A NATUREZA,
REFLEXO DIRETO DO ESPÍRITO DIVINO
Estava Jesus
sentado à beira de um caminho, onde floriam numerosos lírios vermelhos como
púrpura, muito comuns na Palestina, e o
divino poeta cósmico, apontando para esse grupo de filhas gentis da flora, fez
ver a seus ouvintes que a inteligência humana, com toda a sua ciência e
técnica, é incapaz de produzir um tecido tão perfeito e delicado como a
inteligência divina produz, todos os dias em grande quantidade nos domínios da
natureza onde impera o Espírito do Criador.
A pequena
inteligência humana produz certos artefatos que, quando vistos à distância,
parecem sofrivelmente belos; mas quando examinados pela objetiva de um
microscópio, se revelam grosseiro trabalho mal acabado, sem arte nem
delicadeza.
Na natureza,
porém, acontece precisamente o contrário: Quanto mais poderoso for o
microscópio, tanto mais estupenda se revela a perfeição de um tecido orgânico;
qualquer célula de planta, qualquer asa de mosquito, qualquer teia de aranha é
uma obra de arte perfeitíssima nos seus menores detalhes que nenhuma inteligência
humana jamais conseguirá produzir algo semelhante.
A natureza,
reflexo direto do Espírito divino, não revela vestígio de cuidados, de
afobação, de nervosismo; não visa determinados resultados mas procura realizar
com a máxima perfeição cada uma das suas obras, sem se interessar pelas
consequências, sem esperar louvores nem recear censuras. Em nossas selvas
tropicais desabrocham, cada dia, quantidade indeterminada de flores, prodígios
de formas e cores – e morrem pouco depois, para serem substituídas por outras
maravilhas, sempre novas e formosas, através de milhões de séculos e milênios.
Quem é que
as vê? Quem as admira? Quem as aplaude? Ninguém!
As maravilhas
da natureza não nascem para serem elogiadas: não são belas para serem vistas –
mas por causa da própria beleza. Toda a sua razão de ser é o que está dentro
delas mesmas.
Se os lírios
das nossas várzeas e as orquídeas das nossas vitrinas pudessem ouvir certas
banalidades estéticas que algum admirador humano profira diante delas,
sentir-se-iam ofendidas e revoltadas...
Quando o
homem ultrapassa a zona da sua inteligência egoísta e interesseira e entra no universo
do seu espírito cósmico e desinteressado, então realiza ele, conscientemente, o que a natureza faz
inconscientemente. Não necessita de rótulos externos e elogios de terceiros
quem traz dentro de si mesmo a suprema defesa dos seus atos.
O testemunho
da consciência pura e desinteressada é suficiente para o homem espiritual, que
realiza, com amor e entusiasmo, as tarefas que tem de realizar, sem esperar por
resultados palpáveis...
Contemplai as
aves do céu...
Contemplai os
lírios do campo...
Buscai, em
primeiro lugar, o Reino de Deus...
O que nos
custa avaliar a vida com o auxílio do Cristo, que tanto nos ama?
Meditemos sobre
esta verdade...
*****
Quando o
homem escuta em si a Voz de Deus, que é
a voz do verdadeiro EU, então ele crê, tem fé. E esse crer é o primeiro passo
para o saber.
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A “SENTINELA
DA EVOLUÇÃO HUMANA” – POR LUÍZA CONY
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