Se o orgulho
é o pai dos vícios, a caridade é a mãe da virtude: dela derivam a paciência, a doçura, a prudência nos propósitos. É fácil
para o homem caridoso ser afável e
paciente, perdoar as ofensas, pois a misericórdia é irmã da bondade. Uma alma
elevada não pode odiar nem vingar-se; ela domina os baixos rancores, vê as
coisas de cima, e, compreendendo que os erros do ser humano estão em relação
com sua ignorância, não nutre ódio nem ressentimento. Sabe que, perdoando,
esquecendo as ofensas, destrói todo germe de inimizade, cancela-se toda causa
de discórdia no futuro, seja na Terra seja na vida do espaço. A caridade, a
mansuetude, o perdão das injúrias, tornam-se invulneráveis, insensíveis às
insinuações e às infidelidades, provocam nossa separação gradual das vaidades
terrenas e acostumam nosso olhar às coisas que não iludem.
O dever da
alma que aspira aos céus elevados é de perdoar; quantas vezes nós mesmos temos
necessidade de perdão, quantas vezes o temos pedido! Perdoemos para ser perdoados;
não podemos desejar para nós o que recusamos aos outros. Se quisermos nos
vingar, vinguemo-nos com boas ações: fazer o bem ao inimigo que nos ofende e
desarmá-lo, o seu ódio muda-se em surpresa, a surpresa em admiração. Esse exemplo,
despertando nela sua consciência adormecida, pode produzir profunda impressão,
e desse modo poderemos talvez iluminar uma alma, arrancando-a do abismo..
O único mal
que se deve indicar e combater é o que se reflete sobre a sociedade, quando ele
se nos apresenta sob a forma de hipocrisia, de duplicidade, de mentira. Este mal,
devemos desmascará-lo, pois outros poderiam sofrê-lo, mas é melhor conservar
silêncio sobre o que fere apenas nossos interesses ou o nosso amor próprio.
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O Evangelho
ou “BOA NOVA”, como Código Moral estatuído pelo Plano Superior da
Espiritualidade e revelado por Jesus a todos os homens, não entra em conflito
com nenhum credo ou fórmula religiosa de quaisquer raças ou povos. Não é
tratado específico para uma só coletividade humana, porém, estatuto apropriado
a todo gênero humano.
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A “SENTINELA
DA EVOLUÇÃO HUMANA” – POR LUÍZA CONY
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