quinta-feira, 23 de março de 2017

UM JULGAMENTO DE SI MESMO II


O exame de consciência é autoexame, isto é, exame de si mesmo, feito por si mesmo, sozinho, consigo mesmo. Não devemos olhar os defeitos alheios, mas só os nossos, cada um por si, porque só estes  nos cabe corrigir. Podemos, porém, utilizar o julgamento dos outros, pelo fato dele ser o mais adequado a mostrar os nossos defeitos, a fim de conhecermos melhor a nós mesmos.
Os olhos alheios, sendo feitos de rivalidades, são mais agudos do que os nossos, os quais, pelo contrário, são levados a ver as nossas virtudes e a esconder os defeitos.
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É fácil imaginar o que acontece em uma multidão de indivíduos e correspondentes juízos pessoais. Cada um se faz em substituição à Grande Lei de Deus e julga com o próprio Eu.
Julgo o outro, e o outro me julga. Faço de mim mesmo centro de meu julgamento, como o outro faz de si mesmo centro de seu julgamento.
Nasce um regime de guerra, tornando-se necessários o escudo e a espada. Isso significa forjar para si mesmo um escudo – cobertura  feito de virtudes postas à vista, e em relação aos outros, valer-se de uma espada para abater-lhes o escudo – cobertura similar e descobrir seus defeitos.
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Suponhamos um encontro entre um avarento e um sensual. O avarento tomará a atitude de um santo casto, para esconder sua avareza, acusando o erotismo do outro. Este se fingirá de generoso para esconder os seus excessos eróticos, acusando o outro de avareza.
Assim, cada um recebe, reciprocamente, a lição dada pelo outro. Todos se escondem e mistificam-se uns aos outros. “Veja onde o outro não o acusa e saberá qual é seu defeito”.
Por tudo isso, vê-se quanto é difícil fazer um verdadeiro exame de consciência, quando aos impulsos instintivos do subconsciente se sobrepõe a orientação iluminada da mente que conhece a Lei de Deus.
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Em vez dos homens estagnarem no artificialismo da vida material transitória, enquanto destroem  a civilização pelas forças doentias do ódio, eles poderiam criar a ventura humana, através das energias sublimes do Amor Purificador.
O Amor que salva e redime o homem, é a saúde espiritual dos que reinam e se conformam com as vicissitudes e as dores do corpo físico, sem desejos de vingança; o ódio, que destrói e intoxica, é a enfermidade da Alma sob a imantação do atavismo animal.

A “SENTINELA DA EVOLUÇÃO HUMANA” POR LUÍZA CONY


UM JULGAMENTO DE SI MESMO I


O exame de consciência é uma constatação de fato do que somos, sendo uma análise inicial para tomar conhecimento das nossas qualidades, com o objetivo de prever as consequências que dai derivam: a direção em que lançaremos as forças de um acontecimento, a trajetória que seguirão e o ponto de chegada.
Trata-se de um exame preventivo para tomar conhecimento das causas que, segundo sua natureza, o nosso EU nos leva a movimentar na fase inicial de um acontecimento, permitindo a previsão de seu desenvolvimento como consequência dessas causas, até o resultado final com o qual o fato se conclui.
A finalidade deste exame, pois, é saber, dado o que colocamos em evidência, como dirigir e corrigir o fenômeno em fase de desenvolvimento, para leva-lo a bom termo.
Diferentemente do exame de consciência comum; neste não interessam as apreciações sobre o valor das próprias qualidades, o que leva  a estabelecer uma comparação com os outros indivíduos, tomados como modelo. O julgar não serve para quem usa a técnica da intervenção.
É necessário, ao contrário, olhar somente para si mesmo, porque é só o próprio EU que entra em ação durante o desenvolvimento do caso. O objetivo do exame é estabelecer uma trajetória justa e não vencer o próximo em competição de virtudes.
Dir-se-á: “Devemos, no entanto, examinar também as nossas boas qualidades”. Sim, mas com este exame de consciência procuramos não as virtudes, mas os defeitos. Porque são estes que nos levam a cometer erros, originando o sofrimento com o qual devemos pagá-los, enquanto o trabalho que querermos fazer é antes o de saber evitar os erros e os sofrimentos. Daí se conclui que julgar os outros nos levaria para fora do caminho.
Se possuímos boas qualidades, ninguém pode impedir que produzam  bons frutos. Mas, não devemos lutar por isto, porque será automático, enquanto a nossa luta deslocar-se para o lado dos defeitos, que acarretam erros, causadores das nossas dores. A finalidade da técnica da intervenção é exatamente evitar dores, sendo o problema que nos interessa e, por isso, o estamos examinando.
Dir-se-á ainda: “Em julgamento de si mesmo, no entanto, deve existir e cada um deve possuí-lo.” Mas quem o faz?  A Lei de Deus o faz e o homem o vê escrito no resultado que ELA o conduz. O exame é o ponto inicial, o julgamento o ponto final. A Lei de Deus fala com fatos e o seu julgamento será a posição boa ou má, na qual o indivíduo se encontrará no fim da experiência.
O julgamento é evidente e se processa segundo os métodos da Lei Divina, pelos quais cada erro é pago com o próprio dano no campo moral. A Lei de Deus age do mesmo modo porque é a mesma em todos os campos.
Terminado o exame de consciência, ponto por ponto, veremos que entre todos os defeitos há um dominante que define o tipo de cada indivíduo. Pode ser o avarento, o sensual, o egoísta, o dilapidador, o violento, o hipócrita, etc. Cada um destes tipos é exposto aos perigos ligados ao seu defeito. Eis a necessidade de que se coloque em guarda, pondo-o bem no foco e vigiando-o, para não leva-lo a cometer os erros correspondentes.
Devido ao seu tipo, é natural que cada um tente a lançar a trajetória de sua vida ao longo de uma rota assinalada por excessos, naquela direção, e cometa, à vista, erros daquele gênero.
Esta é a razão pela qual os indivíduos têm necessidade de se controlar, especialmente nos seus pontos fracos, perigosos para eles. Dai a necessidade de não entrar nesses caminhos, não se lançando por essas rotas, mesmo que sejam as mais atrativas. O desastre com o qual elas terminam não é necessário experimentá-lo pessoalmente, porque se pode constatá-lo nos outros, a cada dia, observando quais são as consequências dos atos positivos e negativos. Controlar-se, então, em primeiro lugar, para se expor  no ponto que for mais vulnerável.
Parece um calcanhar de Aquiles que atrai as maiores dificuldades. Por que exatamente naquele ponto? Porque é ali que, levados pelo impulso imoderado, o ser se excede, vai contra a Lei de Deus, erra e deve pagar. Trata-se de um desequilíbrio que atrai, como força corretiva, a dor.
Se naquele ponto se localiza o maior perigo, é necessária toda a atenção para contê-lo, dominá-lo, enfim, submetê-lo à disciplina da razão. Assim, o violento deve conter sua agressividade, o sensual deve frear-se, o avarento deve ser generoso, etc., porque reduzindo os próprios impulsos aos limites do normal, quando se excede, está pronto a receber o golpe corretivo.
O exame corretivo prolonga-se por toda a vida, devendo-se observar frente a qualquer circunstância. A cada ato deve se perguntar: - “Por que o fiz?” E, então, examinar qual é a verdadeira natureza dos impulsos que o fizeram mover. É necessário buscar, por a nu o subconsciente que se esconde e nos engana para satisfazer-se.
Estamos em um campo de forças negativas, feitas de traição. É delas que nos devemos defender, não das positivas. Assim, se fulano não é ladrão, isso não lhe merece atenção, porque ele não o é. Ele sabe e isso basta. A oportunidade de sê-lo não lhe é perigosa e nem o atinge. Pode ser, porém, muito mais perigoso para ele um defeito que tenha.
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É preciso entender que o exame de consciência, que se faz diante da Lei de  Deus, é diferente do que se faz diante das  Leis Humanas. Estas golpeiam quando o indivíduo executou o delito. A Lei de Deus golpeia também mesmo que não tenha passado de pensamento ou desejo, porque, com isso, demonstrou-se capaz de fazê-lo, ainda que não o tenha realizado porque os fatos o impediram.
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A “SENTINELA DA EVOLUÇÃO HUMANA” POR LUÍZA CONY

