sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

PRATIQUEMOS A DISCIPLINA INTERNA


A observação   pequenas coisas que, normalmente, não damos a menor importância, constituem na realidade de um dos mais poderosos exercícios de crescimento espiritual. Muitos desses movimentos são quase automáticos como o respirar, piscar os olhos, passar a mão pelo cabelo ou pela testa, ou até mesmo reparar o que ocorre à nossa volta.
Bilhões de pessoas vivem aqui no nosso Planeta sem dar importância a presença do SOL, esse astro rei que ilumina e aquece nossas vidas, com seus raios luminosos, nascendo e se pondo todos os dias diante de nós. Estamos tão envolvidos com os problemas do nosso cotidiano, que não temos tempo para utilizar com equilíbrio e alegria, da maior fonte de energia concebida por Deus à nossa Humanidade.
Em relação à LUA  o fenômeno é o mesmo, e quase ninguém se entusiasma como o magnetismo maravilhoso que o nosso satélite apresenta, juntando-se ao silêncio da noite entorpece os nossos sentidos físicos, deixando o corpo físico em situação letárgica, em condições de descanso e de sono.
De modo geral, a noite é utilizada pelo ser humano para o divertimento em bares, boates e festas que viram a madrugada, e muitos ainda, aproveitam a calada da noite para assaltar, roubar e matar os seus irmãos de luta, num contraste terrível com a missão da Lua e da noite, que é a de envolver a Humanidade num clima de paz e de silêncio, de ternura e amor.
Sempre que observamos com carinho os minerais, vegetais, animais e seres humanos o nosso cérebro passa a trabalhar com mais liberdade, sem a interferência dos nossos desejos mais exacerbados e, certos problemas que nos incomodavam acabam sendo resolvidos de maneira simples, sem a necessidade de esforços fenomenais.
Todas as vezes que você tiver que enfrentar problemas difíceis use a técnica da observação, praticando a disciplina interna e verá que os resultados vão se mostrar surpreendentes. Outra técnica excelente, também, para afastar obstáculos é a persistência, que consiste em dar continuidade aos projetos que nos interessam e, que, às vezes, não podem ser resolvidos de imediato requerendo um esforço maior no campo da observação, da paciência e da persistência.
Todos os vultos da nossa História Universal conseguiram vencer os obstáculos em oposição aos seus ideais, porque foram pacientes e persistentes, despontando entre eles, Gandhi, o líder incontestável da Índia, que conseguiu libertar seu povo do jugo inglês, sem disparar um único tiro, usando apenas o silêncio, a meditação, a prece, o jejum, a paciência e a persistência.
Allan Kardec, também utilizou da paciência e persistência para codificar a Doutrina Espírita, observando com cuidado e carinho, alguns fenômenos, questionando demoradamente tudo o que viu e sentiu, para só  então, depois de convencido, escrever a Doutrina do Consolador Prometido.
Jesus nunca agia de imediato, e, no episódio da mulher adúltera, ele observa aquela mulher banhada em lágrimas aos seus pés. Olha com piedade para os seus algozes bravios, coléricos e irritadiços, e espera pacientemente brincando de escrever na areia, que todos falassem, para que só então, depois de algum tempo, desse a sua opinião, que na realidade foi neutra. Jesus apenas questionou as autoridades dos algozes com a seguinte frase: - “Atire a primeira pedra aquele que estiver sem pecado”. Envergonhados saíram um a um, deixando Jesus e a mulher adúltera sozinhos, fugindo não do Mestre, mas deles mesmos.
Dirigindo-se à prostituta, ainda prostrada a seus pés, foi mais simples ainda: “Ninguém te condenou? Eu também não te condenarei, vai, e no futuro não peques mais”.
O apóstolo Paulo em uma de  suas assertivas dirigidas aos gentios, afirma: “Ainda que o homem exterior se corrompa, o interior se renova sempre”.
Por falar em praticar a disciplina interna,  todos os dias sinto o amor de Deus presente em minha vida. A generosidade Dele me envolve em todos os momentos, em tudo o que faço, principalmente quando me recolho para escrever os textos com paciência e persistência. Só me resta agradecer e oferecer minha vida para o grande aprendizado do desprendimento material e me esforçar cada vez mais, para progredir moralmente.
Ele merece isso de mim!
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Compartilhar significa viver em sociedade, manter os elos que nos prendem uns aos outros, sem discriminação, sem exigências e sem imposições que possam ferir o livre arbítrio dos outros, mas com renúncia, carinho e, principalmente, com amor.
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Os nossos olhos são dons divinos dados por Deus, por empréstimo, para que possamos perceber o que se passa à nossa volta, enriquecendo nossas atividades, valorizando-as com edificação de um Cristo Interno.
Diz o velho ditado; “Quem pede conselhos não o quer, mas sim confirmação para o que já resolveu fazer”. Esta, infelizmente, é uma grande realidade em nossas vidas, daí a precaução que devemos ter quando aceitamos o pedido de aconselhamento, porque muitas vezes, entramos em choque com as posições já determinadas pelas próprias pessoas que solicitam o conselho, o que nos leva a crer que o ideal é manter uma posição neutra, a respeito de qualquer assunto, evitando sempre a radicalização que certamente será desastrosa para os outros e, principalmente para nós.
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As palavras no Capítulo I do Gênesis: “Deus criou o homem à sua imagem”. Expressam uma Verdade profunda. Isto não é um significado superficial em que “A forma do corpo físico do ser humano é semelhante a de Deus”. Significa que “As ideias de Deus estão incorporadas nos seres humanos” e que a “Natureza Divina habita no interior dos seres humanos”. Não é sobre o corpo físico, mas sobre o espírito. Isso indica que nas profundezas da mente de um ser humano habita uma paixão que não pode deixar de compreender, amar e expressar a verdade, o bem e a beleza, que são as virtudes de Deus. Porque Deus criou o macrocosmo e tudo na Natureza, os seres humanos também têm diversas imagens e criatividade de Deus infinitamente no seu interior.
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Quando vivemos com a boa intenção de praticar a Verdade, naturalmente as coisas correm bem.
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Há um antigo ditado que diz: “As espigas de arroz quanto mais amadurecem, mais se inclinam”. É importante que as pessoas também sejam assim, isto é, quanto mais riquezas obtiverem, mais humildes se tornem. Algumas pessoas tornam-se presunçosas á medida que obtêm conhecimentos, mas não se deve ser assim; pelo contrário, é preciso cultivar a humildade. Podemos dizer o mesmo em relação à posição social, à popularidade etc. Às vezes, nos deparamos com pessoas que andam pavoneando-se pelas ruas ou com homens embriagados que se tornam arrogantes, como se fossem “donos do pedaço”. São pessoas que ainda não amadureceram. Podem até ser ricas financeiramente, mas são pobres no que se refere ao caráter, à alma. Aliás, justamente por isso procuram parecer importantes. Não sejamos como essas pessoas. Devemos ser afetuosos com todos e fazer com dedicação tudo o que deve ser feito, mantendo sempre a mente natural, franca e cordial.
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Busque toneladas de exemplos na vida e esteja sempre aberto a aprender com eles. Se essa moda pega, uma revolução acontecerá.
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A SENTINELA DA EVOLUÇÃO HUMANA – POR LUÍZA CONY
                       




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