quarta-feira, 22 de março de 2017

O BEM QUERER NÃO TEM FRONTEIRAS


Os laços, antigos ou recentes, da amizade costumam reunir diversos Espíritos, que se sentem felizes de estar juntos.
Pelo termo ”antigos” se devem entender os laços de amizade contraída em existências  anteriores.
Ao despertar, guardamos intuição das ideias que aspiramos nesses colóquios, mas ficamos na ignorância da fonte de onde procederam.
Para o nosso Espírito, o corpo físico funciona como se fosse uma prisão, limitando a sua atuação. Mas, ao adormecermos, aproveitando a liberdade relativa, nosso Espírito aproveita para se reencontrar com outros Espíritos com quem tenhamos afinidades.
Procuramos parentes distantes, grandes amigos, pessoas que nos partilhem as ideias. O mesmo pode acontecer com pessoas que já desencarnaram.
Nesses encontros, as tendências dessas amizades é que vão dar o “tom” do assunto ou das atividades a serem desenvolvidas. Podemos reunir com amigos para tramar planos de prejuízos a outras pessoas, como podemos nos reunir somente para rever amigos distantes que o pensamento de bem querer nunca deixou que se apagasse da lembrança.
O que vai dentro do nosso coração nos leva a buscar aqueles que nos são afins, até durante o sono.
Sempre dizemos que o que fazemos acordados (estado de vigília) vai determinar a “qualidade” dos nossos encontros durante o sono. Se, enquanto acordados, não praticamos o bem ao próximo, não falamos coisas construtivas, não temos bons pensamentos, durante o sono não teremos a companhia dos bons Espíritos, mas sim de Espíritos semelhantes a nós. Mas, se acordados, buscamos viver a prática do bem, ao dormirmos iremos continuar a praticar o bem. Nesse caso, poderemos até procurar os Espíritos Benfeitores para nos ensinar mais coisas boas, ou até, juntarmo-nos a eles para ir  em socorro dos mais necessitados, seja no plano físico ou espiritual.
Para irmos ao encontro do trabalho desenvolvido pela Espiritualidade elevada, devemos crescer moralmente aqui na Terra, através do exercício da Caridade.
Ao acordarmos, poderemos lembrar os bons momentos passados após os encontros que tivemos com os Benfeitores Espirituais guardando as boas impressões, e novas ideias poderão surgir, espontaneamente, sem explicações de onde vieram.
Outras vezes, sonhamos com cenas inexplicáveis, ou então com pessoas que não conhecemos, mas com as quais ficamos felizes de estar. Podem ser pessoas que conhecemos em vidas passadas, que nos são queridas, mas que, na vida presente, estão distantes de nós, reencarnadas em outros lugares. Como  o bem querer não tem fronteiras, reencontramo-nos nessas oportunidades, o que traz uma grande felicidade para o nosso Espírito.
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O irmão iluminado e bondoso, em si, já representa uma obra viva do Pai, através da qual o conhecemos e admiramos; o irmão ignorante ou infeliz, porém, é uma Obra que o Céu nos convida a amparar e embelezar, no rumo da perfeição, em nome do Todo Misericordioso.
Se  amas a Deus no irmão que te atende e ajuda,  não te esqueças de honrá-lo e querê-lo no irmão que ainda não te pode amar.
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“Digo-vos que não sabeis o que acontecerá manhã” – (Tiago, 4;14) – Diz o preguiçoso: “Amanhã farei”. Exclama o fraco: “Amanhã terei forças”. Assevera o delinquente: “Amanhã, regenero-me”.
É imperioso reconhecer, porém, que a criatura, adiando o esforço pessoal, não alcançou, ainda, em verdade, a noção real do tempo.
Quem não aproveita a Bênção do dia, vive distante da glória do século.
Alma sem coragem de avançar cem passos, não caminhará vinte mil.
O lavrador que perde a hora de semear, não consegue prever as consequências da imprudência do serviço a que se devota, porque, entre uma hora e outra, podem surgir impedimentos e lutas de indefinível duração.
Muita gente aguarda a morte para entrar numa boa vida, no entanto, a Lei é clara quanto à destinação de cada de nós.
Alcançaremos sempre os resultados a que nos propomos.
Se todas as aves possuem asas, nem todas se ajustam à mesma tarefa, nem planam no mesmo nível.
Aquilo que o homem procura agora,  surpreenderá amanhã, à frente dos olhos e em torno do coração.
Cuida, pois, de fazer, sem demora, quanto deve ser feito em benefício de tua própria felicidade, porque o amanhã será muito agradável e benéfico somente para aquele que trabalha no bem, que cresce no ideal superior e que aperfeiçoa valorosamente, nas abençoadas horas de hoje.
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A “SENTINELA DA EVOLUÇÃO HUMANA” POR LUÍZA CONY

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