DIVINO CONSELHEIRO (UM TEMPLO VIVO)


Na terra, Jesus é o Senhor que se fez servo de todos, por amor, e tem esperado nossa contribuição na oficina dos séculos. A confiança Dele abrange as eras, sua experiência abarca as civilizações, seu devotamento nos envolve há milênios... Em razão disso, como adotar a aflição e o desespero, se estamos apenas começando a ser úteis?
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Jesus não recomenda a indiferença ou a irresponsabilidade. O Mestre que preconizou a oração e a vigilância, não aconselharia a despreocupação do discípulo ante o acervo do serviço por fazer. Pede apenas combate ao pessimismo crônico. Claro que os achamos a pleno trabalho, na lavoura do Senhor, dentro da ordem natural que nos rege a própria ascensão.
Ainda nos defrontaremos, inúmeras vezes, com pântanos e desertos, espinheiros e animais daninhos. É tempo, então, de renovar atitudes mentais na Obra a que fomos chamados, aprendendo a confiar no Divino Poder que nos dirige.
Em todos os lugares, há derrotistas intransigentes. Sentem-se nas trevas, ainda mesmo quando o SOL fulgura no ponto mais elevado. Enxergam baixeza nas criaturas mais dignas. Marcham atormentados por desconfianças atrozes. E, por suspeitarem de todos, acabam inabilitados para a colaboração produtiva em qualquer serviço nobre. Aflitos e angustiados, desorientam-se a propósito de mínimos obstáculos, inquietam-se, com respeito a frivolidades de todo tipo e, se pudessem, pintariam o firmamento na cor negra para que a mente do próximo lhes partilhe a sombra interior.
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Já é tempo de nossa Humanidade entender que Jesus de Nazaré não é especificamente o CRISTO, ou DEUS, mas o SUBLIME MÉDIUM CONSELHEIRO, o mais qualificado representante da DIVINDADE na face da Terra, a fim de transmitir a mensagem libertadora do Evangelho. O espírito que conhecemos por Jesus de Nazaré, o melhor homem do mundo, viveu sob a mais intensa atividade “psicofísica”, a fim de esmerar-se até alcançar a hipersensibilidade para sentir o ESPÍRITO PLANETÁRIO EM SI. Mas por tratar-se de entidade de alto gabarito psíquico, Jesus despendeu mais de mil anos do calendário terreno, para conseguir reduzir a sua vibração e atingir uma frequência compatível da organização carnal de um homem à superfície da Terra.
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O evangelho do Cristo é, especificamente, um tratado da saúde da alma, porque modificando o campo moral do ser, muda também, a frequência vibratória do Espírito e o ajusta cientificamente à pulsação harmoniosa e eterna do próprio Cosmo. Em consequência, o Evangelho, além de código moral é, também, um tratado profundamente científico das Leis Cósmicas, que operam na intimidade de cada ser, conforme a sua frequência vibratória e graduação espiritual.
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A vida de Jesus tão sublime, correta, pacífica e vivida sob a força do Amor criativo, teve por norma fundamental expor o resumo da Lei de Deus. Jamais Divino Conselheiro e Mestre praticou um só ato de sua vida, na qual buscasse primeiramente atender os próprios desejos; nem mesmo quando disso dependesse a sua ventura sideral. Desde o seu nascimento físico, já trazia no amago de sua Alma o esquema, de apenas servir e ajudar o homem na sua redenção espiritual. Justo, bom e sábio, nosso Divino Conselheiro transfundia todo o seu amor nos atos mais simples.
Em qualquer circunstância, ele se colocava sempre em último lugar no jogo dos interesses humanos, pois semelhante à Lei do Criador e Pai, que promove indistintamente a felicidade de todos os seres, bastava-se a si mesmo.
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Jesus construiu uma ponte de luz entre Deus e os homens, já que o Mestre cumpriu o seu papel sacrificial de levar os pecados do mundo no seu calvário. O plano de Deus de acabar com todo o sacrifício e da satisfação diária de Sua Justiça “ofendida” pelos homens, acabou também com a necessidade da Lei externa e ritualista de Moisés.
Logicamente Jesus, o Cordeiro de Deus, triunfou à Luz da razão evangélica, diante das trevas das consciências pela troca fluídica sanguinolenta com Deus, difundindo claridade espiritual num mundo de sombras egoísticas, através do combustível sacrificial do seu próprio sangue. Se Ele, o canal Vivo do Cristo, se colocou como oferenda sacrificial a Deus, nenhum outro cordeiro do mundo se igualaria a Ele, liberando as almas arrependidas e aflitas dos tempos antigos da mortalidade em troca do perdão dos seus pecados.
Jesus foi o “Templo Vivo” no Planeta que transferiu para si os pecados da Humanidade, salvando-a do abismo que se aproximava e impediria a Mensagem da Boa Nova Evangélica de se concretizar nas mentes cristalizadas nos ritos sacrificiais.
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A própria semente é um dos mais valiosos e expressivos símbolos da elucidação espiritual usados por Jesus, na sua tarefa messiânica. A semente possui em si toda a futura planta, como o homem traz em sua intimidade todo o Universo. Ela se transforma no vegetal, quando é colocada no terreno favorável, tal qual a palavra do Senhor ao fazer eclodir a verdadeira espiritualidade no âmago dos seres, e ativando a contextura íntima da consciência Divina em crescimento. A semente da mesma espécie vegetal pode gerar uma variedade de plantas, que se distinguirão por cores e mesmo formas diferentes entre si, apesar da mesma origem, como no caso das orquídeas, tanto quanto a mesma pregação espiritual, ativa e desperta vários coloridos psíquicos entre os participantes da mesma graduação psíquica, porém com experiências reencarnatórias diferentes.
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Cristo é um ARCANJO PLANETÁRIO e JESUS, o ANJO GOVERNADOR DA TERRA.  O ANJO é entidade ainda capaz de atuar no mundo material, cuja possibilidade a própria Bíblia simboliza pelos sete degraus da escada de Jacó; mas o ARCANJO já não pode mais deixar o seu mundo divino e efetuar qualquer ligação direta com a matéria, pois já abandonou, em definitivo, todos os veículos intermediários que lhe facultariam tal possibilidade. O próprio Jesus, Espírito ainda passível de atuar nas formas físicas, teve de reconstruir as matrizes perispirituais usadas em outros mundos materiais extintos, a fim de poder se encarnar na Terra.
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A “SENTINELA DA EVOLUÇÃO HUMANA” POR LUÍZA CONY



