segunda-feira, 15 de agosto de 2016

SEJAMOS MAIS RESPONSÁVEIS COMO ESPÍRITAS NO SERVIÇO COM O MESTRE DIVINO


Peço que não se assustem com a palavra franca desta amiga. Alguns espíritas conhecem a minha disposição de ser direta  ao assunto e, por isso mesmo, hoje trago algumas considerações para as nossas meditações, para os nossos pensamentos no que se refere às responsabilidades pessoais, no trabalho com o Cristo. Lembrem-se da palavra do Mestre Divino de que – “Muito será pedido a quem muito foi dado”.
A grande maioria dos espíritas se esquece de consultar as Obras da Codificação de Kardec. Não apenas me refiro à leitura obrigatória, mas aquele examinar de suas páginas no sentido do estudo, da meditação, do conhecimento sobre o pensamento lúcido de nosso codificador.
Recomendamos a todos vocês que se dediquem mais ao estudo. Não é possível atingirmos qualquer construção espiritual, sem nos dedicarmos ao preparo justo e digno de nossos sentimentos e de nosso conhecimento com Jesus e Kardec.
Recomendamos especialmente a Introdução do Estudo da Doutrina Espírita, que consta em “O Livro dos Espíritos”, e muito esquecido – “O Livro dos Médiuns”, obra necessária a todos nós que nos dedicamos ao intercâmbio espiritual. Infelizmente, meus amigos é obra a que se dá pouca importância, nas casas espíritas e instituições doutrinárias. Todos estes tesouros que a Espiritualidade nos legou são riquezas de Luz em nossos caminhos. E o que estamos fazendo com eles, meus amigos?
Vou me permitir a referência ao Livro ”Obras Póstumas”, mais precisamente ao penúltimo capítulo da primeira parte, que Allan Kardec designou como “os Desertores”. Nós precisamos estudar esta página e meditar nos seus ensinamentos. E o curioso é que Kardec não se refere, de modo explícito, somente àqueles que deixam a nossa convivência nos trabalhos doutrinários.  Não, ele se refere aos desertores do ideal, àqueles que continuam presentes de corpo nas reuniões de estudo e intercâmbio, mas cuja alma está lá fora, presa aos interesses mesquinhos, aos interesses imediatistas do mundo terrestre. Com toda sinceridade, meus amigos, isto é coisa muito séria! Kardec  se refere, em determinado ponto, a estas pessoas de maneira que até nos assusta. São segundo ele, os “espíritas de contrabando”.
Pensemos nisto, um pouco. Ele se refere àqueles que preferem mercadejar com as bênçãos espirituais, àqueles que preferem dar mais importância aos resultados imediatos da vida terrestre do que às bênçãos espirituais da vida sem fim, mais além. Sem contar aqueles que não conseguem se desgarrar dos interesses mesquinhos da vida humana e comparecem às reuniões, muitas vezes, com o coração distante das reais necessidades que nos competem dar conta.
Nós médiuns não estamos aqui, com toda a minha sinceridade, para tirar a carga pesada de nossos ombros, como muitos pensam. Nós estamos aqui para o serviço da fraternidade pura, para abraçar os irmãos sofredores e aflitos como irmãos queridos, os quais Jesus nos destina por acréscimo de misericórdia. Devemos  nos preparar mais para as tarefas de intercâmbio. Precisamos estudar mais as questões ligadas à mediunidade com Jesus e, antes de mais nada, abrir os nossos corações ao amor que haverá de nos libertar de nossas limitações.
Jesus é o Mestre Divino que tem piedade de nossa ignorância, de nossa pequenez e nos oferece redobradas e renovadas oportunidades e lições, para que estejamos com Ele, junto do povo, contribuindo para o esclarecimento e a consolação, hoje e sempre.
Que os amigos recebam estas palavras sem susto porque refletem a realidade dos nossos dias.
Fiquem com a Paz de Deus, hoje e sempre.

A “Varinha Mágica” de Luíza Cony                           

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