em sua própria intimidade psíquica, a necessidade de orientar-se pelos caminhos da boa vontade com o próximo. Esta certeza causará ainda verdadeira revolução social, no dia em que constituir prática aprovada por todas as criaturas.
Irmãos, irmãs, amigos e amigas!  Tenham  em seus espíritos o registro de uma quantidade incalculável de ações de vidas passadas que se refletem em seu proceder atual. Quando a ciência terrena lhes abrir as portas dessa nobre investigação, vocês serão conduzidos como um rebanho feliz aos verdes campos de uma esperança renovadora!
Entretanto, os primeiros a se beneficiarem serão os próprios patrocinadores desse movimento, que atrairão a si os benefícios de uma obra benéfica, semelhante em seus efeitos ao descobrimento da bússola e da pólvora.  Esses dois instrumentos permitiram o alargamento do campo de ação do homem no plano terreno. No desbravamento dos campos inexplorados da alma algo semelhante se dará. Orientado pela bússola de uma certeza magnética interior, o homem se lançará pelos mundos desconhecidos do próprio eu, levando consigo a força de uma vontade poderosa e esclarecida, capaz de fazer ruir todos os obstáculos a sua caminhada. Porém, como essa jornada já encontrará de posse dos princípios cristãos, poderá evitar o mau uso dessa energia interior. Por ser esse um ponto de importância capital, alertamos quanto  a urgência de esclarecimento evangélico, pois todo aquele que entra em contato com os dragões da alma, adormecidos no subconsciente, precisa antes achar-se na posse dos meios para dominá-los.
As realizações de aperfeiçoamento constituem fonte inesgotável de alegria interior. Então, esforcemo-nos no caminho da renovação com desejo profundo e sincero de progresso espiritual.
                                                           *****
Enquanto, na Ásia, a palavra BUDA é um poderoso “mantra” de evocação esotérica e o nome de Krishna significa o mesmo na Índia, o vocábulo Cristo representa a mais alta expressão mantrânica  para o homem ocidental despertar no seu espírito as virtudes do amor, da renúncia, bondade e pureza. Os iniciados que sabem dar curso à vibração sonora sideral do vocábulo ”Cristo” também mergulham num estado de expectativa cósmica, tomados de júbilo, esperança e imune às vicissitudes e crueldades do mundo. Os Cristãos deixavam trucidar-se nos circos romanos, entoando apenas o cântico “Ave Cristo”, muitos deles desencarnavam apenas sob o efeito sonoro vibratório ou mantrânico dessa palavra sublime: “CRISTO!!!”

A “SENTINELA DA EVOLUÇÃO HUMANA” – por Luíza Cony

segunda-feira, 17 de julho de 2017

OS EXTREMOS DA RIQUEZA E DA POBREZA


No livro de Jó está escrito: Os pobres como manadas de animais, vagueiam pelas campinas, o dia todo à cata de alimento, juntando migalhas para seus filhos.
Nus, sem um abrigo, tiritam no frio lancinante.
Quando chove, encharcam-se até a alma, e carregam o grão para os vis e vergam as costas para os ricos.
Esmagam azeitonas e morrem de fome, espremem uvas e morrem de sede.
                                                           ***
Jesus tem toda razão quando diz que é muito difícil para os ricos entrarem no REINO DE DEUS. Mas é difícil em ambos os extremos de riqueza e de pobreza involuntária. (não que seja fácil no meio termo).
Também é verdade que aqueles que renunciam a toda riqueza e segurança materiais tomam a trilha mais direta para o REINO. Não estou me referindo, aqui, a monges e freiras cristãos ou budistas, os quais, afinal tem um teto sobre suas cabeças e a garantia de que não faltará alimento em seus estômagos. Mas um tipo mais radical de renunciador. Como o luminoso exemplo de Francisco de Assis.
Na China, há o exemplo menos passional  mas mais equilibrado de LAYMAM P’ANG (c.74—808), um abastado negociante que mais tarde viria a se tornar um MESTRE ZEN famoso e magnificamente divertido. Depois de sua iluminação, P’ANG doou sua casa para servir como um templo budista e, depois, ficou pensando o que faria com todo o seu dinheiro. “Como sua fortuna era imensa” diz o relato antigo, “ela lhe causava preocupação. Se eu a der a outras pessoas,  pensou, elas poderão ficar apegadas o quanto eu costumava ser. O melhor é dar tudo para a terra do nada”.
Então, ele colocou todo o dinheiro e pertences dentro de um barco, num lago próximo, e o afundou. Depois disso, ele, sua esposa, seu filho e sua filha passaram a ganhar seu sustento fazendo e vendendo utensílios de bambu.
Temos a oportunidade também, de dispor do testemunho de RAMANA MAHARISHI sobre a primeira vez em que pediu esmolas pelas ruas  depois de sua iluminação, quando era um adolescente de 16 anos: - não podes imaginar a nobreza e a dignidade que senti no tempo em que pedia esmolas. No primeiro dia, quando pedi à esposa do GURUKAL, me senti envergonhado, em consequência dos hábitos da minha criação, mas depois não houve mais qualquer sensação de humilhação. Eu e sentia como um rei, mais que um rei. Não foram poucas  as vezes em que recebi de alguma casa um mingau azedo e o comi sem sal ou qualquer outro condimento, no meio da rua, na frente de grandes pânditas e outros homens ilustres costumavam prostrar-se diante de mim no templo, e então limpava minhas mãos em minha cabeça, e continuava andando, extraordinariamente feliz e num estado de espírito em que até imperadores, na minha visão, eram simples ninharias. Não podes imaginar o que é isso. É por essa razão que reis renunciam a seus tronos e escolhem este caminho.

