Lembremo-nos
de que os espíritos, na maioria das vezes, não são espíritas, umbandistas, muçulmanos,
cristãos, católicos, esotéricos, maçons, ocultistas, hinduístas, budistas,
entre tantas outras denominações terrenas, na concepção limitada e que diz
respeito a maioria dos retidos no ciclo carnal.
Somos consciências
em evolução, saudosos do Pai Criador, tentando voltar ao seio da Divindade, à
perfeição absoluta e amorosa, e talvez uma parcela significativa seja de
consciências com um mínimo de Luz que já poderiam estar em locais vibratórios
mais delicados, mas os quais por benevolência, os maiores astros concederam a
permissão para a continuidade evolutiva existencial, prestando auxílio caridoso
a esta Humanidade terrena tão carente de despertamento amoroso e do verdadeiro
sentimento crístico.
Resgatemos o
conhecimento de que somos espíritos pertencentes ao Universo milenar e antigo,
destituído de mistérios como forma de libertação das consequências que estão
paralisadas, qual mofo persistente em porão escuro.
***
Quanto mais
o espírito humano se sublima em direção aos mundos iluminados, mais ele se
aproxima daquele conceito de Jesus: “Vinde a mim os pequeninos, porque deles é
o Reino dos Céus”. A tristeza, a melancolia e o excesso de austeridade são mais
próprios das almas pessimistas, insatisfeitas, demasiadamente dadas às
situações vulgares da vida efêmera. A figura definitiva do anjo, que paira
acima dos entendimentos e interesses humanos, não é de aparência triste e
penosa, exageradamente preocupada com as opiniões exteriores; na realidade, é
fisionomia radiosa, doce e terna como a criança desprevenida e inocente. Seus movimentos
são expansões de afetividade incondicional, sua presença acende alegrias no
coração. Em consequência, o adulto é uma “criança crescida”, que vibra
incondicionalmente ante a contagiosa presença da alegria do trajeto. E este, ainda mais suscetível de vibrar no conteúdo
espiritual sublimado, porque é menos matéria e mais espírito, revela-se na mais
absoluta e espontânea disposição travessa, o brincalhão, na mais pura garotice
que é toda inofensiva e atraente. Esse estado de pureza infantil não lhe rouba
as características latentes do espírito evoluído, de uma mente dominadora e
muito além dos desejos geniais do nosso mundo.
Sob a figura
alegre e expansiva do Anjo Majestoso, também palpita a Sabedoria Cósmica do
Gênio Divino.
Jesus se
utilizava de doutrinações de Espíritos como técnica de seus ensinamentos, tão
bem demonstrados no seu Evangelho. É oportuno nos referirmos às ações pessoais do Mestre,
que não doutrinava os demônios dos possuídos que o procuravam impaciente para a
cura, e sim expulsava-os sem formalidades com o direito cósmico que tinha pela
sua elevada origem astral e condição moral e pelo apoio das tropas evangélicas
que o acompanhavam do Plano Invisível, retendo e levando essas legiões de
espíritos enfermos, grudados como carrapatos nos encarnados imprudente de
outrora, para os locais de detenção
provisória dos tribunais divinos, que os julgavam caso a caso nos seus direitos
e deveres como cidadãos cósmicos.
***
Embora Jesus
fosse um Espírito Celestial emancipado e que não se deixava influenciar por
qualquer sugestão alheia capaz de desviá-lo do seu compromisso redentor, é
evidente que ele poderia ser afetado, em sua infância por uma influência
materna demasiadamente enérgica, dominadora, egocêntrica, com sérios prejuízos
para sua obra.
Jesus teria
de desempenhar um trabalho de sentido específico e de interesse comum a toda a
humanidade, seu tempo precioso não poderia ser desperdiçado no cultivo de
qualidades artísticas, científicas ou em absorver-se com temas filosóficos do
mundo contrário às coisas sagradas. A sua obra seria prejudicada, caso seus
pais tentassem impor-lhes rumos profissionais que alterassem os objetivos fundamentais
da sua missão. Jesus precisaria crescer completamente livre e desenvolver suas
forças espirituais de modo espontâneo, a fim de estruturar o seu ideal redentor
sem quaisquer deformações, desvios ou caprichos do mundo.
Jesus era um
Espírito de graduação angélica, distinto de todos os seus contemporâneos, e sua
autoridade espiritual dava-lhe o direito de confrontar-se à própria família,
desde que ela teimasse em afastá-lo do seu empreendimento redentor. Eis, por
tanto, o motivo por que o Alto preferiu o espírito dócil de Maria para a Missão
Sublime de ser Mãe do Messias, protege-lo em sua infância e não causar-lhe
desordem na Missão de Amplitude Coletiva.
***
A “SENTINELA
DA EVOLUÇÃO HUMANA’ – POR LUÍZA CONY
Nenhum comentário:
Postar um comentário