quarta-feira, 22 de março de 2017

AMOR, AMOR, AMOR UNIVERSAL


Escritores e médicos presunçosos procuram explicar a hiperfunção das glândulas sudoríparas de Jesus num esquema patológico, porque ignoram, em absoluto, que o organismo carnal do MESTRE é que lançava mãos de recursos de emergência subsistir ante a carga espiritual poderosa que lhe atuava além da resistência biológica humana. Ele vivia sob  estados febris e excitações incomuns em dramática luta para manter-se sob o excesso do potencial que lhe descia do Céu, procurando a matéria e fluindo pelo seu corpo, como se este fora realmente um poderoso fio-terra vivo.
A sua natureza carnal processava verdadeira descarga fluido-magnética através do sistema glandular, cuja exsudação sanguínea jamais poderá ser considerada um ataque específico e mórbido de “suor de sangue”. Após esse fenômeno, tal qual aconteceu no Horto das Oliveiras, às vésperas do sacrifício no Calvário, o Espírito do Mestre desafogava-se adquirindo certa liberdade sobre o corpo desfalecido, exausto e febril.
O Divino Conselheiro era um cadinho de química transcendental fabulosa, no qual se processavam as mais avançadas reações dos problemas espirituais. O passado e o futuro não tinham limites de graduação na sua mente poderosa e genial.
Os conceitos mais insignificantes poderiam se tornar sentenças milenárias sob o toque de sua Alma.
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A túnica nupcial, que a alma deve envergar para tomar parte no banquete do Rei citado na parábola contada por Jesus (Mateus 22-1 a 14): (Lucas 14:16 a 24). Em verdade significa o resultado da lavagem dolorosa do períspirito no tanque do mundo terrestre, de onde ele sai com as suas vestes limpas.
A dor aquebranta a rudeza e humilha o orgulho da personalidade humana, obriga o espírito a centralizar-se em si mesmo e a procurar compreender o sofrimento. Na introspecção dolorosa pela ansiedade de solver o seu problema aflitivo, ele tem de reconhecer a precariedade, a presunção e a vaidade de sua figura transitória no mundo da Terra.
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É necessário que o homem se desvencilhe dos falsos argumentos ou das superficialidades sentimentais. A “verdade” que salva, predita por Jesus, exige a limpeza absoluta da mente atravancada por tradições religiosas ou premeditações pessoais, tornando o ser uma criança liberta dos condicionamentos ilusórios. Que nos serve a doce ilusão de um pote manchado de cores e cortado por raios dourados, que emanam do sol na descida do crepúsculo, se um dia a “realidade científica” nos mostrará a ilusão de ótica na refração dos raios luminosos? Podemos cantar a beleza imaculada  do lírio do pantanal ou a configuração fascinante da rosa perfumada, mas não podemos fugir à realidade eletrônica que produz a cor, o perfume e a forma.
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Jesus, o psicólogo das almas, diz: “Vinde a mim todos vós, que estais cansados e aflitos, e vos aliviarei, porque o meu fardo é leve e o meu jugo é suave”.
“Vinde, benditos de meu Pai,  possui o Reino que vos está preparado desde o princípio, porque eu estava com fome, e me deste de comer; estava com sede e me destes de beber; andava estranho e me acolhestes; estava nu e me vestistes; estavas doente, e me visitastes; estava preso e me vieste ver.” E ao ser abordado pelos justos: - “Quando foi, Senhor, que te vimos com fome, com sede, estranho, nu, doente ou preso, e te acudimos?” . Jesus respondeu: “Em verdade vos digo, tudo o que fizestes ao menor de meus irmãos, a mim é que o fizeste!”
Portanto, o Cristo interno não despertará em nós, se não ajudarmos a despertar externamente o Cristo no próximo. Essa é a grande Lei da Polaridade Cósmica. São Francisco de Assis, Gandhi, Chico Xavier, Madre Tereza de Calcutá, e tantos outros, encontrando o Cristo nos outros, encontraram-nos em si próprios.
Esta é a máxima da caridade: auxiliar e servir aos necessitados, porque só assim estaremos realizando a caridade em nós mesmos. Conforme disse São Francisco de Assis: “É dando que se recebe, é perdoando que se é perdoado!”
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A “SENTINELA DA EVOLUÇÃO HUMANA” – POR LUÍZA CONY




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