terça-feira, 31 de outubro de 2017

VOCÊ TEM TENDÊNCIA EXAGERADA PARA ATINGIR A PERFEIÇÃO EM ALGUMA COISA?


“Se não é capaz de fazer algo direito, então não faça”. Identificou-se com esta sentença?
Caso afirmativo, provavelmente você é um perfeccionista. Aquele que cruzou a linha entre a busca saudável pela excelência e perseguição neurótica da perfeição, fazendo tudo de maneira rígida, prendendo-se demais a detalhes ínfimos e vivendo mais consciente de seus defeitos do que de suas virtudes e realizações. Quando este traço de personalidade se manifesta no ambiente de trabalho, fique atento aos prejuízos que pode provocar.
Se você realmente confere o  serviço pronto infinitas vezes até certificar-se de que não cometeu nenhum erro e dificilmente delega tarefas aos outros funcionários com a certeza de que ninguém fara o trabalho com a mesma qualidade que você faria, cuidado. O perfeccionismo, neste caso, pode sair como um tiro pela culatra, já que o serviço levará o dobro do tempo para ficar pronto, afetando de forma significativa seus negócios.
Uma pesquisa feita em 1980  pelo psiquiatra americano David D. Burns comparou o desempenho de agentes de seguros que apresentavam sinais relevantes de perfeccionismo com os que não apresentavam e revelou que os primeiros tiveram um ganho anual de 15 mil dólares a menos de que seus colegas não perfeccionistas.
Isso por conta de atividades metódicas, como adiar demais as tarefas por medo de não conseguir realiza-las com perfeição naquele momento e evitar correr riscos que considerassem perigosos a seus resultados ideais, abandonando a ambição e optando pela segurança.
Isso significa que o perfeccionismo seja um hábito errado. Ele pode leva-lo às maiores conquistas, inclusive  , mas quando não controlado transforma-se num comportamento contraproducente, na medida em que você passa a maior parte do tempo preocupando-se obsessivamente com possíveis falhas e esquece-se de que lida com prazos reais e, na maioria das vezes, curtos.
Então, o que fazer para que suas atitudes perfeccionistas não interfiram de forma negativa em seu serviço? Os perfeccionistas precisam primeiro entrar em contato com sua realidade, para então estabelecer um limite que não invada o das outras pessoas. “Sem isto não dá para levar uma vida equilibrada no ambiente profissional, que é composto em sua maioria pelo coletivo. Por outro lado, se você não é um perfeccionista, mas tem que lidar diariamente com um, é aconselhável ter tolerância, respeitando e aceitando comportamentos perfeccionistas, contanto que  fique atento ao respeito e ao limite, fatores que constroem a base de um grupo.
Não leve as críticas do perfeccionista para o lado pessoal. Reduza o impacto emocional que elas exercem sobre você. Muitas vezes os perfeccionistas agem assim por força do hábito e de seus pensamentos distorcidos, não intencionalmente ou por maldade. São como robôs com os fios trocados.
Há quatro tipos de perfeccionistas:
- Perfeccionista de desempenho: associa seu valor próprio às suas realizações, como se estas e o seu ser fossem uma coisa só. No ambiente de trabalho, possui a agenda lotada de tarefas e quer realizar todas sem se sentir exausto ou tenso ao final do dia.
Caso não consiga, culpa a si mesmo, não a natureza irreal de suas metas. Corre o risco de tornar-se um viciado em aprovação ou louvores, aumentando o seu nível de exigência a cada meta alcançada.
- Perfeccionista de aparência: Como o nome já diz, se preocupa em excesso com a imagem e a impressão que está passando a outras pessoas. No ambiente de trabalho, é aquele que arruma a mesa de maneira impecável e fica  enfurecido toda vez que os objetos são retirados do seu devido lugar.
- Perfeccionista interpessoal: Vive encontrando defeitos nas outras pessoas e nos trabalhos que elas realizam, tentando controla-las. Não admite que indivíduos com atitudes previsíveis interfiram em suas vidas organizadas e em seus planos traçados em minúcias. Espera que os outros atendam a todas as suas expectativas e não tolera falhas alheias, punindo-as com críticas altamente destrutivas. Por isso evita delegar tarefas e passa o dia a conferir o que outras pessoas já fizeram, muitas vezes refazendo, afinal, as coisas devem estar do seu jeito.
- Perfeccionista moral: Estabelece rígidos regulamentos, códigos éticos e morais de conduta e faz o impossível para segui-los ao pé da letra. Castiga-se sempre que não consegue, pois acredita que pagará caro por cada erro ou pensamento que não seja ético. Como o perfeccionista interpessoal, distancia e até mesmo rejeita pessoas que não possuem os mesmos pontos de vista e sistema de valores que os seus, considerando-as uma afronta a seus padrões morais. Seu comportamento limita ou destrói chances de parcerias profissionais que poderiam ser bem-sucedidas.

Seja qual for o tipo de perfeccionista com o qual tenha se identificado, é provável que seu stress, sua úlcera, enxaqueca e problemas de ordem psicológica tenham origem em seus padrões estratosféricos que exigem um nível de desempenho humanamente impossível de atingir. Perceba a divergência que há entre a imagem idealizada que tenta alcançar a si mesmo e os limites do seu verdadeiro eu, sujeito a erros e falhas.
A autorrealização muitas vezes não depende de alcançar o modelo que você “deveria ser”.
A diferença entre os perfeccionistas e pessoas que buscam a excelência da forma equilibrada e o fato de os últimos exagerarem suas metas e desafios com flexibilidade, utilizando seus erros como aprendizado e alterando suas estratégias quando necessário, em vez de se esforçarem o dobro nos mesmos costumes enraizados e “gravados em rocha” para tingir a perfeição. Portanto, se você vive ouvindo aquela voz interior que diz: - “dá para melhorar!”, lembre-se: A perfeição é um ideal, não uma meta alcançável. E você é um ser humano.
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Não existe solidão, porque não existe ninguém só.
Deus é eterno conosco.
Sente-se só aquele que não crê na presença de Deus dentro de si. É a Ele que devemos dizer sempre – “Obrigado por ter criado nossa alma – nossa eterna vida!”
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A gratidão é amor; e quanto mais você pronuncia a gratidão, mais o Universo se enche de amor para espalhar luzes benfeitoras, como prova de agradecimento a todos os seres que aceitam em seus corações  a força redentora da palavra gratidão.
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A “SENTINELA DA EVOLUÇÃO HUMANA” – POR LUÍZA CONY

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