É a
ignorância da nossa natureza e das forças divinas que dormem em nosso íntimo, é
a ideia insuficiente que fazemos do nosso papel e das leis do destino, que nos
entregam às influências inferiores, ao que chamamos o mal. Na realidade, o fato
se reduz a uma falta de desenvolvimento. O estado de ignorância não é por si
mesmo um mal; é somente uma das formas, uma das condições necessárias da Lei de
Evolução. Nossa inteligência não amadureceu ainda, nossa razão, criança,
tropeça nos acidentes do caminho; daí o erro, os desfalecimentos, as provações,
a dor. Mas todas essas coisas serão um bem se as considerarmos outros tantos
meios de educação e elevação.
A Alma deve
atravessá-las para chegar à concepção das verdades superiores, à possessão da
parte de glória e de luz, que fará dela uma eleita do céu, uma expressão
perfeita do poder e do amor infinitos. Cada ser possui os rudimentos de uma
inteligência que atingirá o gênio e tem a imensidade dos tempos para
desenvolvê-la. Cada vida terrestre é uma escola, a escola primária da Eternidade.
Na lenta
ascensão que leva o homem a Deus, procuramos, antes de tudo, a ventura, a
felicidade. No entanto, em seu estado de ignorância, não poderia ele atingir
esses bens, porque os procura quase sempre onde não estão, na região das
miragens e das quimeras, e isso por meio de processos cuja falsidade só lhe
aparece depois das decepções e dos sofrimentos. São esses sofrimentos que nos
esclarecem; nossas dores são lições austeras; elas nos ensinam que a verdadeira
felicidade não está nas coisas da matéria, passageiras e mutáveis, mas na
perfeição moral. Nossos erros e faltas repetidos
com as fatais consequências que trazem, acabam por nos dar a experiência, e
esta nos conduz à sabedoria, isto é, ao conhecimento inato, à intuição da
verdade. Chegado a esse sólido terreno, o ser humano sentirá o laço que o une a
Deus e avançará, em passo mais seguro, de períodos em períodos, para a grande luz
que não se extingue nunca.
***
É importante
lembrar que todos nós, sem exceção somos Espíritos Imortais.
VIDA
SEMPRE!
Essa certeza
caberá perfeitamente na consciência, desde que se queira de verdade evoluir
moralmente. O maior tesouro que possuímos e, para a grande maioria das pessoas
ignorando, soterrado no egocentrismo – o castelo de ilusões.
***
A “SENTINELA
DA EVOLUÇÃO HUMANA” – POR LUÍZA CONY
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