domingo, 23 de julho de 2017

A UNIÃO DA PSICOLOGIA A UMA ORIENTAÇÃO FILOSÓFICA SEGURA – PARTE II


Podemos comparar a Psicologia e a Filosofia como ramos da ciência do espírito, ao papel que desempenham na ciência material a Física e a Química. Que poderiam essas duas últimas se divorciadas?
Haveria para a vida material do Planeta a possibilidade de atingir o surto de progresso que hoje supera as dificuldades do mundo físico?
Na Idade Média iniciou-se o período da alquimia e as primeiras noções foram conhecidas na busca intensa de vantagens da vida. Em seguida, surgiram os grandes homens da Física explorando os aspectos desconhecidos das leis que sustentam o mecanismo universal. Entretanto, esses dois setores da ciência encontraram o apogeu na combinação de seus esforços, quando conquistaram o sentido amplo da colaboração que deve haver entre os discípulos de um mesmo mestre: O SABER.
À semelhança da ciência material, o estudo da alma teve início com as escolas filosóficas que buscavam o “ouro sintético” da paz interior e a “pedra filosofal” da interpretação profunda dos valores do espírito eterno. Após longos anos  de experimentação, acumularam os homens uma possibilidade grandiosa de discernimento em torno de tais problemas.
Surgiram então os físicos da alma, aqueles que desejavam conhecer as leis que regem os mecanismos da mente humana. E puseram-se a pesquisar as reações psicológicas do universo interior. A Humanidade  porém continua a encontrar obstáculos intransponíveis à realização do seu sonho de progresso e paz, pois as soluções no campo da mente humana dependem da combinação dos valores da Física e da Química da Alma: a Psicologia e a Filosofia.
Em nossos humildes trabalhos espíritas muito  proveito temos colhido da feliz combinação dos princípios em que se baseiam esses ramos da ciência terrena. Temos a felicidade de aceitar como uma necessidade indiscutível o amor ao saber (Filosofia), no qual incluímos as causas primeiras da vida combinando-o com o conhecimento da mente humana (Psicologia), para melhor poder nos orientar.
Assim surgiram os trabalhos de recordação do passado com o objetivo de fornecer ao espírito as razões do seu desajuste e em seguida a possibilidade da aplicação dos princípios renovadores do Evangelho de Jesus, que é a soma mais perfeita de toda a Filosofia sobre a Terra.
Estudadas as causas e efeitos das atitudes através das diversas encarnações, surge com clareza diante do homem a VERDADE que o deve guiar. Compreende que o erro gera uma reação negativa em si e à sua volta e vê comprovadas as máximas que afirmam a conveniência do proceder equilibrado e justo. Eis ai a ciência experimental por excelência, aquela que será capaz de refazer o rumo da Humanidade, provando ao homem, em sua própria intimidade psíquica, a necessidade de orientar-se pelos caminhos da boa vontade com o próximo. Esta certeza causará ainda verdadeira revolução social, no dia em que constituir prática aprovada por todas as criaturas.
Irmãos, irmãs, amigos e amigas!  Tenham  em seus espíritos o registro de uma quantidade incalculável de ações de vidas passadas que se refletem em seu proceder atual. Quando a ciência terrena lhes abrir as portas dessa nobre investigação, vocês serão conduzidos como um rebanho feliz aos verdes campos de uma esperança renovadora!
Entretanto, os primeiros a se beneficiarem serão os próprios patrocinadores desse movimento, que atrairão a si os benefícios de uma obra benéfica, semelhante em seus efeitos ao descobrimento da bússola e da pólvora.  Esses dois instrumentos permitiram o alargamento do campo de ação do homem no plano terreno. No desbravamento dos campos inexplorados da alma algo semelhante se dará. Orientado pela bússola de uma certeza magnética interior, o homem se lançará pelos mundos desconhecidos do próprio eu, levando consigo a força de uma vontade poderosa e esclarecida, capaz de fazer ruir todos os obstáculos a sua caminhada. Porém, como essa jornada já encontrará de posse dos princípios cristãos, poderá evitar o mau uso dessa energia interior. Por ser esse um ponto de importância capital, alertamos quanto  a urgência de esclarecimento evangélico, pois todo aquele que entra em contato com os dragões da alma, adormecidos no subconsciente, precisa antes achar-se na posse dos meios para dominá-los.
As realizações de aperfeiçoamento constituem fonte inesgotável de alegria interior. Então, esforcemo-nos no caminho da renovação com desejo profundo e sincero de progresso espiritual.
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Enquanto, na Ásia, a palavra BUDA é um poderoso “mantra” de evocação esotérica e o nome de Krishna significa o mesmo na Índia, o vocábulo Cristo representa a mais alta expressão mantrânica  para o homem ocidental despertar no seu espírito as virtudes do amor, da renúncia, bondade e pureza. Os iniciados que sabem dar curso à vibração sonora sideral do vocábulo ”Cristo” também mergulham num estado de expectativa cósmica, tomados de júbilo, esperança e imune às vicissitudes e crueldades do mundo. Os Cristãos deixavam trucidar-se nos circos romanos, entoando apenas o cântico “Ave Cristo”, muitos deles desencarnavam apenas sob o efeito sonoro vibratório ou mantrânico dessa palavra sublime: “CRISTO!!!”

A “SENTINELA DA EVOLUÇÃO HUMANA” – por Luíza Cony

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