segunda-feira, 15 de agosto de 2016

O CAMINHO DA EVOLUÇÃO É LONGO


Este caminho inicia-se, porém, na intimidade do próprio ser e estende suas radicais através dos séculos, conduzindo-nos à direção de Planos Espirituais. É, pois, um crescimento gradativo. Não se realiza aos saltos e nem com interrupções súbitas e estranhas aos quadros das Leis Naturais. Assim como ninguém atinge a santificação no curso de dias, ninguém permanece estacionado indefinitivamente. Ai o apelo à persistência no campo do bem.
As hesitações e as quedas, as aspirações e os sonhos nascem e crescem na entrada de nossa consciência, pedindo sempre a nossa permanência ativa no plano da caridade, a fim de que o amor nos permita ultrapassar os horizontes de nossas limitações individuais. Se não podemos nos apressar, embora a urgência de nossa reforma íntima, também não deveremos exigir daqueles que partilham conosco dessa caminhada rumo ao infinito, num instante, se transportem da lama ao céu. Eles também contam com o favor do tempo. Tal qual rogamos a compreensão que nos aquece na luz da amizade de nossos companheiros terrenos, ofertemos por nosso lado, aos que nos ofendem, ou que se entrecruzam no roteiro de nossa caminhada, a mesma medida de compreensão e carinho que rogamos para nós. Não poderemos obriga-los a incorporar, no seu patrimônio íntimo, virtudes que só agora se despontam na nebulosa de nossas paixões, mal refeitos ainda nos desequilibrantes propósitos que ainda ontem, compunham os quadros de nossos atos cotidianos.
Iluminemos os hesitantes, sem impaciência... Amparemos os que caem, sem amargor... Sustentemos  as aspirações iniciantes, sem exigências maiores... Respeitemos os sonhos, sem demora de ideais... O amor em nós se faça luz a clarear aquele que se põe ao nosso lado, seja na condição de parente consanguíneo, de amigo, de companheiro, de opositor, de caluniador ou de inimigo, sem lhe pedir que apresente as asas de um anjo para fazer-se credor de nosso carinho.

A “Varinha Mágica” de Luíza Cony

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