Será que não
deveríamos analisar o que entendemos sobre o Natal? Primeiramente, é a
comemoração do aniversário de Jesus Cristo, já que se convencionou ser o dia do
Seu nascimento.
Se existe um
aniversariante, será que o correto não seria que a comemoração fosse de acordo
com Aquele que está aniversariando?
Como nós nos
dirigiríamos ao Mestre para parabeniza-lo quanto ao seu aniversário?
Ao nos
lembrarmos de Seus ensinamentos, logo decidiríamos sobre o que agradaria a Jesus.
Como Ele nos
ensinou a amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos,
já poderíamos começar entendendo que estaremos amando a Deus quando estivermos
amando os Seus filhos, que são os nossos semelhantes. Portanto, não haveria
melhor comemoração que a de levar ao nosso próximo a bondade que tivermos por
nós mesmos.
Existem muitas
tristezas e dores na face da Terra e nós ignoramos a sua grande maioria, por
estarmos sempre preocupados com as nossas necessidades e com as dos nossos,
esquecendo-nos de que a necessidade de quem quer que seja é problema nosso
também.
Como poderíamos
estar buscando a Felicidade, se sabemos existir uma dor que podemos amenizar e
não estamos nos incomodando com ela?
Será que o
Cristo, nosso Irmão Maior governante do Planeta Terra, que nos ama infinitamente,
esperaria de nós, ao nos lembrarmos Dele, deveríamos ir à compra de muitos
presentes para nós mesmos e para aqueles a quem dizemos amar, e passar a noite
de Natal e mais alguns dias refestelando-nos no pasto alimentar em que nos mergulhamos?
Será que estaríamos atendendo a vontade do nosso Pai Divino?
O Natal é o
momento de nos voltarmos ao nosso Mestre e a Deus, nosso Pai, para corrigirmos
nosso caminho de ligação com o Mais Alto, buscando no Evangelho de Jesus o rumo
seguro de como devemos nos corrigir quanto aos nossos defeitos morais e
espirituais e combatermos incessantemente o egoísmo que alimentamos em nós e o
orgulho que extravasa de nossas imperfeições. Pouco nós fazemos para
transformar estas imperfeições em virtudes, que fariam com que nos sensibilizássemos
pela dor alheia, de quem quer que seja e não apenas daqueles que dizemos
conhecer e que ainda somos simpáticos a eles.
E não apenas
no Natal buscarmos nos ajustar aos Desígnios Divinos, mas cada momento de nossa
existência, já que, sendo espíritos eternos, a nossa evolução depende de uma mudança de
valores e de clima mental, favorecendo a recomposição de nossos interior, fazendo
com que enxerguemos com os olhos do espírito, e não com a visão da
materialidade, que nos aprisiona nos vícios e nas paixões mundanas.
O Natal
deveria ser para nós o renascimento, a cada instante de nossas vidas, na luta
pelas aquisições mais nobres do sentimento, buscando na dor do próximo a
motivação de servi-lo, assim como o Cristo nos ensinou.
Portanto,
quando fizermos do nosso Natal a nossa aproximação junto daqueles que sofrem,
estaremos seguindo o exemplo do Mestre quando pronunciou: “Quem é minha mãe e
quem são meus irmãos” e quando Ele mesmo diz que “São aqueles que fazem a
vontade do meu Pai que está nos Céus”.
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A “SENTINELA
DA EVOLUÇÃO HUMANA” – POR LUÍZA CONY
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