quarta-feira, 22 de março de 2017

TENHA TODOS OS DIAS CONTATO COM DEUS


O amor ao próximo só poderá frutificar se o praticarmos. E essa prática é essencial para atingirmos a felicidade, que poderá ainda ter início neste nosso mundo. E quando estivermos suficientemente aperfeiçoados e purificados espiritualmente, poderemos passar a viver em Planetas Superiores semeados por Deus, ao longo do Universo, com nossa “transformação espiritual”, segundo nosso grau evolutivo, colaborar na mudança da Terra, de um mundo onde o mal predomina, em um mundo superior na categoria dos mundos.
É com a mente, as mãos e o coração, ligados ao bem maior, que faremos a luz incandescer!
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Façamos brotar dentro de nós o homem novo, não sendo empecilho para os projetos divinos.
Ingressando nas fileiras do bem, pensando sempre no benefício que podemos promover em favor do próximo, estaremos sempre sintonizados com o amparo que vem das Esferas mais Altas.
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A gente leva da vida somente a vida que fez. Então, não perca tempo, procure o bem, faça o bem.
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O Evangelho segundo o Espiritismo aí está, cada vez mais vivo, e, se é alento para nós Espíritas, também é o alerta que necessitamos ouvir todos os dias de nossas vidas.
Nestes últimos tempos, estamos muito voltados para o progresso cultural, intelectual, tecnológico, que tanto bem e conforto nos trazem à vida material; no entanto, deixamos de lado quando o assunto é progresso moral, que tanto bem nos traria ao Espírito.
Meu amigo, minha amiga – Vamos unir nossas forças. É preciso coragem para  enfrentarmos a nós mesmos. Humildade para admitirmos que não há  efeito sem causa e que a nossa colheita nada mais é do que o fruto da nossa semeadura de  ontem, ou de hoje. Muita coragem, amor e muita paciência para retificar os nossos equívocos e combate-los em nós! ...
Sabemos, camuflamos ou ignoramos, fazendo de conta que não existe desafio nesse campo da vida? A resposta cabe perfeitamente para qualquer um de nós que é: O grande desafio é vencer o orgulho, essa muralha invisível, admitir erros, ceifar a erva daninha que ainda persiste em nós, porque é muito fácil constatá-las em outras pessoas, esquecendo-nos de que só enxergamos  nos outros o reflexo de nós mesmos. E retomar a conduta do bem maior com amor, perseverança e humildade.
TEMOS O MODELO A SEGUIR: JESUS CRISTO!!!
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Quando Jesus pronunciou a frase “A FELICIDADE NÃO É DESTE MUNDO”  Ele quis dizer que a Terra, em face de sua atual condição de mundo de provas e expiações, não proporciona que desfrutemos da felicidade em sua plenitude; cada um de nós tem a sua parte de miséria, sua cota de sofrimentos e de decepções. Isso não quer dizer que devemos ficar desmotivados e nos entregarmos aos vícios e instintos. Pelo contrário, é necessário muito esforço para nos melhorarmos e transformarmos os instintos em sentimentos, ou  melhor dizendo, em superioridade moral.
Talvez você pergunte: Como posso, então, ser feliz? Como progredir moralmente e transformar os vícios e os instintos em sentimentos? A resposta é simples. Somos todos devedores de amor, uns aos outros. A situação de imoralidade, criminalidade, entre outras misérias humanas só será sanada quando transformarmos as interrogações acima em amor e uma das formas de praticá-lo é através da caridade.
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Busque sempre agir para o bem, enquanto você dispõe de tempo. É perigoso guardar uma cabeça cheia de sonhos, com as mãos desocupadas.
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Fé sem obras, prece em vão.
Preguiça que adora e pensa,
Calma sem brilho de ação,
Retrato de indiferença.
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Não podemos deixar que a Doutrina Espírita se  distancie das pessoas, principalmente das mais simples. Temos que esclarecer a todos que a Doutrina Espírita e os ensinamentos de Jesus têm o mesmo teor e que ambos devem estar presentes em nosso dia a dia, no convívio com o nosso semelhante.
                                                                              *
Deus nos deu de presente três Revelações:
- Moisés foi a primeira Revelação diante de um mundo violento, libertou o povo da escravidão, recebeu os dez Mandamentos...
- Jesus Cristo foi a segunda Revelação, diante de um Mundo ignorante, o Amor foi a Sua lição, deixou algo para o futuro...
- o Espiritismo Cristão é a terceira Revelação diante de um mundo materialista.
É Ciência, Filosofia e Religião, sua base é reencarnacionista ...
É o consolador prometido que veio esclarecer tudo aquilo que já foi dito e ensinar ao homem viver, amando e praticando a caridade.
                                                                              *
Não podemos deixar a preguiça tomar conta de nós. A preguiça poderá parecer uma doença.
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A “SENTINELA DA EVOLUÇÃO HUMANA” – POR LUÍZA CONY



A ESCOLA DA VIDA


Um método duro e de caminho longo, é a filosofia da resignação que pode ser útil   porque o mal está feito e a dor é inevitável. A Filosofia é sempre um conforto e uma esperança. Isso significa que é muito mais vantajoso ter de suportar a dor, quando lhe semeamos as causas.
Hoje, a febre de criação motivada pelo momento histórico não tolera mais as posições de resignação preguiçosa, possíveis em períodos de inércia, porque se vive na expectativa de evoluir. A humanidade agora deve construir um mundo novo e as virtudes do passado fazem-se sempre mais contrárias aos costumes de hoje. Estão surgindo outras novas, de outro tipo.
Os problemas, hoje, não são rodeados, mas resolvidos. Deve-se compreender quanto custa fazer o mal e que loucura é fazê-lo. Compreender que forças  sutis e poderosas colocamos em movimento, com nossa conduta, e a necessidade de saber manejá-las de acordo com a Lei de Deus.
Aceitar uma disciplina segundo a Lei de Deus é menos cansativo do que pagar depois a própria desordem contra ela. É questão de conveniência, trata-se de um cálculo utilitário. Para quem conhece a Lei de Deus e as consequências da sua conduta, ser desonesto faz medo. Precisa-se de uma boa dose de inconsciência para fazer o mal e permanecer tranquilo.
O homem intuiu em suas vicissitudes a presença da Lei de Deus, mas, não sabendo decifrá-la, chamou-a de o imponderável, deixando-a no estado de incógnita. Trata-se de uma força sutil, aderente às raízes das coisas, tudo penetra e dirige de dentro, estabelecendo o êxito de nossas vicissitudes. Tê-la a seu favor significa ser o mais poderoso entre os poderosos da Terra. Quem a tem contra si está perdido mesmo que seja o rei do mundo. Quem compreendeu a Lei de Deus, descobriu uma potência nova, pode considerar sua, e o mundo não a conhece. É no funcionamento da Lei que se encontra a explicação e justificação de tantos eventos humanos. Quantos colossos desmoronaram, cegados por seu orgulho acreditando tudo saber e poder! E quantos, em sua inconsciência, ainda brincam com estas forças tremendas, sem compreender para onde ela  os arrastarão!
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Ninguém pode, hoje, afirmar a que evolução o estudo da Lei de Deus conduzirá.
O amadurecimento é vertiginoso e o salto é arriscado. Trata-se de uma mudança evolutiva para uma civilização mais alta, mas estamos otimistas.
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A “SENTINELA DA EVOLUÇÃO HUMANA” – POR LUÍZA CONY


AMOR, AMOR, AMOR UNIVERSAL!