A “VARINHA MÁGICA” DE LUÍZA CONY


O CAMINHO DO RENUNCIADOR PARTE II


As tradições judaica e budista dispõem de ensinamentos particularmente equilibrados sobre o tema da riqueza.
No Budismo profundamente iluminado do Vimalakirti, um bilionário profundamente iluminado, discípulo de Buda, que tem um sutra inteiro escrito sobre ele e que recebeu o seu nome. E, no  Judaísmo, há entre outros exemplos, a figura do virtuoso Jó, o “homem mais rico de todo o Oriente”. Perto do fim do poema, Jó lembra a Deus, a grande compaixão que tinha em função de sua grande riqueza.
Se tivesse desprezado os direitos de meu escravo ou fechado os ouvidos a sua súplicas – o que faria eu se Deus aparecesse? O que responderia, se me interrogasse? Por acaso não foi Deus que nos fez e nos formou a ambos no ventre?
Se alguma vez negligenciei os pobres ou fiz sofrerem os inocentes; se comi sozinho minhas refeições e não agasalhei aos nus nem cuidei do mendigo maltrapilho (...) ou jurei fidelidade ao ouro; se alguma vez gabei-me de minhas riquezas ou colhi os louros de minha fortuna (...)
                                                           ***
A atitude judaica é bem sintetizada pelo rabino espanhol do século XI, Bakya Pakuda: - Se aquele que confia em  Deus é rico, com satisfação ele cumprirá todas as obrigações religiosas e éticas que cabem a um homem rico; se é pobre, considerará a falta de dinheiro uma bênção de Deus, que o alivia das responsabilidades que sua posse envolve, e do trabalho de o guardar e gerir. O rico que confia em Deus não considerará a sua riqueza um obstáculo à sua fé; pois não põe sua confiança em sua riqueza, à qual é para ele um encargo que lhe foi atribuído por um período limitado, a fim de que o aplique em benefício de si próprio, de sua família e de sua comunidade.
Ele não colhe louros por sua generosidade, nem tampouco dá esmolas ou realiza boas ações a não ser no anonimato; nem exige qualquer recompensa ou louvor; mas, em seu coração, agradece ao Criador que o fez agente de Sua bondade. E se perde sua riqueza, não se aflige ou lamenta por sua perda, mas é grato a Deus por ter levado embora aquilo que apenas lhe havia sido confiado, da mesma forma com que antes era grato a Deus por sua dádiva original, e se compraz com a porção que lhe cabe.
A verdade é que, quando vemos o dinheiro com clareza,  podemos reconhece-lo como algo que não é nem bom nem mau, mas, sim, que é pura energia, e entender que ele pode ser utilizado, tal como a eletricidade, tanto para o bem quanto para o mal. “A pessoa indigna”, diz um mestre oriental, - em harmonia central, “desenvolve a sua riqueza à custa do seu caráter; a pessoa madura desenvolve o seu caráter através da sua riqueza”. Quando estamos mergulhados no amor de Deus, até o dinheiro é um serviço divino, tal como diz a –  extasiante, ultrajante e magnificamente inocente – oração de um mestre da índia:
- Possa eu me tornar famoso,
Possa eu me tornar mais rico
Do que os ricos
Para que possa servi-lo melhor,
Doce Senhor!
Possa eu entrar em Ti,
Possas tu entrar em mim!
Possa eu misturar-me às
Suas  milhares formas,
Para minha purificação.
Como as águas correm em queda,
Como os meses compõem os anos,
Possam discípulos  virem a mim
De todos os lugares,
Para que eu possa melhor
Servi-lo Senhor!
Para finalizar, mais uma história e um poema em prosa.
Um espírita havia entrado na idade adulta com um forte e enraizado preconceito contra o dinheiro. Recusava-se a ter qualquer  espécie de relação com o dinheiro, a não ser o mínimo estritamente, necessário, e vivia com seis mil reais por ano. Foi então que conheceu uma mulher de rara sensibilidade, que mais tarde viria a se tornar sua esposa. Pouco tempo depois que se conheceram, ela começou a chamar sua atenção para o fato de que a aversão era uma forma de apego tão forte quanto o desejo, e que, ao rejeitar o dinheiro ele estava reprimindo a sua própria energia, tanto física quanto espiritual.
Esta situação perdurou por alguns anos.
O espírita que é esperto o bastante para ouvir a voz da verdade, finalmente compreendeu e passou então a dedicar-se ao doloroso – e, para ele, necessário trabalho interno de rastrear a raiz de sua aversão. Passaram-se os anos; tudo foi ficando claro; nada mudou. E então, de repente, sete anos mais tarde seu trabalho começou a germinar e o dinheiro começou a jorrar aos borbotões, um sinal externo e perceptível, de uma abundância interna e espiritual.
O espírita já havia entrado no reino de Deus vários anos antes, e só muito mais tarde tornou-se rico. Tomado pela exultação deste espírita, inverti a metáfora de Jesus na seguinte passagem:
Pelo buraco da agulha o camelo recupera o fôlego, limpa o suor da resta. Foi um aperto danado, mas ele conseguiu. Recosta sobre a grama inacreditavelmente viçosa, ele recorda: Todos aqueles anos (que martírio eles foram!) de jejum e concentração obsessiva, até que finalmente ficasse suficientemente magro: traumaturgicamente magro; filiformemente magro, quase irreconhecível em sua camelice; até o momento diante do buraco abismal. Quando uniu suas patas dianteiras. Tomou o último e longuíssimo fôlego. Mirou. Mergulhou.
A exceção pode provar a regra, mas o que prova a exceção?
“Não que coisas assim sejam possíveis”, pensa o camelo, com um sorriso. “Mas coisas assim são possíveis para mim”.
                                                           ***
A “VARINHA MÁGICA” DE LUÍZA CONY




