Jesus, o Divino Amigo Incondicional das criaturas, deixou
uma mensagem imorredoura ao analisar a importância da nossa visão. Ele disse: “Os
vossos olhos são a luz do corpo, se essa luz for trevas todo o corpo estará em
trevas”, deixando claro que a nossa visão externa do mundo em que vivemos
inclui de maneira decisiva nas nossas vidas, criando imagens que se fixam no
nosso “corpo espiritual” (perispírito), e no nosso cérebro, enobrecendo a nossa
mente ou provocando distonias físicas ou mentais, dependendo é claro, da forma
como observamos o mundo que nos rodeia.
Diariamente, os nossos olhos captam imagens vivas que se
movimentam no nosso íntimo, deixando impressões nos nossos sentidos,
incitando-nos a agir de acordo com o registro que fizermos com os olhos
naturais, o que leva a crer que para retirarmos dos centros de sensibilidade
qualquer imagem deletéria, é necessário que outras imagens possam ocupar o
lugar preenchido, e, isso, só pode ocorrer depois que mudarmos o nosso modo de
ver, estabelecendo diretrizes novas, escudadas pelo Evangelho de Jesus.
É importante que o homem deseje ver tudo o que existe, mas,
só deve guardar consigo aquilo que for bom, que for saudável, selecionando com
equilíbrio as imagens que possam lhe causar bem-estar, alegria e felicidade.
Quem através dos olhos só consegue ver enfermidades,
certamente acabará doente, o mesmo ocorrendo com todos os que só visualizam a
maldade, o sexo, a riqueza material, a maledicência, o rancor e o ressentimento
criando imagens mórbidas que provocarão “implosões psíquicas” de difícil cura e
diagnóstico.
Os nossos olhos são dons divinos dados por Deus, por
empréstimo, para que possamos perceber o que se passa à nossa volta,
enriquecendo nossas atividades, valorizando-as com a edificação de um Cristo
Interno. Os milhares de não videntes que perambulam em nosso Planeta, em provas
dificílimas, são na realidade quase sempre com raras exceções, devedores da
retaguarda, que aqui voltam para encenar no mesmo teatro da vida, as cenas que
vivenciaram, utilizando a visão como instrumento de opressão, e que agora
voltam para ressarcir os débitos junto aos seus semelhantes, transformando as
sombras do passado, em luz presente.
Possuir uma visão otimista do mundo procurando, sempre ver o
lado melhor das pessoas, olhando com carinho e atenção os deserdados da sorte,
as crianças de rua, os idosos e os que envergam distonias físicas e mentais que
dão ao homem terreno uma rigidez espiritual, abrindo-lhe as portas iluminadas
das regiões do Infinito.
Ver com equilíbrio é uma arte que se conquista, através de
muitas experiências, no mundo físico e no mundo espiritual, depois de muitas
reencarnações, em que o homem é submetido ao cadinho das depurações,
assimilando sempre novas lições convivendo com novas provas, até chegar a um
ponto em que a sua visão se amplia ao infinito dando ao homem terreno condições
de utilização dessa luz do corpo físico corrigindo vícios, desejos e paixões,
pois, para o sensual todas as pessoas são sensuais, para o maledicente todas
falam da vida alheia, o mesmo ocorrendo com todas as viciações no campo físico
e mental, porque na realidade, vemos nos outros o que realmente somos.
Combatendo as más tendências e os maus pensamentos, aos
poucos, vamos modificando a nossa visão externa, construindo paralelamente, a
visão interna do Espírito Imortal.
A “Varinha Mágica” de Luíza Cony
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