A Lei do
Carma, apesar de ser justa e implacável, não cria predestinação para o crime,
nem permite a desforra por parte de ninguém. Ela é apenas o efeito de uma
situação criada pelo próprio ser humano no passado.
Quanto ao modo mais certo de agir neste caso, é Jesus
quem o indica, nas seguintes recomendações: “Ama ao próximo como a ti mesmo” e “Faze
aos outros o que queres que te façam” ou ainda: “Quando te tirarem o manto
dá-lhes também a túnica”, “Se o teu adversário obrigar-te a andar uma milha,
vai com ele mais uma”.
Não importa
cogitar se as culpas requerem punições ou se os delitos exigem reparações ao pé
da letra, pois o objetivo mais importante a ser alcançado para a felicidade da
vida espiritual ainda deve ser a libertação das algemas do egocentrismo, do
ódio, do crime e da crueldade, que ligam as almas adversárias e endividadas ao
mundo material.
O círculo
vicioso das desforras e tormentos recíprocos indica situação de profunda
ignorância do Espírito, pois o prende ainda mais nas rodas das reencarnações a reparação recíproca
imposta pelos preceitos cármicos e obrigatórias ao Espírito tem por fim evitar
que se perturbem a ordem e a harmonia do mecanismo da evolução, e ocorra o
desleixo na linha moral do aperfeiçoamento da alma. Desde que os próprios
adversários resolvam desatar os laços que os escravizam mutualmente às
vinganças, eles mesmos terão conseguido os efeitos benfeitores para as suas futuras reencarnações, cada vez
mais reduzidas como situações de amarguras e mais amplas quanto ao sentido de
oportunidade educativa.
CARMA –
ESSÊNCIA NA VIDA ESPIRITUAL. Em verdade, esse conjunto de assuntos evangélicos
do Mestre Jesus refere-se, principalmente, à essência da vida espiritual do
homem, pois abrange as causas e os efeitos fundamentais de suas vidas
sucessivas sob o processo implacável e justo da Lei do Carma. Daí certa
semelhança entre os vários conceitos evangélicos sob a mesma concepção da
sentença moral, em que o Divino Mestre diz: “Com a mesma medida com que
medirdes, sereis medidos”, “Aquele que não tiver pecado, que atire a primeira
pedra”, “A cada um será dado segundo as suas obras”, “Quem com ferro fere com
ferro será ferido”, ou numa síntese
significativa, que assim adverte: “A semeadura é livre, mas a colheita é
Obrigatória”.
Sob o
invólucro dessas sentenças morais cristãs, permanece sempre o inalterável
conteúdo evangélico, que esclarece quanto à mesma Lei Cármica de Ação e Reação,
atuando em todos esses casos algo semelhante.
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A “SENTINELA
DA EVOLUÇÃO HUMANA” – POR LUÍZA CONY
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