Na terra, Jesus é o Senhor que se fez servo de todos, por
amor, e tem esperado nossa contribuição na oficina dos séculos. A confiança
Dele abrange as eras, sua experiência abarca as civilizações, seu devotamento
nos envolve há milênios... Em razão disso, como adotar a aflição e o desespero,
se estamos apenas começando a ser úteis?
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Jesus não recomenda a indiferença ou a irresponsabilidade. O
Mestre que preconizou a oração e a vigilância, não aconselharia a despreocupação
do discípulo ante o acervo do serviço por fazer. Pede apenas combate ao
pessimismo crônico. Claro que os achamos a pleno trabalho, na lavoura do
Senhor, dentro da ordem natural que nos rege a própria ascensão.
Ainda nos defrontaremos, inúmeras vezes, com pântanos e
desertos, espinheiros e animais daninhos. É tempo, então, de renovar atitudes
mentais na Obra a que fomos chamados, aprendendo a confiar no Divino Poder que
nos dirige.
Em todos os lugares, há derrotistas intransigentes.
Sentem-se nas trevas, ainda mesmo quando o SOL fulgura no ponto mais elevado.
Enxergam baixeza nas criaturas mais dignas. Marcham atormentados por
desconfianças atrozes. E, por suspeitarem de todos, acabam inabilitados para a
colaboração produtiva em qualquer serviço nobre. Aflitos e angustiados,
desorientam-se a propósito de mínimos obstáculos, inquietam-se, com respeito a
frivolidades de todo tipo e, se pudessem, pintariam o firmamento na cor negra
para que a mente do próximo lhes partilhe a sombra interior.
*
Já é tempo de nossa Humanidade entender que Jesus de Nazaré
não é especificamente o CRISTO, ou DEUS, mas o SUBLIME MÉDIUM CONSELHEIRO, o
mais qualificado representante da DIVINDADE na face da Terra, a fim de
transmitir a mensagem libertadora do Evangelho. O espírito que conhecemos por
Jesus de Nazaré, o melhor homem do mundo, viveu sob a mais intensa atividade
“psicofísica”, a fim de esmerar-se até alcançar a hipersensibilidade para
sentir o ESPÍRITO PLANETÁRIO EM SI. Mas por tratar-se de entidade de alto
gabarito psíquico, Jesus despendeu mais de mil anos do calendário terreno, para
conseguir reduzir a sua vibração e atingir uma frequência compatível da
organização carnal de um homem à superfície da Terra.
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O evangelho do Cristo é, especificamente, um tratado da
saúde da alma, porque modificando o campo moral do ser, muda também, a
frequência vibratória do Espírito e o ajusta cientificamente à pulsação
harmoniosa e eterna do próprio Cosmo. Em consequência, o Evangelho, além de
código moral é, também, um tratado profundamente científico das Leis Cósmicas,
que operam na intimidade de cada ser, conforme a sua frequência vibratória e
graduação espiritual.
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A vida de Jesus tão sublime, correta, pacífica e vivida sob
a força do Amor criativo, teve por norma fundamental expor o resumo da Lei de
Deus. Jamais Divino Conselheiro e Mestre praticou um só ato de sua vida, na
qual buscasse primeiramente atender os próprios desejos; nem mesmo quando disso
dependesse a sua ventura sideral. Desde o seu nascimento físico, já trazia no
amago de sua Alma o esquema, de apenas servir e ajudar o homem na sua redenção
espiritual. Justo, bom e sábio, nosso Divino Conselheiro transfundia todo o seu
amor nos atos mais simples.
Em qualquer circunstância, ele se colocava sempre em último
lugar no jogo dos interesses humanos, pois semelhante à Lei do Criador e Pai,
que promove indistintamente a felicidade de todos os seres, bastava-se a si
mesmo.
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Jesus construiu uma ponte de luz entre Deus e os homens, já
que o Mestre cumpriu o seu papel sacrificial de levar os pecados do mundo no
seu calvário. O plano de Deus de acabar com todo o sacrifício e da satisfação
diária de Sua Justiça “ofendida” pelos homens, acabou também com a necessidade
da Lei externa e ritualista de Moisés.
Logicamente Jesus, o Cordeiro de Deus, triunfou à Luz da
razão evangélica, diante das trevas das consciências pela troca fluídica
sanguinolenta com Deus, difundindo claridade espiritual num mundo de sombras
egoísticas, através do combustível sacrificial do seu próprio sangue. Se Ele, o
canal Vivo do Cristo, se colocou como oferenda sacrificial a Deus, nenhum outro
cordeiro do mundo se igualaria a Ele, liberando as almas arrependidas e aflitas
dos tempos antigos da mortalidade em troca do perdão dos seus pecados.
Jesus foi o “Templo Vivo” no Planeta que transferiu para si
os pecados da Humanidade, salvando-a do abismo que se aproximava e impediria a
Mensagem da Boa Nova Evangélica de se concretizar nas mentes cristalizadas nos
ritos sacrificiais.
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A própria semente é um dos mais valiosos e expressivos
símbolos da elucidação espiritual usados por Jesus, na sua tarefa messiânica. A
semente possui em si toda a futura planta, como o homem traz em sua intimidade
todo o Universo. Ela se transforma no vegetal, quando é colocada no terreno
favorável, tal qual a palavra do Senhor ao fazer eclodir a verdadeira
espiritualidade no âmago dos seres, e ativando a contextura íntima da
consciência Divina em crescimento. A semente da mesma espécie vegetal pode
gerar uma variedade de plantas, que se distinguirão por cores e mesmo formas
diferentes entre si, apesar da mesma origem, como no caso das orquídeas, tanto
quanto a mesma pregação espiritual, ativa e desperta vários coloridos psíquicos
entre os participantes da mesma graduação psíquica, porém com experiências
reencarnatórias diferentes.
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Cristo é um ARCANJO PLANETÁRIO e JESUS, o ANJO GOVERNADOR DA
TERRA. O ANJO é entidade ainda capaz de
atuar no mundo material, cuja possibilidade a própria Bíblia simboliza pelos sete
degraus da escada de Jacó; mas o ARCANJO já não pode mais deixar o seu mundo
divino e efetuar qualquer ligação direta com a matéria, pois já abandonou, em
definitivo, todos os veículos intermediários que lhe facultariam tal
possibilidade. O próprio Jesus, Espírito ainda passível de atuar nas formas
físicas, teve de reconstruir as matrizes perispirituais usadas em outros mundos
materiais extintos, a fim de poder se encarnar na Terra.
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A “SENTINELA DA EVOLUÇÃO HUMANA” POR LUÍZA CONY
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