O CAMINHO DO RENUNCIADOR – PARTE I



A maior parte das tradições religiosas faz uma distinção entre o caminho de um chefe de família e o caminho de um RENUNCIADOR. Tal distinção quase sempre carrega consigo um julgamento (feito pelos renunciadores), obviamente, de que o caminho do renunciador é espiritualmente superior. Mas os dois são iguais, e cada qual tem as suas vantagens e as suas armadilhas.
Discípulo: Um chefe de família pode alcançar a libertação?
Mararishi: Por que pensas em ti como um chefe de família? Se te tornares um monge errante, um pensamento semelhante – de que és um renunciador – irá te perseguir. Quer continues a viver como  marido e pai, quer renuncies à tua família e te isoles na floresta, o teu pequeno eu ainda te acompanhará.
O EU é a fonte dos pensamentos. Ele cria o corpo e o mundo e te faz pensar que  és de fato um chefe de família.
Se renuncias ao mundo, isto apenas te fará substituir o pensamento chefe de família  pelo pensamento renunciador, e o ambiente de tua casa pelo ambiente da floresta. Mas os obstáculos mentais persistirão. Na verdade, eles até aumentam em novos ambientes.
Não ajuda nada mudar de ambiente. O obstáculo está na mente. Tem que ser superado, quer em casa, quer na floresta.
Se  podes fazer isto na floresta, por que não em tua casa? Portanto, para que mudar de ambiente?
Teus esforços podem ser feitos agora mesmo qualquer que seja o ambiente em que encontres.
                                                           ***

A “VARINHA MÁGICA” DE LUÍZA CONY

sábado, 15 de julho de 2017

A UNIÃO DA PSICOLOGIA A UMA ORIENTAÇÃO FILOSÓFICA SEGURA – PARTE I


Esses dois grandes ramos da ciência aplicada ao conhecimento humano vão atingindo cada vez mais expansão. Fermentada a mente humana pelos ácidos da corrupção, da incredulidade e do desespero, fruto do desamor, torna-se a vida no Planeta sem hospitalidade de modo que o homem surge como novo investigador dos princípios espirituais, já nesta fase sob o ponto de vista intelectual.
Diante da impossibilidade de curar as moléstias psíquicas com os métodos comuns da medicina chegaram alguns estudiosos a uma realidade mais próxima da verdade: A terapia psicológica, que lança mão dos recursos preciosos da experimentação psíquica interna. Abre-se uma porta e sucede como se o homem penetrasse no pátio de uma residência cujos moradores  encontram-se à sua espera. Porém, será convidado a penetrar os compartimentos interiores para obter resultados satisfatórios, em suas experiências. Não bastará que identifique a presença dos elementos que vibram na intimidade da mente humana como o amor, o ódio, a alegria, a tristeza. É preciso que aprenda a compreendê-los e dominá-los, entrando em estreita relação de causa e efeito, que lhe permitirá julgar com acerto da forma pela qual tais fenômenos se  apossam da mente humana. Não pode permanecer como a visita formal que, ao  ser admitida por seus hospedeiros, mantem palestra conhecida de todos, retirando-se em seguida, tão estranha era ao penetrar-lhes o domicílio. Para que as invasões da ciência possam frutificar com expansão no campo da psicologia, precisa entregar-se a uma experiência exaustiva e isenta de inibições. Com a coragem e franqueza que a caracterizam em outros ramos já suficientemente explorados, necessita  entregar-se aos riscos de uma forma diferente de produção, aquelas em que se renova os meios para chegar a atingir os fins adequadamente. Em todos os ramos do saber, enquanto o homem se negou a romper com a tradição da filosofia ensinada nas escolas da idade Média, não conseguiu alargar horizontes e fechou-se no casulo de uma hibernação prologada.
Nesta fase é preciso expandir mais ainda o surto de renovação na parte da ciência que se dedica a investigar a mente e descobrir os processos de explorá-la, orientando-a com mais segurança. O período atual da evolução humana assemelha-se à adolescência. Quando o ser está prestes a revelar-se como adulto sente a multiplicidade de valores novos que despontam, porém ainda não possui nem o conhecimento deles nem muito menos a maneira de  os controlar. Com o correr do tempo, vê que não pode continuar agindo mecanicamente. Precisa dominar esses valores novos, para que o guiem e lhe proporcionem a devida independência de caráter. É nessa fase que se decidem os destinos da criatura e encaminha-se cada qual no sentido que lhes seja afim, na plena consciência de suas possibilidades.
A Humanidade está na fase da adolescência psicologicamente falando, e começa a sentir que deve dominar o mecanismo de sua mente, porém não pode parar ai. Não basta conhecer o funcionamento de uma engrenagem para que ela lhe seja útil. É preciso servir-se dela para os devidos fins, aprendendo a manuseá-la com real proveito.
Falta aos homens da ciência atual a coragem de proclamar em alto e bom som que aceite como necessidade científica a união da psicologia  a uma orientação filosófica segura. Estacionam por enquanto no estudo do mecanismo em desarranjo, mas não concluíram ainda sobre a urgência de remédio para os males  psíquicos . Temem escravizar-se a princípios doutrinários que em eras passadas constituíram um entrave ao progresso humano, mas esquecem-se de que a força que adquiriu a mente humana nos últimos séculos é capaz de clarear os caminhos filosóficos de modo a livrá-los dos vícios personalistas. Para isso falta somente um desejo profundo a ser despertado, ou melhor, orientado por quem seja capaz de influenciar decisivamente nas massas que seguem a doutrina que declara o absoluto inacessível ao espírito humano.
O anseio de conseguir uma solução para os problemas constrangedores do psiquismo existe como uma força latente em toda a Humanidade que sofre. Espera somente que seus líderes intelectuais tomem a posição adequada, atraindo-os a um rumo feliz. A grande massa humana distraída pro tradição secular em torno dos motivos imediatos da vida, necessita de um impulso  inicial para ser levada ao caminho certo. Sendo ele apontado por alguém que sobre ela possua influência, engrossa-se dia a dia a correte dos que ingressam numa concepção mais feliz da vida.
Quem traz de outras existências a intuição segura do caminho, cedo o encontra. Porém nossos olhos se voltam para a multidão de seres que estão em busca de diretrizes e darão crédito a quem se impuser à sua confiança pelos títulos honrosos da ciência. Esses líderes intelectuais têm em torno de si um imenso rebanho a conduzir e precisam achar a direção certa. Só assim sua missão poderá ser cumprida a contento.
Então, sigamos em frente, pois, o Senhor espera a nossa colaboração amorosa e fraterna junto à vida dos bilhões de habitantes do nosso Planeta!

