segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

O PODER DA SUA FORÇA INTERIOR


Meu amigo, minha amiga! – Se eu te dissesse que, para solveres certos problemas dolorosos da vida, devias “ORAR”, talvez terias um gesto de desilusão ou pouco caso. E eu te compreendendo, porque para milhares e milhões de Cristãos “ORAR” quer dizer pedir, mendigar ou recitar determinada fórmula – e depois aguardar a decisão de Deus, de um Deus que, como eles entendem, reside em algum misterioso recanto do Universo, para além das estrelas e vias lácteas, e, por exceção, visita a nossa Terra.
Em vez disto sugiro o seguinte: Quando te achares em dificuldade de qualquer natureza, ou quando tua mente estiver repleta de amargura ou revoltada, suspende por alguns minutos todo e qualquer pensamento nessa direção; não penses em nada, faze de tua mente uma espécie de vácuo, carta branca, um silencioso deserto. E, quando estiveres inteiramente calmo e sereno, dize pausadamente: “Convido-te, Senhor, para seres meu sócio e meu conselheiro neste impasse em que me encontro” Ilumina os caminhos da minha vida, para que eu veja claramente o que neste momento devo fazer ou deixar de fazer! Dá-me a força necessária para que eu possa fazer o que está certo! Ajuda-me, Senhor! Sê meu sócio e companheiro, tu sabes mais do que eu!”...
Claro está não é necessário que digas literalmente estas palavras, mas sim cries dentro de ti a atitude indicada pelas palavras que acabo de escrever.
Repete muitas vezes, o mesmo pedido, ou melhor, dize positivamente: “Tu, Senhor, és meu sócio, e eu estou certo de que me ajudarás eficazmente, com teu poder e tua sabedoria. Eis-me aqui às Tuas ordens!”...
Não fales a esse “Senhor” como se fosse alguém ausente; esse “Senhor” é teu próprio centro, teu EU CENTRAL; desperta-o do teu sono.
Depois de te manteres uns cinco minutos nesse clima, verificarás que os horizontes vão se desanuviando lentamente; as nuvens da amargura e revolta dissipam-se ao avanço da luz da serenidade; o teu despeito cederá lugar a uma atitude de compreensão e benevolência.
Em vez de esbarrares, qual besouro estonteado, contra as vidraças de uma janela fechada e caíres, finalmente exausto, sobre o peitoril da janela para morrer; em vez dessa manobra ridícula e estúpida, olha calmamente em derredor – e acabarás pro descobrir com grata surpresa, que a dois passos da janela fechada, há uma porta aberta de par em par, pela qual poderás ganhar sem esforço a liberdade e sair da tua prisão voluntária.
A educação das almas humanas obriga-as a ocupar situações diversas. Todas têm de passar alternadamente pela prova da riqueza e pela pobreza, do infortúnio, da doença, da dor.
A todas as misérias deste mundo que não o atingem, o egoísta fica alheio e diz: - “Depois de mim, o dilúvio!”. Crê que a morte o subtrai à ação das leis terrestres e às convulsões da sociedade com a reencarnação, muda o ponto de vista. Será forçoso voltar a sofrer os males que contávamos legar aos outros. Todas as paixões, todas as iniquidades que tivermos tolerado, animado, sustentado, seja por fraqueza, seja por interesse se voltarão contra nós. Aquele que fez sofrer sofrerá; quem semeou a divisão, o ódio, sofrerá os efeitos: o orgulhoso será desprezado.
Se você quiser assentar em bases formes o seu próprio futuro, trabalhe desde já, em aperfeiçoar, em melhorar o meio em que renasceu. Pense a sua própria reforma: é o que indispensável fazer para que as misérias coletivas sejam vencidas pelo esforço de todos. Aquele que, podendo ajudar os seus semelhantes, deixa de fazê-lo, falta à lei de Solidariedade.
Quanto aos males individuais, diremos, colocando-nos em outro ponto de vista: “Não somos juízes das medidas extas onde começa e onde acaba a expiação”. Sabemos quais são os casos em que há expiação? Muitas almas, sem serem culpadas, mas ávidas de progresso, pedem uma vida de provas para mais rapidamente efetuarem sua evolução.
O auxílio que devemos a estas almas pode ser uma das condições de seu destino, como do nosso, e é possível que estejamos sendo colocados em seu caminho para aliviá-las, esclarecer, confortar. Sempre que se nos ofereça o mínimo ensejo de nos tornarmos úteis e prestativos e deixamos de o ser, há de nossa parte mau cálculo, porque todo bem, todo mal feito remontam à sua origem com os seus efeitos.
“Fora da Caridade não há salvação” – disse Allan Kardec. Tal é o preceito por excelência da moral Espírita. O sofrimento, onde quer que se manifeste, deve encontrar corações compassivos prontos a socorrer e consolar. A caridade é a mais bela das virtudes; só ela dá acesso aos mundos felizes.
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Querer é poder! O poder da vontade é ilimitado. O homem, consciente de si mesmo, de seus recursos latentes, sente crescerem suas forças na razão dos esforços. Sabe que tudo o que de bem e bom desejar há de, mais cedo ou mais tarde, realizar-se inevitavelmente, ou na atualidade ou na série das suas existências, quando seu pensamento se puser de acordo com a Lei Divina. E é nisso que se verifica a palavra celeste: “A fé transporta montanhas”.

A “SENTINELA DA EVOLUÇÃO HUMANA” – POR LUÍZA CONY

                                                                             


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