sábado, 18 de março de 2017

VITÓRIA DO BEM EM NOSSA VIDA


Quando desejamos enveredar definitivamente pelos caminhos certos, se já recebemos em grande quantidade a revelação espiritual, permite-nos o Senhor conhecer os erros do passado. Isto, porém, só é permitido àqueles que, tendo recebido em doses muito grandes a Benevolência do Eterno Pai, têm elementos para sentir Lhe a Generosidade e resistir ao sentimento de culpa, neutralizando seus efeitos deprimentes com a certeza, evidente aos olhos do aprendiz, de que não existe culpa capaz de ultrapassar a Benevolência com que o Senhor o envolve. Para isso terá que meditar profundamente e com a frequência possível, sobre a extensão das Bênçãos que recebe e, estudando os erros que carrega consigo, concluir pela vitória do bem em sua vida, já que o Senhor o ampara e a todos os homens culpados com a mesma dedicação de Pai Carinhoso.
Precisará resistir ao convite que lhe fazem as trevas para que desanime descrendo da Benevolência do Pai em relação a si mesmo. Que se rejubile com a contemplação majestosa do amparo recebido, tendo em vista as dividas que possui diante da Lei de Deus.
Deverá elevar constantemente o pensamento ao Senhor da vida dizendo:
- “Pai Misericordioso, maior surge Tua grandeza diante de meus olhos agora que vejo quão generoso é o Teu cuidado carinhoso para comigo. À proporção que identifico minhas culpas sinto-me fortalecido numa Fé robusta na vitória, pois intensificaste o amparo em torno de mim, que mergulhei na incompreensão de Teus desígnios e, mesmo sem eu perceber, desceste Tua Misericórdia a socorrer-me.
Sinto que, embora não me pudessem demover da incompreensão, os Espíritos Guardiões continuam a amar-me em TEU SANTO NOME. Elevo meu pensamento para glorificar-Te em Tua Sabedoria e não serei feliz pelo conhecimento de minhas culpas. Ao contrário, tenho agora elementos para julgar com mais acerto a Tua Benevolência e assim sentir-me solidamente amparado por TEU AMOR sem limites.
Sei que a consciência de meus erros representa o atestado de minha maioridade espiritual. Que TU me chamas como o PAI que convoca seu filho na idade da compreensão e examina com ele pacientemente o panorama de suas ações, contando com sua colaboração consciente na solução dos problemas e oferecendo-lhe ao mesmo tempo o amparo de sua mão segura e experiente. Sabes que podes despertar a compreensão com o intuito de evitar novas quedas e amorosamente me reavivas a memória dos erros que não me invalidaram para receber o TEU AMPARO”.
No trabalho de recordação do passado, há necessidade de desenvolver um sentimento de humildade tão grande que permita a visão da realidade sem revolta, sintoma de amor próprio a impedir o aproveitamento do que é lembrado.
O espírito submetido a essa prova recebe uma Bênção de esclarecimento, mas deve mostrar-se digno dela pela capacidade de tolerar a verdade por mais que ela lhe seja desfavorável.
Em seu próprio benefício, deve elevar-se a um plano de compreensão tal que possa olhar-se com isenção de ânimo e mostrar que no presente, além de repudiar as atitudes tomadas anteriormente, tem o valor de aceitar a verdade e de tirar proveito. Que não se envergonhe diante de seus amigos espirituais. Aceite humildemente a realidade de ter errado, sentido a alegria de, mesmo assim, contar com amigos zelosos, que por sua vez também já necessitaram de amparo semelhante e estão como ele, o aprendiz, envoltos no manto da Misericórdia Divina, a renovar-lhes as oportunidades de trabalho, nesta cadeia interminável de amparo, que vai de Deus ao mais pequenino dos seres viventes!
Que se precavenham, os que recordam de se revoltarem contra si mesmos e contra seus próprios atos. Esta prova de humildade decidirá do maior ao menor aproveitamento do trabalho. Confiança no Amparo Divino, aliada ao sentimento de humildade diante da verdade chocante, produzirá a força de superação que dará ao Espírito, a consciência de sua vitória no presente, pois que pisa destemido o dragão do erro e da revolta contra si mesmo, mostrando-se diante da vida tal qual é, sem se perturbar, na certeza íntima da vitória.
Alimentar o sentimento de culpa é demonstrar falta de fé na possibilidade de renovação que o Senhor nos oferece com a vida radiosa de Bênçãos. É negar-se à reação ao erro e acomodar-se na indiferença diante da vida mais alta. É desprezar os meios que o Senhor nos oferece a cada instante para o aprendizado feliz do Bem Maior.
O sentimento de culpa é uma acusação do espírito a si mesmo. Deus porém não acusa. Se nos unirmos a Ele seremos auxiliados e não acusados. É ainda uma rebeldia diante da necessidade de renovar-se e adquirir com esforço novas possibilidades de ação. É um desejo subconsciente de permanecer inativo, acomodado às situações que viveu e das quais teria que se esforçar para afastar-se.
Nós não somos culpados. Negamos a admiti-lo! A culpa é um sentimento negativo estático. Erramos e podemos corrigir hoje com desembaraço os atos impensados do passado. Diante de Deus não existe culpa; existe invigilância e erro temporário e após, a renovação através do ressurgimento da verdade cristalina que desperta a Alma e a induz a desfazer o engano.
Jesus, em sua passagem pela Terra, bem demonstrou qual a atitude do Pai diante do homem que erra. Não teve uma palavra de recriminação para a pecadora, não se afastou da samaritana, não se negou a comer com o publicano. Que significa isto? Que não existe para quem errou a possibilidade de estar separado do AMOR a não ser que, por si mesmo, dele se afaste.
Guardemo-nos da revolta subconsciente contra nossa própria condição espiritual. Vamos suportá-la sendo generosos para conosco mesmos, como generoso é o Nosso Pai que nos assiste. Sejamos humildes diante Dele. Aceitemos o seu ETERNO AMOR como doente que se submete docilmente aos cuidados de quem o deseja curar.
Sejamos pacientes e seremos vitoriosos. Suportemos a nós mesmos tal qual somos, com humildade, porque o NOSSO PAI está providenciando a nossa renovação através da grande tarefa do AMOR SEM LIMITES          .
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A “SENTINELA DA EVOLUÇÃO HUMANA” - POR LUÍZA CONY


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