A “SENTINELA DA EVOLUÇÃO HUMANA” POR LUÍZACONY

quarta-feira, 12 de julho de 2017

NOSSOS CAMINHOS – PARTE II


No caminho evolutivo, a alma submete-se sucessivamente a três fases de aprendizado:
1 – Controle das reações externas diante das situações;
2 – Domínio mental;
3 – Domínio emocional.
Através dos milênios, vínhamos  habituados a agir cegamente. No momento em que tomamos conhecimento do EVANGELHO e dele nos enamoramos, sentimos a necessidade de controlar nossas reações diante do meio. Sucede como se todo nosso ser recebesse uma ordem de alerta e passamos a viver conscientemente, sentindo a realidade de nossas falhas e das deficiências dos semelhantes.
Começamos a refrear nossos impulsos, embora sem sabermos dominar adequadamente as situações. Com o senso de responsabilidade despertado pelos esclarecimentos cristãos, num esforço extraordinário de autodisciplina, colocamo-nos na posição de “seres humanos de boa vontade” lutando com imensas dificuldades interiores. Compreendemos, inclusive, que nossa boa conduta é insatisfatória porque fruto de um esforço consciente e não reflexo de uma alma esclarecida e justa.
Resta-nos, porém, o consolo de sabermos que não cometeremos voluntariamente novos erros conscientes.
Com o tempo, entretanto, sentimos que não poderemos ser úteis aos nossos objetivos se permanecermos simplesmente como sentinelas cuidadosas do nosso “EU” e decidimos que, em virtude de já cultivarmos o BEM há algum tempo, estaremos aptos a exercer maior atividade benfeitora, expandindo as noções de amor evangélico. Procuramos agir como os cristãos primitivos que, após a resistência heroica do mal em suas catacumbas, eram levados à luz do dia, a combater as feras da incompreensão. Através de uma nova fase de erros e acertos à Luz do Evangelho, procuramos nos colocar valorosamente na posição de servos ativos do bem.
O pensamento elevado é como uma claridade a abrir os caminhos e, saindo do abrigo em que nos ocultávamos receosos, decidimos fazer nossa caminhada à plena luz do dia, colocando a alma a descoberto, a enfrentar os ventos contrários e antifraternos. Como é deslumbrante a luminosidade do dia após a noite das catacumbas! No entanto, estaria nossa alma suficientemente valorosa para sustentar-se sem quedas ao ouvir os apelos horripilantes do circo e suas feras?
A visão do luxo e do prazer em contraste com o testemunho do sacrifício por uma fidelidade ao bem considerada absurda, o convite à deserção da fé em troca das facilidades de uma vida,  pretensamente vitoriosa, seriam por nós enfrentados com a devida coragem? Eis o teste final! Longe da arena, no isolamento da prece e da meditação, quando o calor dos valores humanos não nos tinham ainda envolvido com seus apelos ardentes, nossa mente nos mantinha no caminho. Era possível então conservar o domínio do SER, pois o problema emocional nos era facilitado pelo recolhimento às vibrações restritas de nossa catacumba interior, repleta de sons audíveis somente à alma em prece.
Mas o Senhor nos abre os caminhos e nós aceitamos a prova decisiva. Surge a fase final do testemunho. As feras incontroláveis dos instintos são chamadas à arena em nosso panorama interior, e eis que é exigida de nós a atitude de serenidade de uma fé inabalável.
Senhores do controle das reações externas, do domínio mental das instruções, através de uma aplicação incansável ao estudo das diretrizes norteadoras da vida, resta-nos a parte decisiva: incorporar-nos ao panorama da existência, no contato permanente com o erro que nos persegue e sair dele são e salvo na fé que abraçamos.
Eis que nessa fase decide-se o aproveitamento final, como o exame definitivo em que o discípulo enfrenta só o mestre. Nessa situação, o único recurso é colocar todo o ser à prova, dando de si o melhor, esquecido de tudo o mais à volta.
O DOMÍNIO EMOCIONAL, a prova decisiva, será  vencida quando conseguirmos calar os ouvidos da alma em todos os ecos exteriores. Então, embora em plena arena de lutas, sentiremos o chamado interior da PAZ com o MESTRE dos Mestres.
Toda a nossa sensibilidade estará NELE que jamais nos decepcionará. Feridos, humilhados, derrotados aparentemente, nenhum desses choques conseguirá humilhar a nossa alma, pois só refletimos o que nos vem DELE – a Paz, recompensa do amor com que nos dedicamos à VERDADE pregada pelo SEU exemplo divino.
Seja este o nosso prêmio espiritual.
                                                           ***                                       

A vida nos reserva Bênçãos de Paz e muito Amor, que poderemos sentir inebriados, exercitando-nos na conquista destas duas virtudes: a paciência que traz a Paz e a compaixão que traz o Amor.
                                                           ***
A “SENTINELA DA EVOLUÇÃO HUMANA” – POR LUÍZA CONY                                               

