A maior
parte das tradições religiosas faz uma distinção entre o caminho de um chefe de
família e o caminho de um RENUNCIADOR. Tal distinção quase sempre carrega
consigo um julgamento (feito pelos renunciadores), obviamente, de que o caminho
do renunciador é espiritualmente superior. Mas os dois são iguais, e cada
qual tem as suas vantagens e as suas armadilhas.
Discípulo:
Um chefe de família pode alcançar a libertação?
Mararishi:
Por que pensas em ti como um chefe de família? Se te tornares um monge errante,
um pensamento semelhante – de que és um renunciador – irá te perseguir. Quer continues
a viver como marido e pai, quer
renuncies à tua família e te isoles na floresta, o teu pequeno eu ainda te
acompanhará.
O EU é a
fonte dos pensamentos. Ele cria o corpo e o mundo e te faz pensar que és de fato um chefe de família.
Se renuncias
ao mundo, isto apenas te fará substituir o pensamento chefe de família
pelo pensamento renunciador,
e o ambiente de tua casa pelo ambiente da floresta. Mas os obstáculos mentais
persistirão. Na verdade, eles até aumentam em novos ambientes.
Não ajuda
nada mudar de ambiente. O obstáculo está na mente. Tem que ser superado, quer
em casa, quer na floresta.
Se podes fazer isto na floresta, por que não em
tua casa? Portanto, para que mudar de ambiente?
Teus esforços
podem ser feitos agora mesmo qualquer que seja o ambiente em que encontres.
***
A “VARINHA
MÁGICA” DE LUÍZA CONY
Nenhum comentário:
Postar um comentário