quarta-feira, 18 de outubro de 2017

VITORIA DO BEM EM NOSSA VIDA


Pelo altruísmo alarga o homem o seu egoísmo próprio para um egoísmo alheiro – e isto é miséria.
Nem pelo egoísmo individual, nem pelo altruísmo social alcança o homem a sua auto realização, razão de ser da sua existência terrena.
Muitos pensam e proclamam que o homem se salva e aperfeiçoa pela caridade, entendo por caridade a filantropia e beneficência material, o enchimento de muitos estômagos vazios e o revestimento de corpos nus.
Esse altruísmo parece o contrário do egoísmo, quando na realidade é apenas um alargamento do egoísmo individual e forma de egoísmo social. Pois, que fazem esses benfeitores? Fazem bem a muitos egos, em vez de beneficiar um único ego, como faz o egoísta comum. O Altruísmo é um “remendo novo em roupa velha.”
O que redime e liberta o homem não é egoísmo nem altruísmo, mas uma atitude que ultrapassa esses dois.
Quando o ser humano descobre algo para além do seu ego próprio e para além dos egos alheios, então descobre ele a “verdade libertadora” do seu EU DIVINO e começa a realizar em si a centelha divina da sua Alma, ultrapassando egoísmo e altruísmo.
Verdade é que essa realização da alma pode ser feita através do altruísmo, caridade e filantropia, por serem renúncia ao próprio ego; mas, neste caso, a beneficência material deixou de ser um fim, passando a ser apenas um meio para o fim supremo e único alvo da auto realização. Quem vive por amor aos egos alheiros é um altruísta. Mas nem este nem aquele tem amor imanente, única razão-de-ser da sua encarnação na Terra.
Ninguém pode realizar o EU do outro. Cada um só pode realizar o seu eu próprio. Mas quem realiza o seu eu próprio e assim se faz bom faz sua própria auto realização.
Quem atinge a plenitude do ser bom faz transbordar essa plenitude em benefício dos outros. O único modo de fazer bem aos outros é ser bom em si mesmo.
                                                           ***
As grandes verdades não devem ser reveladas indistintamente; o Mestre Espiritual deve saber dosar a cada pessoa e a cada grupo o que pode ser por ele assimilado.
Muito só se pode dizer a poucos.
Pouco se pode dizer a muitos.
Muito nunca se pode dizer a muitos.
Felizmente, hoje em dia está aumentando o número dos famintos e sedentos da verdade; os interessados no aprendizado e os já são iniciandos são cada vez mais numerosos. Por isto, pode o Mestre Espiritual alargar pouco a pouco o círculo completamente fechado aos seus discípulos.
Os cães e os porcos dos zombadores profanos, dos arrogantes desprezadores das coisas sacras estão diminuindo consideravelmente.
Hoje, quando se fala em Deus e no Cristo, logo aparecem ouvintes atentos, ansiosos, por ouvir mais. Hoje, mais do que nunca, há falta de verdadeiros iniciados no espírito para que os iniciandos encontrem dias seguros no caminho da jornada ascensional.
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A “SENTINELA DA EVOLUÇÃO HUMANA” – POR LUÍZA CONY

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