Quando Jesus advertiu que devíamos abandonar pai e mãe para segui-lo incondicionalmente, referiu-se à necessidade de o homem  libertar-se dos laços consanguíneos, que são o sustentáculo da família humana isolada no seio da Humanidade!
O Mestre convidou o homem a integrar-se definitivamente, no seio da Família Universal, que é eterna! Não aconselhou o desamor nem a rebeldia entre os membros da mesma descendência humana, mas distinguiu a necessidade de mantermos os princípios espirituais acima das tendências inferiores e transitórias do corpo físico.
O homem deve superar o amor egocêntrico, que é nutrido pelo sague do mesmo agrupamento doméstico, a fim de integrar-se no Amor do Cristo que é Universal!
O lar terreno, além de sua função precípua de escola de educação espiritual, ainda pode ser acolhido à conta de oficina onde os Espíritos se reabitam e se retificam,  alguns atraídos pelo amor cultivado há milênios, outros imantados pelas paixões e pelo ódio vividos no passado!
Devemos esclarecer às pessoas que Deus e Jesus estão bem próximos de todos nós, deixando de lado algum tipo de orgulho ou superioridade, como bem nos exemplificou ALLAN KARDEC, CHICO XAVIER e tantos outros Missionários que deram um impulso maior para que a Doutrina Espírita pudesse penetrar nos corações de centenas e milhares de pessoas pelo mundo a fora, com sua beleza, simplicidade e pleno amor.
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Se Jesus ia para a praças, campos e rua para pregar a BOA NOVA, é porque nesses lugares a vida corria com todos os fatos que serviam de exemplo para um novo ensinamento por que não fazemos o mesmo? E hoje em dia podemos contar com a internet, como eu com perseverança e muito amor,  procuro dar alguns exemplos baseados nos anos de aprendizado e diversas experiências mediúnicas.
Meu amigo, minha amiga – Agradeçamos a Deus, que nos permitiu desfrutar da Luz do Espiritismo. Não é só porque os que possuem conhecimento espiritual podem salvar-se, mas porque o Espiritismo ajuda-os a compreender melhor os ensinamentos do Cristo e faz com que nós nos tornemos melhores Cristãos.
                                                                              *
As orientações propostas por Jesus e de sua própria vivência e exemplificação pessoal, inseridas no Evangelho, são acontecimentos educativos, que podem ser usados pelo ser humano em qualquer lugar da Terra, em outros Planetas e mesmo em outros mundos espirituais. São diretrizes de comportamentos, que na sua realização no mundo das formas, abrem cientificamente as portas do Infinito Livre ao Espírito do Homem.
O Evangelho, como a pequena substância das atitudes sublimes e definitivas no Universo promove a mais breve metamorfose do homem em anjo, porque o homem, depois de evangelizado, vive em si a síntese microcósmica do macrocosmo.
                                                                              *
A sugestão imperativa do Cristo através do “Buscai e Achareis”, embora se refira a uma iniciativa de ordem moral e algo mística do Espírito, implica na ideia de “pesquisa”, portanto, “buscar” ou procurar é sempre investigar para encontrar. Assim, a Legislação Divina preceitua ao Espírito encarnado que movimente incessantemente, na “busca” de sua própria realidade espiritual, malgrado também deva atender, disciplinadamente às exigências justas do seu organismo físico. Além de outras revelações ocultas que a humanidade da Terra irá identificando, tanto quanto se fizer o desenvolvimento “mental – espiritual” do homem, o conceito do “buscai e achareis” é uma sequência  miniatural da mesma Lei do Universo, que impele toda a criação para o progresso e o aperfeiçoamento.
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O nascimento de “AVATARES” ou de altas entidades siderais no nosso mundo, como Jesus, exige a mobilização de providências incomuns por parte da técnica transcendental, cujas medidas ainda são ignoradas e incompreendidas pelos homens. É um acontecimento previsto com muito  antecedência pela administração sideral. “Rezam as tradições do mundo espiritual que, na direção de todos os fenômenos do nosso sistema, existe uma COMUNIDADE DE ESPÍRITOS PUROS E ELEITOS PELO SENHOR SUPREMO DO UNIVERSO, em cujas mãos se conservam as rédeas diretoras da vida de todas as coletividades planetárias”. São os ENGENHEIROS SIDERAIS E O PLANO DA CRIAÇÃO. Pois do seu evento resulta uma radical transformação no seio espiritual da Humanidade. Até a hora de um Espírito tão elevado vir à luz no mundo terreno, devem ser-lhe assegurados todos os recursos de defesa e assistência necessários para o êxito de sua “descida vibratória”.
Aliás, para cumprir a missão excepcional no prazo marcado pelo COMANDO SUPERIOR, o plano de sua encarnação também prevê o clima espiritual de favorecimento e divulgação de sua mensagem na esfera física. Deste modo, encarnam-se com a devida antecedência, espíritos amigos, fiéis cooperadores, que empreendem a propagação das ideias novas ou redentoras recebidas do seu Magnífico Instrutor.
Jesus foi um “AVATAR”, ou seja, uma entidade da mais alta estirpe sideral já liberada da roda exaustiva das reencarnações educativas ou expiatórias. E consequência, a sua encarnação não obedeceu às mesmas leis próprias das encarnações comuns dos espíritos primários e atraídos à matéria devido aos recalques da predominância do instinto animal.
Os espíritos demasiadamente apegados à matéria não encontram dificuldades para a sua encarnação, pois em si mesmos já existe a força impetuosa do desejo impelindo-os para o corpo físico.
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Jesus, embora fosse um Anjo Exilado do Céu, viveu junto dos homens, lutando na vida com as mesmas armas, sem privilégios especiais e sem recorrer a interferências extraterrenas para eximir-se das angústias e dores inerentes à sua tarefa messiânica.
O seu programa na Terra destinou-se a libertar tanto o sábio e o rico, como o iletrado e o pobre; por isso, enfrentou as mesmas reações comuns a todos os homens, suportando as tendências instintivas e os impulsos atávicos, próprios de sua constituição biológica hereditária, embora lhe atribuíssem uma linhagem excepcional da estirpe de DAVI.
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A Paz do Senhor pousava no teto do lar onde ele pregava a “Boa Nova”  de AMOR e ESPERANÇA, que comovia os corações ais insensíveis. As mães corriam a buscar seus filhos, pedindo ao Profeta de Nazaré que os tocasse, pois se dizia que sua Bênção era um lenitivo para as dores e preservação contra as doenças. Alguns curavam-se  à sua frente e rogavam contritos: “Benze-me, RABI, pois eu sofro!” Inúmeras vezes as suas palavras ou apenas a sua augusta presença eram suficientes para curar os enfermos imbuídos de intensa fé ou provocava explosões de remorsos, lamentos cruciantes e confissões de delitos conservados em sigilo. O divino Rabi pousava o seu olhar complacente sobre todos, aconselhava ladrões a devolverem suas presas; mulheres duvidosas a se redimirem de seus pecados e criminosos endurecidos a vencerem seus instintos cruéis. Fortalecia as virtudes nos bons e a conduta superior nos regrados; infundia sua fora angélica em todos, redimindo e incentivando transformações  morais que ateavam chamas de bom viver nas criaturas hesitantes, engrossando assim as fileiras de sua corte messiânica.
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A “SENTINELA DA EVOLUÇÃO HUMANA” POR LUÍZA CONY




AMOR, AMOR, AMOR UNIVERSAL


Escritores e médicos presunçosos procuram explicar a hiperfunção das glândulas sudoríparas de Jesus num esquema patológico, porque ignoram, em absoluto, que o organismo carnal do MESTRE é que lançava mãos de recursos de emergência subsistir ante a carga espiritual poderosa que lhe atuava além da resistência biológica humana. Ele vivia sob  estados febris e excitações incomuns em dramática luta para manter-se sob o excesso do potencial que lhe descia do Céu, procurando a matéria e fluindo pelo seu corpo, como se este fora realmente um poderoso fio-terra vivo.
A sua natureza carnal processava verdadeira descarga fluido-magnética através do sistema glandular, cuja exsudação sanguínea jamais poderá ser considerada um ataque específico e mórbido de “suor de sangue”. Após esse fenômeno, tal qual aconteceu no Horto das Oliveiras, às vésperas do sacrifício no Calvário, o Espírito do Mestre desafogava-se adquirindo certa liberdade sobre o corpo desfalecido, exausto e febril.
O Divino Conselheiro era um cadinho de química transcendental fabulosa, no qual se processavam as mais avançadas reações dos problemas espirituais. O passado e o futuro não tinham limites de graduação na sua mente poderosa e genial.
Os conceitos mais insignificantes poderiam se tornar sentenças milenárias sob o toque de sua Alma.
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A túnica nupcial, que a alma deve envergar para tomar parte no banquete do Rei citado na parábola contada por Jesus (Mateus 22-1 a 14): (Lucas 14:16 a 24). Em verdade significa o resultado da lavagem dolorosa do períspirito no tanque do mundo terrestre, de onde ele sai com as suas vestes limpas.
A dor aquebranta a rudeza e humilha o orgulho da personalidade humana, obriga o espírito a centralizar-se em si mesmo e a procurar compreender o sofrimento. Na introspecção dolorosa pela ansiedade de solver o seu problema aflitivo, ele tem de reconhecer a precariedade, a presunção e a vaidade de sua figura transitória no mundo da Terra.
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É necessário que o homem se desvencilhe dos falsos argumentos ou das superficialidades sentimentais. A “verdade” que salva, predita por Jesus, exige a limpeza absoluta da mente atravancada por tradições religiosas ou premeditações pessoais, tornando o ser uma criança liberta dos condicionamentos ilusórios. Que nos serve a doce ilusão de um pote manchado de cores e cortado por raios dourados, que emanam do sol na descida do crepúsculo, se um dia a “realidade científica” nos mostrará a ilusão de ótica na refração dos raios luminosos? Podemos cantar a beleza imaculada  do lírio do pantanal ou a configuração fascinante da rosa perfumada, mas não podemos fugir à realidade eletrônica que produz a cor, o perfume e a forma.
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Jesus, o psicólogo das almas, diz: “Vinde a mim todos vós, que estais cansados e aflitos, e vos aliviarei, porque o meu fardo é leve e o meu jugo é suave”.
“Vinde, benditos de meu Pai,  possui o Reino que vos está preparado desde o princípio, porque eu estava com fome, e me deste de comer; estava com sede e me destes de beber; andava estranho e me acolhestes; estava nu e me vestistes; estavas doente, e me visitastes; estava preso e me vieste ver.” E ao ser abordado pelos justos: - “Quando foi, Senhor, que te vimos com fome, com sede, estranho, nu, doente ou preso, e te acudimos?” . Jesus respondeu: “Em verdade vos digo, tudo o que fizestes ao menor de meus irmãos, a mim é que o fizeste!”
Portanto, o Cristo interno não despertará em nós, se não ajudarmos a despertar externamente o Cristo no próximo. Essa é a grande Lei da Polaridade Cósmica. São Francisco de Assis, Gandhi, Chico Xavier, Madre Tereza de Calcutá, e tantos outros, encontrando o Cristo nos outros, encontraram-nos em si próprios.
Esta é a máxima da caridade: auxiliar e servir aos necessitados, porque só assim estaremos realizando a caridade em nós mesmos. Conforme disse São Francisco de Assis: “É dando que se recebe, é perdoando que se é perdoado!”
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A “SENTINELA DA EVOLUÇÃO HUMANA” – POR LUÍZA CONY




