quinta-feira, 12 de outubro de 2017

E COMO PODERIA SER FELIZ QUEM NUNCA VIVEU?


O ser humano moderno está sendo roído aos pedacinhos! Se pelo menos fosse “devorado” de uma só vez – menos mal! – quer, empolgado por uma grande ideia, por um sublime ideal que o arrebatasse e no qual se pudesse ele “perder” totalmente – seria feliz. Mas não é isto que acontece. São mil e uma coisinhas pequeninas, inumeráveis  grandes nadas, sem ordem nem nexo, que o dissipam, esfacelam, sugam e roem como tantas outras pessoas que vivem às custas de outras, como pulgas, piolhos e percevejos...
O ser humano perdeu sua unidade interna, o seu centro imóvel, e gira estonteante por todas as periferias externas, pela imensa multiplicidade das coisas ao redor dele...
E assim vai o ser humano moderno, cidadão da civilização urbana, sendo consumido aos poucos, dia a dia, ano por ano, sem nada ter prestado de grande. De tantas coisas miúdas que tem de comprar e vender a varejo, não chega a adquirir nada por atacado; o seu troco miúdo de cada dia não lhe permite acumular um capital permanente – pobre vitima do século da internet e cidadão da era dos políticos  desajustados e ladrões.
Que fazer?
Enquanto não te for possível, pobre irmão,  libertar-te desse sanguessumismo de cada dia, de cada hora e de cada minuto, modificando radicalmente o teor de tua vida profissional; se não podes fazer o que deves, deves pelo menos fazer – o que podes: reservar uma hora, ou meia hora, por dia, para estares contigo mesmo. Será que as  24 horas do dia e da noite pertencem integralmente a estranhos? Será que tens de receber todas as visitas de fora, sem jamais teres 30 minutos de tempo para uma visita de dentro? Será que todos os teus amigos, os pseudo-amigos, têm o direito de estar contigo quanto tempo quiserem e dizer quantas banalidades quiserem, sem que tu tenhas o direito de estar contigo durante alguns minutos?...
Assinaste com eles algum compromisso neste sentido?...
Eu te conheço, meu pobre rico? Levantaste cada manhã, cansado, cheio de pensamentos dispersivos, derramados em todas as direções – e deitaste, exausto, cada noite, altas horas, ainda com uma multidão de pensamentos dispersos por todas as latitudes e longitudes do mundo externo... Ingeres à pressa as tuas refeições – acompanhadas das competentes drogas e infalíveis comprimidos – e até o teu sono é povoado dos sombrios fantasmas das mil e uma preocupações que te dilaceram a vida cotidiana...
Algum dia, quando chegares ao outro lado da existência, algum habitante do além te perguntará: Como foi a tua vida lá embaixo? E tu cheio de estranheza, responderá: Minha vida? Nada sei disto, pois eu não vivi, trabalhei à margem da vida...
Toda pessoa normal tem necessidade de se recolher quando sentir vontade de estar a sós consigo mesma, para ler algum livro, para pensar naquilo que é ou deve ser – esquecido, por algum tempo, daquilo que tem ou deseja ter?...
Meu amigo, minha amiga! Sabem o que quero dizer? Toda pessoa normal tem essa necessidade de uma solidão sonora, de um deserto ameno, de um silêncio fecundo, de uma querida vacuidade transbordante de plenitude – você compreende o que querem dizer essas contradições cheias de verdade?...
Bem sei que certas pessoas detestam estar consigo mesmas, meia hora que seja, estão “sobrando” em toda a parte, não sabem o que fazer de si, desse horroroso vazio do ego, desse solitário abismo da sua oca personalidade, e por isso, como náufragos, se agarram a qualquer tábua de salvação para não se afogarem no vasto oceano da sua nulidade... Canalizam para o interior de sua casa, parte do querido barulho das ruas, praças, avenidas e rodovias, através do celular da televisão, dos jornais e principalmente, da internet, ou por meio da visita de amigos conservadores e fofoqueiros...
Entretanto, como diz o texto sacro, “abyssus abyssun invocat” – um abismo clama por outro abismo – quanto mais o ser humano sente o seu vazio de dentro, mais necessidade tem do barulho de fora...
Assim é o ser humano moderno, quando irreverente – e, ainda por cima, ignora por que se sente tão profundamente insatisfeito consigo mesmo – e com o resto da humanidade e do mundo...
Estimado irmão, estimada irmã! Retorna sinceramente a ti mesmo, faze a maior descoberta da tua vida encontrando o teu verdadeiro Eu! Procura estar contigo, e com mais ninguém, pelo menos meia hora por dia! Concede à tua pobre alma esses poucos minutos de audiência  diária , de leitura edificante, de meditação, de Cristo-Conscientização – e verás que tua vida tomará rumo novo, e o fantasma anônimo  da tua insatisfação sem motivo certo desaparecerá no cenário da tua vida.
 A princípio, se não souberes ainda com que encher essa meia hora, abra o meu facebook e veja quantas matérias que te falam à alma, lê vagarosamente, como que meditando, saboreando... Mais tarde, já não terás necessidade de pensamentos alheios para povoares dos anjos de Deus a tua querida solidão de cada dia. E então, em vez de seres  comido aos pedacinhos pelas exterioridades, deixar-te-ás “devorar” gostosamente por alguma grande ideia, por algum sublime ideal que encherá com sua fecunda plenitude o teu improdutivo vazio de ontem... E sentir-te-ás profundamente feliz!...
Ao finalizar, gostaria que cada um que fez esta leitura, procurasse avaliar com mais atenção, amor e humildade – os valores aqui apontados e suas diferenças.
Muito obrigada e muita Paz!