segunda-feira, 10 de julho de 2017

NOSSOS CAMINHOS – PARTE I


Todo o Universo está em constante vibração geradora de energia que não deve ser retida, sob  pena de sobrecarregar o mecanismo que a produz.
A água correndo sobre a terra obedece ao impulso de expansão, mantendo-se pura para desempenhar a contento a missão benfazeja de fertilizar o solo e matar a sede das criaturas. Se permanecer estagnada retendo suas possibilidades criadoras, condensará em torno de si as energias irradiadas pelas próprias vibrações, tornando-se turva e facilitando a proliferação das formas inferiores de vida.
A criatura humana representa a manifestação vital em sua forma mais aprimorada e  possui, a capacidade de vibrar, como condição essencial de existência. Se liberar suas energias em atividades úteis, distribuirá benefícios, preservando ao mesmo tempo a própria harmonia. Em caso contrário, se concentrará sobre si mesma, sobrecarregando-se e, como água estagnada, alimentará formações inferiores, tanto físicas como mentais e espirituais. Então,  vidas primitivas como micróbios e vírus perigosos, sintonizarão com as vibrações lentas dessas energias nocivas, agregando-se à matéria física através de forte magnetização; simultaneamente, correntes de pensamentos mórbidos serão atraídos ao campo mental, provocando sensações de tristeza, medo, irritação, desânimo, cólera e outras ainda mais prejudiciais. A este centro de forças negativas em que se constitui a alma invigilante, não tardam a correr os espíritos aflitos os que ainda se comprazem nas irradiações maléficas.
Estabelecendo esse sistema de trocas vibratórias, forma-se um círculo vicioso, a oferecer dificuldades, cada vez maiores, para ser rompido. A fim de  desfazê-lo, interfere a Misericórdia do Pai e para aliviar a criatura da corrente aflitiva, caso seu carma o permita, afasta com um envolvimento de amor os irmãozinhos que a perturbam, retirando as energias nocivas de sua aura e curando as chagas do seu corpo físico. No entanto, como conservar os resultados positivos desse trabalho, se a alma permanecer no mesmo estado de inatividade, restabelecendo a situação infeliz que foi desfeita? É preciso que reaja positivamente ao tratamento, pois ele combate as consequências sem modificar as causas.
Todo o sistema de vida deve sofrer uma revolução capaz de proporcionar condições favoráveis ás vibrações de equilíbrio recebidas do Alto para ser alimentada a sintonia com os Espíritos de Luz que zelam pela Humanidade.
Qualquer trabalho desse tipo representa emprego de esforços e energias despendidos por seres encarnados, médiuns e espíritos amigos que se associam no Ministério do Amor Universal.
Em nossos caminhos precisamos trabalhar o campo íntimo na busca da própria evolução!
Movimentemos, então, a mente, o coração e o espírito, num esforço constante para nos tornarmos como a água límpida que corre sobre a terra, fertilizando e socorrendo.
Libertemo-nos das energias nocivas que se afinam com os charcos. Tornemo-nos canais da Luz do Senhor a fim de sermos saudáveis, alegres, felizes e amorosos para que haja paz em nossos Espíritos!
                                               ***.*.*.***