O BEM QUERER NÃO TEM FRONTEIRAS


Os laços, antigos ou recentes, da amizade costumam reunir diversos Espíritos, que se sentem felizes de estar juntos.
Pelo termo ”antigos” se devem entender os laços de amizade contraída em existências  anteriores.
Ao despertar, guardamos intuição das ideias que aspiramos nesses colóquios, mas ficamos na ignorância da fonte de onde procederam.
Para o nosso Espírito, o corpo físico funciona como se fosse uma prisão, limitando a sua atuação. Mas, ao adormecermos, aproveitando a liberdade relativa, nosso Espírito aproveita para se reencontrar com outros Espíritos com quem tenhamos afinidades.
Procuramos parentes distantes, grandes amigos, pessoas que nos partilhem as ideias. O mesmo pode acontecer com pessoas que já desencarnaram.
Nesses encontros, as tendências dessas amizades é que vão dar o “tom” do assunto ou das atividades a serem desenvolvidas. Podemos reunir com amigos para tramar planos de prejuízos a outras pessoas, como podemos nos reunir somente para rever amigos distantes que o pensamento de bem querer nunca deixou que se apagasse da lembrança.
O que vai dentro do nosso coração nos leva a buscar aqueles que nos são afins, até durante o sono.
Sempre dizemos que o que fazemos acordados (estado de vigília) vai determinar a “qualidade” dos nossos encontros durante o sono. Se, enquanto acordados, não praticamos o bem ao próximo, não falamos coisas construtivas, não temos bons pensamentos, durante o sono não teremos a companhia dos bons Espíritos, mas sim de Espíritos semelhantes a nós. Mas, se acordados, buscamos viver a prática do bem, ao dormirmos iremos continuar a praticar o bem. Nesse caso, poderemos até procurar os Espíritos Benfeitores para nos ensinar mais coisas boas, ou até, juntarmo-nos a eles para ir  em socorro dos mais necessitados, seja no plano físico ou espiritual.
Para irmos ao encontro do trabalho desenvolvido pela Espiritualidade elevada, devemos crescer moralmente aqui na Terra, através do exercício da Caridade.
Ao acordarmos, poderemos lembrar os bons momentos passados após os encontros que tivemos com os Benfeitores Espirituais guardando as boas impressões, e novas ideias poderão surgir, espontaneamente, sem explicações de onde vieram.
Outras vezes, sonhamos com cenas inexplicáveis, ou então com pessoas que não conhecemos, mas com as quais ficamos felizes de estar. Podem ser pessoas que conhecemos em vidas passadas, que nos são queridas, mas que, na vida presente, estão distantes de nós, reencarnadas em outros lugares. Como  o bem querer não tem fronteiras, reencontramo-nos nessas oportunidades, o que traz uma grande felicidade para o nosso Espírito.
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O irmão iluminado e bondoso, em si, já representa uma obra viva do Pai, através da qual o conhecemos e admiramos; o irmão ignorante ou infeliz, porém, é uma Obra que o Céu nos convida a amparar e embelezar, no rumo da perfeição, em nome do Todo Misericordioso.
Se  amas a Deus no irmão que te atende e ajuda,  não te esqueças de honrá-lo e querê-lo no irmão que ainda não te pode amar.
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“Digo-vos que não sabeis o que acontecerá manhã” – (Tiago, 4;14) – Diz o preguiçoso: “Amanhã farei”. Exclama o fraco: “Amanhã terei forças”. Assevera o delinquente: “Amanhã, regenero-me”.
É imperioso reconhecer, porém, que a criatura, adiando o esforço pessoal, não alcançou, ainda, em verdade, a noção real do tempo.
Quem não aproveita a Bênção do dia, vive distante da glória do século.
Alma sem coragem de avançar cem passos, não caminhará vinte mil.
O lavrador que perde a hora de semear, não consegue prever as consequências da imprudência do serviço a que se devota, porque, entre uma hora e outra, podem surgir impedimentos e lutas de indefinível duração.
Muita gente aguarda a morte para entrar numa boa vida, no entanto, a Lei é clara quanto à destinação de cada de nós.
Alcançaremos sempre os resultados a que nos propomos.
Se todas as aves possuem asas, nem todas se ajustam à mesma tarefa, nem planam no mesmo nível.
Aquilo que o homem procura agora,  surpreenderá amanhã, à frente dos olhos e em torno do coração.
Cuida, pois, de fazer, sem demora, quanto deve ser feito em benefício de tua própria felicidade, porque o amanhã será muito agradável e benéfico somente para aquele que trabalha no bem, que cresce no ideal superior e que aperfeiçoa valorosamente, nas abençoadas horas de hoje.
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A “SENTINELA DA EVOLUÇÃO HUMANA” POR LUÍZA CONY

