quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

A VIDA NO CORAÇÃO DO MUNDO

O nosso Planeta é pródigo de líderes religiosos, católicos, protestantes, espíritas, ou pretensos iniciados, que pregam e divulgam o Evangelho, mas ainda não assimilaram, para o próprio viver cotidiano, os mesmos ensinamentos sublimes que eles tentam incutir no próximo. São apenas distribuidores de azeite, com o objetivo de acenderem as lâmpadas alheias, mas, infelizmente, pela negligência ou retardo espiritual, terminam às escuras por falta de combustível em sua própria lâmpada.
Só as Almas que abrangem maior área de realidade espiritual assimilam mas facilmente toda força, coerência e veracidade da Lei Suprema expressa através do Evangelho. Aliás, nenhum ser humano pode transmitir a outra pessoa a sua experiência espiritual do Reino divino, assim como o cego de nascença não se apercebe do teor da luz que ilumina o mundo, pois ele não vê.
Assimilação exata do Evangelho, como uma experiência viva para toda a Eternidade, só é possível pela iniciação gradativa e ascendente da intuição. É a faculdade de saber a Realidade Divina independente das formas e dos fenômenos dos mundos transitórios da matéria.
A preocupação predominante dos seres espiritualizados, não será se estão perdendo ou ganhando tempo em sua evolução espiritual, interpretação equivocada do que seja evangelização, decorrente do egoísmo e de uma relação funcional excessivamente racionalista com o Evangelho.
A compreensão da Lei da Reencarnação será base de um código de conduta moral para a Humanidade compatível com as conquistas duradouras dos espíritos, convencendo-os que não são os ouros do mundo, mas os tesouros ensinados por Jesus, o passaporte para a bonança e felicidade perene das consciências.
                                                           ***
Sejamos, antes de tudo, submissos. Tenhamos Fé Naquele que, assim como deu e tirou, pode devolver. Resistamos, com coragem, ao abatimento, ao desespero que paralisa as forças. Nunca nos esqueçamos que, ao lado de uma prova difícil, Deus sempre coloca uma consolação. Existem bens infinitamente mais preciosos que os bens da Terra, e esse pensamento nos ajudará a desprendermos deles. Quanto menos valor dermos a uma determinada coisa, menos sensíveis ficaremos em relação à sua perda.
O homem se apega aos bens da Terra é como uma criança que apenas vê o momento presente. Aquele que não se apega aos bens terrenos é como o adulto, que vê somente as coisas mais importantes, pois compreende as palavras proféticas do nosso Salvador: “O meu Reino não é deste Mundo”!
Examinando os postulados e as revelações esclarecedoras de todos os Mestres da Espiritualidade, deparamos sob o invólucro dos seus ensinamentos libertadores e apropriados a cada raça, o mesmo sentido legislativo e sideral, esclarecendo que o Homem não pode servir a dois senhores, simultaneamente. O Mestre Jesus não proclamou, textual e terminantemente, assim: “Não deveis servir a dois senhores ao mesmo tempo”. É algo parecido ao velho provérbio da Sabedoria popular, que assim diz: “Não se pode tocar flauta e, ao mesmo tempo, associar”. O Mestre não condenou o modo da vida material, nem sequer advertiu para o Homem devotar-se exclusivamente ao Mundo Espiritual, mas discursou quanto à sensatez dele libertar-se do Mundo de Mamon, o qual é fruto da necessidade pedagógica para a sua graduação consciencial.
Advertiu sobre o desgaste e a confusão do espírito, quando ele ainda se deixa escravizar pelo mundo educativo e transitório de Mamon, quando já poderia cultuar e viver os valores preciosos e definitivos do “Reino Divino”.
Não devemos provar nem prejudicar a fé e a crença alheia ou impor condições a outrem para que exponha a consciência individual em seu ideal religioso, direito inalienável dos cidadãos cósmicos que somos tonos nós.
“O Caminho do Céu é imparcial; alinha-se apenas com as boas pessoas”. Interpretando essa afirmação, podemos concluir que a jornada ascensional  do ser humano não está vinculada às denominações terrenas de quaisquer crenças, instituições, religiões, divindades, deuses, santos ou espíritos, e a harmonia cósmica é desapaixonadamente das questões humanas, ligando-se inevitavelmente aos sentimentos amorosos que demarcarão o psiquismo de profundidade do espírito eterno e que indicam a elevação moral alcançada por cada personalidade no curto intervalo carnal.
Mesmo contrariado em nossa crença, sejamos nós um ateu ou não, temos em Jesus o modelo quando afirmava: “Granjeai amigos com as riquezas da injustiça, para que quando essas nos falharem, nos recebam eles nos tabernáculos eternos”. Não vamos causar mais perversidades entre nós, exigindo daqueles irmãos próximos atitudes que justifiquem nossa insatisfação com a Fé que não praticamos, mesmo que aquilo em que acreditamos rejeite a Divindade e qualquer influência dos Céus em nossa vida.

A “SENTINELA DA EVOLUÇÃO HUMANA” – POR LUÍZA CONY

Nenhum comentário:

Postar um comentário