A “SENTINELA DA EVOLUÇÃO HUMANA” POR LUÍZA CONY

COMPREENDER E VIVER A MENSAGEM DO CRISTO


Neste sentido, o Cristo nos oferece a única oportunidade de compreendermos a nós mesmos e realizarmos a nós mesmos. Cumprindo assim, o nosso destino terrestre e sermos realmente felizes. O que nos garantirá um desencarne sereno, repleto de amor e de fé por tanta riqueza verdadeira vivida.
O Evangelho Vivo do Cristo gira inteiramente em torno de dois pontos fundamentais:  auto conhecimento e auto realização.
Quem não se submete a esse profundo exame, não tem autenticidade sobre o que está fazendo na escola da vida humana. Não tem interesse pela Alma Divina da mensagem do Evangelho. É como analisar em laboratório uma flor, destruindo-a. Pois quem apenas analisa, dissolve, mata a vida da mensagem divina. Não absorve os fluidos divinos da revelação do Cristo.
Temos à nossa disposição a harmonia e a sabedoria das palavras lapidares de Jesus, próprias para a leitura meditativa.
1 –  Amarás o Senhor teu Deus com toda a tua alma, com toda a tua mente, com todo o teu coração e com todas as tuas forças – e amarás o teu próximo como a ti mesmo.
2 – Ide, proclamai o Reino de Deus a todas as criaturas; expulsai os maus espíritos; curai todas as enfermidades que há entre o povo – e eis que eu estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos.
3 – Eu dou a Paz, eu vos deixo a minha paz, para que minha alegria esteja em vós; seja perfeita a vossa alegria e nunca mais ninguém tire a vossa alegria.
4 – Orai  sempre e nunca deixeis de orar.
5 – Vinde a mim, todos vós que andais aflitos e sobrecarregados, eu vos aliviarei; porque o meu jugo é suave e meu peso é leve e achareis repouso para as vossas almas.
6 – Perdoai – e sereis perdoados.
7 – Quem tem fé em mim fará as obras que eu faço, e fará obras maiores que estas.
8 – Um só é vosso Pai, um só é vosso guia, um só é vosso Mestre – o Cristo.
9 – As obras que eu faço, não sou eu que as faço; é o Pai em mim que faz as obras; de mim mesmo, eu nada posso fazer.
10 – A vida eterna é esta: que os homens te conheçam, ó Pai, e o Cristo, Teu enviado.
11 – Eu  sou o caminho, a verdade e a vida – quem me segue não anda em trevas, mas tem a luz da vida.
12 –  Eu sou a Ressurreição e a Vida – quem tem fé em mim não morrerá, e, ainda que tenha morrido viverá para todo o sempre.
13 – Ninguém vai ao Pai a não ser por mim.
14 – Se tu conhecesses o Dom do Deus e aquele que te fala, tu lhe pedirias, e ele te daria água, e ele te daria água viva, que se tornaria em ti uma fonte jorrando para a vida eterna.
15 – Eu vim para lançar fogo do amor  à Terra – e que quero eu senão que arda.
16 – Tudo é possível àquele que tem fé.
17 – Quem me vê a mim, vê também o Pai.
18 – Aquele que, estando em  mim produzir fruto será purificado para que produza fruto mais abundante.
19 – No mundo, tereis tribulações – tende confiança; eu venci o Mundo.
20 – Eu sou a videira, vós sois os ramos; assim como os ramos não podem produzir fruto se não estiverem unidos à videira, assim nem vós podeis produzir fruto sem mim.
21 –  Eu e o Pai somos um, o Pai está em mim, e eu estou no Pai – mas o Pai é maior do que eu.
22 – A mim me  foi dado todo o poder no Céu e na Terra – e assim como meu Pai me enviou, eu vos envio.
23 – Quem quiser saber se a minha doutrina é verdadeira, pratique-a.
                                                           *
Evangelho é a Boa Nova, a mensagem feliz que o filho de Deus nos trouxe e que os Apóstolos anunciaram; a princípio, oralmente; mais tarde, apareceu essa Boa Nova também por escrito, com a finalidade de ampliar e aprofundar na alma dos fiéis o conhecimento das verdades reveladas.
Mateus sintetizou no chamado “Sermão da Montanha”, a doutrina Místico-Ética de Jesus, que os outros evangelistas reproduzem separadamente em ocasiões diferentes. Tão importante é esta “Alma do Evangelho”, que Mahatma Gandhi disse: “Se se perdessem todos os livros espirituais da Humanidade e só se salvasse o Sermão da Montanha, nada estaria perdido”. Estas palavras de Jesus não foram por ele refletidas, mas representam as experiências de sua própria vida, e por isso não podem ser devidamente compreendidas se não forem realizadas e vividas pelo homem. Por isso disse o Mestre: - “Quem quiser saber se a minha doutrina é verdadeira, pratique-a.”
                                               *.*.*.*.*
A oração ocupa lugar de máxima importância e absoluta prioridade na vida de Jesus, como, aliás, de todos os iniciados. Ele ora aos doze anos, no Templo de Jerusalém, durante três dias.
A sua vida solitária em Nazaré, durante 18 anos, deve ter sido uma vida de trabalho e oração.
No Tabor, Jesus se transfigura enquanto orava.
No Getsêmane, ele ora durante o sofrimento, e pede aos seus discípulos que orem.
Antes de qualquer “milagre” Jesus ora.
Na última ceia, faz oração.
No alto da cruz, ora.
As últimas palavras, no dia da ascensão, são uma oração.
A todos os seus discípulos recomenda o Mestre: “Orai sempre, e nunca deixeis de orar”. A oração perfeita é sem palavras nem pensamentos, uma conscientização da presença de Deus, que hoje em dia se chama cosmo-meditação, ou meditação transcendental.
Orar é abrir a boca da alma rumo a Deus, é assumir uma atitude de receptividade em face do Infinito.
Orar é estabelecer em si uma atitude de vazio faminta, a fim de se tornar em completo estado de plenitude de Deus.
E, nesse sentido, é possível orar sempre e nunca deixar de orar.
Quando o homem entra em meditação ou oração perfeita, ele não pensa nem deseja nada, mas conserva-se plenamente consciente, em espírito e em verdade. E, enquanto o homem se cala, Deus lhe fala. Quando o homem consegue estabelecer em si um silêncio total, Deus resolve todos os problemas da sua vida.
Quando Jesus recomenda aos seus discípulos que, para orar, fechem a porta e se retirem para seu aposento, entende ele a retirada para o interior de sua alma, longe de todos os ruídos físicos, mentais e emocionais do ego humano. Sendo Deus o Infinito Silêncio, só pode ouvir a voz de Deus quem está em profundo silêncio.
                                                           *.*.*.*.*.
Se você encontrar alguém perturbado e sem saber que rumo tomar na vida, faça uma prece silenciosa e estará socorrendo com Paz e com o benefício da Luz Divina.
                                                           ***
Eficácia da oração: Pedi e dar-se-vos-á; procurais e achareis; batei e abrir-se-vos-á.
Tudo que quereis que os homens vos façam, fazei-o também a eles; pois é nisto que consistem a Lei e os profetas.
                                                           ***
A “SENTINELA DA EVOLUÇÃO HUMANA” – POR LUÍZA CONY





