Meu amigo, minha amiga – Não se esqueçam de que o dia de
hoje, deve ser saudável para a alma poder livrar-se dos males de ontem e saber
confiar na esperança com doçura, amor e paciência.
*
O principal beneficiado da nossa caridade não é aquele
que recebe, mas sim, aquele que dá o benefício – “Há mais felicidade em dar do
que em receber”. O autor do benefício é mil vezes mais favorecido do que o
beneficiado.
Deus pode fazer o bem que eu faço – mas Deus não pode ser
bom em meu lugar. Muito mais importante do que fazer o bem é ser bom.
O beneficiado recebe o bem que eu faço – mas o benfeitor
se torna bom pelo bem que ele faz; logo, o principal beneficiado é o benfeitor;
antes de realizar qualquer bem no outro, ele o realiza em si mesmo, pelo fato
de ser bom; pelo fato de realizar nos
outros os dons de Deus, esse homem realiza em si mesmo o próprio Deus.
*
O indivíduo que estabeleceu a paz de Deus em sua alma é
um poderoso fator para restabelecer a paz em outros indivíduos, e, através
destes, na sociedade. Não é necessário que fale muito em paz, basta que esse
indivíduo seja uma fonte abundante e um veemente foco de paz.
*
Lembremos diariamente, que todo Espírito emana de Deus,
e, não apenas possui uma centelha da Inteligência Divina, como ainda goza de
uma parcela do Poder Criador, Poder que o Espírito manifesta cada vez mais no
decorrer de sua evolução, tanto em suas encarnações planetárias quanto na vida
no Espaço.
*
Em servindo a alguma criatura simpática corro sempre o
perigo de servir, secretamente, ao meu próprio ego, em vez de servir ao Cristo,
possivelmente, faço cálculos de secreto egoísmo sobre o modo como o meu
beneficiado venha a ser um dia o meu benfeitor, ou, pelo menos, se encha de
reconhecimento e gratidão por mim – tamanha é a perversidade do nosso egoísmo
camuflado em altruísmo. Para evitar a possibilidade de futuras decepções e
ingratidões, muitas senhoras da alta sociedade preferem adotar cachorrinhos a
crianças, porque o ser humano pode, um dia, vir a ser ingrato ou consagrar o
seu principal amor a outra pessoa, o que seria doloroso para o secreto egoísmo
da sua sentimental benfeitora. O animal, porém, não é ingrato nem infiel.
*
No encadeamento das nossas estações terrestres, continua
e completa-se a obra grandiosa de nossa educação, o moroso edificar de nossa
individualidade, de nossa personalidade moral. É por essa razão que a Alma tem
de encarnar sucessivamente nos meios mais diversos em todas as condições sociais; tem de passar
alternadamente pelas provações da pobreza e da riqueza, aprendendo a obedecer
para depois mandar.
Precisa das vidas obscuras, vidas de trabalho, de
provações para acostumar-se a renunciar às vaidades materiais, a desapegar-se
das coisas frívolas, a ter paciência, a adquirir a disciplina do Espírito.
São necessárias as existências de estudo, as missões de
dedicação, de caridade, por via das quais se ilustra a inteligência e o coração
se enriquece com a aquisição de novas qualidades; virão depois as vidas de
sacrifício pela família, pela pátria, pela humanidade.
São necessárias também a prova cruel, cadinho onde se
fundam o orgulho e o egoísmo, e as situações dolorosas, que são o resgate do
passado, a reparação das nossas faltas, a norma porque se cumpre a Lei de
Justiça.
O Espírito recupera-se, purifica-se na luta e no
sofrimento. Volta a expiar no próprio meio onde se tornou culpado. Acontece às
vezes que as provações fazem de nossa existência um calvário, mas esse calvário
é um monte que nos aproxima dos mundos felizes. Logo, não há fatalidade.
*
Como pode um pecador absolver-se dos seus pecados? Não é
isto um círculo vicioso?
Assim seria se o homem fosse apenas o seu ego pecador, insolvente: mas todo o homem
é também o seu EU REDENTOR; apesar de ser pecador na sua periferia
humana, continua a ser sem pecado no seu CENTRO DIVINO; a imagem e semelhança
de Deus não se apagou com o pecado. Quem peca é o ego periférico – quem redime
é o EU CENTRAL, o “PAI em nós, - o “CRISTO INTERNO.”
*
“UNIR” quer dizer tornar uno, ter a consciência vital de que o nosso íntimo
ser coincide com o SER da DIVINDADE – “EU E O PAI SOMOS UM” – embora o nosso externo
existir seja diferente de DEUS – “mas o PAI
é MAIOR do que eu”.
Isto é “TER FÉ NO CRISTO” saber que “já não sou eu que
vivo, mas CRISTO vive em mim”.
*
A “SENTINELA DA EVOLUÇÃO HUMANA” – POR LUÍZA CONY
Nenhum comentário:
Postar um comentário