                                                           ***
Quem foge do que é difícil parece fazer bem a si mesmo, quando na realidade faz mal a si porque enfraquece. Pode ser que o homem apesar de todo esforço, não consiga superar a dificuldade – mas, mesmo assim, é vitorioso, porque, pela luta contra a adversidade, se fortaleceu para vitórias futuras. O principal não é vencer, o principal é fortalecer-se pela luta e resistência, porque esse ser humano se faz maior e melhor pela luta.
O velho ditado “deixa como está para ver como fica” pode ser um lema para covardes, mas não para heróis. Por isto, desconfia sempre das coisas fáceis e tem confiança nas coisas difíceis.
                                                           ***
Deus não criou o ser humano em estado perfeito, porque quer que o ser humano se faça, por seu livre arbítrio próprio, realizador da sua perfeição e felicidade.
                                                           ***

Ser positivo, pensar e sentir positivamente é preparar o terreno a verdadeira felicidade – ou melhor, essa mesma atitude positiva é que é a felicidade.
                                                           ***
A ira prejudica você mesmo, sua família, seu convívio no ambiente profissional.
A ira traz somente desvantagens, e quando você fica irado, não consegue conter facilmente sua ira, mesmo que tente. Alguém já ensinou que é bom contar até dez antes de dizer alguma palavra, pois durante a contagem, consegue se acalmar. No entanto, a ira é um sentimento que costuma surgir quando a nossa opinião é contrariada pela opinião de outra pessoa.
Por isso, quando ficamos irados, a atitude de pensar no assunto colocando-nos na posição do outro poderá constituir-se num método para eliminar a causa fundamental da ira.
Devemos refletir serenamente sobre a nossa atitude mental.
                                                           ***
As leis que devem reger a vida humana não são estagnação nem involução, mas evolução, isto é, subida a níveis de consciência e de vivência cada vez  mais elevados. É o que hoje em dia se chama autoconhecimento e auto realização, que são as chaves da verdadeira  felicidade .
                                                           ***
“Que são as honras deste mundo senão vazio, vaidade e perigo de queda?” – Santo Agostinho
                                                           ***

A “SENTINELA DA EVOLUÇÃO HUMANA” – POR LUÍZA CONY 

Nenhum comentário:

Postar um comentário