Vivemos no
que os gregos chamavam Kairós (καιρός) – o tempo certo – “para a metamorfose
dos deuses”... Muita coisa está em jogo e muita coisa depende da constituição
psicológica do homem moderno.
ATISHA,
sábio indiano do século XI, responsável pelo renascimento do Budismo no Tibete,
disse: “Quando o recipiente e seus conteúdos estão plenos de erros, transforme
esta circunstância adversa no caminho que leva ao despertar pleno”. Esta
advertência podia muito bem ser feita às pessoas do século XXI.
Vivemos numa
época de degeneração em que, tanto o meio ambiente – o recipiente – quanto seus
habitantes – os conteúdos – estão poluídos e afetados por problemas muito
grandes e perigosos, este é o momento especial para que se empregue a situação
predominante como um estímulo ao cultivo de nossas mentes, à transformação de
nossa perspectiva ou à mudança das circunstâncias adversas no caminho para a
libertação.
Nos preocupamos
extremamente, nesta época de confusão político-social, com o destino da nossa
civilização e com o perigo de a Humanidade destruir-se.
A mudança
deve começar com as pessoas, em sua própria psique, que é o maior instrumento
que possuem. Isto implica autoconhecimento, conhecimento do lado obscuro da
psique, dos seus aspectos inconscientes e conscientes, e da reconciliação das
polaridades. Sem este conhecimento, os conteúdos inconscientes provocam
projeções e ilusões que falsificam nossas relações com os outros, que é
exatamente onde começam as guerras.
A ação
correta provém do pensamento correto, e... não existe cura nem progresso do
mundo que não comecem no próprio indivíduo. Isto já fora ensinado há 2.500
anos.
Quanto mais
conscientes nos tornamos de nossos impulsos inconscientes e agirmos de forma
adequada, tanto menos nossas relações com o mundo ficam contaminadas pelas
projeções, e tanto mais abertos estaremos para entrar em comunicação e,
inclusive, em comunhão com ele.
A sociedade
tem necessidade de um vínculo afetivo, o princípio de CARITAS, o AMOR CRISTÃO,
pelo próximo. Adverte-nos que: “Quando
cessa o amor, começa o poder, a violência, o terror”. Fato que ocorre no
dia a dia, dentro dos lares, no ambiente profissional, na política, nas praças
de esportes, nos ambientes de diversões, no trânsito, nas comunidades carentes.
A “SENTINELA
DA EVOLUÇÃO HUMANA” – POR LUÍZA CONY
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