quarta-feira, 18 de março de 2015

TERCEIRA PARTE A ARTE DE ORAR EM FAMÍLIA



Deus proporcionou a todos nós, os meios de conhecermos a sua lei, mas nem todos compreendem; se nos esforçarmos na prática do bem e se desejamos pesquisá-la, seremos os que melhor a compreenderemos. Não obstante, toda a humanidade, um dia a compreenderá, porque é necessário que o progresso se realize.
A cada nova existência (reencarnação) a nossa inteligência se torna mais desenvolvida e passamos a compreender melhor o que é o bem e o que é o mal.
Entre as leis divinas, umas regulam o movimento e as relações da matéria bruta: são as leis físicas; seu estudo pertence ao domínio da Ciência. As outras concernem especialmente a nós seres humanos e às relações com Deus e com os nossos semelhantes. Compreendem as  regras da vida do corpo e as da vida da alma: são as Leis Morais. A Lei , Divina ou Natural, é eterna e imutável como o próprio Deus.
É no ambiente familiar que acontece um drama entre pais e filhos. Mas as tentativas ansiosas dos pais em “ajudar” os filhos só atrapalham. Conversas e mecanismos carinhosos trazem gritos, tensões, gritos, tensões, lágrimas e frustrações. Quando experiências desse tipo se repetem muitas vezes, transmitem algumas mensagens emocionais que levaremos por toda a vida – lições que podem determinar o curso de uma vida. A vida em família é simplesmente o começo do drama de uma criança e a aprendizagem emocional e moral. Se os pais não tiverem alicerçadas as Leis Divinas, transmiti-las aos filhos ainda pequenos, e provar com boas ações e a dedicação ao Evangelho no Lar  com orações límpidas que traduzam a ARTE DE ORAR em família, - esses pais são emocionalmente inábeis, não aproveitam o momento de uma aproximação maior com os filhos. É o descaso moral com a tempestade emocional dos filhos. Tentam aliviar todas as perturbações das crianças, comprando novos vídeo games, tênis e roupas de grife para que não fiquem tristes ou zangadas.
Há pais muito rigorosos e por isso não respeitam o que a criança sente. Geralmente desaprovam tudo o que o filho diz e quer fazer. Severos nas críticas e nos castigos, não percebem a fragilidade sentimental e emocional do filho. Isso é falta de caridade com o seu semelhante. O sentimento de justiça é natural em todos os seres. Falta a esse .... tal pai, o desenvolvimento em si do progresso moral. Esse sentimento, Deus o colocou no coração do homem. Mas esse pai se julga superior ao filho, em sua sabedoria, errando mais ainda, porque deveria explicar ao filho que as noções de Justiça, de Caridade e de Amor encontram-se frequentemente, entre os homens simples. Esse tipo de pai comete erros mais graves do que aquele que vê no filho, fazendo ver as atitudes do filho sob um falso ponto de vista.
Mágoas, tristezas, medos são sentimentos que uma criança não sabe lidar, e é preciso que o pai e a mãe como treinadores da aprendizagem emocional do filho, tornem-se eficientes, devendo ter uma compreensão profunda acerca desses rompantes emocionais e sentimentais da criança. Saber avaliar e lidar com cada um deles. Ser pai e mãe emocionalmente aptos, muito podem fazer para ajudar o filho em relação a cada um dos elementos básicos do emocional: aprender a reconhecer, controlar e canalizar os sentimentos, ter empatia e lidar com os sentimentos que afloram em seus relacionamentos.

É um impacto bastante significativo para os pais esforçarem-se meticulosamente na educação moral dos filhos. A aprendizagem deve começar nos pais, porque necessitam de treinamentos e lapidações no próprio emocional e na inteligência. Diríamos até, um amadurecimento moral como direito ao filho de encontrar nos seus tutores as legítimas práticas da Lei de Justiça, Amor e Caridade. Como o Cristo nos disse: “Querer para os outros o que queremos para nós mesmos”. O sublime da paternidade é ter o critério da verdadeira Justiça. Na incerteza do que deve fazer para o filho, em dada circunstância, que o pai pergunte a si mesmo como desejaria que agissem com ele.

A benevolência do pai, é indulgência para com as imperfeições morais dos filhos. Amar o filho é o complemento da Lei de Justiça, porque amar o filho é fazer-lhe todo o bem possível, que o pai desejaria que o filho lhe fizesse.

Em suma, a arte de orar em família nasce dos princípios morais que o Cristo ensinou a todos nós. O caráter da oração em família aí está, como os pais podem ver: É uma arte orar no Lar, e que vai revigorar a arte de educar o filho. Essa arte, vai preparar o filho para defender-se das agruras da vida; guiá-lo nos deveres morais que a própria vida necessita; torná-lo saudável na mente, no corpo e no emocional, pois estimulará alívio para as perturbações, ganhando respeito à sociabilidade e vantagens para a vida em geral, assegurando para o futuro do filho a persistência no devotamento à arte de orar em família, e a abnegação à Lei de Justiça, Amor e Caridade, que constitui virtude; sobrevive mesmo à própria morte, acompanhando o filho para além da vida terrena.

Com determinação, o pai deve reunir a família para a oração da união entre todos. Cumprir sistematicamente, para que os Bons Espíritos venham sempre trazer os fluidos regeneradores do Amor Divino:

ORAÇÃO EM FAMÍLIA

- Nesta hora sagrada, vamos nos dirigir a Deus com respeito por suas bênçãos em nossas vidas.
Que o nosso coração se uma de verdade aos elevados bens, para que possamos cumprir com amor as nossas tarefas.
Que possamos ser mais amigos uns dos outros, para que os bons sentimentos façam-se maiores do que o egoísmo, o orgulho, a inveja, o ciúme, a raiva, a cobiça, as revoltas, os desentendimentos entre os membros desta família.
Que possamos nos abraçar com sinceridade e ternura, e confiarmos na nossa força interior para que venhamos alcançar amanhã, - a boa troca de energias oriundas da nossa própria fé.
Que o PAI MISERICORDIOSO, pacifique nossa intenção de ajudarmo-nos uns aos outros, fazendo-nos crer que agiremos com inteligência emocional e harmonia.
Que possamos lembrar sempre, que o nosso lar é o abrigo de luz para as nossas almas reeducarem-se nas Leis Morais.


Finalizando esta prece, vamos nos dar as mãos num ato de amor comungando os mesmos sentimentos e o interesse pela preservação da UNIÃO FAMILIAR, com a esperança de que sempre haverá o fortalecimento moral, a vontade de ouvir e praticar os bons conselhos de Jesus contidos nas páginas iluminadas do Evangelho Segundo o Espiritismo.

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