sábado, 13 de maio de 2017

SENTINELAS DO LAR


Imprescindível reconhecermos que no lar reúnem-se Espíritos que necessitam sublimar os sentimentos, substituindo o ódio e um rancor a um inimigo do passado pelo amor materno ou paternal do presente, passando pela convivência entre irmãos de sangue, que na verdade muitas vezes nada têm de parentela espiritual, apresentando-se como verdadeiros adversários.
No lar, palavra que se origina de lareira, é onde aquece o fogo do desentendimento, opiniões desencontradas, egoísmo e orgulho contumazes, que, quando encarados à Luz do Evangelho, tomam rumos disciplinadores e renovadores, dissipando as pendências tristes e infortúnios do passado.
Importante reconhecer o grande esforço da parte de cada um, colaborando para que se estabeleça o respeito, se conquiste a harmonia e a paz.
Jesus é o farol que nos indica o rumo certo a seguir na estrada evolutiva, pelos caminhos de fraternidade universal. Recomendou-nos, com suas próprias palavras, a determinação da vigilância na conservação, dilatação e defesa do bem.
O esforço necessário, pois, a omissão no serviço que nos compete desencadeará perturbação, movimentando a desordem, entregando a oportunidade ao mal. A Lei de Preservação vigora em todas as partes do mundo. São desenvolvidas leis humanas necessárias para que haja controle dos direitos de cada um, punindo o descontrole, a desonestidade e a agressividade. Inúmeras instituições são criadas para promover bem estar e trabalho digno.
Cada um de nós precisa reconhecer o campo em que nos compete atuar e trabalhar para o progresso futuro. Sentimo-nos ameaçados ou alvo de investidas menos nobres, buscar a sobrevivência é atitude natural dos seres vivos, a fim de respirarmos o oxigênio da vida, sem delegarmos ao próximo a condição de nos conduzir, nos carregar nas costas, nos sufocar, subtraindo-nos a condição de atuar na existência ora concedida, manipulando-nos de certa forma, inclusive agravando seus compromissos pela nossa falta de atitude.  A ausência de vigilância também nos remete ao conformismo e comodismo perante as mais diversas situações, tornando-nos improdutivos e praticamente nulos, sem rever que a responsabilidade perante o que nos acontece é compromisso e escolha absolutamente nossa.
A vigilância inicia dentro de nós mesmos, pois conhecemos nossas tendências e intenções mais profundas. Instintivamente construímos casas que nos abrigam das intempéries, vestimos roupas que nos protegem convenientemente. Falta-nos a vigilância do pensamento, do verbo e da ação. Ainda desgovernados no nosso mundo íntimo, escapam-nos, aos impulsos da animalidade, promovendo a angústia, a mágoa, a tristeza e a desunião, que necessitarão de inúmeras oportunidades, a fim de que sejam corrigidos.
Vigiar sempre, semear o bem, a fraternidade, tendo Jesus como o leme que nos governa a caminho do Amor. “O apostolado é de Jesus... contudo, ninguém se esqueça de que o Senhor não prescinde da colaboração de sentinelas”. Lembra-nos Chico Xavier.


A “VARINHA MÁGICA” DE LUÍZA CONY

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