terça-feira, 2 de maio de 2017

AMOR, AMOR, AMOR UNIVERSAL!


Enquanto Jesus era um Crístico, os homens que o seguem se dizem “Cristãos”! Então, eles se distinguem dos “não religiosos”, assim como fazem restrições às demais organizações religiosas, eliminando o sentido universalista do próprio ensino do Mestre Conselheiro! Daí as tendências separatistas entre os próprios Cristãos, que se distinguem como católicos, protestantes, espíritas, umbandistas, etc. No entanto, para os “crísticos”, Maomé, Buda, Krishna, Confúcio, Zoroastro, Fo-Hi, Hermes, Orfeu, Kardec e o próprio Jesus, são apenas fontes estimulantes do Amor Incondicional latente em todos os prolongamentos vivos do “Cristo Espírito”!
Assim, como o Cristão só admite o Cristianismo ou o Evangelho de Jesus, o Crístico vibra o Amor latente em todos os códigos espirituais divulgados pelos demais instrutores de Cristo, seja o “Bagavad–Gita” dos Hindus, o “Ching Chang Ching” ou “Clássico da Pureza” dos Chineses, o “Torah” dos Judeus, o “Livro dos Mortos” dos Egípcios, a Teologia de Orfeu dos Gregos, o Yasna de Zoroastro ou o “Al-Koran” dos adeptos de Maomé. O Homem Crístico não se vincula com exclusividade a qualquer religião ou doutrina espiritualista; ele vibra com todos os homens nos seus movimentos de ascese espiritual, pois é adepto incondicional de uma só Doutrina ou Religião – o Amor Universal! Ele vive descondicionado em qualquer latitude geográfica, sem se algemar aos preceitos religiosos particularistas, na mais pura efusão amorosa a todos os seres!
É avesso aos rótulos religiosos do mundo, alérgico às determinações separatistas e para ele só existe uma religião latente na alma – o AMOR!      
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A Índia, o Egito e a Grécia, quando lembrados por Jesus, acendiam-lhe novas luzes e por intuição, sentia que a sua alma já operara espiritualmente na consciência desses Países. E a sua perspicácia em compreender as multidões, estudando-lhes a psicologia e descobrindo-lhes as vulnerabilidade nos caprichos, no sofrimento, na cupidez, astúcia e ingenuidade, tornava-o um pensador  inigualável.
O Mestre submetia tudo a exame meticuloso; as menores coisas eram por ele observadas sob a visão clara do seu Espírito Universalista. Não situava adversários nem se sentia alvo da perfídia, da ofensa ou das ingratidões para com a sua generosidade mal compreendida; classificava o homem terreno segundo a sua imprudência, no tocante a edificar sua ventura espiritual. Em Jerusalém, a sua curiosidade insaciável fez com que visitasse curandeiros, cartomantes, magos, sacerdotes e discípulos, profetizas e astrólogos, hipnotizadores e profetas, escribas e ilusionistas, filósofos e doutrinadores, escravos e senhores. E de suas observações resultou um conhecimento idôneo de todas as contradições humanas. Então, constrangido, ele censurava a riqueza egoísta e os avarentos endurecidos, que se esqueciam dos pobres e dos infelizes.
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João Batista, ateou fogo às ideias messiânicas de Jesus e fortaleceu ainda mais a inspiração benfeitora dos Essênios. Na verdade, a força selvagem da austeridade de João Batista na sua condenação implacável aos ricos, poderosos e corruptos, impressionou Jesus e teve o dom de eliminar-lhe as últimas hesitações, convencendo-o de que também estaria certo manifestando em público os mesmos sentimentos e preocupações amorosas em favor da Humanidade. Embora Jesus tenha sofrido a influência estimulante de João Batista, ele não lhe seguiu os passos quanto à sua ética agressiva. A esta Jesus opôs a humildade, a brandura e a tolerância própria dos Essênios. Embora ambos fossem sacrificados porque pretendiam a felicidade alheia, João Batista morre pela sua obstinação em excomungar os reis, os poderosos e afortunados, atraindo para si a ira e a vingança de tais adversários.
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A caneta dos escritores mais exaltados e místicos descreve Jesus como um ser mitológico, cuja vida fantasiosa discordou completamente dos acontecimentos e das necessidades da vida humana. Num outro extremo, os inimigos figadais da fantasia e apegados fanaticamente aos postulados “positivos” da ciência terrena, biografaram Jesus à conta de um homem comum e indisciplinado, espécie de líder de pescadores e camponeses, que fracassou na sua tentativa de rebelião contra os poderes públicos a época. Os mais irreverentes chegam mesmo a considerar que na atualidade o caso de Jesus seria apenas um problema de ordem policial.
É muito difícil, para tais escritores extremistas, compreenderem a situação exata, de um anjo descido das esferas sublimes até situar-se em missão redentora nos vales de sombras terrenas.
Jesus não foi um homem miraculoso ou santo material, cujos gestos, palavras e atos só obedeciam aos gestos celestiais decretados por Deus; mas, também, não era um homem comum tomado de ambições políticas e  desejoso das falsas glórias do mundo materialista. Ele em hipótese alguma buscava o triunfo nos bens terrenos.
Em verdade, onde terminava o Anjo começava o homem, sem romper o equilíbrio psicológico ou discordar dos seus contemporâneos.
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A “SENTINELA DA EVOLUÇÃO HUMANA” – POR LUÍZA CONY

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