segunda-feira, 20 de março de 2017

O PENSAMENTO E A VONTADE SÃO A FERRAMENTA POR EXCELÊNCIA


Meu amigo, minha amiga – vamos olhar o trabalho de cada dia, pois permanece repleto de mensagem proveitosa.
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Com essa ferramenta tudo podemos  transformar em nós e ao nosso redor. Tenhamos somente pensamentos elevados e puros; aspiremos a tudo o que é grande, nobre e belo. Pouco a pouco sentiremos regenerar-se o nosso próprio ser, e com ele, do mesmo modo, todas as camadas sociais, o Globo e a Humanidade.
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Com o nosso pensamento e a nossa vontade podemos banir o egoísmo e o orgulho que nos mantem desejosos e ambiciosos nos compromissos, do materialismo, das paixões e das conquistas negativas que trazem mais sofrimentos, distanciando-nos do aprimoramento moral.                                                                     *
Quem ama em Cristo Jesus, guarda confiança em Deus, é feliz na renúncia e sabe alimentar-se de esperança.
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A alma é superior ao que se pode saber dela. As profundezas da alma ligam-na à Grande Alma Universal e Eterna, de que Ela é uma como vibração. Essa origem e essa participação da Natureza Divina explicam as necessidades irresistíveis do Espírito em evolução adiantada: necessidade de Infinito, de Justiça, de Luz; necessidade de sondar todos os mistérios; de estancar a sede nos mananciais vivos e inesgotáveis cuja existência ele pressente, mas que não consegue descobrir no plano de suas vidas terrestres.
Daí provém nossas mais altas aspirações, nosso desejo de saber, jamais satisfeito, nosso sentimento do belo e do bem maior; dai os clarões repentinos que iluminam de tempos em tempos as trevas da existência e os pressentimentos, a previsão do futuro, relâmpagos fugitivos no abismo do tempo, que luzem às vezes para certas inteligências.
                                                                              *
A Lei dos Renascimentos rege a Vida Universal. Com alguma atenção, poderíamos ler em toda a Natureza, como num livro, o mistério da morte e da ressurreição.
                                                                              *
É pela vontade  que dirigimos nossos pensamentos para um alvo determinado. Na maior parte dos homens os pensamentos flutuam sem cessar. Sua mobilidade constante, e sua variedade infinita pequeno acesso oferecem às influências superiores. É preciso saber concentrar-se, colocar o pensamento de acordo com o Pensamento Divino. Então, a Alma Humana é fecundada pelo Espírito Divino, que a envolve e penetra , tornando-a apta a realizar nobres tarefas, preparando-a para a vida no Espaço, cujos esplendores ela,  enfraquecidamente, começa a entrever desde este mundo.
                                                                              *
Os Espíritos superiores veem e ouvem os pensamentos uns dos outros, com os quais são harmonias penetrantes, ao passo que os nossos são, na maioria das vezes, somente discordâncias e confusão. Aprendamos, pois, a servir-nos de nossa vontade e por ela, a unir nossos pensamentos a tudo o que é grande, à Harmonia Universal, cujas vibrações enchem o espaço e embalam os mundos.
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Não se canse de fazer o bem, convencido, todavia, de que a colheita, por suas próprias mãos, depende prosseguir na experiência sincera do amor, sem sofrimentos.
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Muita gente afirma que ama, mas logo que surjam circunstâncias contra os seus caprichos, passa a detestar. Gestos que aparentavam dedicação convertem-se em atitudes do interesse inferior.
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A lição que Jesus nos deixou é profundamente sábia, edificante e dita a regra mais importante para o nosso aprimoramento moral; portanto, vamos dar o devido valor ao nosso ser que é: “Amemo-nos uns aos outros, ardentemente, mas guardemos o coração elevado e puro”.
É tempo de praticarmos esse bem maior, porque a nossa Humanidade não pode mais se deixar conduzir pelos males do ódio, da cobiça, da vingança, da inveja, do ciúme e da criminalidade.
Meu amigo, minha amiga - Tenhamos no pensamento a certeza de que o Amor é antes de tudo, a Divina disposição de servir com alegria, na execução da VONTADE DO PAI, em qualquer região onde permanecemos.
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Problemas da Alma não se circunscrevem a questões de dias e semanas terrestres, nem podem viver condicionados a deficiências físicas. São problemas de vida, renovação, evolução e eternidade.
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A “SENTINELA DA EVOLUÇÃO HUMANA” POR LUÍZA CONY



A VIDA É UMA ESCOLA


A vida pode fazer convites, fácil alegria, em qualquer campo: o do poder político e econômico, do prazer dos sentidos etc. Em nosso tempo, no qual se adora o sucesso, é fácil cair na armadilha. E os ingênuos, atraídos, abocanham o anzol. Mas, por que a vida faz ofertas semelhantes, é traidora? Por que as faz? Onde está a Justiça da Lei de Deus?
É necessário não esquecer  que a vida é uma escola, e uma escola é feita de contínuas provas a serem superadas. Tais ofertas são um teste para aqueles que tendo experimentado e aprendido, dão provas de saber resistir ao convite, não mais caindo na armadilha. De tal exame, aqueles saem vencedores e são promovidos à classe superior. Os amadurecidos conhecem o jogo da armadilha e por isso não caem e a vitória lhes serve para avançar.
Mas os imaturos não entendem o jogo e é exatamente para chegarem a conhecê-lo que têm necessidade de experimentá-lo. Como podem  aprender, se não sentirem na própria pele as consequências do erro?
É necessário que aprendam e  vivam todo o desenvolvimento do fenômeno da queda, até o baque final, que é o golpe necessário, única coisa que pode ter a força para abrir e penetrar sua mente, ainda dura para fazer-se entender. Então, nela se faz a Luz e estes homens amadurecem, de modo que, quando do próximo convite da vida, não cairão na armadilha. Superarão tal exame e poderão subir para uma classe superior. Esta é a mecânica do fenômeno. O caminho é livre, sendo necessário, pois, muita atenção para escolhê-lo.
Cuidado, portanto, para não se deixar seduzir, aceitando cegamente ofertas gratuitas de triunfos fáceis. Façamos exame de consciência, se  virmos que eles não são merecidos porque não correspondem a um valor real para nós, não aceitemos esses triunfos. Devemos dar provas de que temos consciência do próprio valor e merecimento. Se  somos orgulhosos, vaidosos, ávidos, ignorantes, descuidados, irresponsáveis, é justo que caiamos e paguemos. O banquete está pronto e somos convidados. Mas devemos compreender o significado do convite, porque se não o compreendermos  agora, temos de compreender  depois, como acontece com peixe que engole o anzol. O ávido, ansioso de ganhos gratuitos, crendo ser esperto e vencedor, abocanha -o. Mas, por quê? Porque são as qualidades de seu temperamento, exatamente as que devem ser corrigidas pela experiência. É justo que a prova o espere, até que aprenda e com isso evolua.
Compreenderá depois, mas como se poderia isentá-lo da prova, se antes não compreendia? A desilusão tem uma salutar função educadora e é por isto que para seu bem, a vida faz suportá-la. A finalidade é que ele chegue a compreender que com aquele método não se vence, mas se perde.
A desilusão serve para tingir este objetivo: a compreensão, primeira condição para avançar. Trata-se de um sofrimento justificado, por isso, salutar e construtivo. Se fosse uma pessoa amadurecida, não teria engolido a isca e, portanto, passado pelo sofrimento, porque sofrer é justo, útil e necessário, somente para quem não aprendeu.
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A “SENTINELA DA EVOLUÇÃO” POR LUÍZA CONY

