Pelo altruísmo
alarga o homem o seu egoísmo próprio para um egoísmo alheiro – e isto é miséria.
Nem pelo
egoísmo individual, nem pelo altruísmo social alcança o homem a sua auto realização,
razão de ser da sua existência terrena.
Muitos
pensam e proclamam que o homem se salva e aperfeiçoa pela caridade, entendo por
caridade a filantropia e beneficência material, o enchimento de muitos estômagos
vazios e o revestimento de corpos nus.
Esse altruísmo
parece o contrário do egoísmo, quando na realidade é apenas um alargamento do
egoísmo individual e forma de egoísmo social. Pois, que fazem esses
benfeitores? Fazem bem a muitos egos, em vez de beneficiar um único ego, como
faz o egoísta comum. O Altruísmo é um “remendo novo em roupa velha.”
O que redime
e liberta o homem não é egoísmo nem altruísmo, mas uma atitude que ultrapassa
esses dois.
Quando o ser
humano descobre algo para além do seu ego próprio e para além dos egos alheios,
então descobre ele a “verdade libertadora” do seu EU DIVINO e começa a realizar
em si a centelha divina da sua Alma, ultrapassando egoísmo e altruísmo.
Verdade é
que essa realização da alma pode ser feita através do altruísmo, caridade e
filantropia, por serem renúncia ao próprio ego; mas, neste caso, a beneficência
material deixou de ser um fim, passando a ser apenas um meio para o fim supremo
e único alvo da auto realização. Quem vive por amor aos egos alheiros é um
altruísta. Mas nem este nem aquele tem amor imanente, única razão-de-ser da sua
encarnação na Terra.
Ninguém pode
realizar o EU do outro. Cada um só pode realizar o seu eu próprio. Mas quem
realiza o seu eu próprio e assim se faz bom faz sua própria auto realização.
Quem atinge
a plenitude do ser bom faz transbordar essa plenitude em benefício dos outros. O
único modo de fazer bem aos outros é ser bom em si mesmo.
***
As grandes
verdades não devem ser reveladas indistintamente; o Mestre Espiritual deve
saber dosar a cada pessoa e a cada grupo o que pode ser por ele assimilado.
Muito só se
pode dizer a poucos.
Pouco se
pode dizer a muitos.
Muito nunca
se pode dizer a muitos.
Felizmente,
hoje em dia está aumentando o número dos famintos e sedentos da verdade; os
interessados no aprendizado e os já são iniciandos são cada vez mais numerosos.
Por isto, pode o Mestre Espiritual alargar pouco a pouco o círculo
completamente fechado aos seus discípulos.
Os cães e os
porcos dos zombadores profanos, dos arrogantes desprezadores das coisas sacras
estão diminuindo consideravelmente.
Hoje, quando
se fala em Deus e no Cristo, logo aparecem ouvintes atentos, ansiosos, por
ouvir mais. Hoje, mais do que nunca, há falta de verdadeiros iniciados no
espírito para que os iniciandos encontrem dias seguros no caminho da jornada
ascensional.
***
A “SENTINELA
DA EVOLUÇÃO HUMANA” – POR LUÍZA CONY
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