Tudo no mundo dorme seres e coisas, pelos menos
aparentemente. Um terço de nossa vida, no mínimo, passamos a dormir. Enquanto é
dia e sob a influência do sol, cuja luz destrói as emanações fluídicas
maléficas, predomina o dinamismo das forças materiais, regidas pela
inteligência; mas, quando o sol se vai e cai a noite, passam a imperar as
forças negativas da astralidade inferior e o corpo humano adormece, então, sob
o seu domínio.
Para uns, o sono advém de uma congestão cerebral (hiperemia
dos vasos sanguíneos do cérebro). Para outros, justamente o contrário: - ocorre
uma anemia cerebral (isquemia dos mesmos vasos), o que dizer que, no sono os
vasos se dilatam e esgotam o sangue do cérebro.
Ao lado destas há a teoria dos neurônios, células nervosas
cujos prolongamentos se retraem durante o sono, interrompendo a passagem da
corrente vital, que se restabelecem ao despertar, distendendo os referidos
prolongamentos e pondo-os de novo em contato. Pode também o sono resultar de
uma asfixia periódica do cérebro e, para o velho Aristóteles, advém da ação das
ptomaínas existentes nos resíduos digestivos. Em contraposição, há outros que
afirmam que, justamente dormimos para nos desintoxicarmos, sendo assim, o sono,
uma função defensiva do organismo.
Enfim, e para não alongar esta exposição, citamos Marin,
segundo o qual sono é um aspecto da Lei da aAternativa, em virtude da qual à
atividade segue o repouso, como a noite ao dia, e como a morte à vida. E isso
concorda com a “Lei do Ritmo”, da filosofia Egípcia, exposta admiravelmente na
Obra Iniciática “Kaibalion”, segundo a qual a vida se manifesta por atividade incessante,
que obedece a um ritmo invariável e cuja compensação é o repouso. Aplicada ao
corpo humano, a teoria quer dizer que o organismo físico, na vigília, gasta
energias que recupera no repouso do sono.
De uns tempos para cá, a ciência descobriu que, no momento
do sono, ocorre uma inversão de origem das ondas cerebrais, do cérebro posterior
para o anterior.
Mas, como se dá o sono? Com o abandono provisório do corpo
pelo Espírito, da mesma forma como a morte, quando o abandono é definitivo.
A “Varinha Mágica” de Luíza Cony
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