quinta-feira, 6 de julho de 2017

MOMENTO DE REFLEXÃO


Meu amigo, minha amiga – Desejo a vocês uma excelente leitura, e incentivem seus familiares, amigos e conhecidos a ler estes textos. Saúde, alegria, felicidade, amor e todas as bênçãos da vida! Muito obrigada.
                                               ***
O progresso da ciência será sempre mais rápido do que a formação da consciência. O TER será sempre mais fácil do que o SER – mas, em compensação, o homem perde todo o seu TER na hora da morte, mas leva consigo  para outros mundos o seu SER. O TER nos dá gozo, mas somente o  SER nos torna felizes.
                                                           *
Sua mente é um meio criador. Por conseguinte, o que você sente e pensa de outra pessoa acontecerá em sua própria vida. Esse é o significado psicológico do preceito áureo do EVANGELHO DO CRISTO. Como você deseja que os outros pensem de você, pense delas da mesma forma.
                                                           *
As religiões prometem o céu aos homens de consciência, e não da ciência; ser erudito é fácil, ser bom é difícil.
                                                           *
Todos os Mestres da Humanidade afirmam que a verdadeira felicidade do homem, aqui na Terra, consiste em “amar o próximo como a si mesmo”. Ou então em “fazer aos outros  o que queremos que os outros nos façam”.
Existe essa possibilidade de eu amar meu semelhante assim como amo a mim mesmo? Em teoria, muitos o afirmam – na prática bem poucos o fazem.
De onde vem essa dificuldade?
Da falta de verdadeiro auto  conhecimento. Pouquíssimos  homens têm uma visão nítida da sua genuína realidade interna; quase todos se identificam com alguma facticidade externa, com o seu ego físico, seu ego mental ou seu ego emocional.  E por esta razão não conseguem realizar o amor alheio igual ao amor próprio, não conseguem amar o seu próximo como se amam a si mesmo. Alguns, num acesso de heroica estupidez, tentam amar o  próximo em vez de si mesmos, o que é flagrantemente antinatural, como também contrário a todos os Mandamentos dos Mestres da Humanidade.
                                                           *
O seu subconsciente é uma máquina de gravar que reproduz seu pensamento habitual. Pense o bem para os outros e estará na verdade pensando o bem para si próprio.
                                                           *
Hoje em dia, é fácil ter os prazeres da vida, mas é cada vez mais difícil ser feliz. Outras pessoas nos fazem sofrer, mas somente nós mesmos nos tornamos felizes.
                                                           *
O filósofo Albert Schweitzer, quando estudante universitário de 21 anos, sentiu dentro de si tamanha abundância de felicidade que resolveu consagrar o resto de sua vida ao serviço imediato da parte mais infeliz da humanidade, o que fez durante 52 anos até a idade de 90 anos, alquebrado de corpo, porém jovem de alma.
                                                           *
Superar o que é difícil aumenta nossas potencialidades e facilita futuras vitórias, ao passo que a fuga às dificuldades diminui a força e prepara derrotas futuras.
                                                           *
Remediar é remendar – não é curar, erradicar o mal.
A  cura e erradicação consiste unicamente na entrada numa nova dimensão de consciência e experiência. Não consiste numa espécie de continuísmo – mas sim num novo início, numa iniciativa inédita, numa verdadeira iniciação.
                                                           *
É muito comum entre nós encobrir a fraqueza ou covardia espiritual com o véu colorido de espiritualidade, de bondade, de meiguice humana. A imensa maioria do nosso mundo social necessita mil vezes mais do rigor da verdade do que da meiguice da bondade. Amor sem rigor não é amor verdadeiro. Quem é rigoroso consigo mesmo pode ser rigoroso com os outros, sem faltar à verdade e ao amor.
                                                           *
Quem procura curar os males do ego pelo próprio ego, comete o erro fatal de lógica ou de matemática. Não há cura de igual a igual – mas tão somente de superior para inferior.
                                                           *
Camuflar com derivativos e escapismos a infelicidade não é solucionar o problema: é apenas mascará-lo e transferir a infelicidade para outro tempo – quando a infelicidade torna a se manifestar com dobrada violência.
                                                           *
Não há ponto final na evolução de nenhuma criatura: toda a criatura, por mais evoluída, é sempre ulteriormente evolvível.
                                                           ***
A “SENTINELA DA EVOLUÇÃO HUMANA” POR LUÍZA CONY

ORAR E VIGIAR


Atende Senhor, a minha prece para que o meu pequeno querer humano seja inteiramente sintonizado com o Teu querer divino!
Diante de todas as dificuldades e problemas que possamos encontrar em nossa jornada evolutiva, se consultássemos aqueles que já adquiriram um conhecimento maior a respeito da vida e que estão procurando vivenciar a Lei do Amor, provavelmente eles iriam nos sugerir como ponto de partida para a solução de nossos problemas – a oração.
E nós que ainda nos encontramos apegados às nossas sensações grosseiras e materiais, duvidaríamos dessa sábia disposição e sublime instrumento que podemos utilizar em todos os momentos, e, no entanto, menosprezamos o amparo divino,  indo  em busca de soluções miraculosas e fantasiosas que acabariam nos conduzindo a grandes desilusões.
Quando falamos em oração, não estamos nos referindo àqueles petitórios descabidos de toda ordem que trazemos de nossos vícios milenares, nem na repetição automática de palavras nem de gestos ritualistas mecanizados onde o nosso comportamento é totalmente contrário àquilo que falamos ou pensamos por alguns momentos.
A oração está ligada diretamente à Fé, como não se tem Fé verdadeira, então surge a dúvida.
A oração é tão importante em nossa vida que a Espiritualidade Superior designou dois capítulos completos a respeito do assunto no Evangelho Segundo o Espiritismo, para nosso aprimoramento moral e assim mesmo não se cultiva o hábito da oração.
Mateus narra no Evangelho, as seguintes palavras: “Quando orar, não sejas  como os hipócritas, pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas e nas esquinas das ruas, para serem vistos pelas pessoas que ali passarem. Em verdade vos digo que já receberam seu prêmio. Mas você quando orar, entre no seu quarto, feche a porta, ore ao Pai Altíssimo que está oculto em sua alma. E Ele que vê você secretamente, lhe recompensará. E orando não use muitas repetições, como os gentios que pensam que, por muito falarem é que serão ouvidos. Não se assemelhe a eles, porque Deus Pai sabe o que é necessário para você, mesmo antes que pedir a Ele”.
A oração é o mais eficiente antídoto do vampirismo. A prece não é o movimento mecânico dos lábios, nem disco de fácil repetição no aparelho da mente. É vibração, energia, poder. A pessoa que faz uma prece, mobilizando as próprias forças realiza trabalhos de significado encantador. Semelhante estado psíquico descortina forças desconhecidas, revela a nossa origem divina e nos coloca em contato com as fontes superiores. Dentro dessa realização o Espírito, em qualquer forma, pode emitir raios de espantoso poder.
Em cada segundo, cada de nós recebe trilhões de raios de várias ordens e emitimos forças que nos são peculiares e que vão atuar no plano da vida, por vezes, em regiões muitíssimo afastadas de nós. Nesse círculo de permuta incessante, os raios divinos enviados pela oração santificadora, convertem-se em fatores adiantados de cooperação eficiente e definitiva na cura do corpo, na renovação da alma e iluminação da consciência. Toda prece elevada é manancial de magnetismo criador e vivificante, e toda pessoa que cultiva a oração com o devido equilíbrio do sentimento, transforma-se gradativamente em foco irradiante de energias da Divindade.
O Lar na Terra não é somente a moradia dos seres humanos, mas acima de tudo, é a residência das almas.
O santuário doméstico que possui seres amantes da oração e dos sentimentos elevados,  converte-se em campo das mais belas florações e colheitas espirituais.
No casamento, se o homem ainda não se equilibrou nas bases legítimas da vida, depois de extremas vacilações e experiências levianas da primeira juventude, e, sua companheira sendo cristã, garante a ele, a casa tranquila, com sua presença e permanente emissão de forças purificadoras e luminosas de que  seu espírito  se nutre.
Para quem deseja melhorar seu conhecimento e se modificar moralmente, voltamos a  lembrar  o Livro “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, é o nosso roteiro e as demais obras verdadeiramente espíritas desdobram os ensinamentos do Mestre Jesus e da codificação de Allan Kardec.
Procuremos estudar com toda humildade, carinho, atenção, máximo respeito e todo amor para praticarmos o bem: pois o nosso mundo está pedido socorro.
                                                           ***
Muitos perguntam: A prece tem realmente efeito? O quanto acreditamos nisso? E na força real de nossos pensamentos?
Temos em nós toda a capacidade para absorvermos o bem. Mas rejeitamos isso da mesma maneira que o organismo pode rejeitar um corpo estranho, mesmo quando se trata de algo benéfico, como no caso do implante, por exemplo. Quando de fato, a ciência puder provar a existência dessa força mental que temos e nós a utilizarmos para o Bem, estaremos um passo adiante na nossa evolução. Para chegarmos nesse estágio, precisamos percorrer caminhos.
Comecemos por procurar entender as orientações do Evangelho Cristão.
                                                           ***
A “SENTINELA DA EVOLUÇÃO HUMANA” – POR LUÍZA CONY