O JOGO DA VIDA


Procuremos dar uma atenção maior para a estrutura e a técnica de funcionamento das Leis de Deus como uma finalidade: evitar o mal e a dor. Tratando-se de resolver um problema, é lógico que a primeira coisa a fazer é compreendê-lo, analisando-o com mentalidade positiva. Por isso, devemos evitar atitudes idealistas, não baseadas na realidade dos fatos.
A vida dá prova de uma tão grande sabedoria ao construir seus organismos, dirigir os seus fenômenos, resolver os seus problemas e atingir os seus fins, que não podemos deixar de considera-la um centro psíquico inteligente. Perguntamo-nos: como a vida que soube criar as maiores maravilhas, resolvendo problemas dificílimos em suas construções, deixa frequentemente suas criaturas indefesas à mercê de mil perigos e sofrimentos?
Como se explica tanta indiferença por tal sorte, ao lado de tanta sabedoria e previdência: como se justifica tanta negatividade destrutiva, ao lado de tanta positividade construtiva? Quando o indivíduo vem ao mundo, frequentemente, espera-o a miséria, as doenças, o cárcere, em suma, os sofrimentos materiais e espirituais de toda a espécie.  Há gente condenada desde o nascimento a uma vida de dores. E, no entanto, as coisas estão combinadas de tal modo que o nascer é fatal, porque depende de instintos irresistíveis.  Além disso, para tornar o fato do nascimento inevitável, a vida é pródiga de meios. Ela,  que é avaríssima e utilitária, desperdiça uma abundância incrível de germes, em grande parte destinados a perecer. Por exemplo, dos duzentos e cinquenta milhões de espermatozoides que conseguem contato com o óvulo, somente um está destinado a operar a fecundação.
Se a vida deseja tanto que o ser nasça, ainda que seja para deixa-lo depois em condições de ter tudo, menos uma felicidade garantida, então deve haver uma forte razão para isso. Somente esta pode explicar a contradição existente entre o fato de a vida, que é tão benéfica de um lado, ser depois tão maléfica de outro. E ela nisto dá também provas de saber perfeitamente fazer-se obedecer, e exatamente por indivíduos cujo primeiro impulso é a desobediência à Lei de Deus.
Para os subdesenvolvidos, o jogo da vida reduz-se a buscar o prazer e fugir à dor.  Mas a coisa não é tão simples e carece de uma explicação. Encontramo-nos perante um funcionamento que cabe a nós descobrir e compreender, e assim como acontece com todas as Leis do Universo, que dizem pouco a seu respeito, tratemos então de procurar compreender qual é, neste caso, a regra do jogo.
A finalidade da vida não pode ser a de gozar, ainda que os ingênuos possam crer nisso. Isto se compreende na juventude, quando o indivíduo baseia-se em seu desejo e não em sua experiência. Mas, não há velho que, tendo vivido, conserve tal ilusão. Eis então que devemos admitir que a vida tem  uma outra finalidade, porque se assim não fosse, fazer nascer quem está destinado a sofrer, seria uma traição. Ora, a vida demonstra ser tão benéfica que não pode admitir-lhe um impulso maléfico. Em todas as suas manifestações, demonstra-se tão carregada de positividade que a negatividade nela contida deve existir por uma  outra razão.
A realidade é que o verdadeiro objetivo da vida é outro. Entendido qual é, tudo encontra sua explicação. Mas é necessário primeiro ter compreendido o fenômeno da vida em seu desenvolvimento e finalidade. O fim supremo que ela quer alcançar a todo custo de acordo com seu caráter de positividade construtiva, é a salvação do ser, conseguida através da evolução. Salvação significa conseguir a felicidade que é o grande desejo que queima no fundo de cada alma humana e que impulsiona o indivíduo à ação. Este desejo está escrito na lei de Deus e destinado a realizar-se. Um dia deverá ser satisfeito, pois, caso contrário, não teria sentido nem finalidade e constituiria uma zombaria atroz. Quem sabe como funciona a vida não pode admitir que ela trabalhe com tal sistema.
Compreendido que esta é a sua finalidade, as condições que ela nos oferece, de fato, não são mais uma contradição, porque assumem  um  outro significado. Não se vive para gozar, mas vive-se para chegar à felicidade, que é o ponto final, no topo da escala evolutiva. O instinto não nos engana e, sendo causa utilíssima da ação, cumpre sua função: impulsionar-nos em busca da felicidade. Assim, corre-se, enfrenta-se e tenta-se vencer.
Esforçando-se em todos os sentidos para subir os degraus da escala evolutiva rumo ao Infinito, em uma palavra, experimenta-se, seguindo o curso da escola da vida, o jogo da vida com erros, dores, acertos, etc. para que não se tente fugir de tudo isso, há, pois, o instinto de apego à vida, fazendo-nos suportar as provas necessárias para evoluir.
Em suma, reconhecemos existir na vida uma larga zona de negatividade, mas compensada e corrigida, fechada e enquadrada para o bem maior, na positividade fundamental do TODO – o nosso CRIADOR com sua INTELIGÊNCIA SUPREMA e INIGUALÁVEL.       
Sigamos  o seu roteiro e nos dirigiremos em Espírito como bons filhos para mundos mais evoluídos, pois há diversas moradas na Casa do pai Amoroso e Benfeitor de nossas vidas, onde encontraremos e verdadeira felicidade e a Luz Divina da Eternidade.
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A “SENTINELA DA EVOLUÇÃO HUMANA” POR LUÍZA CONY


sábado, 18 de março de 2017

VITÓRIA DO BEM EM NOSSA VIDA


Quando desejamos enveredar definitivamente pelos caminhos certos, se já recebemos em grande quantidade a revelação espiritual, permite-nos o Senhor conhecer os erros do passado. Isto, porém, só é permitido àqueles que, tendo recebido em doses muito grandes a Benevolência do Eterno Pai, têm elementos para sentir Lhe a Generosidade e resistir ao sentimento de culpa, neutralizando seus efeitos deprimentes com a certeza, evidente aos olhos do aprendiz, de que não existe culpa capaz de ultrapassar a Benevolência com que o Senhor o envolve. Para isso terá que meditar profundamente e com a frequência possível, sobre a extensão das Bênçãos que recebe e, estudando os erros que carrega consigo, concluir pela vitória do bem em sua vida, já que o Senhor o ampara e a todos os homens culpados com a mesma dedicação de Pai Carinhoso.
Precisará resistir ao convite que lhe fazem as trevas para que desanime descrendo da Benevolência do Pai em relação a si mesmo. Que se rejubile com a contemplação majestosa do amparo recebido, tendo em vista as dividas que possui diante da Lei de Deus.
Deverá elevar constantemente o pensamento ao Senhor da vida dizendo:
- “Pai Misericordioso, maior surge Tua grandeza diante de meus olhos agora que vejo quão generoso é o Teu cuidado carinhoso para comigo. À proporção que identifico minhas culpas sinto-me fortalecido numa Fé robusta na vitória, pois intensificaste o amparo em torno de mim, que mergulhei na incompreensão de Teus desígnios e, mesmo sem eu perceber, desceste Tua Misericórdia a socorrer-me.
Sinto que, embora não me pudessem demover da incompreensão, os Espíritos Guardiões continuam a amar-me em TEU SANTO NOME. Elevo meu pensamento para glorificar-Te em Tua Sabedoria e não serei feliz pelo conhecimento de minhas culpas. Ao contrário, tenho agora elementos para julgar com mais acerto a Tua Benevolência e assim sentir-me solidamente amparado por TEU AMOR sem limites.
Sei que a consciência de meus erros representa o atestado de minha maioridade espiritual. Que TU me chamas como o PAI que convoca seu filho na idade da compreensão e examina com ele pacientemente o panorama de suas ações, contando com sua colaboração consciente na solução dos problemas e oferecendo-lhe ao mesmo tempo o amparo de sua mão segura e experiente. Sabes que podes despertar a compreensão com o intuito de evitar novas quedas e amorosamente me reavivas a memória dos erros que não me invalidaram para receber o TEU AMPARO”.
No trabalho de recordação do passado, há necessidade de desenvolver um sentimento de humildade tão grande que permita a visão da realidade sem revolta, sintoma de amor próprio a impedir o aproveitamento do que é lembrado.
O espírito submetido a essa prova recebe uma Bênção de esclarecimento, mas deve mostrar-se digno dela pela capacidade de tolerar a verdade por mais que ela lhe seja desfavorável.
Em seu próprio benefício, deve elevar-se a um plano de compreensão tal que possa olhar-se com isenção de ânimo e mostrar que no presente, além de repudiar as atitudes tomadas anteriormente, tem o valor de aceitar a verdade e de tirar proveito. Que não se envergonhe diante de seus amigos espirituais. Aceite humildemente a realidade de ter errado, sentido a alegria de, mesmo assim, contar com amigos zelosos, que por sua vez também já necessitaram de amparo semelhante e estão como ele, o aprendiz, envoltos no manto da Misericórdia Divina, a renovar-lhes as oportunidades de trabalho, nesta cadeia interminável de amparo, que vai de Deus ao mais pequenino dos seres viventes!
Que se precavenham, os que recordam de se revoltarem contra si mesmos e contra seus próprios atos. Esta prova de humildade decidirá do maior ao menor aproveitamento do trabalho. Confiança no Amparo Divino, aliada ao sentimento de humildade diante da verdade chocante, produzirá a força de superação que dará ao Espírito, a consciência de sua vitória no presente, pois que pisa destemido o dragão do erro e da revolta contra si mesmo, mostrando-se diante da vida tal qual é, sem se perturbar, na certeza íntima da vitória.
Alimentar o sentimento de culpa é demonstrar falta de fé na possibilidade de renovação que o Senhor nos oferece com a vida radiosa de Bênçãos. É negar-se à reação ao erro e acomodar-se na indiferença diante da vida mais alta. É desprezar os meios que o Senhor nos oferece a cada instante para o aprendizado feliz do Bem Maior.
O sentimento de culpa é uma acusação do espírito a si mesmo. Deus porém não acusa. Se nos unirmos a Ele seremos auxiliados e não acusados. É ainda uma rebeldia diante da necessidade de renovar-se e adquirir com esforço novas possibilidades de ação. É um desejo subconsciente de permanecer inativo, acomodado às situações que viveu e das quais teria que se esforçar para afastar-se.
Nós não somos culpados. Negamos a admiti-lo! A culpa é um sentimento negativo estático. Erramos e podemos corrigir hoje com desembaraço os atos impensados do passado. Diante de Deus não existe culpa; existe invigilância e erro temporário e após, a renovação através do ressurgimento da verdade cristalina que desperta a Alma e a induz a desfazer o engano.
Jesus, em sua passagem pela Terra, bem demonstrou qual a atitude do Pai diante do homem que erra. Não teve uma palavra de recriminação para a pecadora, não se afastou da samaritana, não se negou a comer com o publicano. Que significa isto? Que não existe para quem errou a possibilidade de estar separado do AMOR a não ser que, por si mesmo, dele se afaste.
Guardemo-nos da revolta subconsciente contra nossa própria condição espiritual. Vamos suportá-la sendo generosos para conosco mesmos, como generoso é o Nosso Pai que nos assiste. Sejamos humildes diante Dele. Aceitemos o seu ETERNO AMOR como doente que se submete docilmente aos cuidados de quem o deseja curar.
Sejamos pacientes e seremos vitoriosos. Suportemos a nós mesmos tal qual somos, com humildade, porque o NOSSO PAI está providenciando a nossa renovação através da grande tarefa do AMOR SEM LIMITES          .
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A “SENTINELA DA EVOLUÇÃO HUMANA” - POR LUÍZA CONY


