Podemos comparar
a Psicologia e a Filosofia como ramos da ciência do espírito, ao papel que desempenham
na ciência material a Física e a Química. Que poderiam essas duas últimas se
divorciadas?
Haveria para
a vida material do Planeta a possibilidade de atingir o surto de progresso que
hoje supera as dificuldades do mundo físico?
Na Idade Média
iniciou-se o período da alquimia e as primeiras noções foram conhecidas na
busca intensa de vantagens da vida. Em seguida, surgiram os grandes homens da Física
explorando os aspectos desconhecidos das leis que sustentam o mecanismo
universal. Entretanto, esses dois setores da ciência encontraram o apogeu na
combinação de seus esforços, quando conquistaram o sentido amplo da colaboração
que deve haver entre os discípulos de um mesmo mestre: O SABER.
À semelhança
da ciência material, o estudo da alma teve início com as escolas filosóficas
que buscavam o “ouro sintético” da paz interior e a “pedra filosofal” da
interpretação profunda dos valores do espírito eterno. Após longos anos de experimentação, acumularam os homens uma
possibilidade grandiosa de discernimento em torno de tais problemas.
Surgiram então
os físicos da alma, aqueles que desejavam conhecer as leis que regem os
mecanismos da mente humana. E puseram-se a pesquisar as reações psicológicas do
universo interior. A Humanidade porém
continua a encontrar obstáculos intransponíveis à realização do seu sonho de
progresso e paz, pois as soluções no campo da mente humana dependem da
combinação dos valores da Física e da Química da Alma: a Psicologia e a Filosofia.
Em nossos
humildes trabalhos espíritas muito proveito
temos colhido da feliz combinação dos princípios em que se baseiam esses ramos
da ciência terrena. Temos a felicidade de aceitar como uma necessidade
indiscutível o amor ao saber (Filosofia), no qual incluímos as causas primeiras
da vida combinando-o com o conhecimento da mente humana (Psicologia), para
melhor poder nos orientar.
Assim surgiram
os trabalhos de recordação do passado com o objetivo de fornecer ao espírito as
razões do seu desajuste e em seguida a possibilidade da aplicação dos
princípios renovadores do Evangelho de Jesus, que é a soma mais perfeita de
toda a Filosofia sobre a Terra.
Estudadas as
causas e efeitos das atitudes através das diversas encarnações, surge com
clareza diante do homem a VERDADE que o deve guiar. Compreende que o erro gera
uma reação negativa em si e à sua volta e vê comprovadas as máximas que afirmam
a conveniência do proceder equilibrado e justo. Eis ai a ciência experimental
por excelência, aquela que será capaz de refazer o rumo da Humanidade, provando
ao homem, em sua própria intimidade psíquica, a necessidade de orientar-se
pelos caminhos da boa vontade com o próximo. Esta certeza causará ainda
verdadeira revolução social, no dia em que constituir prática aprovada por
todas as criaturas.
Irmãos,
irmãs, amigos e amigas! Tenham em seus espíritos o registro de uma quantidade
incalculável de ações de vidas passadas que se refletem em seu proceder atual. Quando
a ciência terrena lhes abrir as portas dessa nobre investigação, vocês serão
conduzidos como um rebanho feliz aos verdes campos de uma esperança renovadora!
Entretanto,
os primeiros a se beneficiarem serão os próprios patrocinadores desse
movimento, que atrairão a si os benefícios de uma obra benéfica, semelhante em
seus efeitos ao descobrimento da bússola e da pólvora. Esses dois instrumentos permitiram o
alargamento do campo de ação do homem no plano terreno. No desbravamento dos
campos inexplorados da alma algo semelhante se dará. Orientado pela bússola de
uma certeza magnética interior, o homem se lançará pelos mundos desconhecidos
do próprio eu, levando consigo a força de uma vontade poderosa e esclarecida,
capaz de fazer ruir todos os obstáculos a sua caminhada. Porém, como essa
jornada já encontrará de posse dos princípios cristãos, poderá evitar o mau uso
dessa energia interior. Por ser esse um ponto de importância capital, alertamos
quanto a urgência de esclarecimento
evangélico, pois todo aquele que entra em contato com os dragões da alma,
adormecidos no subconsciente, precisa antes achar-se na posse dos meios para
dominá-los.
As
realizações de aperfeiçoamento constituem fonte inesgotável de alegria
interior. Então, esforcemo-nos no caminho da renovação com desejo profundo e
sincero de progresso espiritual.
*****
Enquanto, na
Ásia, a palavra BUDA é um poderoso “mantra” de evocação esotérica e o nome de
Krishna significa o mesmo na Índia, o vocábulo Cristo representa a mais alta expressão
mantrânica para o homem ocidental
despertar no seu espírito as virtudes do amor, da renúncia, bondade e pureza.
Os iniciados que sabem dar curso à vibração sonora sideral do vocábulo ”Cristo”
também mergulham num estado de expectativa cósmica, tomados de júbilo,
esperança e imune às vicissitudes e crueldades do mundo. Os Cristãos deixavam
trucidar-se nos circos romanos, entoando apenas o cântico “Ave Cristo”, muitos
deles desencarnavam apenas sob o efeito sonoro vibratório ou mantrânico dessa
palavra sublime: “CRISTO!!!”
A “SENTINELA
DA EVOLUÇÃO HUMANA” – por Luíza Cony
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