segunda-feira, 3 de julho de 2017

ESTE MOMENTO DE REFLEXÃO É DEDICADO À SABEDORIA DOS SÉCULOS


Meu amigo, minha amiga – habitua-te a ler, cada dia, algumas páginas de textos que são escritos por mim, enquanto permaneço em total recolhimento no silêncio e na solidão em meu próprio lar. Creio que te falem à alma, porque há  muito do Evangelho de Jesus Cristo; mas te faço um pedido, não analises intelectualmente o texto, mas repete muitas vezes as passagens mais significativas,  lhes saboreando o conteúdo espiritual. Se acordares durante a noite, repete em silêncio, porque, sobretudo nesse estado, eles produzem um efeito purificador.
De manhã, ao acordares, quando tua alma está ainda como carta branca e intensamente receptiva, evita pensar em coisas desagradáveis; mas mantém o teu mundo interior leve, puro e luminoso, mediante pensamentos positivos e benévolos.
Durante o dia, vive a presença de Deus como que uma luz solar que te circunda, sem que nela penses explicitamente.
Uma vez que vives num clima de benevolência permanente, procura realizar concretamente essa disposição, pelo menos uma vez por dia, auxiliando alguma pessoa que tenha necessidade de ti.
Nas tuas tarefas diárias, habitua-se a não visar em primeiro lugar, resultados externos e palpáveis, mas sim à perfeição da própria tarefa realizada com alegria e entusiasmo; porque nenhuma tarefa vale pelo resultado que produz, mas pela disposição de espontânea alegria e amor com que é feita.
Quando prestardes algum serviço a alguém ou deres esmola a um pobre, faze tudo com verdadeira alegria, e não com sacrifício e amargura, porque, como dizem as Escrituras Sagradas: “Deus ama a quem dá com alegria”.
Quando estiverdes  triste, não fales a todo mundo dos motivos da tua tristeza; mas desabafa-te com alguém que seja senhor da tristeza; porque, do contrário, aumentarás a tua tristeza pela tristeza do outro.
Agora, repete muitas vezes um ou outro destes pensamentos:
1 – Onde quer que eu  esteja, lá Deus está e que mal me poderá acontecer lá onde Deus está?
2 – Nunca farei depender da minha felicidade de algo que não depende de mim.
3 – Atende Senhor a minha prece – para que o meu pequeno querer humano seja inteiramente sintonizado com o Teu grande querer divino!
4 – Não sou  melhor porque me louvam, nem sou pior porque me censuram – sou, na verdade, o que sou a Teus olhos, Senhor, e à luz da minha consciência.
5 – Em Deus tudo  está, de Deus tudo vem, para Deus tudo vai.
6 –  Nenhum mal que outros me fazem me faz mal, porque não me faz mau – somente o mal que eu faço aos outros me faz mal, porque me faz mau.
7 – Ensina-me, Senhor, a sintonizar  diariamente a antena da minha alma por Tuas ondas, a fim de apanhar no meu receptáculo finito as vibrações da Tua vida infinita.
8 – Eu afirmo a sabedoria da minha substância divina sobre todas as tiranias das circunstâncias humanas.
9 – Todas as coisas, mesmo as mais pequeninas, são grandes, quando feitas com grandeza de alma.
10 – No meu íntimo SER eu  sou o que Deus é – por isto, no meu externo AGIR, quero também AGIR assim como Deus AGE.
11 – Não maldirei as trevas do ódio que me cercam – acenderei no meu interior a Luz do Amor.
12 –  Deus, Tu que és LUZ, VIDA e AMOR – manda-me através de todos os Teus mundos, como um raio da Tua Luz, como um Sopro da Tua Vida, como um Brado do Teu Amor!
13 – Sou Cidadão do Universo: Aqui na Terra sou apenas imigrante temporário – por isto, quero cumprir com a máxima perfeição e alegria este meu estágio na escola terrena.
14 – Livra-me, Senhor, da soberba mesquinhez de querer ser servido – ensina-me a humilde grandeza de querer servir!
15 – Envolve-me, penetra-me todo a  Luz branca do Cristo – nenhum mal me pode tocar, todo o bem me deve caber.
16 – Guia-me, LUZ DIVINA, por teus caminhos, para que nenhuma ingratidão me faça ingrato, nenhuma amargura me faça amargo, nenhuma maldade me faça  mau. Que eu queira antes sofrer todas as injustiças do que cometer uma só.

A “SENTINELA DA EVOLUÇÃO HUMANA” POR LUÍZA CONY