Imprescindível
reconhecermos que no lar reúnem-se Espíritos que necessitam sublimar os
sentimentos, substituindo o ódio e um rancor a um inimigo do passado pelo amor
materno ou paternal do presente, passando pela convivência entre irmãos de
sangue, que na verdade muitas vezes nada têm de parentela espiritual,
apresentando-se como verdadeiros adversários.
No lar,
palavra que se origina de lareira, é onde aquece o fogo do desentendimento,
opiniões desencontradas, egoísmo e orgulho contumazes, que, quando encarados à
Luz do Evangelho, tomam rumos disciplinadores e renovadores, dissipando as
pendências tristes e infortúnios do passado.
Importante reconhecer
o grande esforço da parte de cada um, colaborando para que se estabeleça o
respeito, se conquiste a harmonia e a paz.
Jesus é o
farol que nos indica o rumo certo a seguir na estrada evolutiva, pelos caminhos
de fraternidade universal. Recomendou-nos, com suas próprias palavras, a determinação
da vigilância na conservação, dilatação e defesa do bem.
O esforço
necessário, pois, a omissão no serviço que nos compete desencadeará
perturbação, movimentando a desordem, entregando a oportunidade ao mal. A Lei
de Preservação vigora em todas as partes do mundo. São desenvolvidas leis
humanas necessárias para que haja controle dos direitos de cada um, punindo o
descontrole, a desonestidade e a agressividade. Inúmeras instituições são
criadas para promover bem estar e trabalho digno.
Cada um de
nós precisa reconhecer o campo em que nos compete atuar e trabalhar para o
progresso futuro. Sentimo-nos ameaçados ou alvo de investidas menos nobres,
buscar a sobrevivência é atitude natural dos seres vivos, a fim de respirarmos
o oxigênio da vida, sem delegarmos ao próximo a condição de nos conduzir, nos
carregar nas costas, nos sufocar, subtraindo-nos a condição de atuar na
existência ora concedida, manipulando-nos de certa forma, inclusive agravando
seus compromissos pela nossa falta de atitude.
A ausência de vigilância também nos remete ao conformismo e comodismo
perante as mais diversas situações, tornando-nos improdutivos e praticamente
nulos, sem rever que a responsabilidade perante o que nos acontece é
compromisso e escolha absolutamente nossa.
A vigilância
inicia dentro de nós mesmos, pois conhecemos nossas tendências e intenções mais
profundas. Instintivamente construímos casas que nos abrigam das intempéries,
vestimos roupas que nos protegem convenientemente. Falta-nos a vigilância do
pensamento, do verbo e da ação. Ainda desgovernados no nosso mundo íntimo,
escapam-nos, aos impulsos da animalidade, promovendo a angústia, a mágoa, a
tristeza e a desunião, que necessitarão de inúmeras oportunidades, a fim de que
sejam corrigidos.
Vigiar sempre,
semear o bem, a fraternidade, tendo Jesus como o leme que nos governa a caminho
do Amor. “O apostolado é de Jesus... contudo, ninguém se esqueça de que o
Senhor não prescinde da colaboração de sentinelas”. Lembra-nos Chico Xavier.
A “VARINHA
MÁGICA” DE LUÍZA CONY
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