POSSUÍMOS A CHAVE DE TODA EVOLUÇÃO PARA NOS GUIAR


Essa chave é a compreensão da Lei da Vida, Progresso e Amor que rege todas as coisas.
Não é consolador e belo poder dizer: Sou uma inteligência e uma vontade livres; a mim mesmo me fiz, inconscientemente, através das idades; edifiquei lentamente minha individualidade e liberdade, e agora conheço a grandeza e a força que há em mim. Amparar-me-ei nelas; não deixarei que uma simples dúvida as atrapalhe por um instante sequer e, fazendo uso delas com o auxílio de Deus e de meus Irmãos das Esferas, mas elevadas, me erguerei acima de todas as dificuldades; vencerei o mal em mim; desapegar-me-ei de tudo o que me acorrenta às coisas grosseiras para levantar o voo para mundos felizes!
Vejo claramente o caminho que se desenrola e que tenho de percorrer. Este caminho atravessa a extensão ilimitada e não tem fim; mas, para guiar-me na Estrada Infinita, tenho um guia seguro – a compreensão da lei da Vida, Progresso e Amor que rege todas as coisas; aprendi a conhecer-me, a crer em mim e em Deus. Possuo, pois, a chave de toda evolução e, na vida imensa que tenho diante de mim, conservar-me-ei firme inabalável na vontade de enobrecer-me e elevar-me, cada vez mais, atrairei, com o auxílio de minha inteligência, que é filha de Deus, todas as riquezas morais e participarei de todas as maravilhas do Cosmo.
Minha vontade chama-me: “Para frente, sempre para frente, cada vez mais conhecimento, mais vida, vida divina!” E num gesto amoroso e com a dignidade de minha consciência estendendo a mão a todos os meus irmãos da Terra, mesmo que não me conheçam e não me vejam, dizendo-lhes: Despertem de seu pesado sono; rasguem o véu material que envolve vocês, aprendam a conhecer-se; a conhecer as potências de sua Alma e a utiliza-las.
Todas as vozes da Natureza, todas as vozes do Espaço bradam para vocês: “Ergam-se e marchem! Apressem-se para a conquista de seus Destinos!”
                                                                              ***
Victor Hugo escreveu: “É dentro de nós que devemos olhar o exterior... Inclinando-nos sobre este poço, o nosso Espírito, avistamos a uma distância de abismo, em estreito círculo, o mundo imenso”.
                                                                              *
Um homem pode ter mil virtudes e um só vício. Receberá o golpe daquele vício. Poderá triunfar no terreno de suas mil virtudes, mas desse golpe ninguém o salva.
O vício é o ponto doente. Se dos meus dez dedos só tenho um doente, devo ocupar-me deste e não dos nove sãos. É o vício que nos dá o golpe contrário, não a virtude.
Por isso, é necessário analisar-se, para corrigir-se e endireitar-se. Procura esconder-se e arranjar pretextos para justificar-se é um método desastroso, porque aumenta a culpa e a pena final, da qual não se escapa jamais.
                                                                              *
A ignorância tem seu lugar como qualidade do primitivo, enquanto a evolução, quanto mais avança, tanto mais, por sua vez, exige conhecimento.
                                                                              *
O aprendiz sincero do Evangelho, não se irrita nem conhece a derrota nas lutas edificantes, porque compreende o desânimo por perda de oportunidade.
                                                                              *
O mal extenua o Espírito, mas o bem revigora sempre.
                                                                               *
“Eu não sou feliz! A felicidade não foi feita para mim!”
Esta frase exprime bem a falta de fé na vida futura, que o ser humano carrega dentro de si. Não estou falando dos incrédulos, mas sim de muitos espíritas que, na prática, parecem não enxergar um palmo diante do nariz. Agem como se a felicidade fosse algo inatingível. Acreditam que, endinheirados, são e serão felizes. Pois bem, não está provado que daquilo que se “possui” materialmente, nada se leva após o desencarne? Até quando vão crer que carro, casa, roupas, entre outros bens materiais, os farão felizes?
Não estou dizendo que devem se despojar de todos os bens materiais e se transformarem em farrapos humanos, deixando tudo de lado.
A racionalidade está em empregar essa riqueza material de modo inteligente, usando o bem-estar do próximo e que ela não sirva para desvios humanos de toda ordem.
                                                                              *
Meu amigo, minha amiga – só fazendo o esforço para praticarmos as virtudes Cristãs é que, realmente, poderemos dizer no futuro que, mesmo sendo trabalhadores da última hora, soubemos aproveitar a oportunidade que o Senhor nos ofereceu.
Não deixemos de orar por todos, mas não fiquemos somente na oração, é necessário partirmos para a ação. Jesus sempre estará nos auxiliando.
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A “SENTINELA DA EVOLUÇÃO HUMANA” – POR LUÍZA CONY


segunda-feira, 13 de março de 2017

USANDO O LIVRE ARBÍTRIO



Todos nascem e crescem tendo dentro de si a esperança de chegar à terceira idade. Falar da morte, principalmente em plena juventude, contraria a todos, mesmo sabendo-se que, cedo ou tarde, todos seguem o mesmo percurso. Por que será que temos tanto medo da morte? Se ela não existe, se parássemos para pensar, iríamos ver que “morrer” é tão natural quanto nascer. Os dois fazem parte da mesma Lei.
Nós estamos no corpo físico por necessidade do nosso Espírito. Todos nós, ao nascermos, trazemos muitas imperfeições de outras vidas e, na maioria das vezes, não conseguimos vencê-las e é ai que estacionamos.
Nunca devemos pensar que, ao envelhecermos, estaremos mais perto da “morte”. E sabe por quê? Porque a vida continua na Espiritualidade, quando deixarmos o corpo físico.
Nós somos Espíritos Eternos. Deus nos criou para viver a eternidade e nossa existência na Terra é um aprendizado onde temos a oportunidade de vencer as más tendências, os vícios, substituindo-os por sentimentos melhores, usando o livre arbítrio a nosso favor. É por essa razão que, diante da Lei que rege todo o Universo, a determinação de crescer ou estacionar espiritualmente é nossa.
Deus, nosso Pai, dá para todos os Seus filhos o mesmo ponto de partida. Nascemos simples, ignorando qualquer lembrança do passado, e, assim, ficamos longe de qualquer privilégio.
O crescimento espiritual é mérito conquistado por cada um. É dessa maneira que Deus age com todos os Seus filhos, porque ama a todos com a mesma intensidade, dando a Bênção da Reencarnação como oportunidade de corrigirmos as faltas cometidas em vidas passadas e, assim, um dia poderemos chegar à perfeição. Mas, para isso acontecer, precisamos nos esforçar, saindo do “EU” e trabalhando no campo do BEM.
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A “VARINHA MÁGICA” DE LUÍZA CONY