terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

NOSSA ATUAÇÃO ANTE O MEIO AMBIENTE


É necessário termos o maior cuidado em nossos julgamentos, porque somos naturalmente propensos a praticar injustiças, pela simples razão de que nos deixamos guiar, sem que o saibamos, mais pelas nossas afeições do que dominar os nossos ímpetos e organizar um sólido julgamento dos nossos semelhantes.
Quando estamos afeiçoados a alguém, é muito natural que seus atos sejam classificados pelo aspecto mais positivo e nobre. Quando porém, rompem-se essa afeição,  nosso julgamento atualiza o que havíamos virtualizado: o lado mau ressalta poderosamente e torna-se mais forte e mais evidente em quem não devotamos mais as nossas afeições. Quando se quer bem a uma pessoa, julgamo-la altiva, certos gestos enérgicos e decididos são para nós varonilidade, uma viril arrogância. Mas quando ela perde a nossa afeição, aquela altivez já não é mais altivez, mas vaidade, mera vaidade, aquela varonilidade passa a ser arrogância e frio orgulho, a delicadeza é, então, fingidez; enfim, tudo quanto era positivo no seu caráter passa a ser negativo. É óbvio que tal maneira de julgar não é justa. E não é justa porque apreciamos o que antes virtualizávamos.
Como tal modo de proceder é comum, nunca seremos suficientemente cautos em nossas apreciações, quando julgamos negativas as qualidades que antes julgávamos positivas. Desta forma, temos aqui uma regra agora que nos poderá ser imensamente prática: Quando gostamos de alguém julgamos elogiáveis as suas atitudes, e passamos posteriormente a julga-las negativamente, é que alguma coisa houve entre nós e essa pessoa, que nos levou à quebra de nossa afeição. E se examinarmos melhor, veremos que o que levou a essa quebra de afeição cabe mais a nós do que poderíamos pensar.
É sempre um mau julgador aquele que só vê os aspectos negativos de uma pessoa, porque, na verdade, o “diabo não é tão mau como se pinta”. Não há maus perfeitos, e quando só vemos numa pessoa defeitos, e todas as suas qualidades são por nós interpretadas negativamente, devemos nos colocar de sobreaviso e examinar as nossas apreciações e a nós mesmos, para evitarmos as injustiças, que tantas vezes fazemos. É que alguma coisa virtualizamos, escamoteamos, ou, então, torcemos, desviamos, para satisfazer, consciente ou inconscientemente, a nossa má vontade, disposição agressiva ou desafetiva, que nos provoca essa pessoa. Em suma, precisamos ser equânimes  em nosso julgamento. E quando nos cegamos por um sentimento forte, não somos justos, como não é justo o enamorado que só vê virtudes na pessoa amada.
Por outro lado, não devemos considerar como “perdido” quem quer que seja. Nunca, nem entre os maiores criminosos, a predominância das más qualidades é total. Há sempre um resquício humano, uma pequena chama de qualidade positiva que pode ser despertada.
Em nossa vida, conhecemos inúmeros casos dessa espécie, e cada um pode testemunhar muitos exemplos. Para despertar o que há de bom nas pessoas e por meio desse bom sentimento consolidar uma vida futura, eis uma das tarefas mais difíceis, como também das mais nobres.
Não é fácil dar regras especiais, porque os casos são tão diversos, há tamanha variedade nos sentimentos, que as regras gerais pecam pela sua extensão exagerada e pela fraqueza de seu conteúdo.
Assim é preciso colocar o caso em suas condições reais. Uma das primeiras atitudes é a compreensão simpática, isto é, sentir com a pessoa, procurar viver a sua falta sem uma atitude agressiva e punitiva. Recebê-la sempre como algo que acontece, mas que é remediável.
Depois de conquistar certa confiança, e essa confiança nasce quando a outra pessoa se convenceu de uma simpatia sincera que lhe é devotada, então meio caminho já foi andado. A sinceridade de nossa atuação é uma arma poderosa. Se para tanto houver cálculo,   manejamento de atitudes falsamente simpáticas, podem estar certos que malograremos. A simpatia sincera irradia uma força que não sabemos ainda aquilatar e para a qual temos sentidos que ainda não conhecemos.
Há pessoa que conquistam facilmente a confiança de outras, mas essas pessoas quase sempre a merecem.
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Se ouvimos a Palavra do Cristo dentro de nós, mas não a colocamos em prática, é sinal de que o nosso coração ainda não assimilou nada. Escuta e prática  andam sempre juntas. Escute e veja o que você faz, e você vai ver que há ação de Deus ali.
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Se você se aflige temendo infortúnios, é porque não acredita no amor de Deus.
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Servir de exemplo também dá uma energia para seguir fazendo a coisa certa.
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Anda o ser humano tão solitário que em todas as coisas busca o Cristo no mundo interior.
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O esquecimento do passado é bênção concedida perante a Lei Divina. No entanto, o ser humano é atingido por grande tristeza, desânimo, pressentindo o sofrimento reparador durante a existência e, dessa forma, atrai o espírito desencarnado que se considera na condição de vítima, ou não, enveredando no caminho da anormalidade, perda de controle e loucura.
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Quando o homem tolera a si mesmo, graças a uma profunda paz de consciência, todas as coisas e pessoas do mundo são toleráveis, não se tolera a si mesmo, nada lhe é tolerável.
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A paz nasce de uma profunda sabedoria, do conhecimento da verdade sobre si mesmo.
Quem conhece essa verdade é livre de todo ódio, tristeza, rancor, sendo de perda e frustração.
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O perdão exige coragem e determinação. Cave fundo e você encontrará a força de que necessita.
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Procuro no silêncio interior ouvir a voz do Cristo amavelmente dizendo: “não te preocupes... conheço as tuas necessidades”.  Isto é programa de um futuro alicerçado sobre o Amor do Senhor.
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“A caridade é sofredora, é benigna; a caridade não é invejosa, não trata com leviandade”. Paulo de Tarso (I Coríntios, 13:4)
Quem dá para mostrar-se é vaidoso.
Quem dá para torcer o pensamento dos outros, dobrando-os aos pontos de vista que lhe são peculiares, é tirano.
Quem dá para livrar-se do sofredor é displicente.
Quem dá para exibir títulos efêmeros é tolo.
Quem dá para humilhar é companheiro das obras malignas.
Quem dá para sondar a extensão do mal é desconfiado.
Quem dá para afrontar a posição dos outros é soberbo.
Quem dá para situar o nome na galeria dos benfeitores e dos santos é invejoso.
Quem dá para prender o próximo e explorá-lo é delinquente potencial.
Em todas essas situações, na maioria dos casos, quem dá se revela um tanto melhor que todo aquele que não dá de mente cristalizada na indiferença ou na secura; todavia, para aquele que dá, irradiando o amor silencioso, sem propósitos de recompensa e sem mescla de personalismo inferior, reserva o Plano Maior o título de irmão.
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A “SENTINELA DA EVOLUÇÃO HUMANA”  POR LUÍZA CONY



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