quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

ENTRE A IDA E A VOLTA


Meu amigo, minha amiga – digamos que aqui neste texto, há uma súplica para que insista, em trabalhar mentalmente, ao ler cada linha escrita com muito amor pela vida de vocês.
Que cada um, tenha disposição para exercitar a mente para construir um futuro melhor.
Grata por tudo!
Na aventura da vida, nós culpamos tanto ao Eterno, sem sabermos ao certo, o que somos e o que nos está reservado na imensidão do Universo.
Pensamos tanto no hoje, nesta reserva de bens, que não fazemos nada para que a nossa mente avance na corrida da compreensão repleta de humildade de vontade inteligente, para assumir o seu verdadeiro papel, que nada mais é do que cumprir sua escalada evolutiva, com plena capacidade de aceitar o “desconhecido”, embora seja “profundamente conhecido”, pois encontra-se alojado na alma. Mas a mente requer libertação do poder do ego extravagantemente materialista.
Então, devemos em agradecimento ao Eterno, nosso soberano Criador, colocarmo-nos em absoluta cooperação e total disposição para definitivamente, amarmos a vida- esse destino em construção.
Sermos água abençoada caminhando na direção do Mar- nosso fluir compreensível, finalmente.
Acreditemos nisso. Confiemos nessa realização.
Tudo é possível. Esforcemo-nos e lapidemos nossa mente, pois é corrigível.
***
ENTRE A IDA E A VOLTA
Colocou Deus o homem no início da grande jornada – e mostrou-lhe o termo longínquo a atingir.
Dois caminhos havia que levavam à meta final – a reta e a curva.
A linha reta da inocência – e alinha curva da culpa e da salvação.
Desprezou o homem a reta – e preferiu a curva afastando-se de Deus...
Podendo ser suavemente feliz pelo conhecimento da “árvore da vida” – quis ser amargamente infeliz pelo conhecimento da “árvore do bem e do mal”.
Conhecedor da face luminosa da vida – quis conhecer-lhe a tenebroso retrocesso para amar tanto mais a luz depois de conhecer as trevas.
Mas tão grande é o poder de Deus que pode dar ao homem a plena liberdade para abrir ao máximo a grande parábola dos seus delírios – na certeza de que acabaria por fechá-la, um dia, pela compreensão.
Pode a divina potência fazer com que o homem queira livremente o que nem à força queria.
Todas as águas partem do mar – e todas as águas voltam ao mar...
Quem julgaria possível que as águas que, em estado vaporoso, sobem do seio do mar, palpáveis por todos os setores do Universo, voltassem um dia à sua origem?
Essas torrentes, esses rios, essas pequenas correntes de água, quase sempre não permanentes, essas pequeninas fontes?
Entre esses dois polos, a ida e a volta, identificados num oceano, ficam Alpes e Pirineus, Andes e Himalaias, Etnas e Vesuvius, Chimborazos e Everestes, Saaras e Sibérias; ficam esses milhares de quilômetros que vão das nascentes aos cursos de água que se abrem mais ou menos largamente do Amazonas, do Nilo ao Mississipi, do Reno, do Danúbio, do Ganges, do São Francisco, do Prata, de todos os gigantes e pigmeus do elemento líquido.
Quem fixar os olhos nessas distâncias enormes, nesses obstáculos, dificilmente acreditará numa só água e num só oceano.
E quem conhece a História da Humanidade, esse drama multimilenar de erros e aberrações – como poderia convencer-se da fusão harmônica de todas as desarmonias?
E, no entanto, exige a majestade de Deus essa harmonia final.
Não pode o Eterno assistir à ruína da sua Obra.
Não chamaria o SER poderoso, sábio e bom, à existência um mundo de seres na previsão certa de que ele falharia o seu verdadeiro destino.
Quando a Humanidade tiver percorrido toda essa vasta trajetória dos seus desvarios, todos os espaços noturnos do erro, do pecado, da rebeldia, do orgulho, da luxúria, da perversidade sob todos os aspectos – então entrará em si e dirá: “Voltarei à casa de meu Pai”...
E convencido da impossibilidade de uma ego-redenção, na certeza de que a Torre de Babel do seu orgulho nunca atingirá o céu de suas saudades – começa o ser humano a fechar a grande curva da culpa pela sincera conversão dos seus atos de loucura...
As próprias sombras do mal são obrigadas a cantar as grandezas de Deus, no gigantesco painel do Universo.
Ó FELIX CULPA!!!
A "SENTINELA DA EVOLUÇÃO HUMANA"- POR LUIZA CONY

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